Artigo do diário Rodong Sinmun de 28 de outubro de 1963.
O movimento comunista internacional está passando por uma severa provação hoje. As diferenças dentro do movimento comunista internacional estão assumindo dimensões mais sérias. Algumas pessoas, distantes dos princípios do marxismo-leninismo e do internacionalismo proletário, estão se afundando profundamente no lamaçal do revisionismo. O revisionismo moderno criou um grande obstáculo para a causa do povo pela revolução e pela paz.
Devido às maquinações dos revisionistas, os partidos comunistas e operários não conseguem manter a unidade de vontade e ação na luta pela paz, democracia, independência nacional e socialismo. A unidade do bloco socialista e a solidariedade do movimento comunista internacional estão gravemente ameaçadas. Essa situação gerou profunda preocupação entre os comunistas e a classe trabalhadora de todo o mundo.
Os comunistas coreanos perceberam de forma aguda a grande vitalidade do campo socialista através de sua árdua luta contra o inimigo.
Somos contra a divisão do campo socialista e sinceramente desejamos sua unidade. Consideramos como tarefa urgente e comum que se coloca diante dos comunistas de todo o mundo hoje a defesa da unidade do bloco socialista, o fortalecimento de seu poder e o aprimoramento de seu papel, erguendo a bandeira do marxismo-leninismo para o triunfo do movimento comunista internacional.
1. O bloco socialista — Um grande ganho da classe trabalhadora internacional
Hoje, o socialismo está conquistando vitórias em uma escala mundial. O socialismo já venceu não apenas nas vastas áreas da Europa e Ásia, mas também em Cuba, um país insular à porta do imperialismo estadunidense, o chefe da reação mundial.
O bloco socialista hoje abriga um terço da população mundial e um quarto da superfície terrestre do planeta, representando mais de 37% da produção industrial mundial. No desenvolvimento da ciência e tecnologia, também, o bloco socialista está à frente dos países capitalistas desenvolvidos.
A influência do socialismo sobre os povos do mundo cresceu como nunca antes, e cada vez mais pessoas estão lutando pelo socialismo.
As forças socialistas estão prevalecendo sobre as forças imperialistas na arena internacional.
O crescimento das forças socialistas é, acima de tudo, uma grande vitória para os comunistas e a classe trabalhadora de todo o mundo.
A vitória histórica mundial conquistada pela classe trabalhadora internacional, quebrando as correntes do capital, não foi de maneira nenhuma alcançada facilmente.
Desde a publicação do grande "Manifesto Comunista" de Marx e Engels, a classe trabalhadora internacional, sob a orientação dos comunistas, lutou heroicamente, superando inúmeras dificuldades e testes árduos, e abriu o caminho para a vitória por meio de uma luta de vida ou morte contra o inimigo.
Os capitalistas e todas as forças reacionárias do mundo declararam os comunistas como seu inimigo mais formidável e fizeram todo tipo de tentativa vil para conter a disseminação das ideias do comunismo científico e o desenvolvimento do movimento comunista internacional. Estando à frente dos povos progressistas, os comunistas sempre lutaram em batalhas incrivelmente árduas contra o inimigo de toda índole.
No caminho espinhoso da luta, o movimento comunista internacional passou por muitos altos e baixos. Às vezes, os comunistas sofreram revezes amargos e tiveram que fazer dolorosas retiradas. Sempre que enfrentavam provações, capitulacionistas e renegados surgiam entre eles e desorganizaram as fileiras da revolução.
Mas os verdadeiros comunistas nunca se desanimaram com os revezes nem se deixaram levar pelas vitórias; sempre permaneceram fiéis à bandeira vermelha da revolução, quer covardes caíssem ou não. Às vezes, no subterrâneo, outras vezes com armas em suas mãos e, em outras, atrás das grades, os comunistas lutaram inabalavelmente apenas pela libertação da classe trabalhadora e dos povos oprimidos.
Sob a liderança dos comunistas, a classe trabalhadora internacional, enfrentando todos os sacrifícios, atacou incessantemente as posições do capital e se transformou em uma grande força revolucionária nas chamas das ferozes lutas contra o inimigo.
A Comuna de Paris, o primeiro Poder da classe trabalhadora da história, terminou em fracasso após mais de 70 dias de luta de vida ou morte da classe trabalhadora de Paris, que se levantou para defendê-la. A Comuna foi drenada de sangue pelo terror branco bárbaro. No entanto, o heroísmo da classe trabalhadora de Paris e a lição preciosa adquirida a custa de seu sangue foram levados adiante pela classe trabalhadora internacional.
A primeira grande vitória do movimento comunista internacional foi alcançada pela classe trabalhadora da Rússia sob a liderança de Lenin. Com a vitória da Revolução Socialista de Outubro, o socialismo foi convertido de uma ideologia científica em uma realidade viva e o movimento comunista internacional passou a ter uma poderosa fortaleza.
A vitória da Revolução de Outubro despertou a classe trabalhadora e os povos oprimidos de todo o mundo para uma luta heroica pela liberdade e libertação e despertou centenas de milhares de povos do Oriente, que “ficaram fora da história e foram vistos apenas como objeto da história” (Lenin), por muito tempo. A tempestade revolucionária varreu o mundo inteiro e o movimento revolucionário da classe trabalhadora internacional, ligado ao movimento de libertação das nações oprimidas do Oriente, desferiu golpes fatais contra o imperialismo.
Os imperialistas e as forças reacionárias de todo tipo tentaram desesperadamente estrangular a União Soviética, o primeiro Estado socialista, e sufocar o movimento comunista internacional e o movimento operário.
Mas o povo soviético, sob a liderança do Partido de Lenin, repeliu os ataques dos inimigos, tanto internos quanto externos, e defendeu as grandes conquistas da revolução até o fim, construindo o socialismo com sucesso, superando todas as dificuldades no cerco capitalista. Apesar dos esforços desesperados do inimigo, as fileiras do movimento comunista internacional rapidamente cresceram e se tornaram uma força poderosa sob a grande bandeira revolucionária — a bandeira do leninismo.
O capital internacional produziu o fascismo, a mais feroz e truculenta forma de imperialismo, lançando-o na arena da história como uma brigada de choque na batalha contra a União Soviética, o Estado socialista, e o movimento comunista e operário internacional. Travou-se uma feroz batalha entre a revolução e a contrarrevolução em escala mundial.
Na Europa, na Ásia e em todas as partes do mundo, os comunistas lutaram heroicamente na vanguarda da frente antifascista, derramando seu precioso sangue nas batalhas decisivas contra o inimigo hediondo. Um grande número de comunistas liderou longas lutas armadas ao lado das massas trabalhadoras oprimidas, desferindo duros golpes contra os saqueadores.
Graças ao papel decisivo do heroico Exército Soviético, o fascismo alemão e os militaristas japoneses foram completamente derrotados.
A tentativa dos imperialistas de aniquilar o movimento comunista internacional foi esmagada pela luta heroica da classe trabalhadora internacional e das massas oprimidas, resultando na vitória de muitos povos na luta pela liberdade e independência.
A revolução democrática popular triunfou em vários países da Europa e da Ásia. A vitória da grande Revolução Chinesa desferiu um golpe decisivo contra as forças do imperialismo, inclinando decisivamente o equilíbrio de forças no cenário internacional a favor do socialismo e inspirando enormemente os movimentos de libertação nacional nas colônias.
O socialismo ultrapassou os limites de um único país, desenvolvendo-se como um sistema mundial. Os países socialistas formaram um bloco poderoso, oposto ao bloco imperialista.
A formação do bloco socialista foi um grande evento histórico no desenvolvimento do movimento comunista internacional. A partir de então, o movimento comunista internacional passou a ter uma base sólida para a vitória final da revolução, e as forças do socialismo tornaram-se gradualmente um fator decisivo no desenvolvimento da sociedade humana.
A formação do bloco socialista é um processo regido pelas leis do desenvolvimento histórico da humanidade. É fruto da amarga luta de classes entre a classe trabalhadora internacional e a classe capitalista internacional; é o resultado da vitória do socialismo sobre o capitalismo. Constitui a principal questão do movimento comunista internacional, que percorreu um caminho glorioso de luta por mais de um século sob a bandeira do marxismo-leninismo, sendo o grande fruto das lutas sangrentas da classe trabalhadora internacional e das massas oprimidas ao longo de um longo período. A formação do bloco socialista confirmou ainda mais a inevitabilidade da queda do capitalismo e da vitória do socialismo.
O bloco socialista não foi criado artificialmente por ninguém, nem formado por qualquer tratado internacional, tampouco é um bloco temporário. Foi historicamente formado no curso do desenvolvimento da luta de libertação da classe trabalhadora internacional. As classes trabalhadoras vitoriosas uniram-se em um único bloco como uma necessidade, de acordo com os requisitos de solidariedade de classe inerentes a elas.
“O bloco socialista é uma comunidade social, econômica e política de povos livres e soberanos, unidos pelos estreitos laços da solidariedade socialista internacional, por interesses e objetivos comuns, e que seguem o caminho do socialismo e do comunismo” (Declaração do Encontro de Representantes dos Partidos Comunistas e Operários).
Como uma aliança de classes dos países socialistas, Estados de novo tipo guiados pela classe trabalhadora, o bloco socialista já demonstrou claramente sua grande vitalidade. Ele não apenas desempenhou um papel significativo na prosperidade comum dos povos dos países fraternos incluídos no bloco socialista, mas também contribuiu enormemente para a causa da paz e da revolução dos povos do mundo.
O unido e poderoso bloco socialista é uma grande força revolucionária de nossa era, uma muralha invencível da paz mundial e uma garantia confiável de vitória para todos os povos progressistas.
A existência do bloco socialista une a classe trabalhadora mundial e os povos revolucionários, encorajando e inspirando poderosamente os progressistas de todo o mundo a uma luta heroica. O crescimento da força do bloco socialista torna a situação internacional geral mais favorável para a luta revolucionária dos povos. Além disso, desferem um golpe poderoso na política agressiva do imperialismo e aterroriza todas as forças reacionárias.
Os imperialistas liderados pelos EUA e seus aliados estão freneticamente tentando subverter o bloco socialista. Especialmente hoje, os imperialistas estão cada vez mais persistentes em suas maquinações sinistras para desestabilizar o bloco socialista internamente e desmantelar os países socialistas um por um. Eles se esforçam para dividir o bloco socialista, afastando os países socialistas uns dos outros e buscando obter lucros com isso.
