quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Sistema monetário socialista


Autor: Ri Won Gyong, pesquisador da Faculdade de Finanças da Universidade Kim Il Sung.

Publicado pela Editora de Ciências Sociais em Juche 75 (1986)

Sumário

Prefácio

1.A questão do uso da moeda na sociedade socialista.

1.1 Uso da moeda e a construção da economia socialista.

1.2 Circulação monetária socialista.

1.3 Lei de circulação monetária em efeito na sociedade socialista.

2. Demanda fundamental e característica essencial do sistema monetário socialista.

2.1 Característica essencial do sistema monetário socialista.

2.2 Demandas fundamentais do sistema monetário socialista.

3. A estrutura da circulação monetária e seus princípios organizacionais.

3.1 Característica fundamental da estrutura da circulação monetária.

3.2 Circulação não monetária e circulação monetária.

3.3 Princípio fundamental da organização da circulação monetária.

4. Notas do Banco Central.

4.1 Caráter das notas do Banco Central.

4.2 Caráter da moeda.

4.3 Caráter fundamental do sistema de emissão de notas do Banco Central.

5. Uso racional da base de preços.

5.1 Base de preços e a base objetiva de sua flutuação

5.2 O caráter e significância do câmbio monetário de 1959.

6. Método fundamental de consolidação da circulação monetária

6.1 A consolidação da circulação monetária e o poder de compra do won.

6.2 Uso racional dos recursos financeiros e consolidação da circulação monetária.

6.3 Melhoria da organização da circulação de dinheiro.

7. Processo legal do estabelecimento do sistema monetário socialista.

7.1 Preparativos para o estabelecimento do sistema monetário socialista.

7.2 Estabelecimento da base do sistema monetário socialista.

7.3 O completo estabelecimento do sistema monetário socialista.


Prefácio

Estabelecer e fortalecer um novo sistema monetário que corresponda às demandas do sistema econômico socialista é uma das importantes tarefas revolucionárias que se apresentam ante o partido da classe trabalhadora no poder.

Nas condições existentes das relações dinheiro-mercadoria, o sistema monetário do país deve ser fortalecido e assegurada adequadamente a circulação monetária para que as condições de vida do povo possam ser constantemente melhoradas e se impulsione a produção em larga escala da economia socialista.

Sob a sábia direção do grande Líder camarada Kim Il Sung, nosso país abriu um vigoroso trabalho para estabelecer um novo sistema monetário logo após a libertação e fortalecer seu caráter socialista. O sistema monetário socialista de nosso país foi mais solidificado em seu curso e lidou honrosamente com as difíceis tarefas do desenvolvimento paralelo da defesa nacional e da construção socialista, a melhoria da vida da população, a construção da economia nacional independente, a transformação socialista das relações de produção, a reabilitação e reconstrução pós-guerra e a Guerra de Libertação da Pátria.

O estimado Líder camarada Kim Il Sung estabeleceu a nova teoria monetária socialista que tem como fundamento ideo-teórico a Ideia Juche e aclarou o caminho mais correto de solução do problema monetário. Dessa maneira, nosso partido foi capaz de solucionar corretamente, sem nenhum desvio, em cada estágio do desenvolvimento da revolução os problemas complexos e muito difíceis como o problema monetário.

Em nosso país foram preparados os pré-requisitos para o estabelecimento do sistema monetário socialista logo após a libertação e foi solucionado o problema fundamental relacionado com o estabelecimento do sistema monetário socialista já no primeiro período de transição do capitalismo ao socialismo. Foi manifestada mais claramente a aparência do sistema monetário socialista segundo o estabelecimento da direção unitária das relações de produção socialistas no campo e nas cidades e foi promovida a revolução socialista.

O sistema monetário socialista estabelecido em nosso país hoje vem se tornando o sistema monetário mais avançado e sólido por sua superioridade essencial.

Nosso partido logrou experiência valiosa e muitos êxitos no processo de consolidação e desenvolvimento de um novo sistema monetário socialista superando os elementos exploradores do velho sistema monetário.

Estes êxitos e experiências logrados por nosso partido sob a sábia liderança do grande Líder foram uma valiosa riqueza na transformação da esfera de circulação monetária socialista conforme as demandas da imortal Ideia Juche.

Por conseguinte, o estudo profundo e sistemático das experiências e êxitos logrados por nosso partido na esfera de circulação monetária se apresenta como tarefa importante ante a nós hoje em dia.


1.A questão do uso da moeda na sociedade socialista.


1.1 Uso da moeda e a construção da economia socialista.


A teoria monetária socialista é um componente importante da doutrina econômica jucheana. O estimado Líder camarada Kim Il Sung, grande pensador e teórico e engenhoso da revolução, explorou um novo campo da economia política socialista cientificamente em relação à construção do socialismo e do comunismo, encontrando uma solução original para todos os problemas que se apresentaram na construção e na revolução e tendo a perspicácia científica e previsão excelentes.

Uma das contribuições imortais do grande Líder ao desenvolvimento da economia política socialista foi apresentar a teoria sistematizada sobre a lei do valor e a produção de mercadorias (commodities) na sociedade socialista.

A história do desenvolvimento da teoria sobre a lei do valor e a produção de mercadorias (commodities) não foi somente a história do desenvolvimento da teoria de defesa do capitalismo em arma teórica para derrubar o domínio do capital, mas também uma história de transformação revolucionária em arma teórica para a construção do socialismo e do comunismo.

Com a conclusão da teoria do valor-trabalho, a teoria do valor geral da economia burguesa sofreu total bancarrota e a classe trabalhadora passou a ter uma teoria científica que aclara a natureza exploradora do capitalismo e suas contradições.

O processo prático da revolução e construção socialistas levantou muitos problemas complexos que não puderam ser resolvidos com a teoria precedente da classe trabalhadora, e demandou uma nova elucidação da teoria sobre a lei do valor e a produção de mercadorias (commodities) na sociedade socialista.

Baseando-se na imortal Ideia Juche, o grande Líder atendeu perfeitamente à demanda histórica apresentando uma teoria original sobre a lei do valor e a produção de mercadorias (commodities) na sociedade socialista.

A teoria monetária socialista é um componente importante da teoria sobre a lei do valor e a produção de mercadorias (commodities) na sociedade socialista aclarada pelo estimado Líder.

Baseando-se na explicação científica sobre a necessidade da moeda na sociedade socialista, seu papel e natureza, o grande Líder deu uma resposta científica para o problema de utilizar corretamente a moeda em conformidade com os interesses da causa revolucionária da classe trabalhadora.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"O problema do uso das relações mercadoria-dinheiro é uma questão importante que o Estado da classe trabalhadora deve resolver corretamente durante o período de transição do capitalismo ao socialismo. Os desvios de 'esquerda' e 'direita' nesta questão podem causar severas perdas." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 23, página 455).

Solucionar corretamente o problema do uso da moeda na sociedade socialista tem importante significância prático-teórica.

Historicamente, o problema monetário socialista foi levantado pela primeira vez quando se preparava e executava a revolução socialista. Antes disso, o problema do uso da moeda não havia sido levantado pois se entendia que não poderia existir moeda na sociedade socialista.

Desde que a classe trabalhadora tomou o poder e começou a construir o socialismo, a questão do uso da moeda, que se se apresentou como problema prático, permaneceu insolucionado durante muito tempo.

Com o progresso da construção e revolução socialistas, a necessidade do uso da moeda foi enfatizada, porém não foi dada uma explicação sistemática em relação aos meios detalhados de uso da moeda e a direção de princípios a ser adotada na utilização da moeda da categoria econômica herdada pela velha sociedade.

Nestas circunstâncias, foram observadas as inclinações de "esquerda" e "direita" nos campos práticos relacionados com o uso da moeda.

Algumas pessoas põem grande significância no papel que a moeda joga na economia socialista e proclamam o espaço monetário como meio fundamental para a gestão econômica. Essas pessoas não dedicam esforços a promover as atividades criativas e o fervor revolucionário dos trabalhadores para fazer bem a gestão econômica, mas pelo contrário, tentam reduzir a relações monetárias todas atividades econômicas através da ampliação unilateral das relações dinheiro-mercadoria.

Alguns tentaram não usar o espaço monetário como meio para racionalizar a gestão econômica, enquanto outros ignoraram o papel que a moeda joga na economia socialista. Essas pessoas não utilizaram na posição correspondente o espaço econômico, incluindo lucro, custo de produção e preço, substituindo a gestão econômica pelo trabalho político.

Tudo isso são tendências errôneas causadas pelo Estado da classe trabalhadora não ter solucionado corretamente o problema do uso da moeda no período de transição do capitalismo ao socialismo.

Baseando-se na análise científica do caráter transitório da sociedade socialista, o partido e o Estado da classe trabalhadora pode gerir cientificamente a economia conforme à essência da economia socialista resolvendo corretamente o problema do uso da moeda 

O grande Líder camarada Kim Il Sung aclarou a nova base metodológica capaz de solucionar corretamente o problema do uso da moeda baseando-se, acima de tudo, na revisão teórica sobre as ricas experiências obtidas nos setores de uso da moeda e análise científica sobre a importância do problema do uso da moeda na sociedade socialista.

O método centrado no homem esclarecido pelo estimado Líder é um método básico que deve ser aplicado no estudo sobre o problema do uso da moeda.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"É uma demanda da Ideia Juche pensar em todas as coisas tendo o homem como o centro e servir a este." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 27, página 399.)

A demanda da grande Ideia Juche sobre pensar em todas as coisas tendo o homem como o centro e servir a este é o método mais científico e revolucionário para a compreensão e transformação do mundo.

Esse método é o que possui significância fundamental no estudo do problema do uso da moeda, sendo um método universal que deve ser aplicado na observação de todos fenômenos e questões.

Desde o princípio, o problema do uso da moeda tem como fundamento descobrir a lei da circulação monetária que opere de forma objetiva e encontrar uma maneira de utilizá-la conforme aos interesses da causa revolucionária da classe trabalhadora.

A moeda se movimenta conforme a própria lei e se origina no processo econômico objetivo. Por conseguinte, as pessoas não podem criar ou eliminar a lei da circulação monetária.

O fato de que a lei da circulação monetária exista e opere em separado da consciência das pessoas não significa que as pessoas são débeis ante a esta lei.

Na sociedade socialista, onde as massas do povo trabalhador são donas dos meios de produção e do poder e desfrutam de uma vida criativa e independente, as pessoas podem não só compreender suficientemente a lei da circulação monetária, mas também utilizá-la conforme as suas demandas e aos interesses da causa da construção do socialismo e do comunismo.

O método que põe o homem como centro de todas as coisas e faz tudo servir a este é um método científico que permite resolver mais precisamente as relações entre o homem e a circulação monetária na sociedade socialista.

Uma das questões mais importantes no uso da moeda é como as pessoas se relacionam com a circulação monetária.

Na sociedade capitalista, dominada pelo fetichismo, não se apresenta o problema do uso da moeda de forma consciente porque o dinheiro exerce poder onipotente. Porém, se as pessoas se tornam conscientes do propósito da circulação monetária, podem compreender corretamente a lei da circulação monetária e utilizar a moeda conforme a sua própria demanda.

O método centrado no homem, dentre outras coisas, permite que as massas populares, o núcleo da economia, lide com todos fluxos monetários com a posição e perspectiva de mestres, compreendendo perfeitamente a lei da circulação monetária.

Quando se articula estritamente o método centrado no homem em estudar o problema do uso da moeda, as massas populares podem descobrir o atributo fundamental mais apropriado para realizar seus interesses entre os vários fluxos monetários interligados.

Ademais, o método centrado no homem permite aclarar o meio racional para a utilização do atributo essencial da circulação monetária correspondente ás condições objetivas e o grau de preparação das massas do povo trabalhador.

Somente descobrir a lei da circulação monetária não é o suficiente para solucionar o problema do uso da moeda. Se deve encontrar sem falta um meio para utilizar seu atributo essencial em conformidade com as demandas da causa da construção do socialismo e do comunismo.

O método centrado no homem permite que as massas do povo trabalhador compreendam precisamente a posição real em que se encontram e assim aclara o caminho para que utilizem a lei da circulação monetária conforme seus próprios interesses e demandas e ao padrão alcançado.

Além disso, o método centrado no homem abre uma perspectiva para que as massas do povo trabalhador possam compreender mais precisamente a lei da circulação monetária atuante na sociedade socialista e utilizá-la com propósito e consciência.

O grande Líder camarada Kim Il Sung preparou um fundamento metodológico para o estudo do problema do uso da moeda aclarando que a base para a existência da relação dinheiro-mercadoria na sociedade socialista deve ser encontrada na diferenciação das relações de propriedade para a produção e na divisão de trabalho social.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"A existência da relação dinheiro-mercadoria na sociedade socialista deve ser explicada pelo fato de que existem diferentes propriedades sobre os produtos e há também uma divisão de trabalho social." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 23, página 454)

A elucidação sobre o fundamento econômico da existência da relação dinheiro-mercadoria na sociedade socialista aclarou o caminho exato para solucionar a histórica questão do uso da moeda.

Sendo o método centrado no homem o que permite solucionar a questão do uso da moeda em conformidade com a lei de circulação monetária, a demanda para tratar desta questão histórica é uma demanda metodológica que permite aclarar o caráter classista do uso da moeda.

A moeda é uma categoria econômica que se originou em determinado estágio do desenvolvimento social e desaparece gradualmente à medida que seu fundamento objetivo de existência desaparece.

Não é de forma alguma uma categoria econômica permanente. Neste ponto, deve ser dada muita importância à historicidade do estudo do problema monetário. Quando se ignora a historicidade da categoria da moeda, naturalmente se nega seu caráter classista.

Quando determinamos a posição de encontrar a base econômica da relação dinheiro-mercadoria na diferenciação das propriedades sobre o produto, chegamos a uma conclusão precisa que a relação dinheiro-mercadoria que existiu em vários métodos de produção desaparecerá no final do período de transição do capitalismo ao socialismo.

Por outro lado, vincular a existência da relação dinheiro-mercadoria com o nível de desenvolvimento das forças produtivas ou com as distintas características de cada trabalho é ignorar a historicidade desta categoria econômica e considerar sua existência por um período excessivamente longo.

Tal opinião, ademais, torna ambíguo o caráter classista da categoria da moeda, tornando impossível tratar do problema do uso da moeda na sociedade socialista como problema de uso da categoria econômica herdada pela velha sociedade.

Em vista disso, aclarando o caminho correto que permite lidar historicamente com o problema da moeda, o grande Líder preparou uma sólida base teórica para lidar adequadamente com o problema do uso da moeda na sociedade socialista.

Em seguida, o grande Líder camarada Kim Il Sung aclarou completamente os princípios que o Estado e o partido da classe trabalhadora deveriam aderir no uso da moeda pela causa da construção do socialismo e do comunismo e as formas de implementá-los.

Uma das principais demandas para resolver o problema do uso da moeda, aclarada pelo estimado Líder, é utilizar de forma planificada a moeda como um meio para fazer bem a gestão econômica.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"Na sociedade socialista, a lei do valor deve ser utilizada de forma planificada como meio secundário para racionalizar a gestão econômica." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 28, página 123)

É a principal demanda relacionada com a direção do uso da moeda na sociedade socialista que o Estado da classe trabalhadora deve utilizar de forma planificada a moeda como espaço para fazer bem a gestão econômica.

Mesmo na sociedade socialista, é essencial utilizar a moeda de acordo com os interesses da causa da construção do socialismo e do comunismo tanto quanto a relação dinheiro-mercadoria exista e a lei do valor esteja em efeito.

A moeda, como todos demais espaços de valor, tem o potencial de dar origem a elementos de geração espontânea. Esse potencial pode ser transformado em realidade se o Estado utiliza a categoria monetária em conformidade com a demanda intrínseca da economia socialista. Por conseguinte, o uso planejado, consciente e proposital da moeda se torna uma importante tarefa econômica que se apresenta ante ao Estado da classe trabalhadora.

Na sociedade socialista, todas as condições para o uso planejado, consciente e proposital do espaço monetário são atendidas e sua cegueira nas ações é superada. Em nosso país, o caráter planejado do uso da moeda tornou-se plenamente efetivo à medida que as relações socialistas de produção se tornaram a única dominante.

Até agora, à medida que esse novo caráter da moeda foi enfatizado, o constante aprimoramento do papel da moeda se tornou fundamental para a resolução do problema do uso da moeda. Isso não reflete totalmente a natureza da moeda como categoria econômica herdada da velha sociedade, que inclui até os elementos que lhe permitem fortalecer plenamente seu papel.

Somente elevar unilateralmente o papel da moeda, sem nenhuma pré-condição, não permite superar exitosamente os velhos elementos inerentes à categoria econômica.

Na sociedade socialista, a moeda se baseia nas relações econômicas entre os trabalhadores que se tornam donos da sociedade, nas novas relações de produção que possuem como conteúdo as relações de cooperação intelectual entre os produtores, e desaparece a exploração do homem pelo homem. Isso significa que o caráter classista da moeda mudou fundamentalmente e que foi preparada uma sólida base que permite utilizar a moeda em conformidade com os interesses da causa revolucionária da classe trabalhadora.

No entanto, apenas reconhecer o fato de que mudou o caráter classista da moeda não leva automaticamente à maneira correta de usar a moeda. O papel da moeda como equivalente geral deve ser corretamente compreendido para que se utilize adequadamente a moeda em conformidade com seu caráter classista modificado.

No geral, o papel da moeda está intimamente relacionado com a ação da lei do valor e o caráter da produção de mercadorias (commodities) em marcha na sociedade.

Em uma sociedade socialista, quando os produtos se transformam em commodities, o conteúdo da moeda como equivalente geral permanece o mesmo, mas na produção e troca dos meios de produção que perderam valor comercial, a moeda perde o elemento de comutatividade geral e é usada como mecanismo para mensurar o tamanho da despesa do trabalho social acumulada no produto.

Isso significa que, na produção e troca dos meios de produção que perderam valor comercial, a moeda quase nunca cumpre o papel de equivalente geral em seu sentido intrínseco. 

A partir disso, torna-se claro que o papel da moeda como equivalente geral não pode ser elevado indiscriminadamente e unilateralmente.

O Estado da classe trabalhadora deve utilizar a moeda de forma planificada como ferramenta de gestão econômica conforme cada circunstância, levando em consideração seus diferentes papéis. Essa é a demanda principal que aclara o caminho com que pode elevar mais corretamente o papel da moeda na sociedade socialista.

A principal demanda para resolver o problema do uso da moeda, aclarado pelo grande Líder camarada Kim Il Sung, é que em seguida sejam tomadas medidas concretas para o uso da moeda de formas distintas conforme as características da esfera de circulação e produção dos produtos.

O uso planejado da moeda como ferramenta para realizar bem a gestão econômica significa que é necessário encontrar diferentes meios de utilizar a moeda de acordo com as características da esfera de circulação e produção dos produtos. Isso ocorre porque, em uma sociedade socialista, a relação dinheiro-mercadoria funciona de forma diferente conforme as distintas características de produção e circulação de produtos.

Na economia socialista, a lei do valor atua de forma substancial em correlação com a circulação de produtos entre a propriedade estatal e a propriedade cooperativa, entre as propriedades cooperativas, e entre a propriedade socialista e a propriedade individual, e atua de forma morfológica quando se trata da troca de produtos dentro da propriedade de todo o povo.

O grande Líder apresentou o meio concreto para utilizar a lei do valor como ferramenta de direção planificada sobre a construção econômica conforme cada circunstância que opera morfológica ou substancialmente.

O estimado Líder aclarou concretamente o meio para utilizar corretamente a forma comercial em todos setores de circulação e a forma de mercadoria (comódite) nos setores produtivos onde a lei do valor atua morfologicamente e também revelou que determinar corretamente o preço se apresenta como questão central em utilizar a lei do valor que atua substancialmente.

Aclarando o meio concreto para utilizar na prática a lei do valor, o grande Líder preparou a sólida garantia que permite concretizar o método de uso da moeda em conformidade com as características do domínio de circulação e produção do produto.

Primeiramente, no domínio de troca e produção dos meios de produção, a moeda perde o conteúdo de equivalente geral em seu sentido próprio e é utilizada como ferramenta de cálculo econômico. 

No setor de produção dos meios de produção, a moeda joga um papel de medidor do tamanho do trabalho socialmente necessário gasto na produção. Em outras palavras, o papel como moeda de cálculo se apresenta na dianteira e, em relação a esse papel, a moeda joga uma papel como meio de controle do uso de força de trabalho, materiais e matérias-primas.

No setor de circulação dos meios de produção, a moeda assegura a circulação interna unificada da propriedade de todo o povo e o processo de movimentação dos produtos previstos no plano de produção cooperativa e no plano de fornecimento de materiais e equipamentos.

A moeda cumpre o papel de meio para utilizar a forma comercial e medeia o fornecimento de materiais e matérias-primas que prosseguem à forma de venda e compra entre as empresas estatais. Mesmo nesta circunstância, a moeda não possui permutabilidade geral, apenas atuando para lidar com situações anormais do trabalho de provisão e examinar o valor das matérias-primas através do papel como forma de valor independente.

Em seguida, no domínio de distribuição e produção de mercadorias, a moeda medeia a distribuição de mercadorias e expressa o valor do produto produzido em conformidade com o plano estatal.

Nesta esfera, a moeda atua precisamente em determinar o preço da mercadoria e estimular a melhora do trabalho de provisão de mercadorias através de seu papel de mediador.

Como vemos, o método concreto de uso da moeda difere conforme as características do domínio de circulação e produção do produto.

A demanda por formular um método de uso da moeda que se difira conforme as características do domínio de circulação e produção de produtos, acima de tudo, permite elevar o papel da moeda como meio para racionalizar a gestão econômica.

Esta demanda abre o caminho para fortalecer o papel da moeda nesta esfera, aclarando a base em que a moeda pode atuar mesmo no domínio de circulação e produção dos meios de produção que perdeu valor comercial.

O Estado da classe trabalhadora pode utilizar a moeda como ferramenta de cálculo econômico principalmente no domínio de circulação e produção dos meios de produção, fortalecer o sistema de poupança, eliminar o desperdício de trabalho social e utilizar como meio para ampliar sistematicamente a acumulação estatal e o rendimento das empresas.

A demanda pelo estabelecimento do método de uso da moeda que se difira conforme as características do domínio de circulação e produção dos produtos permite também que a moeda tenha seu papel fortalecido como espaço que serve diretamente a melhorar a vida do povo.

Esta demanda fornece uma sólida garantia que permite usar a categoria monetária conforme as características intrínsecas do regime socialista em que o Estado da classe trabalhadora se responsabiliza completamente pala vida das massas trabalhadoras.

