No cenário internacional, a intensa luta entre progresso e reação, socialismo e imperialismo, está se desenrolando de forma acirrada.
Os imperialistas concentram seus ataques contra os países socialistas e, de maneira ainda mais despudorada, conspiram para erradicar a luta dos povos do mundo que aspiram à independência.
Para esmagar as maquinações dos reacionários da história e avançar vitoriosamente na causa da independência da humanidade, é necessário estar preparado para um confronto agudo com os imperialistas. Esse confronto é, ao mesmo tempo, um confronto de forças e um confronto ideológico, pois a base do confronto com os imperialistas reside sempre na esfera ideológica.
A disputa no campo ideológico é ainda mais intensa e feroz do que a guerra que mobiliza força física, determinando o destino das nações e dos povos. Sem uma ideologia firme, não se pode triunfar na luta contra os imperialistas.
Atualmente, os imperialistas tentam derrubar os fundamentos ideológicos dos Estados soberanos independentes e subverter seus governos por meio de um método de ataque disfarçado chamado de ideológico e cultural. Desde o momento em que surgiram no mundo, os imperialistas mobilizaram todos os meios e métodos para dominar o planeta.
Historicamente, eles recorreram principalmente a duas táticas: uma é a agressão pela força militar, e a outra é a infiltração ideológica e cultural para desestabilizar e colocar sob seu controle os países-alvo.
Dentre essas táticas, o que os imperialistas depositam maiores expectativas é justamente a infiltração ideológica e cultural em outros países.
O ex-diretor da CIA, Dulles, afirmou: "O cérebro e o pensamento humano podem ser modificados. Se perturbarmos o raciocínio do cérebro, podemos alterar a visão de mundo das pessoas e implantar novos valores em suas mentes." O ex-presidente Nixon também declarou: "Enquanto transformamos o mundo material, devemos nos esforçar para remodelar politicamente o mundo. Os Estados Unidos devem entrar no campo de batalha ideológica com as próprias mãos."
No cenário atual, onde a estrutura de poder global está mudando rapidamente e a teoria do poder absoluto já não se sustenta, o principal método de agressão ao qual os imperialistas se agarram ainda mais ferozmente é a infiltração ideológica e cultural. Como não conseguiram concretizar seu desejo de hegemonia mundial pela força militar, os imperialistas persistem em sua estratégia de infiltração ideológica e cultural, tentando alcançar esse objetivo por meio da chamada "transição pacífica".
Diante da limitação do uso direto da força entre as grandes potências e da incapacidade da guerra nuclear moderna de garantir proteção contra ataques retaliatórios, os imperialistas consideram os meios culturais uma ferramenta de penetração importante e poderosa para superar esses obstáculos. Proclamam que o uso da força se tornará cada vez mais caro, que a influência ideológica e cultural será o fator decisivo e que a maneira mais eficaz de derrubar o inimigo é desestabilizar sua base ideológica e destruí-lo através da chamada "guerra flexível". Com esse pretexto, promovem amplamente a ideologia e a cultura ocidentais.
Devido à intensificação das atividades de infiltração ideológica e cultural dos imperialistas, a disputa no campo das ideias se tornou cada vez mais acirrada, estabelecendo-se como a principal linha de frente que determina a sobrevivência dos Estados.
Se no passado as ideias e culturas reacionárias serviam de guia para a agressão, hoje elas desempenham o papel central nesse processo.
Os imperialistas já provocaram "revoluções coloridas" e derrubaram governos em vários países por meio da infiltração ideológica e cultural e da guerra psicológica. Eles se vangloriam disso, chamando tais ações de "revolução sem sangue" e "guerra flexível" conduzida com "poder brando".
Os imperialistas não hesitam em recorrer a todos os meios e métodos para disseminar ideologias e culturas reacionárias. Além de filmes, músicas, publicações e meios de comunicação de massa, mobilizam até mesmo ONGs sob o disfarce de "humanitarismo". Insistem no absurdo de que a cultura ocidental representa uma "cultura comum com valores universais", tentando impor essa ideia a outros países.
Certa vez, o jornal estadunidense "The Washington Post" publicou o seguinte: "A maior exportação dos Estados Unidos não são produtos agrícolas cultivados na terra nem mercadorias produzidas em fábricas, mas sim filmes, programas de TV, músicas, livros e softwares de computador – produtos da cultura de massa."
Através dessa ofensiva ideológica e cultural, pensamentos, culturas e modos de vida vulgares e imorais se espalham como um vírus maligno, atravessando fronteiras. Os produtos culturais ocidentais se infiltram gradualmente na mente e no cotidiano das pessoas, exercendo uma influência negativa incalculável. Os indivíduos corrompidos por essa cultura depravada promovem desordens sob o pretexto de "liberdade" e "democracia", clamando abertamente por mudanças de regime.
Os imperialistas também se aproveitam das conquistas da ciência e tecnologia modernas, como a internet, para intensificar sua infiltração ideológica e cultural. Afirmam publicamente que o mundo não rejeitará a tecnologia da internet porque a modernização é uma necessidade, e veem isso como uma oportunidade para disseminar valores e cultura ocidentais.
Em 2010, o senador estadunidense Richard Lugar escreveu para uma revista especializada em política externa, instando o Departamento de Estado a utilizar novas tecnologias de rede na campanha global dos EUA para "expandir a liberdade", promovendo o que chama de "movimento de uma nova alvorada".