Em suas manobras para minar o bloco socialista, os imperialistas estão utilizando os revisionistas modernos. Desde os primeiros dias em que degeneraram no revisionismo, a camarilha de Tito tem sistematicamente recorrido a manobras nefárias contra o bloco socialista, servindo fielmente aos imperialistas.
Atualmente, certas pessoas estão ativamente defendendo os titoístas e aumentando a confusão no bloco socialista, seguindo, assim, o perigoso caminho de dividi-lo. Isso demonstra que se aliaram aos imperialistas e titoístas que tentam destruir o bloco socialista. A classe trabalhadora internacional e os povos de todos os países socialistas jamais podem tolerar a destruição das grandes conquistas revolucionárias que conquistaram e protegeram com seu sangue.
Para a vitória final do movimento comunista internacional, os comunistas e a classe trabalhadora de todo o mundo devem frustrar todas as manobras subversivas dos imperialistas e revisionistas modernos e defender resolutamente o bloco socialista, a grande conquista da classe trabalhadora internacional.
2. Defender todo o bloco socialista é o dever internacional dos comunistas.
A força invencível do bloco socialista reside na coesão de suas fileiras. A força unida do bloco socialista é uma garantia importante para defender de forma confiável cada país socialista da agressão dos imperialistas e assegurar a vitória completa do socialismo em todo o bloco. A unidade do bloco socialista multiplica a força do movimento comunista.
A unidade é a arma mais poderosa nas mãos da classe trabalhadora. Desde o momento em que apareceu na arena da história, a classe trabalhadora conseguiu vencer lutas árduas contra a classe capitalista confiando na força da unidade. Ainda hoje, o bloco socialista pode continuar desferindo duros golpes nos imperialistas e colocá-los em uma posição difícil apenas mantendo a unidade de suas fileiras.
Devido às diferenças internas atuais, no entanto, o bloco socialista, de fato, não consegue avançar como fileiras integradas, como uma força unida.
Coisas sem precedentes estão acontecendo em nossas fileiras: partidos e países irmãos que defendem o marxismo-leninismo e se mantêm firmes em sua posição revolucionária estão sendo difamados e atacados, mesmo diante dos imperialistas.
Manobras estão sendo realizadas para isolar e excluir este ou aquele país socialista, estendendo disputas ideológicas para as relações entre Estados. Campanhas de agitação estão sendo conduzidas contra partidos marxistas-leninistas e países irmãos, mobilizando inclusive as massas populares, outros partidos irmãos e organizações internacionais.
Certas pessoas chegaram ao ponto de não distinguir entre camaradas revolucionários e inimigos de classe. Recorrendo a práticas intoleráveis, aproximam-se dos inimigos e demonstram "amizade" e "boa vontade" a eles, enquanto tratam os irmãos de classe e camaradas revolucionários como inimigos.
Os partidos e países irmãos, que deveriam compartilhar vida e morte, alegrias e dificuldades na luta conjunta pela causa da classe trabalhadora em todo o mundo, estão sendo atingidos por golpes traiçoeiros.
Isso apenas alegra os imperialistas. Eles desejam ver desentendimentos e disputas entre nós e que rompamos uns com os outros. Estão ocupados descrevendo a "divisão" do bloco socialista como um fato consumado, clamando: "Não vamos perder a chance de aproveitar as diferenças!" no movimento comunista internacional.
Os comunistas não podem permanecer indiferentes a essa grave situação que diz respeito ao destino do bloco socialista e ao futuro da revolução mundial.
Hoje, os comunistas em todo o mundo enfrentam a tarefa urgente de, antes de tudo, defender resolutamente o bloco socialista.
Defender o bloco socialista é salvaguardar as conquistas históricas da longa luta da classe trabalhadora em todo o mundo e proteger a base da revolução mundial. Defender o bloco socialista não significa proteger apenas um país socialista ou apenas alguns países desse bloco, mas sim salvaguardar as conquistas obtidas pelos povos de todos os países socialistas na construção do socialismo e defender o bloco socialista como um todo.
No passado, apoiar e defender a União Soviética, o então único Estado socialista do mundo, era a pedra de toque do internacionalismo proletário.
No passado, a União Soviética construiu o socialismo sozinha, cercada pelo capitalismo, inspirando e apoiando ativamente os povos de todos os países em suas lutas revolucionárias. A União Soviética era a única base da revolução mundial.
Portanto, para os comunistas daquela época, defender e apoiar a União Soviética era um dever internacionalista sagrado de apoio e defesa da revolução mundial. Isso era absolutamente natural.
Nos difíceis anos sob o domínio colonial do imperialismo japonês, os comunistas coreanos, juntamente com os comunistas de todo o mundo, olharam para a União Soviética com esperança e expressaram solidariedade militante com o povo soviético sob o lema: "Defendamos a União Soviética com armas!"
Hoje, o número de países socialistas aumentou para treze, resultado do qual a União Soviética e os demais países socialistas assumiram o papel de "brigada de choque" no movimento revolucionário internacional.
Stalin disse: "Claro, era muito difícil cumprir esse papel honorável quando havia apenas uma 'brigada de choque' e quando ela tinha que desempenhar esse papel de vanguarda quase sozinha. Mas isso é coisa do passado.
Agora a situação é completamente diferente. Agora que surgiram novas 'brigadas de choque' na forma de democracias populares, desde a China e a Coreia até a Tchecoslováquia e a Hungria, tornou-se mais fácil para o nosso Partido lutar, e nosso trabalho também se tornou mais gratificante."
Com o crescimento das fileiras dos países socialistas, a base da revolução mundial foi ampliada. Atualmente, não é apenas um país específico, mas todo o bloco socialista que constitui a base da revolução mundial.
Assim, no presente, apoiar e defender tanto a União Soviética quanto todos os outros Estados socialistas, ou seja, o bloco socialista como um todo, é um ato verdadeiramente internacionalista. Somente com essa postura é possível salvaguardar e consolidar conjuntamente as conquistas da revolução e promover ainda mais a revolução mundial.
Entre os países socialistas, há, é claro, países grandes e pequenos, países com uma história revolucionária longa e curta.
Um país grande e com uma longa história revolucionária pode e deve desempenhar um papel maior nas relações internacionais do que um país pequeno e com uma história revolucionária mais curta. Um grande país que realizou a revolução antes de outros pode fazer uma contribuição maior para fortalecer o poder do bloco socialista, exercer maior influência sobre a luta de libertação das massas exploradas e das nações oprimidas, além de desempenhar um papel maior na defesa da paz mundial.
No entanto, isso não significa que qualquer país possa representar ou agir em nome de todo o bloco socialista.
Não importa o quão grande e avançado seja, o poder de um único país não pode substituir o poder de todo o bloco socialista, e um país não pode desempenhar o papel de todo o bloco socialista.
Se todos os países socialistas, grandes e pequenos, jovens e velhos em sua história revolucionária, desenvolvidos e subdesenvolvidos economicamente, fizerem esforços perseverantes a partir de sua posição revolucionária, poderão contribuir de acordo com sua capacidade para fortalecer o poder de todo o bloco socialista e desenvolver o movimento comunista internacional. Cuba, por exemplo, como o primeiro país socialista no Hemisfério Ocidental, está exercendo uma tremenda influência revolucionária sobre todo o povo da América Latina hoje. Está bem claro que nenhum outro Estado socialista pode ocupar a posição e desempenhar o papel de Cuba.
O bloco socialista pode exibir todo o seu poder somente quando todos os países socialistas unirem suas forças e estiverem firmemente unidos como um todo integral. Devemos, portanto, lutar de todas as formas para fortalecer o poder de todo o bloco socialista e aumentar seu papel.
Se os líderes de um ou outro partido apenas se vangloriarem de que seu país é grande, é uma grande potência com enorme poder econômico, e desconsiderarem os outros partidos e Estados fraternos, isso enfraquecerá o poder e minará a unidade do bloco socialista, prejudicando gravemente o movimento comunista internacional.
Recentemente, algumas pessoas têm se comportado como se não se importassem em separar certos países do bloco socialista.
Isso é uma expressão concreta da ideia errada de que um determinado país pode fazer o que quiser a partir de sua posição privilegiada e que os outros países não desempenham nenhum papel importante.
Os comunistas prezam não apenas pelas conquistas revolucionárias de um país específico, mas também pelas conquistas de todos os países socialistas.
Devemos defender e fortalecer ainda mais o bloco socialista, a gloriosa conquista do movimento operário internacional, e, com base nisso, avançar em direção a uma nova vitória. É uma das garantias mais importantes para a vitória futura fortalecer os bastiões do socialismo que já conquistamos. Se a unidade e o poder do bloco socialista forem enfraquecidos, isso trará consequências graves para o movimento comunista internacional.
Vemos uma campanha mundial sendo travada contra a República Popular da China recentemente.
Os imperialistas e todas as forças reacionárias internacionais nutrem um ódio feroz pela vitória da revolução chinesa; eles estão trabalhando freneticamente para prejudicar o prestígio da China e isolá-la.
No entanto, certos autodenominados comunistas se uniram aos imperialistas para lançar calúnias infundadas e ataques ferozes contra o Partido Comunista da China e a República Popular da China. Isso é um ato vergonhoso e extremamente perigoso.
Isolar a China significa, na prática, dividir o bloco socialista. Para ser franco, como se pode falar sobre o bloco socialista se a China, que compreende dois terços da população do bloco socialista, for excluída?
Isso não se aplica apenas a um país grande, mas também a um país pequeno. É inadmissível excluir qualquer país socialista do bloco socialista, não importa quão pequeno seja. Tal ato equivale a deixar as conquistas do socialismo, obtidas através da longa e árdua luta revolucionária, à mercê dos imperialistas.
Não está claro que, se o bloco socialista não for defendido, mas, ao contrário, as coisas se desenvolverem de tal forma que um país fosse isolado e excluído ontem, outro hoje e ainda outro amanhã, isso, a longo prazo, dividirá o bloco socialista e quebrará completamente o movimento comunista internacional?
Isolar e excluir este ou aquele país socialista não é uma questão isolada que diz respeito apenas à vítima, mas uma questão fundamental que envolve o destino de todo o bloco socialista e o destino da revolução mundial.