O estabelecimento de um método de uso da moeda que se difira conforme as características do domínio de circulação e produção dos produtos torna possível materializar excelentemente o novo caráter da moeda na sociedade socialista e ao mesmo tempo superar exitosamente o velho elemento como categoria econômica de produção de mercadorias (commodities).

A principal demanda para solucionar o problema do uso da moeda, aclarada pelo grande Líder camarada Kim Il Sung, é que se deve utilizar a moeda enquanto se põe ênfase no trabalho de educação ideológica aos trabalhadores.

Como outras categorias econômica, a moeda pode ser utilizada corretamente somente em íntima conexão com a luta para superar os remanescentes da velha ideologia que vivem na cabeça das pessoas.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"É impossível avançar em direção ao comunismo se permitirmos que as pessoas sejam movidas apenas pelo dinheiro” (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 16, página 498)

Para construir o comunismo de maneira bem-sucedida, é preciso antes de tudo formar verdadeiros revolucionários, equipando solidamente as pessoas com os preceitos do comunismo e da ideia Juche. Uma das questões fundamentais que daí decorrem é a necessidade de se travar uma luta ferrenha para superar por completo os vestígios do antigo modo de pensar remanescentes nas mentes das pessoas.

Neste período de transição que é a sociedade socialista, embora as condições socioeconômicas que permitiriam o ressurgimento do antigo modo de pensar já tenham desaparecido, se a luta contra ele não for incisiva, é possível que esse antigo modo de pensar seja revivido, dado que vestígios seus remanescem.

Um dos adversários na luta contra os vestígios do antigo modo de pensar é a mentalidade egoísta de quem é movido apenas pelo dinheiro.

A história da relação entre moeda e mercadoria é antiga, e ao longo das sociedades do passado – onde o valor de troca determinava até mesmo o valor de um indivíduo – o fetiche pela moeda criou raízes profundas na mente das pessoas. 

O mamonismo – a crença de que o dinheiro tudo pode – não desaparece apenas com a mudança do sistema social. Essa forma de pensar por muito tempo controlou a mente das pessoas e, dada a oportunidade, ela pode ali se insinuar novamente e voltar a florescer.

A luta para eliminar o fetiche pela moeda é complexa dado que, unido à tenacidade e à persistência desse antigo modo de pensar, está o fato que moeda e mercadoria continuam a existir na sociedade socialista. E a relação entre moeda e mercadoria é algo que por si só tem o potencial de revitalizar os vestígios dessa antiga mentalidade mercenária. Se, superestimando o poder da moeda, acabamos por ampliar de maneira irrestrita as relações moeda-mercadoria, corremos o risco de ver o fetiche pela moeda voltar a se insinuar na mente das pessoas. Isso nos mostra que a luta contra o antigo modo de pensar apenas rende frutos quando ela é apoiada tanto por um trabalho de formação política de longo prazo quanto por um trabalho correto de organização econômica.

Por outro lado, a superação da mentalidade mercenária se apresenta não apenas como uma tarefa ideológica voltada a erradicar os vestígios da antiga maneira de pensar, mas também como condição necessária para se solucionar a questão da moeda de uma maneira que seja benéfica à classe trabalhadora. A questão do uso da moeda na sociedade socialista é afetada pela visão e a postura que as pessoas – os usuários da moeda– detém em relação ao próprio dinheiro. Se a antiga idolatria da moeda permanece inalterada na mente de seus usuários, corre-se o risco de se supervalorizar o papel da moeda atribuindo-lhe uma qualidade de onipotência.

Amplia-se, assim, as relações financeiras de maneira irrestrita a ponto de corroer as relações econômicas próprias à sociedade socialista.

Dado tudo o que foi discutido acima, para se resolver de maneira correta a questão do uso da moeda na sociedade socialista é preciso extirpar por completo as antigas concepções a respeito da moeda que permanecem na mente das pessoas. Apenas ao se extirpar as antigas concepções a respeito da moeda torna-se possível não apenas utilizar as relações monetárias de maneira razoável e adequada à causa do socialismo e do comunismo como também conduzir de maneira bem-sucedida a luta pela erradicação dos vestígios intelectuais da antiga sociedade.

O emprego de relações monetárias – quando se prioriza o trabalho político entre os funcionários e trabalhadores a fim de prevenir o renascimento de ideias antigas – carrega um importante significado inclusive dentro da perspectiva de uma resolução final para a questão da moeda.

Ao falarmos em solução final para a questão da moeda estamos nos referindo à extinção das relações monetárias na esteira do desaparecimento da produção de mercadorias.

Essa tarefa de abolição da moeda só pode ser levada à cabo com sucesso com a criação de condições socioeconômicas para tanto e com uma constante luta pela superação de costumes e ideias antigos relativos ao dinheiro, remanescentes neste período de transição.

Assim sendo, o emprego da moeda –  aliado ao trabalho ideológico com os trabalhadores – emerge como questão fundamental seja na resolução da questão imediata a respeito do uso do moeda na sociedade socialista, seja na criação das condições que permitam a eventual abolição da moeda.

A correta satisfação de todas as demandas que emergem da resolução da questão do uso da moeda, tal como colocada pelo grande líder, abre o caminho para uma utilização das relações financeiras herdadas da antiga sociedade que seja não apenas ativa como adequada ao enriquecimento da tradição socialista e comunista e à causa da revolução proletária.

O grande líder de nosso partido e nosso povo, o camarada Kim Il Sung, ao prover claras explicações no tocante aos problemas oriundos do uso da moeda, inaugurou o terreno para uma nova política da teoria socialista da moeda e estabeleceu uma sólida fundação teórica para o uso da moeda por parte do Estado e partido da classe trabalhadora como instrumento de desenvolvimento do sistema econômico socialista em toda sua superioridade.

1.2 Circulação monetária socialista.

Um importante atributo da moeda como categoria econômica é sua circulação. A circulação monetária é a forma de existência da moeda e está presente onde quer que haja moeda. Não pode haver moeda separada da circulação monetária. Tal moeda existe somente conceitualmente na mente das pessoas. Por conseguinte, para que o Estado da classe trabalhadora utilize corretamente a moeda conforme à demanda da construção do socialismo e do comunismo, o curso de movimento da moeda, ou seja, a circulação monetária, deve ser firmemente compreendida.

Um problema importante que se apresenta ao Estado da classe trabalhadora em tomar firme a circulação monetária é compreender precisamente o conteúdo econômico da circulação monetária e tomar medidas corretas conforme a isso.

O grande Líder camarada Kim Il Sung preparou a guia diretiva com que se pode compreender adequadamente o conteúdo econômico da circulação monetária, aclarando que se deve fazer todos pagamentos em dinheiro em espécie na compra de artigos de consumo nas lojas e o pagamento sem dinheiro somente na compra de equipamentos, materiais e matérias-primas através das agências de fornecimento de materiais pelas empresas e órgãos.

O conteúdo econômico da circulação monetária é estipulado pelo caráter econômico da troca e circulação de produtos por intermédio da moeda.

Na sociedade socialista, a natureza de circulação e troca de produtos difere dependendo do caráter econômico do produto relacionado com as circunstâncias nas quais existem produtos com e sem valor comercial.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou:

"A mercadoria é algo feito para venda, não para o próprio consumo. Em outras palavras, nem todos produtos se transformam em mercadoria, mas os bens produzidos com fim de troca são necessariamente mercadorias." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 23, página 454.)

"... Não se pode dizer que os materiais, matérias-primas, máquinas e equipamentos que circulam entre as empresas estatais são mercadorias realizadas sob ação da lei do valor." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 23, página 457)

Como o grande Líder ensinou, as características econômicas dos produtos são diferentes e, portanto, a relação dinheiro-mercadoria funciona de maneira diferente. Nessas condições, não pode ser único o conteúdo econômico da circulação monetária.

A importante missão da circulação monetária é garantir firmemente sua constância, mediando a circulação de mercadorias.

A moeda medeia a compra e venda de mercadorias. A circulação de mercadorias ocorre apenas com a moeda. Portanto, a compra e venda de mercadorias podem ser realizadas continuamente por meio do processo de entrada e saída constante do fluxo de moedas. Sendo assim, se a moeda é impedida de entrar no sistema de circulação, a venda e compra da mercadoria não podem ser realizadas. 

Na condição em que produtos se tornam mercadorias e todos podem comprá-los com dinheiro, a moeda joga um papel considerável como equivalente geral. Nesse ponto, a moeda forma um fluxo único, ou seja, a circulação monetária, transmitindo o processo de circulação de mercadoria realizado entre compradores e vendedores da mercadoria.

Quando a moeda atua como intermediário entre a venda e compra de mercadoria, ela existe de forma prática correspondendo diretamente à mercadoria, não de forma conceitual. Na circulação de mercadorias, a moeda aparece de forma material. Por conseguinte, o fluxo monetário neste caso aparece como circulação de dinheiro em espécie.

O dinheiro em espécie tem por característica se mover na direção oposta à da circulação das mercadorias. A circulação das mercadorias se inicia nas empresas e cooperativas, atravessa uma teia de relações comerciais, e se completa quando a mercadoria chega às mãos dos cidadãos individuais, enquanto a circulação do dinheiro se inicia no banco central, passa pelas empresas e instituições e se completa quando o dinheiro que está nas mãos do cidadão é absorvido na teia comercial e retorna ao banco central.

A partir daí, é preciso não apenas abordar a circulação do dinheiro em estreita proximidade com a circulação de mercadorias, mas promover um trabalho de organização (econômica) adequado ao sentido particular dessa circulação.

O grande líder, ao elucidar a necessidade da existência da moeda na circulação de produtos que perderam o caráter de mercadoria, oferece também uma nova explicação sobre o fato que à circulação monetária é delegada a tarefa de consumar a transação dos meios de produção.

O grande Líder camarada Kim Il Sung, ensina como segue:

“Mesmo em se tratando de empresas de sistema autofinanciado do mesmo setor estatal, quando uma empresa transfere seus meios de produção a outra empresa, ela não os dá simplesmente de maneira gratuita ou a preço baixo, mas segundo preços uniformes fixados pelo Estado de acordo com o dispêndio de trabalho socialmente necessário e de acordo com o princípio de compensação equivalente. Mesmo entre empresas estatais, determina-se o que pertence a quem e conduz-se a transação de meios de produção de acordo com uma rigorosa contabilidade.” (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 28, página 458.)

O estimado Líder, ao elucidar a necessidade de se empregar a forma valor como ferramenta do cálculo econômico na produção e troca de meios de produção destituídos do caráter de mercadoria, oferece uma explicação concreta sobre como se utilizar a moeda na transação de meios de produção.

O trabalho socialmente necessário existe na medida em que o princípio de compensação equivalente é aplicado também a empresas estatais e, assim, torna-se necessário empregar a moeda e os preços como meios de aferir o grau de dispêndio desse trabalho.

Através da presença da moeda na troca de meios de produção cuja distribuição é planejada de acordo com um plano de distribuição de equipamentos, uma forma similar à da circulação de mercadorias torna-se passível de ser utilizada, mesmo em empresas estatais.

Dado que a distribuição de meios de produção destituídos de caráter de mercadoria se dá de maneira planejada segundo o plano de distribuição de equipamentos e não de acordo com o livre comércio, quando o Estado reconhece a existência de uma demanda, essa demanda é suprida independente de uma requisição por parte da empresa – similar à maneira como armas são enviadas ao exército.
Porém, quando uma empresa transfere seus meios de produção a outra empresa, ela não o faz gratuitamente ou a preço reduzido, mas sob a forma de uma transação comercial onde o preço é uniforme e determinado pelo Estado.

Quando uma tal transação ocorre, mesmo a menor das matérias-primas é adequadamente providenciada às empresas que dela necessitam e pode, assim, ser empregada de maneira eficiente. Da mesma maneira, é possível, assim, mesmo sem cálculo evitar o recebimento desnecessário, o desperdício e a ociosidade de matérias-primas nas empresas.

Assim, o emprego da forma comercial e da circulação do dinheiro no escopo da troca de meios de produção torna-se um processo econômico fundamental para garantir a correta distribuição de meios de produção de acordo com a intenção do  Estado.

A circulação do dinheiro que se dá na área da circulação de meios de produção é dotada de uma série de características distintas daquelas da circulação de dinheiro que se dá na área da produção e circulação de mercadorias.

A moeda e a circulação monetária na área da circulação de meios de produção não são mediadores do ato de compra e venda de mercadorias, mas desempenham o papel de consumar o movimento planificado dos meios de produção fornecidos de acordo com um plano de distribuição de equipamentos.

Não é a moeda em seu papel de mediador que viabiliza a transferência de meios de produção destituídos de caráter de mercadoria de uma empresa a outra, mas esta se dá como resultado da condução de um plano de distribuição de equipamentos desenvolvido pelo Estado. A moeda participa do processo de execução do plano nacional de distribuição de equipamentos como forma-valor independente, isto é, como meio de aferição da quantidade de trabalho socialmente necessário despendido em um produto.

Ao se utilizar de uma tal vocação da moeda, o Estado faz com que seja impossível comprar determinado meio de produção ao se comprar demasiado de um outro, bem como cria as condições para que o desperdício de meios de produção tenha grande impacto na administração de uma empresa. Aqui, o dinheiro desempenha o papel de consumar a transação de meios de produção ao permitir a realização tangível de relações de oferta e demanda de meios de produção determinadas por um plano de distribuição de equipamentos.

Nas esferas de circulação dos meios de produção, a circulação monetária torna possível fornecer meios de produção na forma de venda e compra sem a assistência da moeda material.

Como a relação entre demanda e fornecimento dos meios de produção é prevista no plano de distribuição de equipamentos, não há necessidade do fornecedor e o receptor dos meios de produção se encontrarem novamente no processo de circulação. Eles podem cumprir as relações prescritas no plano de distribuição de equipamentos em forma de compra e venda usando a força da moeda.

A moeda material é necessária para mediar o primeiro encontro entre o comprador e o vendedor da mercadoria no processo de circulação, mas não é necessária nas condições em que o fornecedor e o receptor do produto são claramente definidos no plano de distribuição de equipamentos. Nisso, a moeda deve assegurar a realização, com previsão e segundo o plano, da relação entre a demanda e fornecimento de equipamentos. Por conseguinte, no plano de fornecimento de equipamentos o que toma parte é o pagamento sem dinheiro, não o com dinheiro em espécie.

Esse pagamento sem dinheiro tem um curso de movimento peculiar por suas características próprias.

O pagamento sem dinheiro pode ajudar dentro do possível na provisão precisa dos meios de produção conforme previsto pelo plano de distribuição de equipamentos e, ademais, completar a relação de demanda e fornecimento dos meios de produção já realizada. O pagamento sem dinheiro desempenha a função de vincular as relações de negociação particulares entre o comprador e o vendedor segundo o regulamentado.

A partir disso, na transação sem dinheiro, diferente da circulação com dinheiro em espécie, o movimento da moeda e o movimento do produto - o objeto da transação - têm como característica não coincidir em tempo e lugar. 

Por conseguinte, como garantir as relações entre o movimento dos bens e o movimento monetário se apresenta aqui como um problema importante.

Em geral, garantir a consistência entre o movimento dos bens e o movimento monetário é uma das importantes demandas do trabalho de organização econômica socialista que reflete o caráter planificado da economia popular. Se essa demanda não é devidamente implementada, pode causar uma discrepância entre o balanço dos bens e o balanço do valor na economia de todo o povo, e pode resultar no fracasso em assegurar a solidez da moeda na perspectiva da circulação monetária.

A conformabilidade entre o movimento monetário e o movimento dos bens não elimina a inconsistência nos elos individuais do processo de reprodução como conceito médio e de toda a sociedade. A conformidade média e de toda a sociedade entre o movimento monetário e o movimento dos bens se baseia no caráter planificado da reprodução como um todo, e a inconsistência nos elos individuais estão relacionadas com o fato de que o processo do movimento monetário e dos bens são diferentes e, especialmente, a transação não monetária intermedia a maior parte da transação de produtos.

O fenômeno da inconsistência que se apresenta nos elos individuais do processo de reprodução não deve ser limitado ao máximo, mas utilizado racionalmente para o desenvolvimento da economia popular. De fato, o fenômeno da inconsistência entre os movimentos monetário e de bens que pode ocorrer nas transações entre empresas não só pode ser reduzido ao mínimo possível pelos órgãos comerciais e de planificação e órgãos financeiros de bancos, mas também superado racionalmente.

Como descrito acima, a circulação monetária possui diferentes conteúdos econômicos dependendo se é uma transação não monetária ou circulação de bens, em espécie.

Em relação a isso, o Estado da classe trabalhadora deve tomar diferentes medidas de acordo com seu conteúdo econômico, fazendo bom uso da circulação monetária geral com propósito e consciência de acordo com as demandas da causa da construção do socialismo e do comunismo.

Um dos problemas fundamentais que se apresentam para o Estado da classe trabalhadora em tomar com firmeza a circulação monetária e implementar políticas corretas para ela é assegurar sua solidez.

Para usar bem o espaço monetário de forma planificada em conformidade com a circulação monetária, é preciso assegurar a estabilidade da moeda.

Visto que a moeda está inerentemente em um processo de movimento constante, não pode cumprir sua missão se sua estabilidade não é firmemente assegurada. Portanto, na teoria monetária revolucionária da classe trabalhadora, o problema de assegurar a estabilidade da moeda se apresenta como questão central.

O grande Líder camarada Kim Il Sung aclarou em diversas ocasiões que o dinheiro deve ser assegurado precisamente para mercadorias, e que caso contrário não passa de um pedaço de papel desenhado.

Essa é a ideia original que revelou o princípio de assegurar a estabilidade da moeda em conformidade com as demandas objetivas da construção socialista.

Como assegurar a estabilidade da moeda se apresenta como problema muito importante.

Na sociedade socialista, a visão de que a estabilidade da moeda é realizada baseando-se nos dois princípios, de garantia do ouro e garantia da mercadoria, não reflete completamente a realidade objetiva em que a construção socialista está progredindo e, especialmente, a preparação da firme base da economia nacional independente. 

Essa visão sobre assegurar a estabilidade da moeda foi válida apenas nas condições históricas em que o ouro jogava um papel de padrão realista como moeda-mercadoria na circulação interna. Nos primeiros dias da construção socialista, a garantia da estabilidade da circulação monetária não pode ser assegurada firmemente com a circulação das moedas emitidas ao sistema de circulação somente tendo uma quantidade de mercadorias que entram na organização do mercado. Nesse caso, o ouro pode ser utilizado para suplementar a quantidade de mercadorias que entram na organização do mercado.

Porém, na condição em que pode ser garantida suficientemente a circulação doméstica de mercadorias com produtos produzidos no próprio país, a significância do princípio de garantia do ouro desaparece. Atualmente, o ouro desapareceu completamente na circulação doméstica e é utilizado apenas no comércio com o exterior, como instrumento nas transações com o comércio capitalista. Isso significa que não há necessidade direta de utilizar o ouro como base de garantia suplementar da circulação monetária.

É claro que, enquanto o ouro cumpra o papel como moeda internacional, não se pode dizer que tenha desaparecido completamente como meio básico a se utilizar para assegurar a estabilidade da circulação monetária 

Porém, nas condições em que se intensifica a construção do socialismo e do comunismo, a base econômica para que o Estado da classe trabalhadora adote o ouro como um princípio para assegurar a estabilidade da moeda desaparece. Isso está relacionado às seguintes circunstâncias.

Primeiramente, um Estado socialista deve satisfazer completamente pelas próprias forças as necessidades materiais do povo.

Sob a condição de satisfazer as necessidades da vida da população, os países socialistas usam principalmente o ouro para o comércio com os países capitalistas para importar bens necessários para os materiais de produção. Consequentemente, o uso do ouro diretamente para assegurar a estabilidade da circulação monetária é um fenômeno muito excepcional.

Em segundo lugar, isso está relacionado com a missão do ouro na sociedade socialista.

O estimado Líder ofereceu uma explicação científica e criativa sobre o papel e significância do ouro na economia socialista.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue: 

"O ouro deve ser vendido agora. É melhor minerar e vender mais ouro antes do colapso dos países capitalistas. Nós não devemos apenas nos gabar da grande quantidade de ouro que temos, mas minerar mais rapidamente para que possamos vendê-lo e usá-lo na construção de fábricas." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 10, página 152).

O ouro nos países socialistas tem a missão de moeda mundial junto com a missão que vem do valor de uso.

A missão do ouro como moeda mundial na sociedade socialista é fortalecer a base técnico-material do país através das transações com o mercado mundial, que é completamente diferente daquela na economia capitalista, e contribuiu diretamente à construção socialista 

O papel do ouro nos países socialistas está relacionado principalmente com o fato da existência do mercado mundial capitalista. Em outras palavras, a significância do ouro na economia socialista é realista somente no mercado externo. No mercado interno, somente o valor de uso do ouro tem significância. Embora se enfatize a significância do ouro, vincular com considerável quantidade de ouro a estabilidade da circulação monetária pode não ter um impacto positivo na construção socialista.

Originalmente, a questão de assegurar a estabilidade da circulação monetária está relacionada, acima de tudo, com a circulação doméstica. No caso em que as relações comerciais com o exterior intervêm na resolução deste problema, se faz impossível assegurar a estabilidade da circulação monetária de toda forma somente nas condições internas. Se apenas as condições domésticas podem solucionar o problema da estabilidade da circulação monetária, enquanto se enfatiza o papel do ouro, não há necessidade de utilizá-lo como meio para assegurar diretamente a circulação monetária.

Se o ouro é reconhecido como fonte importante para assegurar a estabilidade da circulação monetária, isso pode tornar um fenômeno universal seu uso como fonte de importação de mercadorias para atender às necessidades de vida dos trabalhadores. Isso pode, por fim, ter como resultado o retardamento da construção econômica socialista.

Por todas as razões citadas, o uso do ouro como fonte direta para assegurar a estabilidade da circulação monetária falhou em realizar corretamente as demandas objetivas da construção econômica socialista.

O grande Líder camarada Kim Il Sung estipulou o asseguramento das mercadorias como condição direta para assegurar a estabilidade da moeda e estabeleceu o aumento da fonte de mercadorias como medida para consolidar a circulação monetária.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"No caso em que se aumente o salário em centenas de wons, muito dinheiro deve ser entregue aos trabalhadores e empregados. Devemos produzir muitas mercadorias que possam gerar muito dinheiro a fim de utilizá-lo corretamente no desenvolvimento da economia popular." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 10, página 366).

Aumentar a fonte de mercadorias significa, nesse sentido, aumentar a quantidade de mercadorias que entram no sistema de circulação, o que faz possível fortalecer a estabilidade da circulação monetária.

