Com o avanço da luta antijaponesa, Ri Ryong Un ganhou reconhecimento como comandante de regimento do 3º Exército Direcional, após a queda de Jon Tong Gyu na batalha de Dashahe-Dajianggang, em 1939. À frente de seu regimento, comandou batalhas decisivas, como a de Yaocha, onde, mesmo ferido no peito, manteve a frente de combate. Suas operações de pequena escala ao longo da fronteira soviético-manchuriana eram movidas pelo espírito do internacionalismo proletário, refletindo o apoio da Revolução Coreana à União Soviética em tempos críticos como o incidente de Khalkhin-Gol. A coragem e liderança de Ri, reconhecidas até mesmo por veteranos mais experientes, tornaram-no exemplo de comandante combativo e inovador.
Sua trajetória também esteve ligada a missões de grande responsabilidade política e militar. Coube-lhe, por exemplo, abrir uma nova rota de ligação com a União Soviética e avaliar a segurança da utilizada até então. Também recebeu a incumbência de levar uma carta secreta de Wei Zheng-min ao Comintern, reforçando os laços da luta coreana com o movimento comunista internacional. Embora tenha cumprido a missão de abrir a rota e garantir o envio de camaradas feridos para o território soviético, não conseguiu entregar pessoalmente a carta, pois tombou em combate antes de cruzar a fronteira.
O fim de Ri Ryong Un veio de forma heroica em 6 de setembro de 1940. Durante uma tentativa de prover roupas adequadas aos delegados que seguiriam à União Soviética, foi traído por um ex-revolucionário convertido em agente inimigo, que atraiu uma centena de soldados japoneses. Em inferioridade esmagadora, lutou até o último instante, abatendo dezenas de adversários antes de cair em Wangqing. Seu material, capturado pelos japoneses, continha a carta destinada ao Comintern, posteriormente publicada pelo inimigo, mas registros históricos confirmam que outra cópia chegou ao destino, preservando o valor de sua missão. A vida de Ri Ryong Un permanece como testemunho da audácia, do internacionalismo e da fidelidade revolucionária que marcaram os combatentes antijaponeses.
Em suas memórias, "No Transcurso do Século", o grande Líder camarada Kim Il Sung disse:
"Ri Ryong Un era um homem forte e parecia muito mais velho do que realmente era. Ele era reticente e prudente. Era normalmente quieto, mas no campo de batalha era corajoso e rápido em ação."
Nenhum comentário:
Postar um comentário