Esperamos que a revolução seja vitoriosa em mais um país e que as fileiras dos países socialistas se expandam constantemente, e estamos lutando para esse fim. Sendo assim, como podemos tolerar uma prática como a de separar o Estado socialista já vitorioso? Quão melhor seria se não fosse um país, mas dois; não doze países, mas treze a pertencer ao bloco socialista!
Algumas pessoas, ao tentar separar Estados individuais do bloco socialista, estão tramando arbitrariamente para arrastar para o bloco socialista um serviçal do imperialismo, como os titoístas, que foram unanimemente condenados no movimento comunista internacional.
Isso é um absurdo.
Se um país pertence ou não ao bloco socialista não pode ser decidido pelas opiniões subjetivas de qualquer indivíduo ou de algumas pessoas. Mesmo que queiram excluir um país do bloco socialista, ele não deixa de ser um país socialista; e mesmo que tentem conceder o "título de socialismo" a um país que não é socialista e arrastá-lo para o bloco socialista, ele não poderá se tornar um país socialista. O bloco socialista não pode ser feito um brinquedo nas mãos de qualquer indivíduo.
A divisão nunca deve ser permitida, e a unidade deve ser defendida.
O bloco socialista deve estar unido sobre os princípios do Marxismo-Leninismo e do internacionalismo proletário, e sobre os princípios revolucionários das declarações adotadas nas Reuniões dos Representantes dos Partidos Comunistas e Operários. Nenhuma unidade pode ser alcançada fora desses princípios.
Aqueles que se desviarem do caminho da revolução e causarem a divisão do bloco socialista terão que assumir a grave responsabilidade pelas consequências que surgirem.
Os Partidos Marxistas-Leninistas, em qualquer circunstância, superarão todas as provas e marcharão com vigor, segurando a bandeira do internacionalismo proletário e levando adiante até o fim a revolução socialista e a construção socialista. O movimento progressivo da revolução não pode ser detido.
O bloco socialista pode cumprir sua missão histórica quando estiver firmemente unido em fileiras monolíticas, opuser-se resolutamente ao imperialismo e ao revisionismo, e avançar segurando a bandeira da revolução.
3. Os partidos e países fraternais devem cumprir rigorosamente os padrões de suas relações mútuas
Os Partidos Comunistas e Operários e os países socialistas estão unidos por uma mesma ideia e pelo comum objetivo de luta.
As declarações das Reuniões dos Representantes dos Partidos Comunistas e Operários apresentaram, do ponto de vista marxista-leninista, uma exposição abrangente da essência das relações entre os Partidos e países fraternos e dos princípios que as orientam.
Elas estabeleceram os padrões para as relações mútuas entre os partidos e países irmãos — igualdade completa, soberania, respeito mútuo, não intervenção nos assuntos internos uns dos outros e assistência camaradesca.
Esses padrões são uma conclusão unanimemente adotada pelos partidos fraternos após resumirem a experiência histórica acumulada ao longo do desenvolvimento do movimento comunista internacional e do campo socialista.
São esses padrões que fornecem a base para a solidariedade e o critério para a ação unificada dos Partidos de todos os países. A justeza desses padrões já foi provada pela vida.
Quando os partidos fraternos e os países socialistas observam rigorosamente esses padrões que regem suas relações mútuas, a unidade do bloco socialista e do movimento comunista internacional se torna verdadeiramente voluntária, consciente e sólida.
Se esses padrões forem violados e palavras não corresponderem a ações, surgirão inevitavelmente problemas complicados entre os partidos fraternos e países, prejudicando a unidade do bloco socialista.
Todos os países socialistas e os Partidos Comunistas e Operários são iguais e independentes, e devem se respeitar mutuamente.
Dentro das fileiras do movimento comunista, ninguém pode reivindicar uma posição privilegiada, e não pode haver relação de superioridade e inferioridade; não pode haver relações nas quais um emita ordens e exerça controle de um posto central, enquanto os outros obedecem e executam as ordens. Nenhum partido deve impor sua vontade sobre os outros ou exigir respeito unilateral.
Os Partidos Comunistas e Operários devem apoiar, cooperar e ajudar uns aos outros de forma camaradesca.
Nos últimos anos, houve no movimento comunista internacional graves contravenções desses padrões nas relações mútuas acordadas pelos partidos fraternos.
Todos afirmam que aderem aos princípios estabelecidos nas declarações das Reuniões dos Representantes dos Partidos Comunistas e Operários. No entanto, nem todos os observam em ações.
Alguns afirmam que o princípio do centralismo e o princípio da minoria obedecendo à maioria devem ser aplicados nas relações entre os partidos irmãos.
O princípio do centralismo é uma norma aplicada à vida interna dos partidos individuais. Este princípio jamais pode ser aplicado às relações entre os partidos fraternos.
Dentro de um partido, as organizações inferiores submetem-se às organizações superiores, todas as organizações do partido se submetem ao Comitê Central do Partido, e a minoria à maioria.
O que aconteceria se essa norma que rege a vida interna dos partidos individuais fosse aplicada às relações entre partidos fraternos? Isso poderia resultar no fato de que um partido com autoridade estabelecida impusesse sua vontade unilateral sobre os outros partidos, invocando a maioria mecânica. Assim, a unidade consciente e voluntária desapareceria, e o chauvinismo da grande potência e o despotismo burocrático prevaleceriam, criando desconfiança mútua nas fileiras do movimento comunista.
A longo prazo, seria impossível para os partidos fraternos manterem unidade de vontade e ação entre eles.
Os comunistas sempre lutaram contra a desigualdade de todas as formas. Como os próprios comunistas poderiam hoje criar uma relação de desigualdade?
A demanda pela aplicação do princípio do centralismo nas relações mútuas entre os partidos irmãos já foi rejeitada e frustrada nas Reuniões dos Representantes dos Partidos Comunistas e Operários de vários países.
Hoje, os partidos irmãos de diversos países realizam suas atividades em uma situação fundamentalmente diferente da época da existência da Internacional Comunista.
O movimento revolucionário mundial se expandiu e se desenvolveu em todos os continentes em uma escala sem precedentes e em diversas formas, e a situação está passando por mudanças radicais e complexas. Os Partidos Comunistas e Operários de vários países foram forjados, por meio de uma longa luta revolucionária, para assumir a responsabilidade pela revolução em seus próprios países e se tornaram forças políticas poderosas.
Sob essas circunstâncias, uma liderança exclusiva de um "centro" tornou-se impossível e desnecessária.
Isso, é claro, não significa que os partidos fraternos de todos os países conduzam seu trabalho revolucionário separadamente, sem manter qualquer interrelação.
Os Partidos Comunistas e Operários e os países socialistas devem trabalhar em estreita cooperação e apoiar uns aos outros com base nos princípios internacionalistas proletários na luta contra o inimigo comum e pela causa comum.
Ao mesmo tempo, os partidos fraternos de todos os países devem alcançar a unanimidade de pontos de vista por meio de consultas coletivas sobre questões de interesse comum, elaborar uma estratégia e táticas unificadas para o movimento comunista internacional e manter unanimemente suas avaliações e conclusões conjuntas.
Somente assim é possível fortalecer a solidariedade de classe entre os partidos e países irmãos e garantir a unidade de sua vontade e ação.
Podem surgir diferenças de pontos de vista entre os partidos fraternos. Elas podem ocorrer devido à diferença nas condições de atividades e deveres específicos dos partidos fraternos de diversos países, assim como pela má compreensão do marxismo-leninismo e pela abordagem equivocada em relação à revolução.
Caso surjam diferenças de pontos de vista entre os partidos fraternos, elas devem ser superadas com sinceridade e paciência, por meio de consultas camaradescas com base em fatos e princípios.
Mas, hoje, algumas pessoas abandonaram à vontade os princípios acordados pelos partidos fraternos e tentam resolver as diferenças por meio de diversos métodos coercitivos. Elas, arbitrariamente, rotulam os partidos fraternos que não obedecem à sua vontade como "dogmáticos", "sectários", "nacionalistas", "aventuristas" e "elementos beligerantes".
Recentemente, estão gradualmente estendendo a polêmica ideológica entre os partidos para agravar as relações estatais. Elas revogaram unilateralmente seus acordos com países fraternos e praticamente cortaram as relações de cooperação econômica e técnica. Expulsam embaixadores e outros diplomatas e correspondentes com frequência. Não hesitam em cortar até mesmo as relações estatais com países fraternos.
Por que elas estariam estendendo disputas ideológicas entre os partidos fraternos até mesmo para as relações estatais e continuando a agravar a situação?
Como podem agir dessa forma em relação aos países fraternos, enquanto se esforçam para melhorar as relações estatais até com países imperialistas?
Isso só beneficia os imperialistas e traz prejuízos ao bloco socialista.
Sob quaisquer circunstâncias, os comunistas não devem se desviar da posição de classe nem esquecer a moral e o dever comunistas.
Os Partidos Marxistas-Leninistas de diversos países do mundo estão firmemente ligados entre si pela solidariedade de classe da classe trabalhadora. O movimento comunista internacional é impensável sem o princípio da aliança de classe. Os partidos fraternos de todos os países devem respeitar e cooperar entre si em pé de igualdade, apenas como camaradas de classe, independentemente da cor, raça, região ou do nível de desenvolvimento do país.
Algumas pessoas atropelam até mesmo este princípio elementar do movimento comunista internacional atualmente.
Algumas pessoas alegam que os partidos da Ásia não são capazes de agir de forma independente devido à "falta de experiência". E outros ainda menosprezam os irmãos de classe de outros países, vangloriando-se da "superioridade" e do papel distinto de uma determinada nação ou raça.
Tudo isso é uma atitude arrogante de insultar os partidos fraternos e um ato de chauvinismo que mina a solidariedade de classe. Isso é absolutamente inadmissível para os revolucionários.
A ideia de "Ásia atrasada" e a ideia de "nação superior" e "nação inferior" são remanescentes do passado que foram repudiados e enterrados há muito tempo. As fileiras do movimento comunista devem se livrar deles completamente.
A prática de um lado interferir nos assuntos internos do outro e exigir respeito unilateral deste último é a principal fonte do agravamento das relações normais entre os partidos e países irmãos.
Alguns se intrometem nos assuntos internos dos partidos e países fraternos e impõem sua vontade unilateral em nome de ajuda.