O problema que deve ser resolvido sem falha em aumentar a fonte das mercadorias para assegurar a solidez da circulação monetária é assegurar substancialmente a quantidade de mercadorias que garantam a circulação de dinheiro em espécie de forma realista.

Os bens de consumo necessários à vida do povo e as mercadorias que entram na rede comercial formam uma base em espécie para assegurar a estabilidade da moeda. Os produtos que não entram na circulação de mercadorias, em outras palavras, os produtos que não são vendidos à rede comercial mesmo que sejam bens de consumo, não podem ser a base em espécie que garanta a estabilidade da circulação monetária. Eles não acompanham a circulação em espécie de forma realista e, por conseguinte, não agem para garantir a estabilidade da circulação monetária.

Se os bens de produção e outros produtos que não entram na rede comercial nacional são utilizados como fonte para assegurar a estabilidade da circulação monetária, podem ocorrer vários resultados errôneos. Dessa forma, mesmo os bens de produção que não são mercadorias podem ser introduzidos ao sistema de circulação como objeto de compra e venda privado, ou pode haver uma fissura na solidez da circulação monetária realista em conformidade com a escala do produto que perdeu seu valor comercial que se usa para assegurar a estabilidade da moeda.

De fato, ao oferecer uma nova explicação científica para todos os problemas que se apresentam em assegurar a estabilidade da circulação monetária, o grande Líder abriu o caminho para que o Estado da classe operária se apegasse firmemente à circulação monetária e para que implemente políticas corretas para esse fim.

1.3 Lei de circulação monetária em efeito na sociedade socialista.

A lei de circulação monetária é uma das leis econômicas em efeito na sociedade socialista e uma lei econômica que vem da velha sociedade.

Na sociedade socialista, a lei de circulação monetária atua de forma fundamentalmente diferente da lei de circulação monetária na sociedade capitalista, pois a natureza da circulação monetária é modificada.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"A lei de desenvolvimento da economia socialista e a lei de desenvolvimento da economia capitalista são diferentes." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 13, página 487).

A lei de circulação monetária que atuava cegamente na sociedade capitalista, serve ativamente no desenvolvimento econômico socialista ao atuar de forma planificada na sociedade socialista.

Cada uma das leis econômicas tem suas próprias características em como elas atuam.

Uma pessoa que é originalmente o mestre e dominador do processo econômico não pode empreender atividades conscientes que sirvam para si mesmo sem estar vinculado à ação objetiva das leis econômicas. Contudo, tais atividades de pessoas que são mestres da economia só podem ser realizadas sob certas condições socioeconômicas e históricas.

A classe dominante na sociedade capitalista não pode aclarar adequadamente as leis econômicas. Nela, a anarquia de produção chega ao extremo e a lei econômica se apresenta como uma força que domina cada vez mais as pessoas. Somente o partido revolucionário da classe trabalhadora elucida cientificamente a lei do movimento da sociedade capitalista que tem o colapso como destino e empreende uma luta revolucionária para derrubar o sistema capitalista.

O uso e compreensão exatos da lei econômica só podem ser realizados na sociedade socialista. Isso porque, sobretudo, a propriedade privada capitalista e a anarquia de produção que se baseia nela, são liquidados e as massas do povo trabalhador se tornam os verdadeiros donos da sociedade.

Na sociedade socialista, as massas do povo trabalhador reconhecem a lei da circulação monetária e utilizam sua demanda na posição de dono. As massas do povo trabalhador compreendem corretamente a essência do curso objetivo da circulação monetária e a colocam em serviço de suas próprias atividades independentes e criativas. Isso significa que a lei da circulação monetária pode atuar como necessidade reconhecida na sociedade socialista, e que as condições que asseguram o papel e posição das massas do povo trabalhador como donos da economia tornam-se uma premissa geral que permite conhecer e utilizar a lei da circulação monetária.

Ademais, na sociedade socialista também são fornecidas condições imediatas que permitem conhecer e utilizar a lei da circulação monetária. Suas condições imediatas incluem a economia socialista como um todo, especialmente o caráter planificado da circulação monetária, a separação estrita da circulação de dinheiro em espécie e da circulação não monetária e a organização da circulação monetária centrada no Banco Central.

O caráter planificado da circulação monetária e sua garantia das mercadorias são as condições mais importantes para calcular imediatamente a demanda da lei da circulação monetária.

De acordo com a lei do desenvolvimento equilibrado e planificado da economia popular, o Estado socialista se propõe a coincidir de forma planificada a quantidade de moeda necessária com a quantidade de moeda em circulação de acordo com a realidade econômica.

O órgão de circulação monetária de nosso país dispõe de suficientes condições para que o Estado assegure exitosamente a solidez da circulação monetária e regule a quantidade de moeda em circulação conforme as demandas da lei da circulação monetária, atuando de forma planificada no curso da circulação.

O Banco Central, que é o banco emissor de moeda, junto com diferentes órgãos estatais, possui as condições de planificação e funções de controle que permitem que a dimensão da moeda que põe em circulação seja igual à quantidade de mercadorias que entram no sistema de circulação. Por conseguinte, se houver divergência entre a quantidade de moeda em circulação e a quantidade de mercadorias (incluso o serviço) durante o processo de circulação, medidas para eliminá-la podem ser tomadas em tempo hábil.

Ademais, o banco emissor pode tomar medidas para limitar ao mínimo o impacto que a quantidade de moeda em circulação pode causar nas transações não monetárias.

Como a lei da circulação monetária é uma lei de circulação em espécie, a demanda dessa lei só pode ser adequadamente atendida quando afeta no mínimo possível a circulação não monetária.

O importante em fazer mínimo o impacto da moeda em circulação sobre a circulação não monetária é limitar o pagamento em espécie no escopo previsto ao estrito plano de caixa ou também estabelecer um estrito procedimento de execução do plano de caixa fazendo aprovar os gastos em espécie que fogem do escopo do plano de caixa somente para transações que acompanham o crescimento real da economia popular.

Como mencionado, é um problema importante o estabelecimento correto de uma metodologia para calcular a demanda da lei da circulação monetária nas circunstâncias em que são preparadas as oportunidades de organização e as condições objetivas e subjetivas que permitem fazer um cálculo correto da demanda da lei da circulação monetária.

Para o estabelecimento dessa metodologia, acima de tudo, é necessário formular correta e cientificamente a demanda da lei da circulação monetária.

A lei da circulação monetária é uma lei referente à dimensão da moeda introduzida no processo de circulação. Essa lei está relacionada com lei econômica de produção de mercadorias, bem como com a lei do valor, a partir de sua missão de mediar o movimento das mercadorias.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"... A lei do valor é uma lei econômica de produção de mercadorias." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 28, página 123)

A lei econômica de produção de mercadorias reflete a natureza do sistema socioeconômico correspondente, atuando em todo o período de produção e circulação de mercadorias. Por conseguinte, a lei da circulação monetária, que é uma lei econômica de produção de mercadorias, também possui demandas gerais que atuam durante todo o período da circulação monetária e requisitos concretos que se enquadram em um sistema monetário específico.

A demanda geral da lei da circulação monetária é que a quantidade de moeda em circulação deve ser ajustada de acordo com a velocidade média da circulação monetária e o custo total da quantidade de mercadorias que entram no curso de circulação. Dois fatos são premissas nesse regulamento. Uma das funções da moeda é representada como função do meio de circulação, e a outra é que se oferece relação recíproca entre o movimento dos preços, a quantidade de mercadoria em circulação e a velocidade da circulação monetária.

Tal demanda geral da lei da circulação monetária não pode nunca permanecer em sua forma original. Isso porque, à medida que a sociedade se desenvolve, as funções da moeda se tornam mais diversificadas e a relação recíproca entre o movimento dos preços, a quantidade de mercadoria e a velocidade da circulação monetária muda de acordo com a natureza do sistema socioeconômico. Nessas circunstâncias, a demanda geral da lei da circulação monetária aparece como uma demanda concreta que corresponde às particularidades do sistema monetário.

A partir disso, a demanda da lei da circulação monetária que opera na sociedade socialista não pode ser substituída pela demanda geral, mas ser uma demanda específica própria da economia socialista. 

O estudo sobre a demanda da lei da circulação monetária como lei relacionada com a quantidade de moeda em circulação possui uma história relativamente longa.

O problema da quantidade de moeda em circulação vem sendo objeto de pesquisa de muitos advogados da burguesia, incluso os de economia clássica, mas eles nunca puderam dar uma explicação científica sobre moedas e mercadorias e tampouco formular corretamente a demanda da lei da circulação monetária.

A formulação das demandas gerais da lei da circulação monetária, revelada pela teoria precedente da classe trabalhadora, tornou-se um meio poderoso para aclarar as contradições do sistema monetário capitalista e a natureza reacionária e anticientífica da teoria monetária burguesa.

Contudo, a formulação sobre a demanda geral da lei da circulação monetária ou o estudo sobre a lei da circulação monetária que opera no sistema de circulação de papel-moeda e no sistema de circulação de nota bancária capitalista não oferecem uma explicação correta sobre a lei da circulação monetária e suas demandas que operam na sociedade socialista.

A natureza da lei da circulação monetária que opera na sociedade socialista é completamente diferente daquela da lei da circulação monetária que opera na sociedade capitalista e, portanto, suas demandas não podem ser as mesmas.

Em vista disso, se faz impossível resolver corretamente o problema da circulação monetária sem esclarecer de forma original as demandas da lei da circulação monetária atuante na sociedade socialista.

Até agora, a demanda da lei da circulação monetária que atua na sociedade socialista vem sendo substituída pela demanda geral da lei da circulação monetária que opera em todos os lugares em que há circulação monetária e produção de mercadorias. Essa situação pode não causar uma influência regular em administrar corretamente o sistema monetário socialista e na organização e planificação da circulação monetária.

O grande Líder camarada Kim Il Sung abriu o caminho para reconhecer e utilizar corretamente a demanda da lei da circulação monetária que se baseia em análise compreensiva sobre a circulação monetária e a circulação de mercadorias na sociedade socialista.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"A produção de mercadorias na sociedade socialista é uma produção de mercadorias sem capitalistas e, por conseguinte, a lei do valor também não atua cegamente como na sociedade capitalista, mas atua em um escopo limitado, e é utilizada deliberadamente pelo Estado como espaço econômico para fazer bem a gestão econômica." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 23, páginas 454 e 455)

A ideia de que a lei do valor atua somente dentro de um escopo limitado e fixado na sociedade socialista, que foi aclarada pelo grande Líder, é um guia orientador que permite elucidar claramente o escopo de operação da lei da circulação monetária.

A lei da circulação monetária, como a lei do valor, é uma lei econômica regulada pelas relações moeda-mercadoria. Portanto, o escopo de operação da lei da circulação monetária não pode ultrapassar o escopo de ação da lei do valor.

O escopo que a ação da lei do valor se restringe em seu significado intrínseco é o critério que limita a esfera de ação da lei da circulação monetária.

A ideia de que a lei do valor opera somente em escopo limitado fixado na sociedade socialista revela que a lei da circulação monetária só opera em relação à transação e circulação de mercadorias, mas não em toda circulação de produtos do país.

Isso significa que a lei da circulação monetária não opera na esfera de circulação de meios de produção que perderam valor comercial. Em outras palavras, o escopo de operação da lei da circulação monetária deve ser limitado ao processo de transação e pagamento e circulação de mercadorias realizados com ajuda do dinheiro em espécie.

A ideia sobre a limitação do escopo de ação da lei de circulação de mercadorias aclarada pelo grande Líder revelou que a quantidade de circulação não-monetária não pode ser incluída no conceito da quantidade de circulação monetária.

A quantidade de circulação monetária deve ser separada estritamente da quantidade definida do meio de pagamento que participa na circulação não monetária.

A circulação não monetária não exige nem mesmo uma moeda real e somente provoca flutuações no balanço monetário no banco. Este balanço serve como base para que órgãos e empresas recebam dinheiro em espécie do banco ou também como meio de pagamento para o cumprimento de obrigações financeiras e transações de bens e recursos.

A relação de pagamento acompanhada pela circulação não monetária representa a relação crédito-débito (ativo-passivo) entre o banco, os órgãos e empresas. As moedas usadas na relação de pagamento não circulam como moedas reais porque atuam somente conceitualmente, cumprindo basicamente o papel de moeda de conta.

A moeda originalmente permanece no processo de circulação mediando o processo do movimento constante de mercadorias. Porém, a moeda utilizada na relação de pagamento não desempenha um papel neste sentido único, mas também serve para completar a transação que já foi realizada.

É por isso que o conceito de que uma certa quantia de moeda, que medeia o movimento das mercadorias se encontrando sempre no processo de circulação junto com a dimensão de dinheiro em espécie que serve ao movimento da renda dos cidadãos, não pode ser estabelecido na esfera de circulação não monetária, havendo somente uma quantidade de moedas que servem às transações não monetárias individuais. 

A quantidade de moeda que contribui às transações não monetárias individuais não pode ser a mesma que a quantidade de moeda em circulação.

Se pode ver claramente através da diferença da forma da circulação de dinheiro em espécie e da circulação não monetária que não se pode incluir a quantidade de moeda pertencente à circulação não monetária no conceito de quantidade de moedas em circulação.

Na circulação não monetária participam três órgãos: órgãos e empresas que recebem pagamento em dinheiro, empresas que pagam e o banco. Neste momento, o pagamento é concluído pelo método de transferência de dinheiro à conta bancária das empresas e órgãos a receberem pagamento pela conta bancária dos órgãos e empresas que devem pagar.

Porém, na circulação monetária participam pessoas (ou órgãos e empresas) que desejam comprar mercadorias com dinheiro e órgãos e empresas que desejam vender mercadorias e, neste momento, o dinheiro se movimenta na direção oposta do movimento de mercadorias e o não passa pelo banco, desempenhando um papel na conclusão da transação passando das pessoas que desejam comprar as mercadorias para os órgãos ou empresas que desejam vender.

No primeiro caso, a quantidade de moeda necessária para uma transação pode ser garantida ao banco sempre que houver demanda, mas no segundo caso, deve estar nas mãos do vendedor da mercadoria que entra no sistema de circulação.

Com tudo isso, se faz necessário distinguir completamente o conceito da quantidade de moedas em circulação da quantidade determinada dos meios de pagamento que participam nas relações de circulação não monetária.

Essa distinção é especialmente importante na prática sob as condições de que o domínio de circulação em espécie e o de circulação não monetária são estritamente separados em nosso país e a transformação da moeda entre os dois domínios é regulada legalmente.

Se o conceito da quantidade de circulação inclui a quantidade de circulação não monetária podem haver consequências negativas na prática.

Principalmente, se isso ocorre, a quantidade de moeda em circulação aumenta artificialmente, o que provoca influência negativa em assegurar a solidez da circulação monetária.

A quantidade de moeda em circulação não é uma simples soma da quantidade de moeda necessária em vários canais de circulação, mas um conceito que reflete a correlação entre ela e a velocidade da circulação monetária. Por conseguinte, não pode haver o conceito da quantidade de moedas em circulação sem considerar a velocidade de circulação da moeda.

Se a quantidade de circulação não monetária é inclusa no conceito da quantidade de moedas em circulação, a dimensão da quantidade de moedas em circulação será quase igual à quantidade total da transação monetária realizada durante um determinado período. Isso porque a velocidade de circulação da moeda no domínio da circulação não monetária gira apenas uma vez.

Tal moeda não pode intermediar outras relações de transação porque a moeda que medeia a circulação não monetária é liquidada somente em transação específica que movimenta de forma realista os bens materiais e está prevista no plano.

O chamado conceito da velocidade de circulação monetária em seu significado específico não pode ser estabelecido na condição de que a mudança da forma dos bens materiais ou mercadorias não continua em cadeia no processo de circulação e a moeda desempenha o papel de completar relações de transações específicas. No pagamento não monetário, uma certa quantidade de moedas não pode permanecer no curso da circulação. Neste ponto, a moeda cumpre somente o papel de medidor de valor e funciona como meio que substitui as relações de crédito e débito (ativo e passivo) entre empresas e o banco. Portanto, o cálculo da velocidade da circulação monetária no domínio da circulação não monetária não tem sentido e, especialmente, se deseja expressar a velocidade da rotação não monetária, seria correto indicar como "1".

Por fim, a inclusão da circulação não monetária com a velocidade de circulação de uma rotação na quantidade de moeda em circulação adiciona o valor nominal de vários tipos de documentos de pagamento que refletem as relações de crédito e débito (ativo e passivo) entre as empresas e o banco, resultando em uma avaliação excessiva da dimensão de moedas em circulação.

A inclusão da circulação não monetária na quantidade de moeda em circulação também pode fazer com que aumente muito a carga de trabalho dos órgãos de banco.

Em nosso país as transações não monetárias representam uma proporção esmagadora dentre as transações monetárias e, por estarem interligadas, seu escopo só pode ser definido com exatidão pelo cálculo do escopo de cada transação, não pelo cálculo quantitativo.

Contudo, o escopo da circulação não monetária calculado tem pouco ou quase nenhum significado na economia popular na prática e é impossível controlar o escopo de cada transação não monetária. O cashless (não monetário) reflete as relações de crédito e débito (ativo e passivo) entre empresas e órgãos que têm como centro o banco e, portanto, o escopo muda constantemente à medida que o processo de distribuição de renda nacional e o processo de reprodução realista são modificados. Se é estabelecida tal quantia não monetária variável dentro de um determinado limite, não se estimula o progresso normal do processo de reprodução. O cálculo sobre a quantidade total de circulação não monetária, que não possui significância prática, pode resultar em um aumento complexo da carga de trabalho dos órgãos de banco.

Com base na explicação acima, se são formulados os requisitos da lei da circulação monetária que atua na sociedade socialista, a quantidade de moedas em circulação será diretamente proporcional ao tamanho das transações de pagamento e de mercadorias que se tornam objeto da circulação em espécie e inversamente proporcional à velocidade da circulação monetária.

Em seguida, um problema importante que se apresenta no estabelecimento de uma metodologia para calcular os requisitos da lei da circulação monetária é confirmar com exatidão o conteúdo das transações de pagamento e das transações de mercadorias que provocam a circulação em espécie.

A dimensão das transações de pagamento e das transações de mercadorias acompanhadas pela circulação em espécie influenciam diretamente na quantidade de moedas em circulação. Portanto, estipular corretamente sua dimensão é uma das condições fundamentais para calcular com precisão a quantidade de moedas em circulação.

Não há dúvidas de que todas transações de mercadorias mediadas por dinheiro em espécie devem ser calculadas definindo a quantidade de moedas em circulação. Mais especificamente, podem ser incluídos nesta transação de mercadorias a quantidade de transações do mercado agrícola, a quantidade de compras de produtos agrícolas pelo Estado e o volume de circulação do mercado de venda direta. Por outro lado, o volume de circulação do mercado de venda direta que medeia a circulação não monetária não pode ser incluso. Deve incluir também a quantidade de serviços prestados pelos vários órgãos de serviços sociais e órgãos de transporte. Isso porque esses serviços são mediados por dinheiro em espécie e o conteúdo da circulação monetária correspondente é o mesmo da venda de mercadorias. 

É relativamente mais complicado - em comparação com a transação de mercadorias - definir o conteúdo das transações de pagamento que acompanham a circulação monetária. Isso porque, o escopo a ser realizado em dinheiro deve ser determinado a partir do volume de transações de pagamento no momento em questão e, ao mesmo tempo, a quantidade total do volume de transações de pagamento em dinheiro não é incluída no cálculo da quantidade de moedas em circulação.

Em relação à situação em que o domínio da circulação em espécie é estritamente limitado ao domínio do movimento da renda nacional, o volume de transações de pagamento realizadas com dinheiro em espécie inclui o volume real de bens de uso emergencial da renda nacional (vários tipos de pagamento pelo uso, seguro, depósito e renda de reserva, etc), o volume de transações em espécie que se encarrega da formação de ganhos monetários dos habitantes (pagamento de subsídios e pensão, pagamento de custos de vida, distribuição de dinheiro em espécie aos trabalhadores agrícolas, etc) e o volume de transações em espécie entre órgãos, empresas e órgãos bancários (pagamento em espécie pelo custo de vida para empresas e órgãos no banco, depósito bancário pelo custo da venda de mercadorias para os órgãos comerciais, etc).

Então, como as partes componentes da transação de pagamento em espécie afetam no tamanho do volume de moedas em circulação?

Em primeiro lugar, devemos observar o volume de transações monetárias para a realização dos bens de uso emergencial da renda nacional.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"Os órgãos bancários devem fazer bem o serviço de empréstimo ao mesmo tempo que mobilizam ativamente os fundos monetários ociosos, fortalecendo o serviço de poupança." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 8, página 192).

Lidar adequadamente com o problema da transação em espécie para a realização dos bens de uso emergencial da renda nacional possui uma significância importante em relação à situação em que moedas ociosas temporárias, como as da poupança, aumentam constantemente entre os trabalhadores.

A composição desta transação em espécie inclui as transações em espécie que ocorrem em relação com a mobilização temporária da renda dos cidadãos e as de pagamento pelo uso. Neste ponto, como o pagamento pelo uso possui as mesmas características que o pagamento da taxa de serviço, não se apresenta um problema complexo no cálculo.

No entanto, uma vez que as transações em espécie relacionadas com a mobilização temporária da renda dos cidadãos não refletem diretamente as alterações no processo de reprodução, mas somente provocam alterações na quantidade de moedas que estão na poupança, se apresenta a questão se é correto calculá-la no cálculo da quantidade de moedas em circulação.

Originalmente, era a quantidade de circulação em espécie que possuía significância realista em calcular a demanda da lei da circulação monetária. Em relação a isso, mesmo que o escopo da reprodução seja estipulado, o escopo de moedas em circulação que flutuam na relação de proporção das transações em espécie e não monetárias pode variar. Em particular, em uma circunstância em que o movimento recíproco monetário e o não monetário são feitos através do banco, se faz impossível calcular com exatidão a demanda real de circulação em espécie sem refletir adequadamente a relação de proporção das transações em espécie e não monetárias.

Do fato de que o escopo da reprodução depende, em última análise, do escopo do volume de moedas em circulação, não se conclui que as transações em espécie, que não refletem flutuações no escopo de produção e circulação, devam ser excluídas do cálculo do volume de moedas em circulação. Ademais, enquanto o volume real de bens de uso emergencial da renda dos cidadãos afeta diretamente o escopo da circulação de mercadorias, excluir a moeda como meio de pagamento do cálculo do volume de moedas em circulação ignora o aspecto em que atua para economizar volume de dinheiro em espécie necessário à circulação de mercadorias. Isso pode resultar em superestimação do escopo do volume em espécie em uso na circulação de mercadorias.

