Apesar de possuírem uma força inesgotável capaz de contribuir ativamente para o desenvolvimento da sociedade, as mulheres foram forçadas, ao longo de milênios, à servidão de classe, às amarras feudais e à exploração do capital, sendo essa a trágica sina que lhes foi imposta.
Há cerca de 110 anos, em Chicago, nos Estados Unidos, as trabalhadoras se levantaram em protesto, expressando sua ira acumulada contra a exploração e opressão impiedosas dos capitalistas e contra o sistema social desigual que as desprezava. Desde então, a luta pela igualdade de direitos e pela libertação feminina se intensificou, mas, até hoje, a condição das mulheres nos países capitalistas pouco mudou. Pelo contrário, tornou-se ainda mais miserável. Longe de desfrutarem da dignidade humana, são forçadas a aceitar um destino cruel apenas por serem do sexo feminino. Em uma sociedade onde o desprezo e a violência contra as mulheres se tornaram uma tendência social, elas vivem como folhas secas levadas pelo vento frio do outono.
O sistema capitalista, podre e doente, movido pelo princípio do dinheiro acima de tudo, bem como suas políticas antipopulares, esmagam até mesmo os direitos mais básicos de sobrevivência das mulheres, impondo-lhes apenas infelicidade e sofrimento.
As normas jurídicas internacionais sobre a proteção dos direitos das mulheres incluem tratados internacionais que regulam a eliminação da discriminação, os direitos políticos, os direitos no casamento e na família. Entre eles, a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres constitui o pilar fundamental da proteção dos direitos femininos no âmbito do direito internacional.
No entanto, nos países capitalistas, o termo "igualdade de gênero" não passa de um jargão político proferido por oportunistas que buscam votos para alcançar o poder.
Até hoje, a Constituição dos Estados Unidos não contém nenhuma disposição que proíba a discriminação contra as mulheres. Em 1972, devido à luta ampla das massas trabalhadoras contra a desigualdade de gênero, essa questão foi apresentada ao Congresso, mas, mesmo após mais de 50 anos, ainda não foi concretizada.
Nos Estados Unidos, cerca de 54.000 mulheres perdem seus empregos anualmente por causa da gravidez, e mais de 6 milhões são vítimas de crimes violentos.
Em muitos países capitalistas, a expressão "teto de vidro" tornou-se comum, referindo-se às barreiras invisíveis, como a discriminação de gênero, que dificultam o progresso das mulheres no trabalho e na vida.
No Japão, até mesmo as mulheres que atuam na política sofrem assédio sexual. Há alguns anos, veio à tona que cerca de 60% das parlamentares dos legislativos locais do país haviam sido vítimas de assédio sexual cometido por seus próprios colegas do sexo masculino, causando grande controvérsia.
Os políticos dos países capitalistas costumam prometer que construirão uma sociedade onde "as mulheres brilhem", mas tudo não passa de palavras vazias. Embora a mídia desses países divulgue que seus governos incentivam a "participação social" e o "protagonismo" das mulheres, a realidade é que seus salários permanecem extremamente baixos, e a maioria delas é considerada força de trabalho irregular e barata. Por isso, a chamada "economia feminina" não passa de uma ilusão enganosa.
Na sociedade capitalista, onde prevalece a lei da selva, as mulheres são as principais vítimas da brutal competição pela sobrevivência.
As empresas capitalistas, que buscam apenas o lucro, são as primeiras a demitir mulheres sempre que enfrentam crises econômicas graves. São elas que têm mais dificuldade para conseguir um emprego e, ao mesmo tempo, as que mais facilmente o perdem. Além disso, mesmo realizando o mesmo trabalho que os homens, recebem salários muito menores.
Há alguns anos, um meio de comunicação estrangeiro lamentou que, devido à pandemia, "as pessoas que estavam à beira do precipício foram empurradas até o fim". Essa declaração fazia referência, em especial, às mulheres, que foram as primeiras a perder seus empregos.