É o dever internacionalista dos Partidos Comunistas e Operários e dos países socialistas apoiar e cooperar uns com os outros na luta pela causa comum. E essa assistência mútua e cooperação são necessárias para todos os partidos e países fraternos, não apenas para um deles. Assim, seu objetivo não é fazer um favor nem registrar em um livro de contas, como fazem os comerciantes.
Não tem nada a ver com o internacionalismo proletário vangloriar-se da ajuda e usá-la como um meio de interferência política e pressão econômica.
"Ajuda" com condições ou "ajuda" dada como uma troca por interferência nos assuntos internos de outros, como é prática entre os países capitalistas, não pode e não deve existir entre países socialistas.
A ajuda dos países socialistas deve servir para a consolidação da soberania e independência de cada receptor e para o fortalecimento e desenvolvimento do bloco socialista.
Certas pessoas descrevem o congresso de partido de um país individual como a abertura de uma "nova etapa" no movimento comunista internacional, proclamam as políticas e decisões de um partido individual como um "programa conjunto" do movimento comunista internacional e tentam impor essas políticas a outros partidos fraternos.
As decisões ou medidas de um partido são obrigatórias apenas para esse partido e não podem ser vinculativas para as atividades de outros partidos.
É ainda mais inadmissível tentar forçar a campanha "anti-culto ao indivíduo" sobre outros partidos, e por trás da cortina de fumaça, interferir nos assuntos internos dos partidos e países irmãos e até mesmo conspirar para derrubar a liderança do partido nos países. Não é verdade que, precisamente por causa dos clamores "anti-culto ao indivíduo", muitos partidos fraternos sofreram com "febre" desnecessária e o movimento comunista internacional sofreu sérios prejuízos? No entanto, os clamores "anti-culto ao indivíduo" ainda estão sendo levantados por certas pessoas. Tal ação deve ser categoricamente rejeitada no movimento comunista internacional. Alguns também tentam ditar as políticas internas e externas de outros partidos fraternos e controlar sua implementação. Forçar as próprias opiniões subjetivas sobre outros partidos fraternos, sem uma clara compreensão das suas condições reais, trará enormes perdas para a revolução socialista e a construção socialista.
No período anterior, alguns camaradas não expressaram a devida compreensão ou apoio às políticas do nosso Partido para a construção socialista.
Sem uma noção clara das nossas condições reais, eles questionaram-nos, dizendo: “O Plano Quinquenal é uma ilusão”, “Não é necessário construir a indústria maquinaria”, “A velocidade da vossa cooperativização agrícola é rápida demais”, “Como podem fazer a cooperativização agrícola sem máquinas agrícolas?”, e assim por diante.
Não é preciso dizer que não sofremos grandes perdas com esses conselhos, pois agimos de forma independente, como decidimos. Não é difícil imaginar que teríamos sofrido certos danos se tivéssemos agido de outra maneira.
É evidente que, uma vez que a revolução socialista e a construção socialista de cada país são realizadas em circunstâncias e condições históricas diferentes, as políticas ou experiências de qualquer Partido não podem ser aplicadas indiscriminadamente a todos os outros países.
Os Partidos Comunistas e Operários devem confiar uns nos outros, alegrar-se com o sucesso de cada um, ter uma devida compreensão das linhas e políticas dos Partidos fraternos, respeitar suas experiências e aprender uns com os outros de forma aberta. No entanto, algumas pessoas que estão acostumadas a meter o nariz nos assuntos internos dos outros não se interessam nem se alegram com as conquistas reais dos Partidos fraternos na luta revolucionária e construção, mas, ao contrário, estão sempre duvidando dos Partidos fraternos e apenas observando se os fraternos agem como eles “instruíram” e introduzem toda sua experiência.
Assim, eles exigem unilateralmente que os países fraternos reportem obrigatoriamente as decisões e documentos de um certo Partido em suas rádios e jornais, tentando até supervisionar como os países fraternos estudam a história de um certo Partido, como aprendem a língua de um certo país e chegando ao ponto de questionar como os filmes de um certo país são recebidos e tentando interferir nisso. O espírito de igualdade e respeito mútuo já não pode ser visto aqui.
Esses são nada mais que uma expressão de chauvinismo da grande potência.
Se o relacionamento entre os partidos fraternos e os países socialistas continuar se desenvolvendo dessa maneira, como pode ser chamado de uma relação estatal de um novo tipo baseada no internacionalismo proletário?
O relacionamento entre os países imperialistas é de dominação e submissão, o que permite aos países maiores interferirem nos assuntos internos dos países menores, forçando sua vontade sobre os mesmos e exigindo respeito unilateral e obediência. Os países imperialistas defendem “amizade” e “solidariedade” superficialmente, mas realizam atividades subversivas nas costas dos outros. Eles divulgam “cooperação” e “ajuda” em palavras, mas na prática utilizam isso como um meio de subordinar outros países politicamente e economicamente.
Tais relações nunca podem ser toleradas entre os países socialistas. As relações entre os países socialistas são uma relação estatal de um tipo completamente novo, o primeiro de seu tipo na história.
Para o desenvolvimento de tais relações fraternas e para o fortalecimento da unidade do bloco socialista e da solidariedade do movimento comunista internacional, o “ceticismo” deve ser liquidado e o chauvinismo da grande potência rejeitado.
Ao mesmo tempo, consideramos que a tendência de perder a independência e seguir outros Partidos cegamente sob pressão externa também deve ser superada.
Imitar mecanicamente as palavras de outro e seguir os passos de outro sem usar o próprio julgamento não consolidará a unidade do movimento comunista nem significa lealdade ao internacionalismo. Pelo contrário, inevitavelmente trará perdas para a causa revolucionária de seu próprio país e enfraquecerá a coesão internacionalista.
Lenin apontou: "A unidade da tática internacional do movimento comunista da classe trabalhadora de todos os países exige, não a eliminação da variedade, não a abolição das diferenças nacionais, mas uma aplicação dos princípios fundamentais do comunismo (poder soviético e a ditadura do proletariado) que... os adapte e aplique corretamente às diferenças nacionais e nacionais-estatais."
Somente mantendo sua posição independente, os Partidos de todos os países podem impor suas políticas para adequá-las às condições específicas de seus países.
Os comunistas não estão envolvidos no trabalho revolucionário para serem aplaudidos por ninguém. Partindo da convicção marxista-leninista de si mesmos, cada Partido lidera a revolução de seu país e assume a responsabilidade perante seu povo. Deve moldar e seguir sua política julgando independentemente os problemas que surgem na revolução e na construção e aplicando criativamente os princípios do marxismo-leninismo às condições históricas e peculiaridades nacionais de seu próprio país.
Na revolução socialista e na construção socialista, não se deve recuar dos princípios universais do marxismo-leninismo nem seguir as políticas e experiências dos Partidos fraternos mecanicamente, sem considerar as peculiaridades nacionais.
O camarada Kim Il Sung apontou: “No futuro, também, devemos continuar estudando a experiência dos Partidos fraternos e aprender com ela. Mas não seremos capazes de evitar o erro do dogmatismo se não estudarmos e considerarmos sempre o estágio de desenvolvimento histórico e as relações sociais e de classe concretas daqueles países onde a experiência foi adquirida, bem como a situação atual do nosso país, onde ela será aplicada.”
Não se deve engolir a experiência de outro em sua totalidade. Quando um Partido comete erros dogmáticos, eventualmente se encontrará divorciado da realidade e das massas populares e será incapaz de cumprir satisfatoriamente os deveres nacionais e internacionais que assumiu perante o movimento comunista internacional.
Portanto, que o Partido de cada país mantenha o julgamento próprio e a posição independente é de grande importância para o desenvolvimento da revolução desse país e para a unidade do movimento comunista internacional.
A experiência adquirida pelos Partidos de todos os países na revolução socialista e na construção socialista deve ser respeitada por cada Partido. Não se deve pensar que apenas a experiência de um Partido específico é útil e pode servir como modelo, e que a experiência adquirida por outros Partidos não vale a pena ser aprendida ou considerada.
A experiência histórica acumulada nos últimos anos pelo povo soviético na revolução socialista e na construção socialista sob a liderança do Partido Comunista da União Soviética, que foi liderado por Lenin e depois pelo sucessor de sua causa, Stalin, constitui um patrimônio precioso de significado universal.
Negar essa experiência histórica e descrever o período passado do povo soviético como um “período sombrio” é afastar-se da verdade universal do marxismo-leninismo e do caminho da Revolução de Outubro. O chamado “caminho iugoslavo” proposto pela camarilha de Tito é um exemplo disso.
Juntamente com a experiência dos países onde o capitalismo se desenvolveu, a experiência da revolução socialista e da construção socialista acumulada por aqueles países que eram anteriormente colônias ou semicolônias também é de grande importância.
Esses países que foram colônias ou semicolônias possuem suas próprias condições socioeconômicas, tradições históricas, costumes nacionais e outras peculiaridades distintas dos países onde o capitalismo se desenvolveu. Essas peculiaridades não podem, de forma alguma, ser ignoradas.
A experiência adquirida na revolução socialista e na construção socialista por aqueles países ex-coloniais e dependentes é particularmente útil para a luta revolucionária das nações oprimidas e dos povos dos novos Estados independentes.
Quanto mais países trilham o caminho do socialismo e mais variadas se tornam as condições concretas de cada país no futuro, mais diversas serão as experiências acumuladas na revolução socialista e na construção socialista.
Os Partidos de todos os países fazem contribuições coletivas para enriquecer o tesouro do marxismo-leninismo ao resolver habilidosamente questões teóricas e práticas no desenvolvimento da revolução de seus próprios países.
A unidade do campo socialista e a solidariedade do movimento comunista internacional podem ser defendidas apenas pelos esforços conscientes e responsáveis de cada Partido e país fraterno.
Os Partidos Comunistas e Operários e os países socialistas devem, invariavelmente, seguir a política de confiar e respeitar uns aos outros, apoiando-se e cooperando entre si em total igualdade.
4. Cada país do bloco socialista deve ser fortalecido
À medida que se enfrentam ao imperialismo, os Partidos Comunistas e Trabalhistas nos países socialistas assumem o dever comum de fortalecer constantemente o poder do bloco socialista.