A relação de dependência entre o escopo da reprodução e o escopo do volume de moedas em circulação é um conceito holístico, e isso não significa necessariamente que o tamanho de cada circulação monetária deve depender necessariamente do tamanho de qualquer lado do curso da reprodução. Embora a circulação monetária possa mediar todos os estágios da reprodução, não se pode dizer que a circulação monetária deve coincidir com processo de reprodução a todo momento. A princípio, o movimento monetário se move em direção oposta ao movimento das mercadorias e tem seu próprio domínio de movimento independente. Por conseguinte, pode haver um canal de circulação monetária que não medeie diretamente a circulação de mercadorias e um volume monetário requerido como demanda rotineira neste canal.

Se esse volume monetário é excluído do cálculo do volume de circulação monetária, na realidade, os canais de circulação monetária complexos e variados serão simplificados como canais de circulação monetária que servem somente à circulação de mercadorias e não se poderá refletir adequadamente a demanda realista por circulação de moedas.

Outro fato que deve ser acrescentado neste ponto é que o volume monetário que serve no canal de circulação monetária, que não é diretamente relacionado à circulação de mercadorias, não é completamente separado do processo de reprodução e também afeta o escopo da circulação de mercadorias e o volume monetário que o serve. Por exemplo, se o tamanho do depósito e do seguro aumentam no trimestre planejado em comparação com o trimestre passado, o volume de dinheiro em espécie que serve na circulação de mercadorias inevitavelmente diminuirá, mantendo-se todas as outras condições.

Com tudo isso, no momento do cálculo do volume de moedas em circulação, é necessário calcular, acima de tudo, o escopo total realista dos bens de uso emergencial da renda dos cidadãos dentro do volume de transações de pagamento mediados com dinheiro em espécie.

Em seguida, olhemos para o volume de transações em dinheiro (pagamento de custo de vida, pensão e pagamento de subsídios, distribuição em dinheiro aos trabalhadores agrícolas, etc.) que é responsável pela formação da renda monetária dos cidadãos. 

O custo de vida pago aos trabalhadores e funcionários retornam através de seguro, depósito, pagamento por uso e compra de produtos, e uma parte pode ser paga em dinheiro. O pagamento do custo de vida por empresas e órgãos estatais (aqui o pagamento do custo de vida é tratado como modelo de pagamento em espécie para a formação da renda monetária dos trabalhadores, funcionários e agricultores) é um importante ponto de partida da circulação monetária e uma quantidade considerável de transações em dinheiro são feitas baseadas neste pagamento.

A moeda utilizada para o pagamento do custo de vida entra no sistema de circulação na prática através do comércio varejista ou da redistribuição da renda dos cidadãos e de lá retorna ao banco. Por conseguinte, uma vez calculado o volume monetário que serve na circulação de mercadorias, sua velocidade de rotação e o volume monetário que se necessita na redistribuição da renda dos cidadãos, calcular novamente o volume monetário necessário exclusivamente para o canal relacionado ao pagamento do custo de vida é uma clara repetição.

A moeda usada para pagar o custo de vida é a mesma moeda, mas as vezes funciona como meio de pagamento e outras vezes alterna a função de meio de circulação. Esta moeda funciona como meio de pagamento para pagar o custo de vida, mas, uma vez nas mãos dos trabalhadores e funcionários, funciona principalmente como meio de circulação. Dessa forma, sob a condição de que o dinheiro utilizado para pagar o custo de vida não funciona apenas como meio de pagamento, mas também assume a função de meio de circulação, se apresenta como problema muito importante evitar cálculos repetidos ao calcular somente o volume monetário necessário para realizar uma função.

Em seguida, o volume de transações em espécie entre instituições bancárias, órgãos e empresas devem também ser excluídas do cálculo do volume de moedas em circulação.

Na sociedade socialista, uma parte do dinheiro permanece no sistema de circulação como forma de reserva do meio de pagamento e compra em processo funcional. Evidente que, à medida que os negócios bancários se desenvolvem, uma considerável porção desta reserva toma a forma não monetária, e somente uma parte permanece na forma de saldo em dinheiro na conta das empresas. O que forma a base para esse saldo em dinheiro é a reserva de fundos para o custo de vida.

O processo de recebimento pelos órgãos e empresas socialistas dos fundos para o pagamento do custo de vida pelos bancos não pode ser um processo de transação econômica entre os órgãos e empresas com os bancos. Se observamos a transação em espécie que ocorre quando um banco paga em dinheiro o custo de vida aos órgãos e empresas, nenhum pagamento é feito de forma realista por meio desta transação, mas apenas um meio de pagamento é transferido dos órgãos bancários aos órgãos e empresas. Os órgãos e empresas alteram a reserva do método de pagamento que gerenciam da forma não monetária para monetária para o pagamento do custo de vida.

Circunstância similar ocorre no processo de deposito do preço de venda de mercadoria dos órgãos comerciais aos bancos. Nesse caso, o dinheiro recebido como preço de venda do produto é alterado da forma monetária para a não monetária.

De todo o exposto, fica claro que o volume da operação de pagamento a ser apurado quando se calcula  o volume de moedas em circulação nada mais é que o volume real dos bens de uso emergencial da renda dos cidadãos.

Até agora, estipulamos os conteúdos da operação de pagamento e da transação de mercadorias necessárias para calcular os requisitos da lei da circulação monetária. Isso se baseia na metodologia de que o volume de moedas em circulação é diretamente proporcional ao tamanho da operação de pagamento e da transação de mercadorias que são sujeitas à circulação em espécie. Contudo, se observamos o processo realista de circulação monetária, certa quantia de dinheiro ficam nas mãos de indivíduos ou nos cofres de órgãos e empresas. Apresenta-se então a questão de como lidar com esse dinheiro no cálculo do volume de moedas em circulação.

Parte da quantia nas mãos dos indivíduos servem como reserva do meio de compra e pagamento e o restante como meio de poupança. A reserva do meio de compra e pagamento é a moeda tal que, embora não constitua um meio real de pagamento e de circulação, entra em seguida no sistema de circulação. A existência de tal tipo de reserva monetária na sociedade socialista está relacionada com o fato de que a distribuição monetária e o pagamento do custo de vida são realizados simultaneamente enquanto seus gastos progridem gradativamente segundo o grau de satisfação de tais e tais demandas.

A circulação monetária exige necessariamente certa reserva de circulação e, sem isso, uma circulação monetária normal é impossível.

Dessa forma, como a reserva do meio de compra e pagamento é uma forma essencial assumida pelas funções monetárias do meio de pagamento e o de circulação, essa quantia que fica nas mãos de indivíduos deve ser considerada no cálculo do volume de circulação monetária.

Contudo, o volume de dinheiro que toma forma de meio de poupança estando nas mãos de indivíduos deve ser excluído do cálculo do volume de moedas em circulação.

O conceito de volume de moedas em circulação não pode incluir uma quantidade de dinheiro que não esteja em movimento. Portanto, apenas a moeda como meio de circulação e de pagamento deve ser considerada no calculo do volume de moedas em circulação e não pode se estender a consideração sobre o volume de moedas em circulação às moedas que têm a função de meio de poupança que entraram no estado de imobilidade ou às que têm a função de medida de valor antes de entrar no processo de movimento.

Este método é correto tendo em vista os requerimentos metodológicos de distinguir o volume monetário geral que o país possui e o volume de moedas em circulação.

O volume de moedas em circulação, que é a quantidade de moedas que ficam no curso de circulação enquanto medeiam a circulação de mercadorias, e o volume monetário geral não são do mesmo tamanho. A relação entre esses dois é expressa da seguinte forma: volume monetário geral = volume de moedas em circulação + volume de moedas utilizadas como meio de poupança. Essa relação surge em relação à circunstância em que o dinheiro que tem a função de meio de poupança deixa de se movimentar nas mãos dos indivíduos.

A distinção entre o volume monetário geral e o volume de moedas em circulação possui um significado importante no planejamento e controle da circulação monetária. Quando o Banco Central regula a circulação monetária, basta deduzir a quantidade de dinheiro que funciona como meio de poupança, não o volume total de emissão, e assegurar a garantia mercadológica somente para a parte restante.

Desta forma, como a distinção entre o volume monetário geral e o volume de moedas em circulação é um dos meios para regular adequadamente a circulação monetária, é uma medida razoável deduzir o volume do meio de poupança no cálculo do volume de moedas em circulação.

O mesmo princípio do dinheiro nas mãos de indivíduos pode ser aplicado ao balanço de dinheiro em espécie que permanece nos cofres dos órgãos e empresas. A parte restante desse balanço de dinheiro, excluindo o dinheiro para o custo de vida e outras diversas remunerações, é utilizado principalmente para pequenas transações, ou seja, como meio de compra e pagamento, e por isso deve ser considerado no cálculo do volume de moedas em circulação. 

Outra questão importante no estabelecimento da metodologia para o cálculo da demanda da lei da circulação monetária é definir corretamente a velocidade da circulação monetária.

O grande Líder camarada Kim Il Sung aclarou que o fortalecimento do sistema monetário do país e a circulação monetária segura constituem uma tarefa importante para impulsionar a produção expansiva da construção socialista e elevar constantemente o padrão de vida do povo.

Para assegurar a facilidade na circulação monetária, que possui importante significância em impulsionar a construção econômica socialista e elevar o padrão de vida do povo, a dimensão da velocidade da circulação monetária deve ser definida com precisão. 

O cálculo da dimensão da velocidade da circulação monetária é mais difícil que determinar outros fatores que determinam a velocidade da circulação monetária. Como não há dados diretos, o cálculo da velocidade da circulação monetária pode ser feito apenas através de dados indiretos.

O fato de que a velocidade da circulação monetária torna-se um fator importante no cálculo do volume de moedas em circulação está relacionado à situação em que a moeda permanece no curso de circulação e medeia a compra e a venda realizadas paralelamente em um espaço por várias vezes. A repetida mudança na posição de uma mesma moeda reflete o movimento da mercadoria que deve passar pelo estágio de circulação de mercadoria-moeda e moeda-mercadoria, e ao mesmo tempo expressa o fato de que as mudanças na forma de várias mercadorias estão em uma relação entrelaçada. Essa característica da circulação monetária demanda que o conteúdo da velocidade de circulação seja visto por dois aspectos: o conceito do tempo de duração pelo qual a moeda medeia a realização da mercadoria e o conceito da frequência média de circulação de uma mesma moeda.

A vinculação da velocidade de circulação monetária com um conceito de tempo fixado reflete a situação em que os dois estágios de movimento de mercadorias, expressos como mercadoria-moeda e moeda-mercadoria, estão em uma relação tanto de antagonismo como de complementaridade, não podendo coexistir espacialmente, e que leva somente à uma contínua ida e vinda temporalmente. A moeda, que funciona como meio de circulação, não pode atuar simultaneamente como meio de compra nas mãos de uma mesma pessoa. Para que uma mesma moeda estabeleça uma relação comercial, deve garantir a alteração secundária da forma da mercadoria juntamente com a alteração primária da forma da mercadoria, uma função que só pode ser realizada instrumentalmente, não simultaneamente.

A definição da velocidade de circulação monetária como um conceito de média reflete o fato de que a soma da rotação de diferentes moedas constitui a velocidade da circulação monetária. Não é possível calcular o volume médio de moedas em circulação sem integrar as rotações de diferentes moedas em uma velocidade de circulação. Especialmente, na condição em que se calcula de forma total o escopo das transações de pagamento e de mercadorias, que se apresentam como objeto de circulação em espécie no cálculo do volume de moedas em circulação, é impossível obter um único valor de volume de moedas em circulação tendo apenas várias velocidades individuais e sem conhecer o escopo médio da velocidade de circulação monetária.

Vários princípios metodológicos podem ser estabelecidos com base nessa regra geral para o conteúdo da velocidade da circulação monetária.

Acima de tudo, ao calcular a velocidade da circulação monetária, essa velocidade deve estar relacionada ao tempo de duração. A implementação desses requisitos metodológicos não é um grande problema. O instrumento temporal é um fator geral a ser calculado em todos elos que calculam o volume de moedas em circulação. A medida temporal aplicada para estimar a velocidade da circulação monetária deve ter a mesma medida temporal dada ao estimar outros fatores que definem o volume de moedas em circulação.

Em seguida, a velocidade média de circulação monetária deve ser definida de forma a obter o número total de rotações de todas moedas, e não a soma da velocidade média de cada moeda. É muito difícil sintetizar a velocidade média de cada moeda. De fato, como o processo de circulação absorve somente uma certa quantidade de moedas, se seu escopo total é obtido, a demanda da lei da circulação monetária poderá ser realizada facilmente. Cálculos específicos para a velocidade de rotação de moedas individuais não são necessariamente necessários. A velocidade média de circulação de cada moeda pode ser usada para materializar o movimento do volume de moedas em circulação calculado segundo a velocidade total de rotação.

Então, qual é a maneira de obter o número total de rotações da circulação monetária na prática vigente?

Um indicador que reflete aproximadamente a velocidade de circulação total das moedas é o indicador que demonstra a relação entre o volume monetário médio (volume de circulação de dinheiro em espécie durante um dia) e o volume total de circulação em espécie (o acumulado total de uma rotação em espécie tendo como centro o Banco Central) durante um período fixado (por exemplo, um trimestre). Contudo, embora este indicador tenha a vantagem de ser fácil de calcular, também tem a desvantagem de incluir não só as moedas que desempenham as funções de meio de circulação e de pagamento, mas também as que funcionam como meio de poupança. Esta deficiência pode ser superada até certo ponto calculando o volume de moedas que desempenham o papel de meio de poupança e aplicando certas correções com base nisso. O que deve ser considerado como um problema em fazer correções no volume de moedas que funcionam como meio de poupança é o balanço fixado de dinheiro em espécie circulante que permanece na carteira bancária. O dinheiro em espécie em circulação, como reserva do meio de circulação de e pagamento, atua como reserva fixada para a realização normal da circulação monetária, porém, seu balanço fixado exerce o papel de "reservatório" especial para a circulação monetária, diferindo assim em característica da reserva do meio de circulação e de pagamento. Este balanço fixado, como o saldo de poupança nas mãos dos cidadãos, não possui uma ligação direta com a função monetária dos meios de pagamento e circulação. Portanto, é necessário subtrair o balanço fixado de dinheiro em espécie em circulação e o volume de poupanças que estão nas mãos dos cidadãos do total de circulação em espécie que se baseia no volume total de moedas do país.

O indicador proposto para calcular o número total de rotações da circulação monetária possui semelhanças com a velocidade de retorno do capital que se calcula na prática vigente. Em outras palavras, o volume total da circulação em espécie é equivalente aos ganhos totais em espécie na velocidade de retorno de capital e o volume de moedas em espécie é equivalente à quantidade média de emissão monetária.

A velocidade de retorno do capital é a velocidade de uma circulação em espécie baseada no Banco Central e possui a característica de padronizar e sintetizar a rotação da moeda em escala nacional. Portanto, o indicador de velocidade de retorno do capital pode ser utilizado como valor de referência para determinar a velocidade total de rotação da circulação monetária.

A deficiência que existe no indicador da velocidade de retorno do capital é que o movimento de dinheiro em espécie que não passa pelo Banco Central, ou seja, o papel da moeda como meio de pagamento e circulação que funciona entre os cidadãos, é ignorado. No entanto, como a proporção de transações monetárias entre os cidadãos é muito pequena, enquanto são grandes as relações de dinheiro em espécie no mercado organizado, o indicador da velocidade de retorno pode não ter uma diferença muito grande em relação ao número total de rotações em escala nacional.

A dificuldade em usar o indicador da velocidade de retorno do capital é que ele é calculado com base nos dados dos rendimentos atuais do banco.

Se apresenta como um problema saber até que ponto a velocidade de retorno de rendimento pode representar a velocidade da circulação monetária dentro de um período planejado. Uma vez que o volume de dinheiro em circulação pode permanecer em excesso no sistema de circulação, a velocidade de retorno calculada pelos dados dos rendimentos atuais das contas bancárias pode não refletir com precisão a velocidade normal  da circulação monetária. Portanto, para usar a velocidade de retorno no cálculo da velocidade de circulação monetária é necessário tomar medidas para compensar as deficiências que surgem em relação ao fato de se basear nos dados dos rendimentos atuais.

Essas medidas podem ser tomadas a partir de dois aspectos. Um é calcular o escopo da renda dos cidadãos e a velocidade e periodicidade seus gatos e o outro é considerar as condições de produção e transporte. Aqui, o primeiro aspecto é uma questão interna da circulação monetária e o segundo é um fator que está fora da circulação monetária e a influencia. Portanto, em relação ao primeiro aspecto é necessário calcular como afeta a circulação monetária em um período consideravelmente curto, enquanto em relação ao segundo é necessário considerar sua influência na circulação monetária durante um período consideravelmente longo.

Nesse sentido, nós examinamos as demandas da lei da circulação monetária atuante na sociedade socialista e a metodologia para calculá-la.

No entanto, para aplicar especificamente as demandas da lei da circulação monetária à prática de planejamento e controle da circulação monetária, a metodologia acima mencionada é insuficiente.

Em uma economia socialista, a circulação de cédulas é característica. Um problema importante que se apresenta em planificar e regular a circulação de cédulas, que possuem a característica de "dinheiro representativo", é resolver corretamente a correlação entre o volume total de moedas em circulação e o volume de moedas necessárias.

Originalmente, a quantidade de moeda a circular depende da quantidade total de mercadorias, mas o tamanho do símbolo monetário a circular é inteiramente determinado pela quantidade de moeda metálica que substitui. Portanto, na circulação de símbolos monetários é de grande significância regular a relação recíproca entre o volume real de símbolos monetários que estão no processo de circulação e o volume de moedas que irão circular.

No caso da circulação de moedas metálicas ou de cédulas conversíveis, a moeda supera o fenômeno de moedas em excesso por meio da constante saída da esfera de circulação, mas na circulação de papéis-moedas ou cédulas não conversíveis, quando a reciprocidade entre o volume total de moedas em circulação e o volume de moedas necessárias é quebrada, ocorre o fenômeno de excesso de moedas.

No entanto, a correlação entre o volume total de moedas em circulação e o volume de moedas necessárias é apresentada de forma diferente devido a diferenças no sistema socioeconômico. No sistema monetário capitalista, onde circulam somente papéis-moedas e cédulas não conversíveis, essa correlação se encontra constantemente em estado de ruptura em relação à política inflacionária da burguesia. Contudo, na economia socialista caracterizada pela circulação planificada de símbolos monetários, a correlação entre o volume total de moedas em circulação e o volume de moedas necessárias é estabelecida de forma planificada e caminha na direção de constante concordância.

A convergência constante do volume total de moedas em circulação e o volume de moedas necessárias é uma implementação concreta da demanda da lei da circulação monetária atuante na sociedade socialista. A partir disso, a metodologia para calcular as demandas da lei da circulação monetária deve ser complementada sem falta pela metodologia que estabelece corretamente a correlação entre o volume total de moedas em circulação e o volume de moedas necessárias.

O cálculo planificado da correlação entre o volume total de moedas em circulação e o volume de moedas necessárias é suficientemente viável na prática atual. O cálculo do volume de moedas necessárias se baseia na metodologia que calcula a lei da circulação monetária descrita até aqui, e o cálculo do volume total de moedas em circulação é realizado pelo método de subtração do meio de poupança que fica em posse dos cidadãos e do balanço médio da circulação em espécie na emissão média de moedas. Embora tal cálculo não seja simples, ao menos um cálculo aproximado será possível dependendo do grau de maturidade das condições para aumentar o nível de planificação da circulação monetária.

O problema que se precisa considerar com atenção no cálculo da correlação entre o volume total de moedas em circulação e o volume de moedas necessárias é garantir a compatibilidade entre as duas.

A compatibilidade entre o volume total de moedas em circulação e o volume de moedas necessárias deve ser assegurada não somente em termos de tempo e quantidade total, mas também em termos de localidade. O asseguramento da compatibilidade entre o volume total de moedas em circulação e o volume de moedas necessárias pode ser resolvido até certo ponto na prática atual através do balanço de receitas e despesas monetárias dos cidadãos e do plano trimestral de dinheiro em espécie.

No entanto, do ponto de vista regional, o problema de assegurar a compatibilidade entre o volume total de moedas em circulação e o volume de moedas necessárias é muito complexo. Este problema pode ser certamente resolvido de forma a garantir a compatibilidade regional entre o pagamento e a renda monetária dos cidadãos e entre o volume de moedas e o volume de mercadorias.

Atualmente, o planejamento de caixa é estritamente centralizado, enquanto o fornecimento de mercadorias é regulado localmente, e os ganhos (renda) e gastos (pagamento, despesas) dos cidadãos também são locais em grande medida. Nessas condições, é impossível garantir em nível absoluto a consistência regional entre os gastos e ganhos monetários dos cidadãos e entre o movimento monetário e o movimento das mercadorias. Nesse ponto, a compatibilidade regional nada mais é que uma compatibilidade aproximada.

As características locais das despesas e receitas monetárias dos cidadãos residem, sobretudo, no fato de que o tamanho da renda monetária dos cidadãos difere por região e a escala e estrutura de seus gastos também são diferentes e, por conseguinte, verifica-se que a circulação em espécie pela entrada e fluxo populacional é manifestada compondo-se localmente. Essa característica local dos ganhos monetários dos cidadãos demanda que a condição local do movimento de mercadorias seja bem aplicada ao caráter local do movimento monetário. Se essa demanda não é garantida com relativa precisão, a concordância total entre o volume total de moedas em circulação e o volume de moedas necessárias em âmbito nacional perderá em grande medida seu significado prático.

Em assegurar ao máximo a compatibilidade regional entre o movimento monetário e o movimento mercantil, quanto menor o escopo regional, mais difíceis surgem os problemas. Por exemplo, é muito mais difícil garantir essa consistência nos condados do que nas províncias.

Nesta circunstância, para assegurar compatibilidade entre o movimento monetário e o movimento mercantil por região e, além disso, para reforçar de forma prática a compatibilidade em escala nacional entre o volume total de moedas em circulação e o volume de moedas necessárias, é necessário assegurar a máxima mobilidade no fornecimento de mercadorias e na execução do plano em espécie e devem ser tomadas medidas para evitar a circulação à outras regiões dos ganhos em espécie dos cidadãos em cada unidade regional. A base dessas medidas é a implementação completa da linha política de nosso partido de desenvolvimento integral da economia local que visa garantir que cada unidade regional tenha uma estrutura e escala de produtos que atendam às necessidades dos moradores locais.