Mesmo aquelas que conseguem se manter empregadas enfrentam graves discriminações. Por mais que possuam conhecimento especializado e desempenhem exatamente as mesmas funções que os homens, recebem salários absurdamente mais baixos apenas por serem mulheres. Se ousam protestar contra essa injustiça, são imediatamente demitidas.
Para a maioria das mulheres nos países capitalistas, o lar não é um refúgio de felicidade, mas um inferno de sofrimento.
No ano passado, um órgão das Nações Unidas denunciou que um grande número de mulheres em todo o mundo é assassinada por cônjuges, parentes ou pessoas próximas, afirmando que "para as mulheres, o lar é o lugar mais perigoso".
Nos Estados Unidos, a violência doméstica é tão grave que, no momento da emissão da certidão de casamento, chega a ser cobrada uma taxa adicional relacionada ao problema, um verdadeiro drama social.
Em meio à enxurrada de males sociais gerados por um sistema desumano, as mulheres são forçadas a suportar trabalhos exaustivos para garantir a própria subsistência, e a maternidade torna-se mais um peso insuportável. Quando dão à luz, quase sempre perdem seus meios de sustento.
Há alguns anos, em um país capitalista, uma mulher sofreu um aborto espontâneo devido à sobrecarga de trabalho nos estágios iniciais da gravidez. No entanto, em vez de expressar qualquer arrependimento ou oferecer desculpas, o responsável da empresa onde ela trabalhava declarou friamente: "foi castigada pelos céus", chocando a todos. Casos em que mulheres hospitalizadas para o parto são forçadas a apresentar pedidos de demissão antes mesmo de receberem alta ocorrem com frequência. Para os capitalistas, que só visam ao lucro, as gestantes não passam de um fardo ou um problema inconveniente.
No Japão, o número de gestantes que tiram a própria vida tem aumentado nos últimos anos. A principal causa desses suicídios é a depressão pós-parto, agravada pela incerteza em relação às condições de vida extremamente difíceis que enfrentarão após o nascimento do filho.
Os Estados Unidos continuam ocupando o primeiro lugar em mortalidade materna entre os países desenvolvidos. De acordo com os dados, o número de gestantes que morrem no país aumentou drasticamente nos últimos 20 anos. Mais de 2,2 milhões de mulheres não recebem qualquer tipo de atendimento obstétrico, e cerca de 5 milhões vivem em áreas onde as condições desse atendimento são extremamente precárias.
No Japão, mães que carregam seus bebês no transporte público ou cujos filhos choram e fazem barulho nas ruas enfrentam olhares frios e hostilidade das pessoas ao redor, o que faz com que muitas evitem sair de casa.
Uma sociedade tão desumana como essa acaba privando as mulheres até mesmo de sua própria maternidade.
Em janeiro passado, na prefeitura japonesa de Miyagi, uma mulher foi presa por enterrar viva sua própria filha na neve. Antes disso, em dezembro do ano anterior, outra mulher foi detida na prefeitura de Gunma por descartar seu filho recém-nascido em uma lata de lixo.
Muitas mulheres, rejeitadas por uma sociedade desigual e injusta, além de sofrerem perseguição e desprezo dentro de seus próprios lares, perdem suas esperanças e ambições, caindo no desespero e na desesperança, o que as leva a escolher o caminho do crime ou do suicídio. A trágica condição dessas mulheres, que agonizam no fim da vida, murchando como flores em solo podre, jamais poderá mudar enquanto existir um sistema social reacionário e antipopular.
Os verdadeiros direitos das mulheres só podem ser garantidos em uma sociedade onde todos são iguais, onde prevalece uma política de respeito e valorização das mulheres e onde elas são amadas e reconhecidas como dignas donas do Estado e da sociedade — ou seja, apenas no sistema socialista.
Ho Yong Min
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