Para aumentar o poder do bloco socialista, é imperativo salvaguardar a unidade do bloco socialista e, ao mesmo tempo, consolidar e desenvolver cada país socialista. Somente quando cada país socialista, a unidade básica do bloco socialista, for consolidado e sua força unida, o bloco socialista inteiro poderá ser fortalecido.
Os Partidos dos países socialistas devem empenhar todos os esforços para fortalecer os sistemas sociais e políticos, desenvolver a economia e a cultura, melhorar o nível de vida do povo e fortalecer as capacidades de defesa em seus respectivos países. Assim, devem consolidar de todas as maneiras as posições do socialismo já conquistadas. Sem construir firmemente o seu próprio país, nenhum Partido pode cumprir a responsabilidade que assumiu perante o povo em casa e a classe trabalhadora internacional.
A revolução socialista e a construção socialista em cada país são realizadas, antes de mais nada, com a sua própria força.
Os comunistas devem acreditar em sua própria força antes de qualquer coisa. Mobilizar, sob a orientação do Partido, a inesgotável força do povo e os recursos internos de seus próprios países ao máximo constitui a garantia básica para a realização bem-sucedida da construção socialista.
Não é preciso dizer que isso não significa excluir a cooperação e a assistência mútua entre os países socialistas. Os países socialistas devem continuar desenvolvendo as relações de cooperação mútua. A cooperação e a assistência mútua entre os países fraternos são de grande importância para acelerar a construção socialista.
No entanto, o fator decisivo na revolução socialista e na construção socialista em cada país reside em sua própria força.
Se alguém não acreditar em sua própria força, contando apenas com a assistência de outros, não será capaz de realizar a revolução e a construção socialista. Tal postura nada tem em comum com o internacionalismo proletário.
Somente quando se adere ao princípio da autossuficiência, é que se pode realizar com sucesso a construção socialista, aliviando os países fraternos de seus fardos, e fazer uma contribuição substancial para o desenvolvimento geral do bloco socialista.
Este, de fato, é um comportamento fiel em relação ao internacionalismo.
Neste contexto, o camarada Kim Il Sung afirmou:
“Não é atitude de um revolucionário não fazer esforços próprios, limitando-se apenas a buscar ajuda externa. Com tal atitude, não podemos realizar a revolução. O fator decisivo na vitória de nossa revolução está na nossa força. Devemos construir uma nova sociedade em nosso país e alcançar a vitória final da revolução coreana principalmente com nossos próprios esforços. Fazer isso está em conformidade com os princípios do internacionalismo proletário, é uma forma de contribuir para o desenvolvimento do movimento revolucionário internacional.”
Ao fortalecer o poder do campo socialista, alguns países agora se deparam com a urgente tarefa de construir uma economia nacional independente.
Cada país socialista iniciou a construção do socialismo em diferentes condições sociais e históricas e em diferentes níveis de desenvolvimento econômico. Certos países possuíam uma economia relativamente desenvolvida herdada do passado, enquanto outros começaram a construir o socialismo com uma economia atrasada, pois eram países coloniais ou semicoloniais no passado.
Para fortalecer o poder do bloco socialista como um todo, nessas circunstâncias, é de extrema necessidade construir uma economia nacional independente o mais rápido possível, nos países que herdaram uma economia atrasada.
Os países socialistas devem construir uma economia multifacetada e abrangente que possa basicamente satisfazer as necessidades internas de maneira independente, por meio da criação da indústria pesada com a indústria de máquinas como seu núcleo e o desenvolvimento da indústria leve e da agricultura. Somente quando a independência econômica for assegurada, poderá se consolidar a independência política do país e construir um Estado moderno e desenvolvido. O estabelecimento de uma economia independente é o que torna possível promover a cooperação econômica mútua e a divisão do trabalho com base nos princípios de igualdade e benefício mútuo entre os países fraternos. Desde o início, tudo isso deveria ser bastante claro para aqueles que observam as coisas objetivamente, sem preconceito.
No entanto, certas pessoas persistem em se opor e obstruir a linha de autossuficiência e de construção de uma economia nacional independente nos países socialistas. Elas rotulam a construção de uma economia nacional independente como uma “tendência nacionalista” ou “economia fechada” e acusam-na de ser uma linha “politicamente perigosa e economicamente prejudicial”. Distorcendo a verdade, elas desenham um quadro falso, como se o desenvolvimento econômico independente fosse contrário à cooperação e assistência entre os países socialistas.
Falam sobre “as tradições de produção”, “lucratividade” e outros termos, alegando que uma economia abrangente e desenvolvida de maneira multifacetada só pode ser construída em grandes países. Isso significa, em última análise, que os outros países devem desenvolver apenas alguns ramos limitados da economia e ter sempre uma economia unidimensional.
Toda essa lógica é bastante estranha.
Pode-se perguntar: Se é princípio das relações mútuas entre os países socialistas garantir igualdade e soberania completas e, com base nisso, cooperar e se ajudar, como poderia esse princípio ser “perigoso” e “prejudicial” no campo econômico? Não seria o caso de que aqueles que se opõem à independência econômica de cada país socialista querem reduzir o princípio de igualdade e soberania a palavras vazias?
Sem construir uma indústria moderna diversificada e uma agricultura moderna, é impossível desenvolver a economia, a cultura, a ciência e a tecnologia, melhorar o nível de vida do povo e construir o socialismo.
Aqueles que se opõem à construção de uma economia independente defendem, em vez disso, o estabelecimento de uma “economia unificada dos países socialistas.” Eles afirmam que a “economia unificada” é a forma mais ideal de cooperação internacional entre os países socialistas no momento. Sob a bandeira de “economia unificada”, eles querem erradicar a independência econômica dos países fraternos, controlar o desenvolvimento de suas economias nacionais e torná-las um apêndice subordinado às economias de outros países.
Hoje, a introdução de tal “economia unificada” tornaria impossível explorar ao máximo os recursos internos de cada país, reduziria a iniciativa do povo e causaria confusão e estagnação no desenvolvimento econômico.
A imposição de uma “economia unificada” reduziria, a longo prazo, a economia de cada país socialista a um apêndice da economia de um ou dois países, subordinando-a aos interesses do desenvolvimento econômico de um ou dois países.
Não é necessário dizer que a perda de independência econômica tornaria impossível para qualquer país manter sua completa independência e soberania. Não pode haver verdadeira cooperação internacional onde não há independência e soberania.
Oposição à construção de uma economia independente significa, em última análise, que um país economicamente atrasado deve permanecer atrasado e um país agrário deve permanecer agrário para sempre.
Assim, a diferença no nível de desenvolvimento dos países socialistas não seria eliminada, mas sim ampliada, e a dependência de um país atrasado em relação aos mais desenvolvidos permaneceria inalterada.
Isso teria uma influência negativa sobre os povos dos países que ainda estão sob a opressão do imperialismo. Os povos do mundo acompanham de perto a construção socialista em todos os países socialistas. Especialmente, a construção socialista nos antigos países coloniais e semicoloniais é uma questão de grande interesse para os povos dos países coloniais e dependentes, bem como para os recém-independentes.
Se este ou aquele país socialista negar a linha de construir uma economia independente e continuar atrasado como antes, dependendo de outros economicamente, inevitavelmente dará uma imagem distorcida do sistema socialista aos povos dos países coloniais, dependentes e aos recém-independentes.
Se alguém deve permanecer dependente de outros e não conseguir garantir independência política e econômica mesmo após a revolução socialista, quem no mundo desejaria a revolução?
O campo socialista pode ser mais poderoso somente quando não um ou dois, mas todos os países socialistas se desenvolvem igualmente.
Para isso, os comunistas não devem se opor à linha de construção de uma economia independente nos países atrasados, mas devem apoiá-la ativamente.
Os países que fizeram a revolução antes dos outros e possuem uma economia avançada devem ajudar positivamente na industrialização socialista dos países que fizeram a revolução mais tarde e se juntaram às fileiras socialistas com economias atrasadas. Todos os países devem lutar para eliminar seu atraso e alcançar o nível dos países desenvolvidos e avançados. A cooperação mútua deve ser promovida ainda mais entre os países fraternos com base no desenvolvimento da economia nacional de cada país socialista e no fortalecimento de sua independência.
Somente assim o poder do bloco socialista pode ser verdadeiramente consolidado, como uma base sólida, e também contribuir para a realização da revolução mundial. Assim, os imperialistas serão ainda mais pressionados pelo poder do bloco socialista e não ousarão cometer atos agressivos.
Os comunistas não devem ser ciumentos ou temerosos, mas devem se alegrar e apoiar ativamente o desenvolvimento mais adiantado dos países fraternos, que antes eram atrasados, em potências desenvolvidas e poderosas, com a base de uma economia independente. Este é o verdadeiro ato do internacionalismo proletário.
Os Partidos dos países socialistas devem, de forma invariável, aderir a essa posição também em relação ao fortalecimento das capacidades de defesa do bloco socialista. Para reforçar a capacidade de defesa do bloco socialista, tão firme quanto uma rocha, é imprescindível fortalecer a capacidade de defesa de todos os países socialistas, e não de um único Estado.
O bloco socialista é o campeão da paz mundial e da segurança de todas as nações. Os países socialistas não desejam a guerra. Mas, enquanto o imperialismo existir, o perigo de guerra não pode ser eliminado. As forças armadas nas mãos dos países socialistas constituem o meio mais poderoso para conter as políticas de agressão e guerra dos imperialistas, defender os países socialistas e salvaguardar a paz mundial.
Portanto, a menor fraqueza das forças armadas do bloco socialista, sob qualquer pretexto, é absolutamente impermissível.
No entanto, certas pessoas fazem propaganda como se as forças armadas de um determinado país estivessem defendendo todo o bloco socialista, como se a mais recente técnica militar de um determinado país fosse a responsável pela segurança do bloco socialista e pela paz mundial. Elas desconsideram o papel dos outros países fraternos na defesa do bloco socialista e negligenciam sua devida cooperação para fortalecer o poder de defesa desses países.
Todos aqueles que realmente se preocupam com a segurança do bloco socialista e a paz mundial não podem concordar com tal posição.
Não é necessário dizer que as forças armadas e a mais recente técnica militar de um país socialista poderoso podem desempenhar um grande papel na contenção das maquinações de agressão e guerra dos imperialistas e na defesa do bloco socialista, se o Partido daquele país que as possui mantiver-se fiel aos princípios do Marxismo-Leninismo e do internacionalismo proletário. No entanto, isso não significa que a defesa do bloco socialista deva ser deixada inteiramente ao poder militar de qualquer país.