Acima, foram explicados os problemas fundamentais que podem ser levantados no cálculo correto da demanda da lei da circulação monetária. Calcular corretamente a demanda da lei da circulação monetária é um problema muito difícil, mas não impossível. Se todos órgãos econômicos do país, incluindo os órgãos comerciais e de planejamento, trabalham juntos para promover este trabalho como uma tarefa conjunta, em vez de vê-lo como uma tarefa individual dos órgãos bancários e financeiros, se faz possível um cálculo relativamente preciso da demanda da lei da circulação monetária.

2. Demanda fundamental e característica essencial do sistema monetário socialista.

2.1 Característica essencial do sistema monetário socialista.

O sistema monetário socialista constitui um componente importante do sistema econômico socialista.

A classe trabalhadora, que tomou o poder, expropria por fim o poder monetário do capital utilizando a arma da ditadura do proletariado e estabelece um novo sistema monetário, fundamentalmente diferente do sistema monetário capitalista, para apoderar-se firmemente dos importantes recursos monetários, desenvolvendo e solidificando o sistema econômico socialista.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"...Devemos reorganizar o sistema de circulação de mercadorias e o sistema monetário e financeiro. A recuperação e o desenvolvimento da economia popular são impossíveis sem a organização do sistema monetário e financeiro, o desenvolvimento do comércio e a harmoniosa troca de mercadorias em cada período entre as zonas rurais e as urbanas.

Devemos buscar exaustivamente todas fontes de renda, gastar os fundos adequadamente, garantir o adequado volume de moedas em circulação e lutar contra os especuladores." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 2, página 31)

O estimado Líder camarada Kim Il Sung definiu a reorganização do sistema monetário e financeiro imediatamente após a libertação como uma tarefa premente que se apresentava ante ao Poder Popular e apresentou a tarefa de fortalecer e consolidar o sistema de circulação monetária como um importante elo.

Essa tarefa histórica pôde ser realizada de forma brilhante como resultado da luta ativa do partido e do Estado, sob a sábia direção do grande Líder, para estabelecer um sistema monetário que atendesse às demandas intrínsecas do novo sistema econômico e demonstrar sem reservas a superioridade do sistema monetário estabelecido.

O sistema monetário estabelecido em nosso país é um novo tipo de sistema monetário que superou completamente as contradições inerentes ao sistema monetário capitalista.

O sistema monetário, que reflete certas relações socioeconômicas, desenvolveu-se historicamente de diferentes formas. No entanto, a história de seu desenvolvimento é relativamente curta em comparação com a longa história da própria moeda.

A tarefa de sistematizar de forma única a geração e a circulação monetárias foi apresentada como uma tarefa prática pela primeira vez com o desenvolvimento do mercado nacional e surgimento da produção capitalista. Sem resolver esta tarefa, a burguesia não foi capaz de satisfazer plenamente as demandas do recém-desenvolvido método de produção capitalista. Portanto, os países capitalistas estabeleceram e mantiveram um único sistema de circulação monetária desde o primeiro dia de sua existência.

Nos países capitalistas, o sistema monetário foi completado como um sistema homogêneo através do estabelecimento do sistema padrão-ouro.

O sistema padrão-ouro surgiu como modelo do sistema monetário capitalista, realizando as demandas do capitalismo industrial que estava em ascensão. Isso por um lado garantiu o controle natural do volume de moedas em circulação e, por outro, a relativa solidificação da taxa de câmbio através da circulação internacional livre do ouro, da livre conversão e do sistema de cunhagem livre. Ao garantir a relativa estabilidade na circulação monetária, o sistema padrão-ouro estimulou regularmente o desenvolvimento da produção capitalista, o comércio internacional e o crescimento da exportação de capital.

Contudo, com a entrada no estágio imperialista, o sistema padrão-ouro estava fadado ao fracasso. Na fase imperialista, ocorreu a concentração de ouro nas mãos de alguns poucos países imperialistas, a base do ouro da circulação monetária atingiu um ponto crítico e as condições para a manutenção do sistema padrão-ouro foram completamente destruídas.

O curso de colapso do sistema padrão-ouro começou por volta da 1ª Guerra Mundial e foi concluído entre 1929 e 1933.

O colapso por fim do sistema padrão-ouro levou a burguesia a buscar um "novo" sistema monetário, o que resultou na concepção do "sistema monetário gerenciado".

Os proponentes e apoiadores deste sistema embelezavam viciosamente a exploração adicional das massas trabalhadoras através da administração monetária. Para isso, representavam os interesses do capitalismo monopolista expulsando as moedas de ouro do domínio da circulação monetária e insistindo na interferência maciça do poder estatal.

No entanto, o "sistema monetário gerenciado" não era capaz de quebrar os vínculos com o sistema padrão-ouro, mas pelo contrário, agravou no geral as contradições inerentes ao sistema padrão-ouro e ao próprio capitalismo. O confronto entre o "dólar" e outras moedas dos países capitalistas, que se aprofunda no mundo capitalista atual, a crise crônica do sistema financeiro e monetário e as vozes que demandam o retorno do sistema padrão-ouro são expressões da fraqueza do "sistema monetário gerenciado" e das sérias contradições inerentes ao sistema monetário capitalista.

Atualmente o sistema monetário capitalista enfrenta uma grave crise. A crise no sistema monetário capitalista, que foi causada pelas contradições do sistema econômico capitalista, está sacudindo a própria economia capitalista pela raiz. Por outro lado, o sistema socialista garante de forma confiável o desenvolvimento econômico em virtude de sua superioridade.

O sistema monetário de nosso país é um novo sistema monetário que utiliza apenas pequenas moedas e notas bancárias emitidas pelo Banco Central como moeda corrente e as distribui sistematicamente. Não tem nada a ver com o sistema padrão-ouro e torna impossível encontrar vestígios de ouro como moeda-mercadoria em qualquer lugar da circulação doméstica. Aqui reside a característica única do sistema monetário do nosso país.

Segundo o decreto do Comitê Popular Central da República Popular Democrática da Coreia, o Banco Central emitiu e fez circular a partir de 7 de abril de 1979 as novas notas de 1, 5, 10, 50 a 100 wons e a moeda de 50 jons.

As pequenas moedas e notas do Banco Central são definidas como única moeda legal no território da República Popular Democrática da Coreia segundo as leis do Estado. Moedas estrangeiras, bem como moedas metálicas, não podem circular, e não há emissão de moedas metálicas. Em nosso país, apenas a circulação de notas bancárias tem conseguido garantir o desenvolvimento econômico nacional. Isso significa que na economia socialista a circulação das cédulas é decisivamente superior à circulação de moedas metálicas.

Sua superioridade reside no fato de que a circulação de cédulas pode poupar gastos de circulação social e que o processo de reprodução socialista não é afetado pelas variações do valor do ouro que ocorrem naturalmente.

A introdução de um sistema de circulação de moedas metálicas, que são moedas de valor perfeito, no sistema de circulação significa que os produtos e moedas-mercadorias se encontram naturalmente e são colocados em uma relação de equivalência. Dessa forma, ainda que a produção de produtos tenha caráter planificado e seja fornecida ao sistema de circulação, a concordância entre o movimento monetário e o movimento de bens é garantida casualmente através do processo de mudança do valor do ouro e do valor dos produtos. Isso contradiz o caráter planejado do processo de reprodução socialista. Portanto, em uma economia planejada, a circulação de moedas metálicas não é necessária.

No entanto, a questão levantada aqui é se é possível garantir sem problemas todas as funções monetárias apenas com cédulas bancárias.

Essa questão possui um significado muito importante. Somente quando essa questão é resolvida corretamente as características essenciais do sistema monetário socialista de nosso país e sua superioridade podem ser reveladas completamente.

É consabido que as cédulas podem desempenhar o mesmo papel que as moedas metálicas nas funções de meio de circulação, de pagamento, de poupança e acumulação socialista, que aparecem em forma de dinheiro em espécie. O Estado não só garante que o valor equivalente ao preço líquido representado por cada cédula seja oferecido precisamente aos possuidores de dinheiro, mas também converte essa possibilidade em realidade através do processo de circulação real, possibilitando que as notas cumpram adequadamente seu papel como intermediário sem nenhum obstáculo.

No entanto, o problema é qual o papel que a cédula desempenha na realização da função de medida do valor da moeda.

A função de medida do valor da moeda na economia socialista funciona de forma planificada, diferente de como funciona na economia capitalista. Contudo, esse caráter planificado aparece diferente dependendo do caráter da produção de produtos e do domínio de circulação.

Na esfera de circulação e produção dos meios de produção que perderam o valor comercial, a moeda não serve mais como instrumento que expressa o valor dos produtos. Neste ponto, a função de medida de valor da moeda perde seu significado original e desempenha o papel como critério único que mede o tamanho do trabalho socialmente necessário.

A moeda, na produção de meios de produção que perderam o valor comercial e no domínio de circulação, é utilizada como meio que expressa o preço que é determinado de forma unificada e planificada pelo Estado com base no trabalho socialmente necessário gasto na produção do produto, e como ferramenta de cálculo de equivalência entre as empresas estatais.

Por outro lado, na produção de mercadorias e no domínio de circulação de mercadorias, a moeda desempenha a função de converter de forma planificada o valor dos produtos em preço, sendo estipulados pelo trabalho socialmente necessário, representando um valor determinado.

A função como meio de expressão do preço determinado de forma planificada é que pode manejar, sem qualquer mediação de moeda-mercadoria, ou seja, com um agente monetário.

No entanto, surge a questão de saber se um agente monetário que não possui valor pode mesmo desempenhar a função de converter o valor da mercadoria em preço. 

A razão pela qual o ouro desempenha originalmente uma medida de valor ideal é porque circula antecipadamente como moeda-mercadoria no processo de troca. Só então o ouro pode expressar o valor incorporado ao produto e convertê-lo em preço.

Contudo, na economia socialista a moeda pode expressar corretamente o trabalho socialmente necessário incorporado ao produto como valor, mesmo que o ouro não circule como moeda-mercadoria, na medida que o Estado regula de forma planificada o preço dos produtos baseando-se estritamente no trabalho socialmente necessário.

Como a moeda realiza a função de converter o valor da mercadoria em preço, não é necessário resolver a contradição entre a forma de equivalência e a forma de valor relativo da mercadoria já que as mercadorias e as moedas-mercadorias que já estão em circulação naturalmente se encontram e se colocam em uma relação de equivalência.

Nesse ponto, é necessário garantir firmemente que mesmo um agente monetário possa expressar corretamente o preço estabelecido pelo Estado.

Na sociedade socialista, as cédulas têm todas as condições para expressar com precisão o preço estabelecido pelo Estado.

Acima de tudo, a emissão de cédulas está diretamente relacionada com a situação da economia popular.

Em nosso país, a escala de desenvolvimento é determinada com base no cálculo direto da demanda da economia popular, e a emissão de cédulas é realizada segundo as mudanças no estado de circulação, de forma que o tamanho do valor formado na economia popular pode ser expressado com precisão sem associação das cédulas com o ouro.

Além disso, o fato de que a base de preços tenha sido fixada há muito tempo tem um significado importante.

O fato de que a base de preços tenha sido fixada planificada e legalmente há muito tempo possibilita uma conexão direta entre o agente monetário e a moeda-mercadoria entre as partes na transação econômica. Como a base de preços é finaxa e está firmemente garantida por todas forças materiais do Estado socialista por representar certa quantidade de valor, o agente monetário sempre aparece para as partes da transação como a personificação de um determinado valor.

Originalmente, a contradição entre a forma equivalente e a forma de valor relativo do produto pode ser resolvida mesmo que um encarregado real da forma equivalente apareça como personificação ideal de todos valores do produto, e o agente monetário é sempre reconhecido como representante de determinado valor pelas partes da transação, sendo capaz de desempenhar a função de medida de valor nessas condições.

Conforme descrito acima, as cédulas podem desempenhar plenamente todas as funções domésticas da moeda, incluindo a função de medida de valor, de modo que o movimento monetário regular é firmemente garantido.

Do fato de que o sistema socialista de circulação monetária é um sistema planificado de circulação de cédulas, fica claro que é um sistema monetário de novo tipo que é completamente diferente de sistemas monetários existentes como o sistema padrão-ouro e o sistema de circulação de papel-moeda.

O fato de que somente as cédulas (incluindo pequenas moedas) circulam exaustivamente significa que o ouro está completamente excluído da circulação interna e apenas aparece nu nas relações de pagamento externo. Isso mostra que não há qualquer conexão entre o sistema monetário socialista e o sistema padrão-ouro.

O sistema monetário socialista, que se baseia na circulação unificada de cédulas, é o sistema monetário socialista mais avançado e adequado para materializar plenamente as características essenciais do sistema econômico socialista. Aqui reside uma característica importante do sistema monetário socialista comparado ao capitalista.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"O sistema socialista de nosso país é o sistema social mais avançado no qual as massas trabalhadoras se tornaram donas de tudo e tudo na sociedade serve a elas." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 27, página 596)

O sistema econômico socialista é o sistema econômico mais avançado no qual as massas trabalhadoras se tornam donas da economia e a economia serve às massas trabalhadoras.

O sistema monetário socialista contribuiu ativamente para desenvolver plenamente tal natureza e superioridade do sistema econômico socialista.

O sistema monetário socialista atua como um espaço econômico para melhorar a condição de vida dos trabalhadores, incluindo operários e agricultores.

Se o sistema monetário capitalista está nas mãos da burguesia como instrumento de sua riqueza e como meio de fortalecer a exploração e expropriação das massas trabalhadoras, o sistema monetário socialista serve plenamente às massas trabalhadoras que são donas do país e da sociedade. Esse é o novo conteúdo classista do sistema monetário socialista regulado pela natureza das relações de produção socialistas.

A natureza classista do sistema monetário capitalista torna-se mais evidente à medida que passa a ser controlado pelas mãos dos oligarcas. Todas políticas que os países imperialistas tomam na esfera da circulação monetária, como a política de financiamento restringido, de venda rebaixada de câmbio, de desvalorização, de inflação e de emissão excessiva de dinheiro, são ameaças grandes e diretas à vida das massas e da classe trabalhadora e servem como suporte econômico confiável para a expansão externa dos monopólios.

O sistema monetário socialista é um dos espaços fundamentais para a promoção do bem-estar dos trabalhadores. Isso está relacionado com a distribuição de produtos sociais ao consumo individual dos trabalhadores na forma monetária.

Na sociedade socialista, o sistema monetário assegura firmemente a circulação monetária sólida, de modo que parte da renda individual dos trabalhadores pode ser devolvida sem deixar de atender às suas necessidades materiais e culturais.

A solidez da circulação monetária se expressa intensivamente no aumento do poder de compra da moeda. Nos 40 anos desde a libertação da pátria até hoje, a moeda de nosso país tem aumentado seu poder de compra, apesar das provações e tribulações da Guerra de Libertação da Pátria. Isso não apenas permitiu que os trabalhadores contribuíssem para a melhoria de seu bem-estar sem qualquer influência das variações do valor das commodities (moeda-commoditie), mas também resultou em um aumento do tamanho monetário das parcelas retornadas à poupança pessoal.

Portanto, na economia socialista, o sistema monetário, juntamente com todas as outras leis econômicas e espaços econômicos, servem ativamente para alcançar a promoção do bem-estar do povo.

O sistema monetário socialista, por conseguinte, garante firmemente o desenvolvimento planificado, proposital e consciente da economia popular.

O desenvolvimento econômico planificado é uma das características essenciais do sistema econômico socialista.

O sistema monetário de nosso país desempenha o papel de espaço para a realização das demandas da lei do desenvolvimento planificado e balanceado da economia popular através de sua operação planificada.

A operação planificada do sistema monetário socialista é uma condição para garantir a gestão planificada dos processos de produção e de circulação. Isso porque o controle nacional sobre o progresso planificado dos processos de produção e circulação não pode ser realizado adequadamente sem assegurar com precisão a planificação da circulação monetária.

A operação planificada do sistema monetário é um elo que assegura a precisão do planejamento da economia popular sobre os processos de produção e circulação.

O sistema monetário é ativo em assegurar com precisão vários balanços da economia popular, especialmente o balanço geral. No processo de comparação de todos os dados e materiais planificados da economia popular obtidos no curso da operação planificada da circulação monetária, a precisão ou imprecisão da circulação e produção é verificada e a preparação para a realização do plano é investigada. Em particular, como o plano de caixa do Banco Central é um plano abrangente, muitas reservas adicionais podem ser descobertas através da comparação com o Plano da Economia Popular. Os fundamentos para várias tarefas de planejamento, incluindo o balanço entre a condição de circulação de mercadorias e o plano de produção, o balanço da proporção dos custos de vida e do plano laboral e o equilíbrio entre o plano de compras e a produção agrícola, são reexaminados e, no processo, torna-se possível uma reação através do espaço monetário à produção e circulação.

O aspecto de que o sistema monetário atua ativamente no desenvolvimento planificado da economia popular não se dá apenas pelo processo de planificação da economia popular, mas também pela ação no processo de execução do plano em cada elo da economia popular.

Dentre as diversas organizações em que a circulação monetária planificada atua na implementação do Plano da Economia Popular, a básica é a de controle monetário no processo de pagamento em espécie de despesas de vida e no processo de pagamento não monetário.

O controle monetário no processo de liquidação não monetária tem grande influência devido ao seu alcance de atuação extremamente amplo. Embora o controle monetário no processo de pagamento em espécie das despesas de vida não seja tão grande quanto o controle monetário no processo de liquidação não monetária no domínio e objeto de ação, ele pode estimular o interesse material dos funcionários de administração de empresas e produtores diretos, responsáveis pela execução do plano, e sua influência também é grande. Todos esses controles monetários são a expressão do caráter planificado da circulação monetária e são o resultado da ação ativa dos espaços monetários.

Desta forma, o sistema monetário socialista garante firmemente seu desenvolvimento, servindo para a realização das demandas da gestão planificada sobre a economia socialista.

O sistema monetário socialista também assegura firmemente o crescimento elevado e constante da produção.

É uma lei objetiva da economia socialista que a produção se desenvolva a um ritmo constante e elevado. O sistema monetário socialista serve excelentemente à realização da demanda desta lei.

O sistema monetário socialista, que se baseia na circulação única de cédulas, não apenas impede que o desenvolvimento econômico do país seja restringido pela escala total de moedas-mercadorias, mas atua positivamente em seu desenvolvimento.

Os países imperialistas extraíam constantemente o ouro como material monetário do sistema de circulação e, por outro lado, não conseguiam aumentar a produção de ouro de acordo com o aumento da escala de produção e circulação, resultando em uma grave escassez de materiais monetários que entravam no processo de circulação.

Os países imperialistas emitem excessivamente as cédulas sob o pretexto de escassez de materiais monetários, mas isso contradiz a exigência fundamental do sistema monetário capitalista de que este deve se basear na circulação do ouro como moeda-mercadoria.

A emissão excessiva de cédulas e a intensificação da inflação são fenômenos econômicos resultantes do uso pelo Estado capitalista da emissão de cédulas como meio adicional de redistribuição da renda dos cidadãos, sendo uma medida para compensar a escassez de ouro como moeda-mercadoria. A emissão excessiva de cédulas é um reflexo das características estruturais do capitalismo e uma expressão da contradição básica insolúvel do sistema monetário capitalista.

O sistema monetário socialista, caracterizado pelo sistema planificado de circulação de cédulas, pode satisfazer ativamente a demanda por moedas no processo de produção e circulação por um lado e, por outro, superou completamente as influências do tamanho do valor do material monetário no desenvolvimento econômico.

O sistema monetário socialista garante um elo direto entre as cédulas e o volume de mercadorias em circulação. Em particular, o caráter planificado do sistema monetário é uma condição importante que garante esse elo direto.

O elo direto entre as cédulas e o volume de mercadorias formado no processo de troca cria uma oportunidade para que o Estado socialista ajuste a escala monetária calculando diretamente a demanda por moedas que muda de acordo com as variações no processo de produção e circulação. Assim, a alta taxa de desenvolvimento econômico não tem que ser apoiada pela correspondente taxa de aumento de materiais monetários.

Uma das condições para que o desenvolvimento produtivo seja completamente livre da influência dos materiais monetários na economia socialista é o fato de que o sistema monetário socialista se baseia na ampla circulação não monetária.

Na economia socialista, uma vez que a esmagadora maioria da circulação de produtos se baseia na circulação não monetária, o tamanho do volume de transações que demanda o movimento de moedas reais é extremamente limitado.

Desta forma, o Estado socialista não só resolveu a contradição que poderia surgir entre o desenvolvimento econômico e os materiais monetários, estabelecendo um sistema monetário no qual o desenvolvimento econômico não é restringido pelo tamanho de materiais monetários, mas também preparou a base para que o sistema monetário atue ativamente no desenvolvimento econômico.

O sistema monetário socialista preparado pelo grande Líder camarada Kim Il Sung é verdadeiramente um sistema superior que materializa brilhantemente as características essenciais do sistema econômico socialista e atua para intensificá-lo constantemente.

2.2 Demandas fundamentais do sistema monetário socialista.

A superioridade do sistema monetário socialista é plenamente exibida através da luta para a realização de suas demandas fundamentais.

A reforma monetária de 1947 foi uma oportunidade importante para realizar as demandas fundamentais do sistema monetário socialista em nosso país.

Sob o domínio do imperialismo japonês, o sistema de emissão de moedas de nosso país, bem como a organização da circulação monetária, foram completamente dominados por eles e serviram para a exploração colonial e o desenvolvimento econômico do Japão. A dependência da circulação monetária impossibilitou a garantia da singularidade da circulação monetária ao permitir a circulação de vários meios de circulação, incluso as "cédulas japonesas", à parte das "cédulas coreanas". Assim garantir o princípio de independência e singularidade da circulação monetária foi uma tarefa premente ante a esta esfera após a independência, que foi brilhantemente resolvida com a reforma monetária de 1947.

A reforma monetária de 1947 tornou-se uma oportunidade decisiva para assegurar a solidez e a singularidade do sistema monetário de nosso país.

O sistema monetário socialista requer, acima de tudo, garantir completamente sua independência.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"Através do câmbio monetário, nosso povo passou a ter sua própria moeda e fez mais sólida a base financeira independente do país." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 4, página 100)

O asseguramento do caráter independente do sistema monetário significa que o sistema monetário estabelecido por cada unidade do Estado-nação pode servir ao desenvolvimento da economia nacional independente. Em outras palavras, assegurar normalmente a vida e as atividades econômicas independentes das massas trabalhadoras.

A fim de estabelecer um sistema monetário independente, é necessário preparar um sistema de câmbio independente, uma organização de circulação monetária independente e um sistema de emissão monetária autônomo.