Ele previu com confiança que o chamado "movimento de uma nova alvorada" teria um impacto significativo sobre os jovens de várias regiões do mundo, incluindo a Ásia.
A ex-secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, falando sobre a chamada "liberdade da internet", declarou abertamente: "Devemos apoiar o desenvolvimento de novas ferramentas que permitam às pessoas contornar a censura política e exercer seu 'direito à liberdade de expressão'. Estamos financiando organizações ao redor do mundo para que essas novas ferramentas sejam produzidas nas línguas locais, distribuídas a quem precisa e para que as pessoas recebam o treinamento necessário para acessar a rede com segurança."
Devido às manobras de infiltração ideológica e cultural dos imperialistas, a vida cultural e espiritual da humanidade, assim como o destino de países e nações, estão sob grave ameaça. O patrimônio espiritual e cultural acumulado pela humanidade ao longo de milênios está sendo destruído, e as identidades nacionais estão sendo erradicadas. A ideologia e a cultura imperialistas promovem a imoralidade, a devassidão, a violência, o saque, o sofrimento e o desespero, transformando as pessoas em inválidos espirituais e degenerados morais, que não se preocupam com o destino de seu país e de seu povo.
A destruição de bens materiais causada por confrontos físicos pode ser reparada, mas a ruína ideológica e moral é irreversível.
Quando uma pessoa se degenera, torna-se um tolo; quando uma nação se corrompe, torna-se escrava.
Os imperialistas, que paralisam a consciência independente das pessoas e as transformam em inválidos espirituais, são verdadeiros inimigos comuns da humanidade.
O confronto ideológico com os imperialistas é uma guerra feroz de "quem subjuga quem". Se recuarmos um passo, seremos forçados a recuar dez ou cem passos, e, no final, perderemos nossa própria capacidade de defesa e seremos destruídos.
Os países que estavam construindo o socialismo no passado não colapsaram por serem militarmente ou economicamente fracos, nem por terem um baixo nível de desenvolvimento cultural.
A razão para isso reside inteiramente no fato de que esses países cederam no confronto ideológico e cultural contra os imperialistas, abrindo caminho para a infiltração da ideologia e cultura ocidentais.
Esses países concentraram-se exclusivamente na construção econômica e não deram a devida atenção à defesa da ideologia e cultura socialistas. Pensavam que, com a melhoria da vida material e cultural, a consciência ideológica mudaria automaticamente. Como resultado, a ideologia capitalista se infiltrou.
Entre aqueles que foram influenciados pela cultura ocidental, ocorreram desagregação ideológica e degeneração. Os que rejeitavam o trabalho e levavam uma vida de vadiagem passaram a enaltecer abertamente o capitalismo, dizendo que o "mundo livre" era o melhor, enquanto criticavam o socialismo. A criminalidade aumentou, e a imoralidade, o hedonismo e a vida dissoluta se tornaram predominantes. No fim, não apenas a economia, mas o próprio sistema estatal deixou de ser sustentável.
O processo de colapso de vários países ensina uma lição séria: não importa quão grande seja o poderio econômico e militar, se um país for derrotado no confronto ideológico com os imperialistas, ele inevitavelmente perecerá.
Ignorar a ideologia e tentar alcançar algo sem ela é um verdadeiro ato de tolice. No mundo de hoje, onde os imperialistas, em sua busca pela dominação global, estão intensificando suas manobras de forma ainda mais ardilosa e desesperada contra os países que seguem o caminho da independência, isso equivale a furar os próprios olhos com as próprias mãos.
A história de nossa construção socialista é uma história de vitórias sucessivas sobre os imperialistas, alcançadas pelo poder da ideologia.
Desde o árduo período da luta revolucionária antijaponesa até os dias de hoje, os revolucionários coreanos tomaram a ideologia como sua única e exclusiva arma, derrotando os poderosos inimigos imperialistas com a força da ideologia e construindo um Estado socialista forte e poderoso.
Nosso Partido, em cada etapa da revolução, levou adiante incansavelmente o trabalho de educação ideológica, em conformidade com as exigências da época e com o nível de preparação político-ideológica das massas.
No fortalecimento das forças armadas revolucionárias, também colocou o foco na preparação ideológica dos soldados, conduzindo a construção e as atividades militares com base nesse princípio. Quanto mais os inimigos se agarravam à teoria da onipotência das armas, mais nos firmávamos na teoria da onipotência da ideologia. Desde a primeira fase da construção das forças armadas, priorizamos a formação dos soldados como combatentes firmes, intensificando sua educação político-ideológica para torná-los inabaláveis e indomáveis diante de qualquer adversidade, transformando-os em combatentes convictos e corajosos.
Se a ideologia for forte, não haverá inimigo que não possa ser derrotado. O poder físico tem limites, mas a força da ideologia é ilimitada. Essa é a verdade comprovada em nossas duas guerras revolucionárias e a grande lei que aprendemos ao frustrar, passo a passo, as tentativas dos imperialistas de provocar uma nova guerra após o conflito.
De fato, graças à poderosa arma da ideologia, nossa República obteve vitórias sucessivas no confronto contra os imperialistas, erguendo-se como uma potência militar mundial e uma fortaleza da independência que ninguém ousa desafiar. Agora, uma nova era de desenvolvimento integral se desdobra, trazendo transformações tanto na capital quanto nas localidades, nas cidades e nas áreas rurais.
Enquanto tivermos uma grande ideologia, a vitória será nossa!
Ri Hak Nam
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