A defesa do bloco socialista deve repousar sobre as forças armadas de todos os países socialistas, não deve se basear apenas em uma arma de última geração, mas deve repousar, em primeiro lugar, na força do povo.
Na defesa do bloco socialista, a cada país socialista é atribuído um posto definido para defender. Na defesa de seu próprio posto, nenhum país socialista deve tentar depender exclusivamente do poder militar de outro país.
Hoje, os imperialistas não estão apenas preparando uma “guerra total” contra o bloco socialista e os povos do mundo. Eles também estão travando “guerras limitadas” e “guerras especiais”.
Diante dessas circunstâncias, cada país socialista deve confiar firmemente no poder militar de todo o bloco socialista e, ao mesmo tempo, deve se preparar plenamente para combater qualquer ataque estratégico militar do inimigo, confiando ao máximo em sua própria força e potencialidades. Portanto, é importante que todos os países socialistas possuam a mais recente tecnologia militar e fortaleçam seu poder de defesa por meio de cooperação mútua.
Este é o próprio posicionamento da solidariedade internacionalista e da unidade militante para combater o imperialismo de forma conjunta e salvaguardar os ganhos da revolução socialista coletivamente.
Ao aumentar o poder do bloco socialista, os Partidos dos respectivos países também devem fazer esforços consistentes para consolidar o sistema socialista que já conquistaram.
Uma tarefa importante nesse sentido é fortalecer o Partido Marxista-Leninista, intensificar o papel de liderança da classe trabalhadora, consolidar a aliança operário-camponesa e cimentar, de todas as maneiras, a coesão política e moral do povo.
Quanto mais a construção socialista for promovida e maior for o nível de vida do povo, mais necessário será intensificar a educação de classe e comunista das massas. Onde a educação comunista é enfraquecida, as ideias burguesas ganham força e a consciência de classe das massas é paralisada.
Embora os latifundiários e capitalistas tenham sido liquidadados como classe, seus remanescentes ainda não foram completamente erradicados e os velhos resquícios ideológicos e velhos costumes de vida ainda se manifestam de forma conspícua. Os imperialistas infiltram-se nos países socialistas com todo tipo de espiões, destrutores e saboteadores, espalham todas as formas de ideias burguesas nocivas e modos de vida decadentes, confiando nas forças remanescentes das classes exploradoras já liquidadas, nos remanescentes da velha ideologia e nos velhos modos e costumes desses países, tentando transformar os países socialistas e miná-los por dentro.
Tudo isso mostra que a luta de classes não deve ser enfraquecida nos países socialistas.
Os Partidos nos países socialistas devem fortalecer a ditadura do proletariado, uma poderosa arma nas mãos da classe trabalhadora, e aumentar ainda mais seu papel.
Atualmente, algumas pessoas, ao falarem sobre “liberdade,” “democracia,” “legalidade” e “humanismo,” tentam paralisar a consciência de classe do povo trabalhador e criar um caos ideológico, querendo abrir mão da luta de classes. Elas alegam que a ditadura do proletariado completou sua missão sob o pretexto de que “as classes hostis foram liquidadas,” que “não existem mais infratores políticos” e que “os objetos de repressão não existem mais.” Essa é uma atitude repleta do perigo de enfraquecer as posições do socialismo.
É verdade que uma mudança fundamental ocorreu na estrutura social e de classes de cada país socialista. Mas isso não significa que a luta de classes desapareceu ou que a ditadura do proletariado não seja mais necessária.
A experiência mostra que quando o povo não é educado adequadamente e a ditadura do proletariado é enfraquecida nos países socialistas, as ideias burguesas tendem a se espalhar e as pessoas se entregam a uma vida ociosa e relaxada, degenerando-se e se dissipando. A ordem social é perturbada, o inimigo interno e externo recebe a chance de realizar atividades subversivas e, além disso, pode-se criar um grande perigo no próprio sistema socialista.
Somente quando a vigilância contra as manobras subversivas dos imperialistas for constantemente aguçada e a ditadura do proletariado for constantemente fortalecida em cada país socialista, as posições socialistas serão consolidadas e a construção do socialismo e do comunismo será realizada com sucesso.
Os Partidos nos países socialistas devem se esforçar de forma constante e persistente para aumentar a consciência de classe do povo trabalhador e armá-lo firmemente com a consciência da missão histórica da classe trabalhadora e da ideia de levar a revolução até o fim.
Quando todos os países do campo socialista estiverem firmemente fortificados politicamente, economicamente, culturalmente e militarmente, e suas forças estiverem unidas, o campo socialista exibirá uma força imensuravelmente grande e cumprirá seu papel como o baluarte da luta da classe trabalhadora e dos povos de todo o mundo contra o imperialismo e todas as forças reacionárias.
5. O campo socialista deve apoiar ativamente os povos do mundo em sua luta revolucionária.
O objetivo final dos comunistas é alcançar a vitória do socialismo e do comunismo em escala mundial.
A revolução em cada país é um componente da revolução mundial. A vitória da revolução em países individuais é o processo que leva à vitória final da revolução mundial. Sem consolidar a vitória da revolução nos países individuais, não podemos alcançar a vitória da revolução mundial, e, além da vitória da revolução mundial, não pode haver vitória final da revolução nos países individuais. A tarefa nacional e a tarefa internacional da revolução são os dois lados de uma mesma moeda. Os comunistas devem lutar até o fim não apenas pela revolução em seus próprios países, mas também pela vitória da revolução mundial.
Lenin nos ensinou que a ditadura do proletariado deve ser transformada da ditadura de um país individual para a ditadura do mundo inteiro.
Os comunistas não devem considerar como objetivo a vitória da revolução e a construção socialista apenas em seus respectivos países.
"A vitória do socialismo em um país não é uma tarefa autossuficiente. A revolução que foi vitoriosa em um país deve se considerar não como uma entidade autossuficiente, mas como uma ajuda, um meio para apressar a vitória do proletariado em todos os países." (J. Stalin)
Se alguém se contenta com os sucessos obtidos na revolução de seu próprio país e negligencia a revolução mundial, isso é interromper a luta revolucionária no meio do caminho e recuar da causa internacional do proletariado. Somente quando tiverem cumprido a revolução em seus respectivos países e na revolução mundial é que os comunistas poderão afirmar ter cumprido a tarefa histórica que lhes foi atribuída.
Os partidos dos países socialistas devem lutar no interesse tanto do povo de seus países quanto da classe trabalhadora internacional e das massas trabalhadoras oprimidas de todo o mundo. Ao fazer isso, o bloco socialista pode cumprir adequadamente seu dever como base da revolução mundial. Hoje, os países socialistas estão desenvolvendo sua economia e cultura e fazendo tudo ao seu alcance para consolidar o bloco socialista. Mas isso não é um fim em si mesmo; também é necessário para promover a revolução mundial.
O bloco socialista está apoiando a revolução mundial principalmente de duas maneiras: uma é que os países socialistas incentivam incessantemente os povos do mundo à luta revolucionária por meio dos exemplos em sua própria construção socialista, e a outra é que eles se opõem à agressão e pilhagem pelos imperialistas e oferecem apoio positivo, material e moral, à luta de libertação dos povos.
O Partido de cada país socialista deve, antes de tudo, realizar a construção socialista e comunista com êxito em seu próprio país. Os países socialistas devem demonstrar aos povos do mundo a superioridade do sistema socialista sobre o sistema capitalista por meio dos sucessos alcançados na construção socialista.
Nos países socialistas, o poder político está nas mãos do povo trabalhador, liderado pela classe trabalhadora; a fonte de exploração e opressão é eliminada de uma vez por todas; o desemprego e a pobreza são erradicados; os direitos ao trabalho, ao descanso e à educação são assegurados; a economia e a cultura se desenvolvem rapidamente; e a vida material e cultural do povo melhora constantemente. Todos esses fatos devem ser claramente demonstrados. Ao mesmo tempo, devemos demonstrar a unidade política e moral de toda a sociedade inerente à sociedade socialista, bem como a moral comunista do povo e seus traços nobres.
Isso despertará ainda mais os povos do mundo capitalista e os incentivará à luta contra o próprio sistema capitalista.
Mas atualmente, algumas pessoas querem demonstrar a superioridade do sistema socialista apenas por meio da competição econômica. Elas falam como se tudo fosse fácil se as pessoas levassem uma vida abundante entregando-se ao prazer nos países socialistas.
Se as coisas continuarem assim, a verdadeira superioridade do sistema socialista não poderá ser demonstrada; ao contrário, isso obscurecerá a diferença fundamental entre socialismo e capitalismo, com o resultado de que as pessoas conceberão uma ideia errada sobre o socialismo.
Ao enfatizar excessivamente a importância dos exemplos, alguns também estão inclinados a subordinar a luta revolucionária dos povos oprimidos à competição econômica. Eles acreditam que o socialismo será vitorioso por si só nos países capitalistas, desde que os países socialistas triunfem na competição econômica.
A vitória dos países socialistas na competição econômica ainda não é suficiente para garantir a vitória da revolução nos países capitalistas.
A revolução social em um país é, principalmente, a soma total do trabalho dos fatores subjetivos e objetivos do desenvolvimento social do país.
A maturidade da situação revolucionária e a realização da revolução são, antes de tudo, o resultado do desenvolvimento interno do país em questão e dependem da consciência e organização de seu povo. A revolução neste ou naquele país é preparada e realizada pelo próprio povo desse país; nunca por outro povo.
Aqueles que enfatizam a importância da competição econômica de maneira unilateral, na verdade, se desviarão da perspectiva da luta de classes.
Alegando que, quando os países socialistas ganham a competição econômica, todos os povos do mundo serão libertados automaticamente, perguntam por que o povo deveria travar lutas revolucionárias fazendo sacrifícios.
Tal alegação, na verdade, equivale a pregar para que o povo permaneça submisso à tirania do imperialismo e do colonialismo. Trata-se de uma tentativa de não apoiar e ajudar a luta revolucionária dos povos, mas de dificultar o desenvolvimento da revolução mundial.
Se não lutarmos por medo dos sacrifícios, mas apenas ficarmos sentados esperando, a libertação e a independência nunca serão alcançadas.