Garantir a autonomia do sistema de emissão monetária tem um significado inicial para alcançar a independência do sistema monetário. Isso porque a natureza do sistema de emissão monetária desempenha um papel importante na definição do caráter de outros elementos do sistema monetário, incluindo o da organização da circulação monetária.

Uma organização de circulação monetária independente significa uma organização de circulação monetária que não é afetada por quaisquer forças externas na circulação monetária doméstica e não permite a circulação de moedas estrangeiras. Para garantir plenamente a organização da circulação monetária independente nas condições de circulação dos agentes monetários, é necessário solidificar o caráter independente do Banco Central, que é o centro da organização da circulação monetária. Em outras palavras, é necessário tornar o Banco Central capaz de atender plenamente ao desenvolvimento econômico do país.

O sistema de câmbio independente refere-se ao sistema de taxa de câmbio independente que se baseia estritamente no conteúdo metálico contido na unidade monetária de seu país para determinar a taxa de câmbio para moedas estrangeiras e um sistema econômico externo independente que se apoia em uma firme base econômica nacional. A fim de consolidar o sistema de câmbio, o poder de compra da moeda deve ser constantemente aumentado e devem ser mantidas firmemente as relações econômicas independentes com o exterior.

Sem as condições acima, um sistema monetário independente não pode ser estabelecido.

Atualmente, o sistema monetário e o sistema de circulação monetária da Coreia do Sul estão completamente sob o controle do imperialismo estadunidense. O sistema de emissão é um meio suplementar para a dominação econômica do imperialismo estadunidense, o sistema de circulação monetária é um objeto para impor a política inflacionária deles, e o sistema de câmbio é um meio de exploração adicional através da realização dos produtos excedentes do imperialismo estadunidense e do câmbio desigual.

Os distintos sistemas monetários estabelecidos no Norte e no Sul da Coreia expressam claramente a independência e a subordinação nesta esfera.

Assegurar a independência do sistema monetário é uma questão de princípios que deve ser resolvida sem falta na construção econômica socialista. Sob as condições de existência de uma economia monetária, a independência da economia nacional como um todo não pode ser firmemente mantida a menos que a independência do sistema monetário seja garantida.

No nosso país, o carácter independente do sistema monetário foi consolidado, acima de tudo, em estreita ligação com a construção de uma base sólida e independente para a economia nacional.

Sob a sábia direção do grande Líder camarada Kim Il Sung, o problema da construção da economia nacional independente foi resolvido eliminando o atraso tecnológico e a subordinação colonial da economia em um curto período de tempo e construindo uma base técnico-material avançada da agricultura e uma sólida base da indústria leve e da indústria pesada em meio ao elevado zelo revolucionário de todo o povo.

Sob a condição das relações moeda-mercadoria, uma economia nacional independente torna-se a base material de um sistema monetário independente, enquanto o caráter independente do sistema monetário tem uma influência ativa na aceleração da construção de uma economia independente.

De acordo com a política de nosso partido sobre dar importância primordial à garantia da independência na esfera de circulação monetária, não apenas o sistema monetário independente foi estabelecido cedo em nosso país, mas também o problema de estabelecer uma base independente da economia nacional e o problema de estabelecer um sistema monetário socialista independente foram resolvidos brilhantemente em estreita relação um com o outro.

A reforma monetária em 1947 foi uma medida revolucionária tomada como um elo para realizar a demanda pela construção de uma economia nacional independente e, com isso, um sistema monetário independente foi estabelecido em nosso país. Como resultado da reforma monetária e de uma série de medidas tomadas posteriormente, o sistema monetário independente atuou ativamente desde o dia de sua criação no estabelecimento e consolidação da base independente da economia nacional, especialmente no período pós-guerra.

Garantir o caráter independente do sistema monetário em nosso país também se tornou uma questão premente em relação à severa subjugação colonial do antigo sistema monetário.

A subordinação do antigo sistema monetário entrou em profunda contradição com o desenvolvimento da forma econômica socialista que assumiu posição de liderança na economia popular após a libertação. Portanto, sem resolver este problema, não seria possível assegurar a importante fonte de recursos para o desenvolvimento da revolução, o restabelecimento da vida do povo que se encontrava arruinada como herança da velha sociedade, nem a reabilitação exitosa da economia que estava destruída.

Em relação a essas circunstâncias, o processo de estabelecimento de um sistema monetário independente em nosso país coincidiu com a luta para liquidar a subordinação colonial do antigo sistema monetário. Em outras palavras, o processo de liquidação dos vestígios que o imperialismo japonês deixou na esfera da circulação monetária tornou-se basicamente o processo de estabelecimento de um sistema monetário independente.

O asseguramento do caráter independente do sistema monetário foi levantado como uma questão importante em relação à situação da revolução em desenvolvimento no país após a libertação.

Dado que o país está dividido em norte e sul e que na Coreia do Sul os imperialistas estadunidenses e a camarilha títere sul-coreana estão conspirando contra a metade norte da República a todo momento, o caráter independente do sistema monetário deve ser firmemente garantido a fim de repelir todo tipo de manobras de agressão dos imperialistas e preparar a forte base revolucionária do país. A medida de proibir a entrada na parte norte das "cédulas do Banco da Coreia" (조선은행권) que foram depreciadas na Coreia do Sul após a libertação, a reforma monetária e as medidas para reprimir rigorosamente a fabricação de notas falsas permitiram destruir decisivamente o esquema de conspiração dos imperialistas estadunidenses na esfera da circulação monetária.

A independência do sistema monetário do nosso país tem um significado primordial em relação à sua singularidade, planificação e solidez. Sem manter a independência do sistema monetário, sua singularidade, planificação e solidez não podem ser garantidos. Isso porque a natureza independente do sistema monetário é um problema levantado em relação à principal demanda pela construção socialista, a autarquia econômica. No entanto, o caráter independente do sistema monetário socialista só pode ser totalmente mantido em estreita conexão com sua singularidade, planificação e solidez.

Em seguida, o sistema monetário socialista demanda a firme garantia de sua singularidade.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"...Por meio da reforma monetária criamos um sistema monetário singular, que tem um importante significado em estabelecer a base financeira independente de nossa nação, e passamos a usar nossa própria moeda." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 3, página 528)

O asseguramento da singularidade do sistema monetário é uma das importantes políticas financeiras de nosso partido e Estado. Quando a singularidade do sistema monetário é completamente assegurada, a gestão financeira planificada e unificada é possível e o controle monetário sobre a economia popular pode ser realizado adequadamente.

A singularidade do sistema monetário refere-se à uniformidade do sistema de emissão e de seu sistema de circulação, legalizados como unidade por um determinado Estado-nação. Em outras palavras, refere-se à emissão monetária e ao princípio de organização unificada nacional de circulação. Não se vê que a singularidade da circulação monetária em sentido estrito fosse garantida ao permitir a emissão e circulação de outros meios de circulação à parte da legalização.

Na sociedade capitalista, a completa singularidade do sistema monetário em relação à anarquia de produção é impossível de ser realizada. À medida que a natureza social é reforçada na economia capitalista, tanto o sistema de emissão quanto o de circulação monetária se tornam gradualmente centralizados, e o papel do Banco Central no processo de circulação monetária é fortalecido. Mesmo neste caso, a estrita singularidade do sistema monetário não pode ser assegurada, pois várias ferramentas de circulação de crédito foram desenvolvidas na medida em que passam pela esfera legal de circulação e até mesmo é permitida a circulação secreta de moedas estrangeiras. É evidente também que a singularidade do sistema monetário não pode ser garantida em um país subordinado economicamente à outro país.

No passado, sob o domínio colonial do imperialismo japonês, o sistema monetário de nosso país não pôde garantir sua singularidade em relação à sua subordinação. Na Coreia, o caráter singular do sistema monetário não pôde ser assegurado pois não apenas a circulação de dinheiro do Estado japonês e de "cédulas do Banco do Japão", mas também a circulação de ferramentas de circulação de crédito não relacionadas ao processo de reprodução da economia coreana, foram permitidas.

A singularidade do sistema monetário em nosso país passou a ser garantida através do sistema unificado de circulação monetária e a circulação única de cédulas do Banco Central, superando a subordinação do antigo sistema monetário.

A singularidade do sistema monetário foi firmemente garantida pela primeira vez através da reforma monetária em 1947, como uma luta para realizar sua independência. Uma característica importante aqui é que a circulação única das cédulas do Banco Central foi firmemente realizada através da primeira reforma monetária.

Em nosso país, não foi permitida a circulação de papel-moeda ou cédulas do Tesouro além das cédulas do Banco Central, bem como nenhuma ferramenta de circulação monetária ou de crédito. A razão pela qual o problema de circulação de papel-moeda e cédulas do Tesouro não foi apresentado em nosso país é porque o país superou rapidamente a inflação criada pelo imperialismo japonês e fortaleceu desde cedo a base financeira nacional. Originalmente, as notas do Tesouro e papéis-moedas eram emitidas como meio para complementar a demanda de fundos das finanças do país, porém não havia base financeira para emitir aparatos de circulação de natureza diferente das cédulas bancárias sob a condição de que não houvesse ônus de severos déficits fiscais.

E a razão pela qual a circulação de outras ferramentas de circulação de crédito que não as cédulas bancárias não foi permitida na circulação monetária é porque o crédito comercial foi abolido da circulação imediatamente após a libertação e o caráter planificado da circulação monetária foi totalmente garantido.

Nas relações de transação centradas em empresas socialistas, o crédito comercial desapareceu completamente com base na resolução do Comitê Popular Provisório da Coreia do Norte de novembro de 1946 intitulada "Resolução sobre a economia de dinheiro e transações de mercadorias" preparada pelo grande Líder camarada Kim Il Sung.

Como resultado da reforma democrática nas indústrias de nosso país após a libertação, a forma econômica socialista dominou esmagadoramente, as empresas privadas ocuparam uma proporção muito pequena e na agricultura prevaleceu a administração de pequenas mercadorias (comódites) e, portanto, o escopo de circulação de ferramentas de circulação de crédito de vários tipos, apoiando-se no crédito comercial, era naturalmente limitado. O crédito comercial existia em forma econômica não socialista, mas em escala muito limitada. Nessas condições, desapareceu a necessidade de organização econômica e administrativa na circulação de instrumentos de circulação de crédito sem qualquer complementação de órgãos bancários e estatais. Assim, com a reforma monetária de 1947, o instrumento de circulação dentro do norte da República foi determinado no geral como "cédula do Banco Central da Coreia do Norte".

A singularidade do sistema monetário socialista foi garantida através do estabelecimento de um sistema de circulação monetária único de todo o país.

O domínio sobre a circulação monetária pelo Estado da ditadura do proletariado e o uso unificado e geral de seu aparato é um pré-requisito importante para a transformação revolucionária da economia capitalista e o estabelecimento de um sistema econômico planificado. A partir disso, a classe trabalhadora e o partido revolucionário que chegaram ao poder não devem apenas nacionalizar bancos, mas também fazer dos bancos nacionalizados aparatos poderosos capazes de controlar de forma unificada a circulação monetária, realizando uma estrita centralização do poder na circulação monetária e no trabalho dos bancos.

A reforma monetária de 1947, que concentrou o trabalho de emissão ao banco nacional, o Banco Central da Coreia do Norte, foi uma ocasião importante por haver estabelecido um sistema de circulação monetária único de todo o país. Após a reforma monetária, o trabalho de emissão ficou estritamente nas mãos do Poder Popular e tornou-se a função básica de um órgão bancário nacional unificado.

E desde a nacionalização dos bancos em 1946 até o período anterior e posterior à reforma monetária, toda circulação monetária do país estava concentrada totalmente no Banco Central e, consequentemente, o banco foi firmemente convertido em centro da circulação em espécie e de pagamento não monetário.

Desta forma foi garantida a circulação unificada das cédulas do Banco Central e estabelecida a singularidade do sistema de circulação monetária do país.

O sistema monetário socialista também demanda assegurar completamente o caráter planificado.

Assegurar o caráter planificado do sistema monetário significa cumprir com os requisitos essenciais de uma economia socialista na esfera da circulação monetária.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"Na sociedade socialista, onde todos os meios de produção são de propriedade social, a economia não pode se mover sem planificação, e a economia socialista pode se desenvolver somente de forma planificada" (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 19, página 445)

O caráter planificado do sistema econômico socialista deve ser rigorosamente respeitado em todos os elos da economia. Portando, é um requisito essencial que se levanta de sua natureza que o sistema monetário socialista, que constitui um componente importante do sistema econômico socialista, mantenha completamente o caráter planificado.

A natureza planificada do sistema monetário de nosso país se baseia em um caráter único. É impossível planificar a circulação monetária completa sem assegurar a centralização da circulação monetária e a manutenção do sistema de circulação monetária baseados no princípio da unicidade. Portanto, a singularidade do sistema monetário é um pré-requisito para garantir sua planificação.

Contudo, a menos que o caráter planificado do sistema monetário seja garantido, sua singularidade não pode ser totalmente assegurada. Isso porque o caráter planificado do sistema monetário é um dos espaços importantes para garantir com sucesso a centralização da circulação econômica. 

Apesar da correlação estreita entre a singularidade e a planificação do sistema monetário, o princípio da singularidade do sistema monetário foi estabelecido de uma só vez através da reforma monetária, mas seu caráter planificado só pôde ser firmemente garantido após a tomada de várias medidas, mesmo após a implementação da reforma monetária.

O princípio da planificação do sistema monetário de nosso país é regulado pela ação da lei do desenvolvimento equilibrado e planificado da economia popular e pelo caráter planificado da administração econômica, e garante a realização planificada das demandas da lei da circulação monetária. Se realiza principalmente através da organização planificada da circulação monetária.

Na economia socialista, a circulação monetária não pode ser separada da circulação dos produtos sociais, devendo basear-se na circulação planificada dos elementos em espécie nos processos de produção, distribuição e circulação até o fim. No entanto, mesmo que a organização da circulação monetária seja regulada pela circulação planificada dos produtos sociais, isso não exclui a relativa autonomia do movimento monetário.

A organização planificada da circulação monetária está sujeita à ação de leis econômicas únicas e, portanto, representa uma tarefa de solução peculiar.

Em outras palavras, a tarefa básica da planificação da circulação monetária é garantir a circulação monetária na escala necessária ao desenvolvimento da economia popular, determinando o volume de transações em espécie necessárias para a circulação, sua composição e o volume de moedas em circulação de acordo com a lei da circulação monetária.

No controle planificado do volume de moedas em circulação necessárias na realização regular da reprodução estendida socialista, a correlação entre o volume de moedas em circulação e os indicadores de planificação da economia popular deve ser estabelecida com precisão acima de tudo, sendo seguido pelo asseguramento do controle centralizado e único do sistema de circulação monetária e pela correta realização do trabalho de emissão.

Primeiramente, se as condições não são atendidas, o movimento monetário não pode refletir corretamente as demandas da reprodução estendida socialista e, além disso, não poderá realizar com precisão as demandas da lei da circulação monetária.

Em segundo lugar, as condições referem-se a aspectos organizacionais para assegurar o processo de circulação monetária planificado, sem os quais o processo de circulação monetária não pode coincidir com a realização do plano da economia popular, e pode não se possível adaptar o estado de circulação monetária ao estado de reprodução.

As seguintes condições indicam o grau de consistência entre os processos de circulação monetária, de produção, distribuição e circulação, e se são garantidos adequadamente, a demanda da lei de circulação monetária, em outras palavras, o volume de moedas necessárias à circulação, podem não ser cumpridas suficientemente.

O caráter planificado do sistema do sistema monetário socialista não é realizado apenas por meio do trabalho de planificação da circulação monetária. O caráter planificado do sistema monetário socialista também é realizado através da distinção planificada da circulação monetária e da circulação não monetária, e da relação cambial planificada com moedas estrangeiras.

O sistema monetário socialista também demanda o asseguramento de sua solidez.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"O governo democrático provisório deve fortalecer o sistema monetário e estabelecer uma correta política financeira a fim de solidificar a base financeira do país." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 3, página 319)

A solidez do sistema monetário é exclusiva do sistema monetário socialista e, em princípio, é diferente da relativa estabilidade do sistema monetário capitalista no estágio pré-imperialista.

A solidez do sistema monetário socialista só pode ser realizada em relação à sua independência, singularidade e planificação.

A independência do sistema monetário se apresenta como pré-requisito para assegurar sua solidez. Quando a independência do sistema monetário é mantida, todas as condições para a consolidação do sistema monetário podem ser garantidas com precisão.

A singularidade do sistema monetário, sua planificação e solidez estão diretamente relacionados.

Todas as condições para assegurar a solidez do sistema monetário podem se apresentar quando garantidas solidamente sua planificação e a singularidade. 

Na economia socialista, a solidez da moeda é garantida através da redução constante dos preços das mercadorias e da taxa de serviços, da correta organização da circulação monetária e do fornecimento planificado de mercadorias. Portanto, a solidez do sistema monetário socialista se concretiza através do aumento do poder de compra da moeda baseando-se na liquidação de todas consequências da inflação herdadas da velha sociedade na esfera de circulação monetária.

O problema de garantir a solidez do sistema monetário em nosso país foi levantada de forma particularmente aguda no início do estabelecimento do sistema monetário socialista. Isso estava relacionado com a circunstância de ter herdado uma inflação maligna de longa data da velha sociedade.

Nosso partido prestou atenção especial logo após a liberação para garantir a solidez do sistema monetário e estabeleceu soluções originais no processo.

Sob a sábia direção do estimado Líder camarada Kim Il Sung, nosso partido liquidou a inflação maligna herdada do imperialismo japonês através da reforma monetária e, após a guerra, foi possível liquidar em curto prazo as sequelas da guerra na esfera da circulação monetária, ademais de fortalecer a solidez da moeda através da variação da base de preços.

Ao estabelecer um novo sistema monetário, a reforma monetária de 1947 liquidou de uma só vez a inflação maligna e garantiu uma sólida circulação das cédulas do Banco Central. A significância dessa reforma em garantir a solidez da circulação monetária foi ter preparado uma base para garantir a solidez da nova moeda através da proibição da circulação da velha moeda depreciada.

Especialmente no período da grande Guerra de Libertação da Pátria, novas experiências foram acumuladas na esfera para consolidar a circulação monetária. Apesar do período severo de guerra, em nosso país a estabilidade da circulação monetária foi mantida no fundamental e não houve inflação monetária. Isso permitiu garantir a circulação normal da moeda sem tomar medidas como a reforma monetária, mesmo em condições em que a economia foi indubitavelmente destruída pela guerra.

O câmbio monetário de 1959, preparado pelo grande Líder camarada Kim Il Sung, apresentou um novo método em assegurar a solidez do sistema monetário.

Como o trabalho do câmbio monetário foi realizado em uma administração onde o poder de compra do "won" continuou crescendo e a circulação monetária do pais foi ainda mais consolidada, apenas uma revisão racional do valor nominal da moeda (redenominação) foi feita devido a flutuações da base de preços no curso do câmbio, e não foi acompanhada por um trabalho de recolhimento de moedas em excesso.

Em nosso país, onde foi estabelecido o princípio de formação planificada da base de preços, a mudança na base de preços em 1959 aumentou o poder de compra da moeda baseando-se nas mudanças que ocorreram no processo de produção e circulação depois de 1947.

Nos países capitalistas, o método de aumentar o valor da moeda, que é realizado forçadamente através das flutuações na base de preços, não fornece uma base material sólida e assume um caráter puramente compulsório, resultando por fim em uma depreciação contínua da moeda.

No entanto, uma vez que a mudança na base de preços através do câmbio monetário de 1959 teve uma base sólida refletindo as mudanças feitas em todas esferas da economia na última década, o poder de compra do "won" continuou aumentando mesmo após o câmbio monetário.

Desta forma, foi acumulada uma valiosa experiência histórica ao longo da luta para assegurar a solidez do sistema monetário em nosso país.

Acima de tudo, através da luta para liquidar o antigo sistema monetário deixado pelo domínio colonial do imperialismo japonês, os efeitos posteriores da inflação foram superados imediatamente após a libertação e uma circulação monetária relativamente sólida foi garantida já no início. Além disso, a solidez da moeda foi constantemente fortalecida após a libertação, e o fenômeno da inflação monetária não ocorreu mesmo em tempos difíceis, como o período da Guerra de Libertação da Pátria. Isso porque novos métodos foram criados para garantir a solidez da circulação monetária em nosso país sob a sábia direção do grande Líder.

Como visto acima, a independência, singularidade, planificação e solidez do sistema monetário são características fundamentais que definem a superioridade do sistema monetário socialista estabelecido em nosso país.

Essas demandas do sistema social têm conteúdo e características próprias e estão intimamente relacionadas entre si. Se alguma delas não estiver devidamente assegurada, a superioridade do sistema monetário como um todo não pode ser demonstrada.

O Estado da ditadura do proletariado pode estabelecer um sistema monetário socialista de fato e fortalecê-lo continuamente apenas quando as demandas fundamentais do sistema monetário são brilhantemente materializadas.

3. A estrutura da circulação monetária e seus princípios organizacionais.

3.1 Característica fundamental da estrutura da circulação monetária.

O aparato de circulação monetária constitui um componente importante do sistema monetário.

Como a moeda está em constante movimento, haverá circulação monetária onde quer que haja moeda. Para garantir a normalidade dessa circulação monetária, o aparato de circulação monetária deve ser bem preparado.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"O Banco Central deve tomar o controle financeiro sobre a emissão, a regulação monetária, pagamentos nacionais e todos os fundos estatais, incluindo o capital flutuante das empresas, registrar e avaliar instituições, instalações empresariais e edifícios e outros ativos fixos, e tomar as receitas nacionais, incluindo os lucros de todas empresas." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 17, página 503).

O Banco Central, que constitui o centro da circulação monetária na sociedade socialista, considera a boa manutenção do mecanismo de circulação monetária como importante conteúdo de trabalho.

A economia socialista deve ter seu próprio mecanismo de circulação monetária.

Os mecanismos de circulação monetária variam dependendo da natureza do sistema monetário.

No sistema padrão-ouro (ou prata) existe um mecanismo de circulação monetária para garantir a livre circulação de moedas de ouro (ou prata) como moeda padrão. Como o sistema de livre cunhagem corresponde ao sistema padrão-ouro, a menos que surjam condições especiais, as moedas de ouro podem entrar e sair livremente do sistema de circulação como meio de circulação de acordo com as necessidades do processo de circulação. Aqui, existe um mecanismo de circulação monetária com ajuste automático conforme o conteúdo. No entanto, no caso da circulação de cédulas não-conversíveis ou papéis-moedas, o mecanismo de circulação monetária não faz o ajuste automático, estando sujeito à intervenção compulsória do Estado burguês. Isso está relacionado com o fato de que o agente físico da moeda que funciona como meio de circulação é o papel-moeda (ou também as cédulas não conversíveis) e que o movimento do volume de moedas de acordo com o tamanho do volume de circulação de produtos é ajustado não automaticamente, mas sob a influência da emissão monetária do Estado ou do banco emissor.

Em qualquer sistema monetário, o Estado organiza e padroniza o mecanismo de circulação monetária, mas na circulação do papel-moeda a questão da manutenção do aparato de circulação monetária é particularmente importante porque a base da circulação é a circulação compulsória do Estado. Se o aparato de circulação não é bem mantido e fica desordenado, a base para a circulação de papéis-moedas pode ser afetada. Exemplos disso podem ser encontrados em muitos lugares na história do sistema monetário internacional. Em particular, a situação da Alemanha imediatamente após a Primeira Guerra Mundial, quando a inflação se tornou virulenta e destruiu o sistema de circulação monetária existente, pode ser considerada um exemplo típico.

A burguesia prepara por meio da lei um mecanismo de circulação monetária vantajoso para sua classe e contra a classe trabalhadora. No entanto, por mais que tentem, é absolutamente impossível controlar de forma realista a circulação monetária e, por fim, a circulação monetária se move de acordo com as demandas de suas leis inerentes, levando o sistema monetário à beira do colapso. Portanto, fica claro o quão irreal e absurdo é para os imperialistas e seus estudiosos lacaios encontrar uma solução para as contradições do capitalismo na circulação monetária e também nos negócios bancários.

Uma vez que o propósito original de organizar o mecanismo de circulação monetária é fazer bom uso dos requisitos das leis inerentes à circulação monetária, grande atenção é dada à preparação de um mecanismo de circulação monetária em qualquer sociedade enquanto o dinheiro exista.

A necessidade de manter bem o mecanismo de circulação monetária na sociedade socialista está relacionada ao fato de que o mecanismo de circulação monetária forma um elo na economia planificada geral como um instrumento de circulação de cédulas bancárias.

Como é impossível regular automaticamente a circulação monetária na circulação de cédulas, não é possível garantir o equilíbrio entre o movimento monetário e o movimento de mercadorias sem regular estritamente o mecanismo de circulação monetária.

Em particular, em um sistema de economia planificada em que uma reação planificada entre os dois é levantada como requisito legal, se o mecanismo de circulação monetária não é ajustado adequadamente, vários desequilíbrios podem ocorrer no sistema de circulação. Por exemplo, se o mecanismo de circulação monetária não é bem mantido e houver emissão em excesso de moedas em comparação com a demanda do sistema de circulação, pode haver uma demanda que não é suportada pelo produto. Portanto, o Estado socialista presta muita atenção em manter uma relação mútua normal entre o movimento monetário e o movimento das mercadorias, ajustando constantemente o aparato de circulação monetária.

Então, quais são as características essenciais da estrutura de circulação monetária em nosso país?

Uma característica importante da estrutura de circulação monetária em nosso país é que ela é, sobretudo, a estrutura de circulação de cédulas bancárias.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"O estabelecimento de um sistema monetário unificado com a emissão de cédulas do Banco Central da Coreia do Norte é de grande importância política e econômica." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 3, página 519).

Em nosso país foi estabelecido um sistema monetário unificado no qual circulam apenas as cédulas do Banco Central.

Se é peculiar nos países capitalistas modernos a circulação de moedas metálicas e cédulas não conversíveis no sistema padrão-ouro, em nosso país não circulam nem moeda metálica nem cédulas de papel-moeda, apenas as cédulas do Banco Central que substituem perfeitamente o ouro. Nesse ponto, pode surgir a questão de saber se têm a mesma natureza a circulação do substituto do ouro e a circulação de cédulas bancárias não conversíveis, mas há uma diferença fundamental entre as duas.

As cédulas não conversíveis foram criadas com base na circulação de notas, mas é o substituto do ouro a base de circulação que toma o poderio de circulação compulsória do Estado. Nesse sentido, as cédulas não conversíveis estão destinadas a perder sua própria contratilidade e a se depreciar no decorrer do processo de circulação.

No caso das cédulas não conversíveis, ainda que as cédulas de papel-moeda funcionem como meio de circulação e pagamento, há espaço para a circulação do ouro em paralelo e, ademais, uma considerável quantidade de ouro aparece como meio de saída. O fato de que a quantidade de ouro que se compra e vende no livre mercado de ouro dos países capitalistas está aumentando ano a ano significa que, mesmo na circulação de cédulas em papel-moeda, o ouro não pode ser finalmente retirado do sistema de circulação.

No entanto, embora a circulação de cédulas em nosso país tenha semelhanças em forma com a antiga circulação de cédulas, elas são fundamentalmente diferentes no conteúdo.

O novo conteúdo da circulação de cédulas em nosso país aparece no fato de que as cédulas representam apenas conceitualmente o ouro como moeda-mercadoria.

Originalmente, a moeda-mercadoria tem sua base inicial no fato de que é separada em dois polos: moedas-mercadorias e mercadorias em geral. Portanto, o ouro como moeda-mercadoria deve funcionar não apenas no conceitual, mas também na realidade.

No entanto, na Coreia, o ouro é excluído das transações em geral porque é estritamente controlado pelo Estado, exceto quando é usado para fins especiais. Em outras palavras, o ouro não circula mais como mercadoria, exceto em casos excepcionais em que originalmente se encontra nas mãos do cidadão que oferece para a compra pelo Estado. Portanto, o ouro desempenha o papel de moeda-mercadoria porque é utilizado como meio de expressar o valor, não por circular no sistema de circulação realista.

Nesse caso, a base de circulação do agente que substitui o ouro, que perdeu sua circulabilidade, não está no poder de circulação compulsória do Estado, mas na garantia mercadológica em que todo o povo confia.

Sob o sistema padrão-ouro, a comercialidade do substituto do ouro era garantida por meio da conversibilidade com ouro, mas na sociedade socialista, a comercialidade do substituto do ouro é garantida diretamente pelas mercadorias que entram na rede comercial nacional. Como a circulação de cédulas bancárias é diretamente suportada pelas mercadorias, as cédulas bancárias podem ser um agente substituto do ouro como moeda-mercadoria, mesmo sem conversibilidade com ouro e sem ouro em circulação. De fato, a compra com cédulas bancárias pelo comprador de um produto sem nenhuma inconveniência indica que são reconhecidas satisfatoriamente como agente substituto do ouro que é uma moeda-mercadoria.

Por que, então, o ouro ainda cumpre conceitualmente seu papel como equivalente universal?

Não é de forma alguma devido ao fato de que o ouro desempenha o papel de mercadoria no sistema de circulação realista. O ouro não pode substituir mercadorias em geral. Isso significa que a base para o ouro desempenhar o papel de equivalente universal não pode ser encontrada na natureza do ouro como moeda-mercadoria.

Na sociedade socialista, as condições sob as quais existe a produção de mercadorias são também condições que prescrevem a necessidade de equivalentes gerais. Não se pode negar a existência de equivalentes gerais nos quais a quantidade de trabalho investido em um produto precisa ser proporcional ao valor (ou forma de valor) e não diretamente pelas horas trabalhadas.

No entanto, assim como a natureza da produção de mercadorias mudou na sociedade socialista, grandes mudanças estão ocorrendo no papel do próprio equivalente geral. Nesse ponto, quando se fala que o papel do equivalente geral mudou, não é apenas que seu escopo de ação é limitado. Pelo contrário, está sendo considerada uma questão mais séria, ou seja, uma mudança no funcionamento básico do equivalente geral.

No processo de circulação, originalmente, os equivalentes gerais desempenham dois papéis: um relacionado à determinação quantitativa, que aclara o tamanho e quantidade do trabalho incorporado ao produto, e outro à estipulação qualitativa, que expressa a natureza geral e social desse trabalho. Esse caráter funcional do equivalente geral varia muito na sociedade socialista.

O trabalho empregado nos produtos em empresas individuais assume o caráter de trabalho social antecipadamente no processo de planificação, mas deve ser confirmado através de relações transacionais com objetos concretos especificados no plano. Só então a utilidade à economia popular do trabalho que foi empregado em empresas individuais pode ser confirmada. O caráter social do trabalho, reconhecido através do processo de planificação, não pode representar sozinho o caráter social do trabalho despendido em empresas individuais. A partir disso, pode-se dizer que o processo de realização do produto não é um processo de conversão do trabalho individual em trabalho social, mas um processo de confirmação final do caráter social do trabalho individual.

O equivalente geral não é uma oportunidade para realizar a evolução do trabalho individual em trabalho social, mas serve como meio para materializar e completar o caráter social já definido do trabalho individual. O processo de confirmação do caráter social do trabalho individual coincide com o processo de determinação quantitativa que determina a quantidade de trabalho despendido na produção do produto.

O grau dessa mudança em função do equivalente geral depende se este medeia a troca de produtos entre empresas estatais ou a troca de produtos entre empresas de diferentes propriedades. Isso porque há uma diferença na relação recíproca entre trabalho individual e trabalho social dentro da mesma propriedade e entre propriedades diferentes. Entre empresas estatais a relação entre trabalho individual e trabalho social é regulada pelo plano estatal, mas entre empresas de diferentes propriedades, essa relação é regulada pela propriedade individual em conjunto com o plano estatal.

Porém, na sociedade socialista, o equivalente geral já foi transformado em um meio para regular a relação entre trabalho individual e social, ao invés de um meio de antagonismo entre trabalho privado e trabalho social. Isso significa que a medição quantitativa do equivalente geral é mais importante na economia socialista que a medição qualitativa. Em outras palavras, o equivalente geral assume caráter mais distinto como meio de cálculo para medir a quantidade de trabalho despendido em cada produto.

No entanto, o ouro tem sido historicamente usado como meio de medir a quantidade de trabalho gasto em produtos, e nenhum outro instrumento de medição além do ouro foi descoberto. De fato, não há necessidade de usar nenhum produto que não seja o ouro como equivalente geral, como meio de cálculo do trabalho despendido. Como não existe de forma tangível o meio de medição do trabalho despendido, ou seja, mesmo que possa desempenhar seu papel apenas conceitualmente, o ouro pode ser utilizado como meio de expressão do valor mesmo sem nenhum custo social incorrido na realidade.

O ouro torna-se assim o instrumento de medida da quantidade de trabalho despendido no produto e desempenha o papel de lhe dar uma forma de preço. Neste momento, se o ouro é ou não usado como meio de gasto e circulação no sistema de circulação realista é uma questão separada.

Como o ouro emerge como equivalente geral somente conceitualmente, não há base econômica para sua existência real na circulação interna.  Além disso, dado que a circulação monetária é centralizada em um único banco emissor, o Banco Central, e a produção e circulação são constantemente planificadas, não há necessidade de que o ouro apareça desnudo, na forma de traduzibilidade geral, no sistema de circulação. No fim das contas, o ouro funciona como um equivalente geral no sistema de circulação interna não por sua característica física, mas pela força do costume, e essa função também é desempenhada não de forma realista, apenas conceitual.

A partir disso, conclui-se que a utilização eficaz e o armazenamento máximo de ouro está relacionado com o propósito de desempenhar adequadamente a função de moeda mundial pura. Em outras palavras, chega-se à conclusão de que está relacionado ao objetivo de fazer com que outros países comprem os produtos o vendendo pelo preço mais caro possível.

As características da estrutura da circulação monetária aparecem também na composição de cada tipo de moeda.

O estado de circulação da moeda de cada país pode ser estimado através da composição de cada tipo de moeda. A normalidade da composição de cada tipo de moeda expressa a normalidade da estrutura de circulação monetária.

A composição de cada moeda é sempre apresentada como um problema em assegurar a adequada circulação monetária, mas é um problema que se torna mais importante na circulação do ouro como agente. Como o sistema de cunhagem livre geralmente corresponde à circulação de moeda metálica, a irracionalidade decorrente da composição do tipo de moeda pode ser naturalmente ajustada até certo ponto, mas essa possibilidade não pode existir na circulação do agente do ouro. Se surge uma irracionalidade na composição do tipo de moeda, ela pode ser superada descartando o tipo de moeda irracional em posse do emissor na circulação de símbolos monetários ou interrompendo a circulação e cunhando novamente a correspondente moeda na circulação de moedas metálicas.

A composição dos tipos de moeda da circulação monetária em nosso país consiste em notas do Banco Central de 100 wons, 50 wons, 10 wons, 5 wons, 1 won e 50 jons e moedas de pequeno valor de 10 jons, 5 jons e 1 jon. Na unidade monetária "won", 1 won serve como moeda básica, enquanto 50 jons serve essencialmente como moeda subsidiária, da mesma forma que 10 jons, 5 jons e 1 jon. Além disso, 50 wons e 100 wons funcionam como moedas de grande valor e as notas de 10 wons e 5 wons complementam o movimento das moedas básicas na posição entre as moedas de grande valor e as moedas básicas. Na prática, a maior parte do valor de transação no sistema de circulação é processada por notas de 1 won, 5 wons e 10 wons.

O que caracteriza esse movimento de composição por tipo de moeda é que, enquanto a importância das moedas básicas é continuamente fortalecida, a circulação de moedas pequenas, por outro lado, se torna cada vez mais um fenômeno excepcional.

No entanto, nos países capitalistas, que se encontram em estado de inflação crônica, a dinâmica da composição por tipo de moeda caminha na direção oposta. Em outras palavras, enquanto a proporção de circulação de moedas de grande valor aumenta constantemente, por outro lado, a proporção de moedas básicas está diminuindo. Essa é tipicamente a dinâmica de composição de cada tipo de moeda das "cédulas do Banco da Coreia (Hanguk)" da camarilha títere sul-coreana.

Outra característica da dinâmica de composição dos tipos de moedas em nosso país é que a proporção de moedas subsidiárias não é pequena.

A proporção de moedas subsidiárias na circulação monetária capitalista diminuiu significativamente após a Segunda Guerra Mundial em comparação com o período pré-crise mundial de 1929 a 1933. Por exemplo, no Japão, a proporção de moedas subsidiárias era de 18% do total das moedas emitidas até o final de 1929, mas era de apenas 4% no final de 1963. Isso reflete a crescente crise geral do capitalismo e a crônica intensificação da inflação, resultando em uma desvalorização acentuada da moeda Em não poucos países capitalistas, o papel das moedas subsidiárias está enfraquecendo gradualmente.

Outra característica estrutural da circulação monetária é que ela é claramente dividida em circulação monetária e circulação não monetária.

O grande Líder camarada Kim Il Sung instruiu enfaticamente que, ao adquirir matérias-primas, materiais, equipamentos e outros itens essenciais de instituições e empresas, o pagamento sem dinheiro em espécie (não monetário) deve ser efetuado apenas por meio de empresas de fornecimento de materiais, enquanto que ao comprar produtos de consumo em lojas, independentemente de serem instituições, empresas ou indivíduos, o pagamento deve ser feito estritamente em dinheiro.

Em nosso país, as transações monetárias ocorrem entre empresas e instituições, entre empresas, instituições e residentes e entre os próprios residentes. Entre elas, a circulação monetária (em espécie) ocorre principalmente entre a administração econômica socialista e os habitantes, bem como entre os habitantes em geral, enquanto a circulação não monetária ocorre principalmente no domínio de transações entre empresas e instituições.

A circulação monetária e a circulação não monetária estão intimamente relacionadas. Essa relação se manifesta no fato de que a conversão entre elas, ou deseja, monetária para não monetária e não monetária para monetária, ocorre sem qualquer obstáculo particular.

Os pontos em comum entre circulações monetária e não monetária podem ser encontrados em muitos aspectos. Por exemplo, seja circulação monetária ou não monetária, a moeda serve como meio de circulação e pagamento. Na circulação não monetária, a moeda surge como meio de compra e pagamento ao realizar o valor ou forma de valor dos produtos produzidos. Nesse caso, instituições e empresas realizam o pagamento de transações já realizadas ou realizam a demanda por produtos com o auxílio da moeda. Na circulação monetária, a demanda por bens de consumo pessoal é realizada por meio de cédulas bancárias.

Apesar dessas semelhanças, as circulações monetária e não monetária devem ser rigorosamente distinguidas. Essa distinção rigorosa é necessária para garantir eficazmente o controle planificado da circulação monetária

Na planificação da circulação monetária, diferentes métodos de planificação são aplicados com base nas características da transação não monetária e do movimento monetário.

Na circulação monetária, uma vez que visa principalmente o movimento dos ganhos monetários dos cidadãos, o método de planificação não pode ser o mesmo que o aplicado na transação não monetária. Aqui, o cálculo de transações monetárias dos cidadãos que aparecem de um lado (ou de ambos os lados) desta circulação se apresenta como uma tarefa importante.

Como todos movimentos monetários são mediados por instituições bancárias, o fluxo de caixa centrado no banco pode ser calculado diretamente. No entanto, para a circulação monetária que não é mediada por instituições estatais, uma vez que entra no sistema de circulação, não há outra medida além do cálculo indireto. Contudo, uma vez que a circulação monetária representa no geral as relações de transações entre instituições governamentais (incluindo bancos) e os cidadãos e, em particular, as relações de transações entre os cidadãos, é necessário aplicar não apenas métodos diretos, mas também métodos indiretos, para representar adequadamente essas transações.

Devido a essas circunstâncias, na planificação da circulação em espécie não é planificado todo o processo de movimentação da renda dos cidadãos, mas apenas o ponto de partida e o ponto final. Em outras palavras, apenas os ganhos em espécie recebidos pelos cidadãos das empresas e instituições e os resultados das despesas em espécie pagas pelos cidadãos às empresas e instituições se tornam diretamente objetos de planificação. Em última análise, apenas os processos de receitas e despesas em espécie centrados na janela do Banco Central são calculados, e o processo de movimentação em espécie no sistema de circulação fica fora do escopo da planificação.

No entanto, surge um problema diferente na planificação das transações não monetárias.

Dado que os participantes nas transações não monetárias são todas empresas e instituições, e o alvo são relações de transações entre instituições e empresas estabelecidas através de instituições bancárias, todo o processo de transação não monetária cai no âmbito da planificação direta.

Todos os elos da circulação não monetária não são apenas estipulados de forma planificada nos documentos contratuais de cada empresa e estabelecimento, mas também são refletidos diretamente no trabalho das instituições bancárias. Portanto, o movimento das transações não monetárias é planificado, por um lado, pelas instituições e empresas, e, por outro, por instituições bancárias.

Desta forma, uma vez que o movimento monetário e o movimento não monetário são calculados de forma diferente no processo de planificação, a planificação precisa da circulação monetária global não pode ser realizada sem uma clara distinção de sua esfera de movimento e, consequentemente, uma regulação racional eficaz torna-se inviável.

Sob a condição em que todo o processo de transações não monetárias é coberto pela planificação direta, as instituições bancárias apenas precisam orientar e controlar o processo de pagamento não monetário para que se mova conforme previsto no plano. Pode-se dizer que o trabalho organizacional das instituições bancárias relacionado com as transações não monetárias é relativamente regular.

Porém, no caso do movimento em espécie, a instituição bancária deve ter mais atenção à organização e realizar operações complexas. Os bancos não podem prever antecipadamente todos os elos e processos do movimento em espécie e apenas calcular seus resultados, mas precisam ajustar e resolver prontamente os problemas complexos que surgem no próprio processo de fluxo em espécie.

Se a circulação em espécie e a circulação não monetária não forem estritamente diferenciadas, não apenas a organização planificada da circulação monetária se tornará impossível, mas a operação planificada da lei da circulação monetária também poderá ser prejudicada. Na sociedade socialista, a lei da circulação monetária funciona estritamente na esfera do movimento monetário, sendo assim, os requisitos desta lei só podem ser calculados corretamente quando a esfera de circulação em espécie e a esfera de transações não monetárias estão estritamente separadas. Se a distinção entre a circulação em espécie e a circulação não monetária não for clara, o funcionamento da lei da circulação monetária não poderá ser controlado de forma planificada.

Se a lei da circulação monetária atua cegamente, não poderá haver uma correlação proposital e consciente entre a circulação em espécie e a circulação não monetária, mas apenas uma relação confusa resultante da geração espontânea. Este fenômeno pode ser facilmente encontrado no domínio da circulação monetária dos países capitalistas atuais. Nestes países, dá-se a impressão de que o movimento monetário e o movimento não monetário estão separados, mas quando ocorre uma crise ou recessão, a circulação não monetária desaparece e apenas o dinheiro em espécie emerge como onipotente do sistema de circulação, destruindo a correlação que havia sido estabelecida entre a circulação monetária e a circulação não monetária.

Como se pode ver, fazer uma distinção clara entre a circulação monetária e a circulação não monetária é uma das características básicas da estrutura da circulação monetária socialista.

As características da estrutura da circulação monetária também aparecem na composição da passagem da circulação monetária.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"O Banco é uma instituição que financia fundos."(Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 8, página 190)

Os bancos recolhem fundos monetários ociosos em tempo útil e fornecem-nos aos setores que deles necessitam. Portanto, em nosso país, toda a circulação monetária está concentrada nos bancos, e os bancos funcionam como centro de circulação de dinheiro.

No trajeto do dinheiro, os órgãos e empresas atuam como intermediários na movimentação monetária entre os bancos e os cidadãos.

Este papel dos bancos, órgãos e empresas os permite limitar ao mínimo o saldo em caixa dos órgãos e empresas e reforçar o controle bancário sobre as despesas de caixa.

O curso básico da circulação monetária refere-se ao processo pelo qual o dinheiro passa das contas bancárias às mãos dos cidadãos, passando pelo cofre das empresas e dos órgãos e, em seguida, sai da posse dos cidadãos e retorna aos bancos, passando pelos cofres dos órgãos e empresas.

Este curso consiste em vários estágios como a dos órgãos bancários para os órgãos e empresas, depois do cofre dos órgãos e empresas às mãos dos cidadãos, depois das mãos dos cidadãos para os órgãos e empresas e, por fim, dos órgãos e empresas aos bancos.

Neste ponto, os bancos funcionam como centro da circulação em espécie e os órgãos e empresas atuam como mediadores da movimentação do dinheiro entre os bancos e os residentes. Este papel dos bancos, órgãos e empresas limita ao mínimo o saldo de caixa dos órgãos e empresas e permite o controle sobre as despesas em espécie.

Do ponto de vista da organização da circulação monetária, uma questão importante decorrente destes canais é organizar adequadamente a movimentação do dinheiro dos bancos, que é a fase inicial, para os cofres dos órgãos e empresas. Dado que a direção e a dimensão do fluxo de caixa nesta fase determinam o estado da fase seguinte do movimento de dinheiro em espécie, os órgãos bancários devem reforçar o controle para que seja reduzida ao mínimo a demanda de dinheiro em espécie dos órgãos e empresas, assegurando ao mesmo tempo o uso para fins bens definidos.