Por que aquelas pessoas que falam tanto sobre o sacrifício na luta revolucionária fecham os olhos para o fato de que, sob o sistema capitalista, inúmeros trabalhadores estão constantemente sofrendo com a exploração, a falta de direitos, o desemprego e a pobreza, a fome e a doença, sendo privados de suas vidas a cada dia e a cada hora? E como podem permanecer como simples espectadores quando os melhores filhos e filhas do povo estão gemendo nas prisões e sendo cruelmente executados sob a perseguição e opressão dos brutamontes imperialistas?
Apoiar a revolução mundial é o dever internacionalista dos países socialistas e dos comunistas. Lenin nos ensinou que o país que conquistou a vitória deve "fazer o máximo possível em um país para o desenvolvimento, apoio e despertar da revolução em todos os países."
Ao apoiar a revolução mundial, com quem os países socialistas devem se aliar e para onde devem direcionar a ponta da lança de seu ataque? Eles devem se aliar à classe trabalhadora internacional, aos povos oprimidos, às nações oprimidas e a todas as forças progressistas do mundo inteiro. Além disso, devem expandir e fortalecer incansavelmente a frente comum contra o imperialismo e reunir todas as forças para isolar completamente o imperialismo. Com a força unida do povo, devemos lutar resolutamente contra o imperialismo e direcionar a ponta da nossa lança contra o imperialismo estadunidense, o inimigo mais hediondo dos povos do mundo.
Devemos nos unir com todas as forças que se opõem ao imperialismo e apoiar todas as formas de luta contra o imperialismo.
Devemos conquistar e apoiar todas as forças, por menores que sejam, desde que ajudem a enfraquecer o imperialismo, mesmo que levemente.
Os países socialistas devem expressar sua solidariedade de classe com e dar apoio militante à classe trabalhadora mundial que luta pela transformação revolucionária da sociedade capitalista e apoiar de todas as formas a luta de libertação das nações oprimidas para quebrar as correntes do imperialismo e do colonialismo. Nunca devemos fazer concessões a qualquer manobra imperialista para infringir os direitos e interesses do povo; devemos dificultar e frustrar qualquer plano dos imperialistas para exportar contrarrevolução.
O bloco socialista deve lutar resolutamente pela causa da paz mundial. A luta pela paz é impensável sem a luta contra o imperialismo.
O bloco socialista deve expor e destruir as políticas imperialistas de agressão e guerra em cada passo, além de apoiar e incentivar ativamente a luta das forças de todos os estratos por paz e democracia.
Tudo isso ajudará a tornar a situação cada vez mais favorável à paz, à democracia, à independência nacional e ao socialismo, e cada vez mais desfavorável ao imperialismo. Somente quando o campo socialista aderir estritamente a essa postura revolucionária, poderá desempenhar plenamente seu papel como a base da revolução mundial tanto no nome quanto na prática.
Recusar-se a apoiar a luta revolucionária da classe trabalhadora e a luta de libertação nacional dos povos da Ásia, África e América Latina, para manter boas relações com os imperialistas e não ofendê-los, e se opor à luta armada desses povos com o argumento de que ela implica o risco de guerra — tudo isso é uma traição à causa revolucionária dos povos e uma capitulação aos imperialistas.
Devemos estar atentos à tendência de não apoiar a revolução mundial, assim como a atos anticlasse, como criar obstáculos ao desenvolvimento da revolução mundial sob o pretexto de "ajuda".
A ajuda dos países socialistas deve ser prestada apenas de forma a consolidar a independência nacional do país receptor, reforçar suas forças revolucionárias e enfraquecer as posições dos imperialistas na arena internacional.
"Ajuda" que se desvie dessa perspectiva ajudará não as forças progressistas, mas as forças reacionárias, não contribuirá para o desenvolvimento da revolução, mas irá prejudicá-la.
Os países socialistas não devem fornecer diversas ajudas, incluindo ajuda militar, para que um ou outro país as utilize para se opor e atacar um país socialista fraterno. Tal ato prejudica a revolução mundial.
Os povos dos países socialistas devem sempre ter em mente que é seu sagrado dever internacionalista apoiar os povos que estão lutando; devem defender a ideia revolucionária de que a construção socialista em seus próprios países deve servir ao desenvolvimento do movimento revolucionário mundial.
Se alguém se contenta com a vitória do socialismo em seu próprio país e vive uma vida abastada sem se importar com os outros, apenas desfrutando dos frutos da revolução já conquistada, como o campo socialista pode desempenhar o papel de base da revolução mundial?
Se algum país socialista permitir que seu povo trabalhe menos que outros e busque apenas o prazer e o conforto, isso levará a esquecer o sofrimento de seus irmãos de classe e a ignorar os interesses da revolução mundial. Essa não é a atitude dos revolucionários, e nada tem a ver com o senso de dever que os comunistas devem ter. O povo dos países socialistas deve continuar lutando com determinação e trabalhar mais pela prosperidade e desenvolvimento de seus países e pela emancipação dos trabalhadores do mundo inteiro.
A revolução mundial ainda não acabou. Não podemos fechar os olhos ao fato de que dois terços da humanidade ainda estão sujeitos à exploração e opressão pelo capital. Não são poucos os que ainda precisam se livrar do vergonhoso jugo do colonialismo. Além disso, os imperialistas estão prendendo os novos Estados independentes com grilhões coloniais de um novo tipo.
Nenhum comunista genuíno, nem um internacionalista genuíno, poderia fingir ignorar todos esses fatos. Enquanto o imperialismo existir neste planeta, os comunistas não podem interromper sua luta.
Algumas pessoas, no entanto, alheias à missão histórica que assumiram perante a classe trabalhadora mundial, querem desistir de sua luta no meio do caminho, buscando uma vida de conforto no presente. Elas não só pararam de fazer revolução, mas também estão impedindo outros de fazerem a revolução.
Se não realizarem a revolução e impedirem outros de fazê-la, quem no mundo se encarregará da revolução? Se ninguém fizer revolução, qual será o destino dos povos que ainda não estão libertados?
Embora haja pessoas que vacilam diante das dificuldades e provações e desertam das fileiras revolucionárias, cansando-se da revolução, aqueles que têm a missão de realizar a revolução devem continuar sua luta.
Todos os partidos marxista-leninistas devem unir-se firmemente com os povos do mundo, a fim de avançar ainda mais o movimento revolucionário e levar a revolução até o fim.
O apoio e incentivo prestados pelo bloco socialista aos povos do mundo não são de maneira alguma unilaterais. Os países socialistas dão apoio e incentivo aos povos do mundo e, ao mesmo tempo, recebem apoio de que necessitam. O apoio dos povos do mundo constitui um grande incentivo e auxílio para os países socialistas.
A luta revolucionária da classe trabalhadora e das massas trabalhadoras contra a opressão do capital e as lutas de libertação dos povos dos países coloniais e dependentes atingem o imperialismo e seu sistema colonial, enfraquecendo suas posições. Isso faz uma grande contribuição para virar o equilíbrio de forças em favor do socialismo na arena internacional e fortalecer o poder do bloco socialista.
Se o povo dos países capitalistas lutar resolutamente contra as políticas de agressão e guerra de seus governos e conseguir frustrá-las, isso não apenas salvaguardará os interesses dos povos dos países envolvidos, mas também prestará grande apoio aos países socialistas. Se os imperialistas forem imobilizados e a paz for mantida e consolidada por uma luta comum obstinada dos povos dos países do mundo, a construção socialista será ainda mais promovida nos países socialistas.
Sempre que os imperialistas saíram com maquinações frenéticas contra o bloco socialista no passado, a classe trabalhadora nos países capitalistas e todos os povos e nações oprimidos saíram para apoiar e proteger os países socialistas. Isso deu grande incentivo aos países socialistas. Lembramos com gratidão o apoio ativo prestado pelos povos do mundo à justa luta do povo coreano nos anos de guerra severa contra o imperialismo estadunidense.
Não há país que não precise do apoio dos trabalhadores do mundo. O apoio e a assistência mútuos dobrarão nossa força e promoverão a causa revolucionária.
Os trabalhadores e os povos oprimidos de todo o mundo devem fortalecer ainda mais sua unidade sobre os princípios do Marxismo-Leninismo e do internacionalismo proletário e travar uma luta obstinada contra o imperialismo. Quando os povos dos países no grande bloco socialista e os povos de todo o mundo se unirem e lutarem, certamente conquistarão a vitória final.
6. Devemos opor-nos ao revisionismo e defender o marxismo-leninismo.
O campo socialista é uma base poderosa para a luta de libertação da classe trabalhadora e dos povos de todo o mundo — e a inexpugnável muralha da paz mundial. Os povos do mundo contam e depositam suas esperanças na prosperidade do bloco socialista e no desenvolvimento do movimento comunista internacional, associando seus interesses vitais a eles.
Quando unidos e solidificados, o bloco socialista e o movimento comunista internacional são poderosos e fortes, sendo capazes de cumprir o dever histórico que assumem diante da humanidade progressista.
Hoje, no entanto, o bloco socialista e o movimento comunista internacional se encontram diante de uma situação séria devido às diferenças internas de opinião.
As diferenças que surgiram no movimento comunista internacional cresceram agora para questões de princípios sobre o destino do bloco socialista e do movimento comunista internacional.
Essas diferenças não dizem respeito apenas aos métodos de luta no movimento comunista, mas às questões fundamentais da revolução: elas abrangem não questões isoladas, mas as questões gerais das teorias marxista-leninistas, estratégia e táticas.
Hoje, as questões são: devemos ou não aderir ao marxismo-leninismo, devemos ou não lutar contra o imperialismo, devemos ou não levar a revolução até o fim?
As atuais polêmicas no movimento comunista internacional são, em última análise, uma luta entre o marxismo-leninismo e o revisionismo.
Sob o pretexto de que a "situação mudou", os revisionistas modernos esvaziam a essência revolucionária do marxismo-leninismo, violando abertamente os princípios revolucionários das declarações das Reuniões dos Representantes dos Partidos Comunistas e dos Operários.
Os revisionistas fazem concessões indevidas e se submetem aos imperialistas sem princípios.
Eles abominam a revolução e a abandonam, tentando arrastar os partidos e comunistas de vários países para o pântano do revisionismo.
Os revisionistas levantam poeira em várias partes do mundo. Eles causam confusão e tensões nas fileiras do movimento comunista internacional e tentam dividir o campo socialista. Desacreditam o socialismo e prejudicam o prestígio do campo socialista em todos os lugares, tentando destruir, um a um, os grandes bastiões construídos com o suor e sangue da classe trabalhadora de todo o mundo ao longo de um longo período.
Se tal estado de coisas for deixado de lado, para onde levará o campo socialista e o movimento comunista internacional?
É evidente que, se não conseguirmos, a tempo, nos livrar do oportunismo de direita que surgiu nas fileiras do movimento comunista, a causa da classe trabalhadora internacional sofrerá pesadas perdas.
Não pode haver compromisso entre o marxismo-leninismo e o revisionismo, e a linha revolucionária é incompatível com a linha oportunista.
Sem combater o revisionismo, é impossível salvar a grave situação criada no campo socialista e no movimento comunista internacional, avançar o movimento comunista e cumprir a causa histórica da classe trabalhadora.
É uma tarefa revolucionária urgente dos Partidos Comunistas e dos Operários e dos comunistas do mundo lutar contra o revisionismo moderno e em defesa do marxismo-leninismo.
Hoje, lutar contra o revisionismo é uma questão relacionada não apenas aos partidos individuais, mas aos Partidos e comunistas de todos os países do mundo.
A situação atual exige que todos os comunistas do mundo estudem com calma e ponderem sobre o estado atual das coisas com um profundo senso de responsabilidade e determinem sua posição correta. Os comunistas de cada país têm responsabilidade por seu Partido e revolução em seu país, e todos os Partidos marxista-leninistas e os comunistas do mundo, pela causa do movimento comunista internacional.
As questões que surgem no bloco socialista e no movimento comunista internacional devem ser resolvidas por nós, comunistas.
A atual situação grave não pode, de forma alguma, ser salva por alguns partidos ou algumas pessoas. Ela só pode ser resolvida de acordo com os princípios do marxismo-leninismo, por meio dos esforços conjuntos de todos os partidos e comunistas do mundo.
É evidente que o método e a forma de luta contra o revisionismo podem variar de acordo com as condições específicas de cada partido. O método e a forma que deve ser adotada é uma questão a ser julgada e decidida pelo partido do país em questão. Os Partidos Marxistas-Leninistas e os comunistas devem participar desta luta a partir de uma posição de princípios e independente.
Em primeiro lugar, consideramos necessário que os comunistas de todos os partidos levantem sua voz contra o revisionismo e contenham as atividades dos revisionistas.
Devemos exercer pressão sobre os revisionistas, isolá-los e evitar que o revisionismo seja infiltrado nas massas. Devemos garantir que ninguém seja enganado pelo revisionismo. Devemos revolucionar e unir todos os comunistas e as massas para que o partido todo assuma uma posição firme marxista-leninista e devemos fortalecer firmemente as fileiras comunistas e revolucionárias.
Não menos importante é que cada partido, ao combater o revisionismo, deve rejeitar resolutamente a prática de impor o revisionismo a outros nas fileiras do movimento comunista internacional e não segui-lo.
Certas pessoas, aproveitando-se da autoridade estabelecida de seu partido, estão espalhando o revisionismo por toda parte e forçando outros partidos a segui-los. Eles estão ávidos para alistar “colegas” dispostos a apoiar e seguir sua posição revisionista.
Os Partidos Marxistas-Leninistas e os comunistas devem rejeitar resolutamente tal ato e não permitir que ninguém coloque o bloco socialista e o movimento comunista internacional sob seu controle.
Não se deve aceitar o revisionismo imposto, nem seguir os passos dos revisionistas. Os comunistas, em nenhuma circunstância, devem abandonar sua posição de princípios, mas devem sempre manter sua posição independente.
Consideramos que, para combater o revisionismo e defender o marxismo-leninismo, a crítica e a autocrítica devem ser amplamente desenvolvidas e uma luta ideológica deve ser travada com energia dentro das fileiras do movimento comunista internacional e dentro dos partidos de todos os países.
A crítica e a autocrítica são uma arma incisiva na luta ideológica dos comunistas.
As diferenças que surgiram no movimento comunista internacional hoje são, em última análise, uma questão ideológica e política sobre a posição básica de todos os partidos e comunistas. Tal questão não pode ser resolvida por métodos coercitivos ou pelo encobrimento da situação. Ela só pode ser resolvida por meio da crítica e autocrítica, por meio de uma luta ideológica acirrada, por todos os comunistas.
Lenin nos ensinou: "O dever dos comunistas não é calar as fraquezas de seu movimento, mas criticá-las abertamente para eliminá-las de forma rápida e radical."
Através da luta ideológica podemos temperar ainda mais todos os partidos e comunistas, armar as massas com a ideologia revolucionária e prepará-las para a luta revolucionária.
A crítica e a autocrítica devem ser conduzidas livremente com base em fatos e de maneira igualitária e imparcial. Ao realizar a crítica e a autocrítica, deve-se manter uma posição estritamente de princípios e camaradesca. Atos como suprimir a justa voz dos comunistas, rotulá-los de "sectários" e similares, e recorrer à retaliação não devem ser permitidos nas fileiras do movimento comunista internacional ou em partidos individuais.
Os comunistas devem ter coragem e capacidade para corrigir seus erros.
O amplo exercício da crítica e da luta ideológica contra o revisionismo traçará uma linha clara entre o marxismo-leninismo e o revisionismo, e permitirá que todos vejam claramente quem está certo e quem está errado. Assim, o revisionismo colapsará e o movimento comunista internacional será capaz de preservar a pureza de suas fileiras.
Somente assim será possível salvaguardar a unidade do campo socialista e a solidariedade do movimento comunista internacional com base no Marxismo-Leninismo, e desenvolver o movimento comunista sobre uma base sólida.
Podem surgir alguns retardatários no curso da árdua luta contra o inimigo de classe, mas, com sua pureza preservada, as fileiras revolucionárias serão ainda mais reforçadas e continuarão crescendo. Os comunistas devem construir suas fileiras de maneira revolucionária, por meio da luta contra o revisionismo e o oportunismo. A experiência mostra que apenas quando as fileiras revolucionárias estão firmemente consolidadas com uma mesma ideologia marxista-leninista, é possível que elas se tornem um destacamento militante poderoso e avancem com energia na revolução.
O movimento comunista internacional se desenvolveu e conquistou vitórias por meio das intensas lutas contra as tendências ideológicas antimarxistas e oportunistas de todo tipo.
Revezes temporários foram encontrados no curso dessas lutas. Contudo, os comunistas, fielmente seguindo sua linha revolucionária, superaram as dificuldades e desenvolveram suas fileiras, passando de pequenas para grandes, de fracas para fortes.
Em um momento, os revisionistas da Segunda Internacional, aproveitando-se de seus postos de liderança, criaram grande confusão no movimento comunista internacional. A força dos revisionistas parecia muito grande na época.
Mas os verdadeiros comunistas, liderados por Lenin, derrotaram completamente o revisionismo, travando uma luta firme em defesa do marxismo revolucionário, superando todas as dificuldades, e levaram o movimento comunista internacional a um novo e superior estágio.
Hoje, o movimento comunista internacional cresceu de forma incomparável em relação ao passado. Apareceu um enorme exército de centenas de milhares de comunistas armados com as ideias de Lenin. A bandeira revolucionária do Marxismo-Leninismo está firmemente nas mãos dos comunistas e está tremulando por todas as partes do mundo.
Sob a aparência do leninismo, os revisionistas modernos podem temporariamente enganar o povo. Mas nunca poderão encobrir a grande verdade do Marxismo-Leninismo, nem podem deter o poderoso movimento do movimento comunista internacional.
Hoje, a luta revolucionária das massas trabalhadoras oprimidas e a luta de libertação nacional estão em um aumento constante, apesar das manobras dos revisionistas modernos. As verdadeiras cores dos revisionistas estão sendo reveladas, e sua linha oportunista está indo ao colapso diante da gigantesca luta revolucionária da classe trabalhadora e dos povos oprimidos de todo o mundo. A grande vitalidade do Marxismo-Leninismo está sendo ainda mais confirmada na prática, e as fileiras revolucionárias comunistas estão crescendo constantemente nas intensas lutas contra os inimigos.
Enquanto existirem exploração e opressão pelos imperialistas e seus lacaios, as massas populares se levantarão exigindo libertação e independência, e o movimento comunista se desenvolverá ainda mais com o aumento da luta revolucionária dos povos. A derrota do revisionismo e a vitória do Marxismo-Leninismo são inevitáveis.
Os comunistas de todo o mundo devem levantar ainda mais a bandeira revolucionária do Marxismo-Leninismo.
Todos os Partidos Marxistas-Leninistas devem se unir, e os comunistas de todo o mundo devem se unir. Os Partidos Marxistas-Leninistas e os comunistas devem salvaguardar resolutamente a unidade do campo socialista e a solidariedade do movimento comunista internacional, devem se unir estreitamente com os povos revolucionários de todo o mundo e levar adiante a revolução até o fim.
Em qualquer situação complexa, os comunistas coreanos, que estão face a face com o imperialismo estadunidense, o chefe da reação mundial, sempre se opuseram ao revisionismo e defenderam os princípios do marxismo-leninismo e do internacionalismo proletário, bem como os princípios revolucionários das declarações das Reuniões dos Representantes dos Partidos Comunistas e Operários. Nosso Partido tem lutado resolutamente contra o imperialismo e apoiado ativamente a luta revolucionária da classe trabalhadora e dos povos de todo o mundo.
Desde os primeiros dias do surgimento das diferenças no movimento comunista internacional, nosso Partido tem defendido consistentemente o princípio da unidade.
No futuro, também, nosso Partido permanecerá fiel aos princípios do marxismo-leninismo e do internacionalismo proletário, bem como aos princípios revolucionários das declarações das Reuniões dos Representantes dos Partidos Comunistas e Operários, e travará uma luta firme contra o imperialismo e o revisionismo, defendendo a unidade do bloco socialista e do movimento comunista internacional.
Estamos convencidos de que os comunistas e os trabalhadores de todo o mundo continuarão marchando vigorosamente em frente, levantando bem alto a imortal bandeira do marxismo-leninismo, e conquistarão uma grande vitória.
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