Em seguida, a questão mais importante é que os órgãos bancários maximizem o controle do movimento de dinheiro em espécie nos canais de dinheiro em espécie que não passam pelos bancos.

O movimento de dinheiro em espécie entre residentes, órgãos e empresas, bem como o movimento em espécie que ocorre no processo de desembolso de ganhos monetários de órgãos e empresas que não passam por bancos, são canais suplementares de dinheiro em espécie. O escopo de dinheiro neste canal é extremamente limitado e, portanto, sua capacidade e importância são secundárias em relação à circulação global de dinheiro em espécie. No entanto, isso não significa de forma alguma que o movimento de dinheiro aqui possa ser ignorado. Mesmo que a capacidade seja inferior à do canal básico, sua quantidade absoluta não é necessariamente insignificante. Por exemplo, entre as receitas monetárias dos órgãos comerciais, o escopo de dinheiro em espécie gasto diretamente pela autoapropriação representa uma certa parcela da receita anual de venda de produtos.

Portanto, retirar cada vez mais rapidamente o dinheiro restante nestes canais de dinheiro suplementares para os órgãos bancários torna-se uma questão importante na organização racional da circulação global de dinheiro.

Para resolver este problema, o movimento de dinheiro entre os cidadãos, que tem como centro o mercado agrícola, deve ser calculado detalhadamente, e as transações em espécie entre órgãos e empresas devem ser estritamente regulamentadas.

A obrigação de organizar racionalmente a movimentação do dinheiro em todos os canais, como visto acima, recai sobre o Banco Central. O Banco Central constitui o componente básico do mecanismo de circulação de dinheiro em espécie.

Até agora, consideramos de forma geral as características estruturais da circulação monetária. Entre as características estruturais da circulação monetária, a correlação entre a circulação monetária e a circulação não monetária tem um significado fundamental na resolução do problema estrutural da circulação monetária em geral. Dependendo de como esta correlação é estabelecida, variam muito uma série de trabalhos organizacionais práticos relacionados à circulação de dinheiro em espécie, especialmente a circulação monetária. Portanto, examinaremos detalhadamente a relação entre a circulação monetária e a circulação não monetária  no próximo subcapítulo.

3.2 Circulação não monetária e circulação monetária

O correto estabelecimento da correlação entre a circulação não monetária e a circulação monetária é uma questão muito difícil. Isso porque a correlação reflete uma estrutura de reprodução complexa e tem uma grande influência na circulação monetária e no estado da economia popular no geral.

O âmbito da circulação em espécie, definido pela esfera de movimentação dos ganhos dos residentes, e o âmbito da circulação não monetária, definido pela própria esfera de movimentação dos órgãos e empresas, refletem o estado da estrutura reprodutiva em determinado momento. Se o âmbito da circulação monetária e o âmbito da circulação não monetária mudam independentemente das mudanças correspondentes na estrutura reprodutiva, surgirão inevitavelmente condições anormais na circulação monetária e em vários sectores da economia nacional.

Isso mostra quão importante é definir corretamente a correlação entre a circulação monetária e a circulação não monetária de acordo com a estrutura de reprodução.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"...Devemos garantir que, no futuro também, tanto o sistema de pagamento sem dinheiro como a emissão de dinheiro tenham boa circulação." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 17, página 503)

A organização correta da circulação monetária e da circulação não monetária é um conteúdo de trabalho importante do Banco Central. Para cumprir com êxito esta tarefa imposta ao Banco Central, a correlação entre a circulação monetária e a circulação não monetária dever ser adequadamente definida.

Se a correlação entre a circulação monetária e a circulação não monetária não é definida adequadamente de acordo com a situação real da estrutura de reprodução, podem ocorrer vários fenômenos negativos.

Sobretudo, se olhamos para o caso em que o âmbito da circulação monetária é reduzido artificialmente e o âmbito da circulação não monetária é ampliado (por exemplo, o caso em que o âmbito de venda e transferência é ampliado artificialmente), o volume de circulação monetária diminui relativamente e, por conta disso, pode resultar em uma diminuição proporcional no volume de dinheiro em espécie liberado pelo banco. No entanto, esse fenômeno tem uma série de efeitos na circulação dos produtos sociais.

Na esfera de circulação de produtos sociais que requerem dinheiro, ou seja, na esfera de circulação de produtos sociais (principalmente produtos de categoria) destinados a realizar a renda dos cidadãos, ocorre uma disparidade entre a quantidade de dinheiro que entra no sistema de circulação e a quantidade real de produtos sociais. Como resultado, a quantidade correspondente de produtos sociais que deveriam contribuir para a realização da renda dos cidadãos acaba sendo direcionada para outra esfera de circulação, ou seja, para a esfera de circulação de produtos sociais mediados sem dinheiro.

E na esfera de circulação de produtos sociais mediados por meios não monetários, ou seja, na esfera de circulação de produtos sociais (especialmente produtos de primeira categoria) correspondentes à parcela de receita líquida que não é destinada à renda dos habitantes e no âmbito de compensação dos gastos de primeira e segunda classe do processo de produção social, pode ocorrer um fluxo de produtos sociais que deveriam estar nas mãos dos habitantes.

Portanto, na esfera de circulação de renda, não estão garantidos os produtos sociais que possam concretizar plenamente a demanda de pagamento, enquanto na esfera de circulação de produtos sociais mediados por meios não monetários, os produtos sociais que fluem aos órgãos e empresas excedem o volume de ativos que devem ser compensados. Por um lado, isso pode levar uma demanda não realizada, enquanto, por outro lado, pode levar ao armazenamento desnecessário de produtos ou a gastos excessivos. Em outras palavras, mesmo que a demanda de produtos sociais e a sua realização sejam consistentes em todo o país, se não o são em toda a esfera de circulação individual, poderá surgir uma certa lacuna entre o estado de circulação monetária e o movimento real dos produtos sociais.

A seguir, vejamos o caso em que o âmbito da circulação monetária é expandido artificialmente e o âmbito da circulação não monetária é reduzido (por exemplo, quando a escala de bens de produção realizados em dinheiro é expandida artificialmente). Neste momento, à medida que aumenta a quantidade de produção social realizada em dinheiro, a quantidade correspondente de dinheiro também aumenta. Por outro lado, pode acontecer que os produtos realizados de forma não monetária entrem na esfera de distribuição de produtos sociais que serão utilizados para a realização dos rendimentos dos residentes. Nesse caso, pode ocorrer um fenômeno de desperdício devido ao aumento dos custos de distribuição social e, ao mesmo tempo, pode causar confusão no trabalho de garantir a demanda solucionável dos moradores por produtos. Em outras palavras, pode haver casos em que a procura dos residentes seja garantida por bens de produção em vez de bens de consumo e, noutras alturas, pode haver casos em que a procura de bens de produção seja satisfeita por bens de consumo. Isto significa que há casos em que a quantidade de produção social para compensar as despesas em espécie consumidas na primeira e segunda categorias de reprodução é garantida não como bens de produção, mas como bens de consumo. Por fim, aumentar artificialmente o âmbito de aplicação da circulação em espécie pode causar confusão na movimentação planificada de produtos sociais.

Como mencionado anteriormente, a inter-relação entre a circulação monetária e a circulação não monetária tem vários efeitos sobre o estado da circulação monetária e a estrutura reprodutiva global.

Até ao momento, tem sido apontado que a expansão unilateral do âmbito de aplicação da circulação monetária ou da circulação não monetária, quando a estrutura reprodutiva relevante não se altera, pode ter um efeito negativo no equilíbrio de vários setores da economia popular.

Contudo, as alterações na correlação entre a circulação monetária e a circulação não monetária têm um impacto mais direto na regulação e planificação da circulação monetária.

Quando a esfera de aplicação da circulação não monetária é relativamente ampliada, o volume de dinheiro em espécie enviado à circulação diminui porque parte do dinheiro é substituída pelo pagamento não monetário.

No entanto, como a correlação entre a circulação monetária e a circulação não monetária está centrada no Banco Central, deve-se calcular que a expansão do volume de transações não monetárias pode não ser linear, mas pode eventualmente atuar no sentido de aumentar o volume de circulação em espécie. A partir disso, quando a esfera de circulação não monetária é ampliada, se é previsto na planificação da circulação monetária uma redução uniforme do volume de dinheiro correspondente ao aumento da soma de transações, será inevitavelmente difícil garantir o bom andamento da circulação monetária. Nesse caso, é necessário levar em consideração o fato de que com o aumento da esfera não monetária, também aumentará a dimensão que será repassada para a esfera de circulação monetária. Contudo, calcular isso na prática é muito difícil.

Na atual organização de circulação monetária, a conversão de não monetária para monetária é possível no âmbito do plano monetário. Em outras palavras, o limite máximo para conversão de não monetária em monetária é limitado pelo plano monetário.

Portanto, quando a esfera de circulação não monetária é ampliada, há redução do volume de liberação de dinheiro pelo valor correspondente na planificação da circulação monetária. Por outro lado, no processo de controle da circulação monetária, surge o problema de controlar rigorosamente o processo de conversão de não monetário em monetário no âmbito da planificação monetária.

Se o controle for enfraquecido e a escala de transformação de não monetário para monetário exceder o intervalo especificado no plano monetário, as poupanças do volume monetário no momento da planificação da circulação monetária perderão a eficácia. Isto só resultará num aumento do volume transações bancárias na sequência da expansão da circulação não monetária, e não será feito nenhum progresso em termos de melhoria da circulação monetária.

Se a esfera de aplicação da circulação em espécie for ampliada, existe a possibilidade de que o volume de dinheiro em espécie colocado no sistema de circulação aumente. No entanto, a escala do aumento do volume de dinheiro em espécie neste ponto não pode ser igual à escala de transações que aumentam na esfera da circulação em espécie. Isso ocorre porque a escala do volume crescente de dinheiro corresponde ao tamanho obtido pela divisão do volume crescente de transações pela velocidade de circulação da moeda como meio de circulação.

Quando a esfera da circulação em espécie é ampliada, por um lado, o volume de dinheiro aumenta até certo ponto, pelo que devem ser tomadas medidas para acelerar a velocidade de rotação do crescente volume de dinheiro e limitar ao mínimo o aumento do volume de dinheiro em circulação. Por outro lado, deve ser produzido um trabalho de ajuste para mobilizar adequadamente os saldos bancários e liquidar as dívidas de vários tipos, incluindo as dívidas vencidas, para que os pagamentos não monetários possam ser feitos atempadamente de acordo com as demandas da circulação.

Tal como descrito acima, quando a correlação entre a circulação em espécie e a circulação não monetária muda, o estado da circulação monetária muda em conformidade, pelo que o trabalho de planificação da circulação monetária e o de ajuste devem ser realizados em conformidade.

Desta forma, a fim de estabelecer corretamente uma correlação entre a circulação monetária e a circulação não monetária, que tem um impacto profundo na estrutura de reprodução e no estado de circulação monetária do país, o problema da distinção entre a circulação monetária e a circulação não monetária deve ser resolvido adequadamente.

Na prática atual da circulação monetária, a circulação monetária reflete a relação das transações monetárias entre residentes e entre órgãos, empresas e residentes, ou seja, o movimento dos ganhos monetários dos cidadãos. Por outro lado, a circulação não monetária inclui relações de transações monetárias entre órgãos e empresas.

Da perspectiva das relações de propriedade, a circulação não monetária opera dentro ou nas relações de transações econômicas entre a propriedade estatal e a propriedade cooperativa, enquanto a circulação monetária opera apenas entre a propriedade social e a privada ou dentro da propriedade privada.

Ao considerar a distinção da circulação monetária e a posição da missão de reprodução de recursos mediados pela moeda, a circulação não monetária é a forma de valor dos meios de produção que serão consumidos no processo de produção posterior e medeia o movimento de valor dos materiais de consumo que entram nos órgãos não econômicos e dos que entram e saem dos órgãos comerciais, enquanto a circulação monetária contribui para perceber o valor da circulação de mercadorias para consumo pessoal.

O problema da distinção entre a circulação monetária e a circulação não monetária pode ser especificado com classificação de circulação mediada pela moeda da seguinte forma.

1.A propriedade material funciona continuamente no processo de reprodução como meio de produção e circula dentro da propriedade socialista. Isso representa principalmente a relação de compra de meios de produção entre empresas estatais, entre empresas estatais e organizações cooperativas e entre organizações cooperativas. É aqui que entra em jogo a circulação não monetária.

2. A propriedade material é um meio de produção, mas está separada do processo de reprodução e circula dentro da propriedade socialista. Isto representa principalmente a relação na qual os órgãos orçamentários compram bens de produção do Estado e das empresas cooperativas. É aqui que entra em jogo a circulação não monetária.

3. Quando a propriedade material entra no processo de reprodução enquanto circula dentro da propriedade socialista como bem de consumo. Isto representa principalmente a relação entre empresas estatais e cooperativas que compram bens de consumo necessários para despesas produtivas. É aqui que entra em jogo a circulação não monetária.

4. No caso em que a propriedade material circula dentro da propriedade socialista como bem de consumo, mas não entra no processo de reprodução. Isso representa principalmente a relação de compra de bens de consumo não produtivos em órgãos e empresas. Neste caso, as circulações monetária (em espécie) e não monetária funcionam juntas.

5. No caso em que a propriedade material entra na propriedade privada como bem de consumo. Isso representa a relação na qual indivíduos compram bens de consumo do Estado, de organizações cooperativas, empresas e outros indivíduos. Neste caso, entra em jogo a circulação monetária (em espécie).

Ao dividir a circulação monetária que serve às esferas de circulação de vários tipos em circulação monetária (em espécie) e circulação não monetária, o que tem maior significância é a questão da função da moeda que medeia a circulação.

Como a circulação em espécie e a circulação não monetária são ambas movimentos monetários, é um requisito básico classificar a circulação monetária tendo em conta a função da moeda que nela opera.

No domínio da circulação monetária interna (nacional), as moedas, que possuem significado fundamental, funcionam como meios de circulação e de pagamento. A sua função como medida de valor está principalmente relacionada com a medição da quantidade de trabalho despendido no processo de produção, e a sua função como meio de poupança e acumulação socialista é uma função que ocorre apenas quando o movimento monetário é temporariamente suspenso. Portanto, a esfera de circulação monetária pode ser dividida em setor onde a moeda funciona como meio de circulação, setor onde a moeda funciona como meio de pagamento e setor de circulação não monetária.

No entanto, embora este seja um método de classificação que reflete as características da própria moeda e o seu papel, não é um método que leva em conta as características dos objetos de circulação monetária.

O processo de circulação monetária é um processo que garante a movimentação dos bens materiais mediada pelo dinheiro, sendo também um processo de mediação que concretiza a missão social imposta aos bens materiais. Em outras palavras, as diferentes missões dos produtos sociais para satisfazer o consumo produtivo ou o consumo pessoal são realizadas através do processo de circulação monetária. Dado que estas circunstâncias conferem certas características ao papel da moeda, devem ser tidas em consideração na classificação da esfera de circulação monetária.

A próxima questão importante na classificação da circulação monetária em circulação em espécie e circulação não monetária é calcular corretamente as características do objeto de circulação monetária.

Os produtos sociais, que são objeto de circulação monetária, têm como missão, como encarregado material, realizar a demanda produtiva e a demanda individual no processo de circulação. No entanto, a diferença no âmbito da circulação de produtos sociais para concretizar a demanda produtiva e dos produtos sociais para concretizar a demanda individual é basicamente consistente com a diferença na forma de propriedade, ou seja, a diferença entre a propriedade socialista e a propriedade privada (individual). O conteúdo econômico da propriedade socialista é garantido principalmente através da circulação de produtos sociais preparados para satisfazer a demanda produtiva, enquanto o conteúdo econômico da propriedade privada (individual) é garantido através da circulação de produtos sociais preparados para satisfazer a demanda individual.

Isso significa que para classificar a circulação monetária de acordo com as características do objeto é necessário envolver a questão da propriedade.

Ao mesmo tempo, a diferença de forma entre a propriedade socialista e a propriedade privada (individual) tem um impacto significativo na natureza da circulação dos produtos sociais.

Na propriedade socialista, todas as etapas de circulação de produtos sociais, ou seja, a transição do processo de produção para o processo de circulação, a transição do processo de circulação para o processo de consumo, são planejadas. No entanto, em relação à circulação de produtos sociais relacionados à propriedade privada, nem todas as etapas da circulação são diretamente planejadas. Por exemplo, a relação transacional entre indivíduos que compram e vendem mercadorias não pode ser objeto de planificação direta.

Devido a estas circunstâncias, a realização planificada da circulação monetária não pode ser garantida sem problemas, a menos que a diferença entre a propriedade socialista e a propriedade privada seja calculada para distinguir a esfera de circulação monetária. Na prática atual, as diferenças na forma de propriedade assumem grande importância na classificação das esferas de circulação monetária.

Até agora, viemos considerando os elementos básicos que devem ser calculados na divisão da circulação monetária em circulação em espécie e circulação não monetária. Com base nisso, pode-se especificar uma explicação da circulação monetária que opera nas diferentes áreas de circulação.

Não é necessária uma explicação detalhada sobre as relações de circulação em espécie que atuam na esfera de circulação de tipo 5 ou das relações de circulação não monetária que atuam na esfera de circulação de tipo 1.

Na esfera de circulação de tipo 3, são introduzidas as relações de circulação não monetária, tendo em conta as características de circulação dos bens materiais. Aqui, a propriedade material é originalmente um bem de consumo para uso pessoal, mas é avaliado seu papel na satisfação das necessidades das empresas socialistas em suas atividades empresariais. Portanto, neste contexto, o dinheiro desempenha a função de meio de pagamento.

Nesta esfera de circulação, deve ser aplicada uma relação não monetária semelhante à esfera de circulação de tipo 1, tanto em termos de função do dinheiro como da missão e relação de propriedade dos bens materiais que são mediados.

Na esfera de circulação de tipo 2, os bens materiais são bens de produção e deveriam ser utilizados para atender às necessidades das atividades empresariais, mas na prática são utilizados para atender às demandas não produtivas das instituições.

No entanto, a relação não monetária é aplicada em relação ao fato da propriedade material entrar no processo de circulação como objeto para órgãos e empresas socialistas.

Na esfera de circulação de tipo 4, tanto a relação não monetária como a em espécie são utilizadas, devido à circunstância de que os bens materiais, que originalmente deveriam ser usados para consumo pessoal, são utilizados por instituições e empresas. Aqui, os bens materiais não são utilizados para realizar as necessidades das atividades empresariais, mas principalmente para satisfazer demandas não produtivas.

Quanto às características da circulação dos bens materiais, os tipos 2 e 4 apresentam características semelhantes à circulação da renda particular para o consumo não produtivo.

A compra de materiais de uso administrativo não produtivos por órgãos e empresas não é garantida pela utilização temporária de fundos ociosos durante o processo de reprodução, mas por fundos fornecidos periodicamente pelo orçamento nacional, em outras palavras, pelos fundos do orçamento nacional. Portanto, neste caso, não é permitida nenhuma intervenção na relação de crédito.

Aqui, supõe-se que a moeda desempenhe a função de meio de circulação, dada a natureza do ato de compra. Este meio de circulação funciona de forma ligeiramente diferente da função que a moeda tem no ato de compra disperso dos residentes.

Na sociedade socialista, a função do meio de circulação monetária que funciona de forma planificada é introduzir o comportamento de compra de numerosos e diversos intermediários como objeto de planificação. Porém, quando instituições e empresas utilizam recursos orçamentários para aquisição de materiais, a moeda desempenha a função de realizar ações de compra que não são dispersas, mas de natureza planificada.

Considerando as características da circulação de bens materiais, o fato das relações monetárias serem aplicadas em relações transacionais onde o dinheiro deve desempenhar a função de meio de circulação não está relacionado com a função monetária ou missão dos bens materiais, mas representa a relação transacional entre órgãos e empresas.

Com base na consideração acima da prática atual de distinguir entre circulação monetária e circulação não monetária, podem ser tiradas as seguintes conclusões.

1) As esferas da circulação monetária e da não monetária são divididas basicamente considerando as características de circulação dos bens materiais e as funções da moeda com base neles.

2) Se este princípio de distinção não puder ser aplicado na sua forma pura, a relação entre circulação não monetária e circulação monetária é aplicada dependendo se a distribuição da propriedade material intermediária ocorre dentro da propriedade socialista ou não.

3) Portanto, embora a esfera da circulação não monetária seja geralmente ampliada, a esfera da circulação monetária (em espécie) é estritamente limitada ao campo de realização de rendimentos pessoais (externamente, em transações entre instituições e empresas).

Este é o princípio fundamental para a distinção entre circulação monetária (em espécie) e circulação não monetária.

Com base neste princípio de distinção, analisaremos detalhadamente a estrutura interna da circulação monetária e da circulação não monetária.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"Devemos estabelecer um sistema de abastecimento de produtos ao povo trabalhador, agilizar a circulação de fundos através da ágil circulação de mercadorias, reduzir sistematicamente os preços de varejo de bens de consumo massivo e garantir que os produtos não caiam nas mãos de especuladores." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 4, páginas 93 e 94)

A circulação de mercadorias que concretizam bens de consumo massivo está intimamente ligada à movimentação de fundos monetários. A característica do movimento monetário ligado à circulação de mercadorias é a mediação do dinheiro em espécie.

A circulação em espécie refere-se à circulação monetária que requer necessariamente a mediação de dinheiro real, e a circulação não monetária, pelo contrário, refere-se à circulação monetária em que o dinheiro real é substituído pela relação de crédito. Neste ponto, a relação de crédito foi criada com base na função da moeda como meio de pagamento e na natureza financeiramente independente das empresas. O fato de que as transações entre estabelecimentos comerciais, empresas e órgãos estatais, que baseiam-se na função da moeda como meio de pagamento, se tornam relações de crédito está relacionado com o fato de que os fundos monetários já fornecidos às empresas são operados com base no sistema autofinanciado independente. Dado que os fundos fornecidos às empresas de sistema autofinanciado devem satisfazer a demanda de autofinanciamento independente, não é possível realizar o movimento de fornecimento e recuperação com base no princípio da equivalência. Embora a relação de fornecimento de fundos se baseie na função da moeda como meio de pagamento, não exige qualquer relação equivalente porque está relacionada com o movimento irreversível dos fundos monetários nacionais e, portanto, não suscita a necessidade de recorrer a uma relação de crédito. Portanto, mesmo na circulação não monetária, que se baseia na função do dinheiro como meio de pagamento, pode haver uma certa diferença entre mediar os fundos monetários das empresas e mediar a relação de redistribuição centralizada da renda nacional. No entanto, uma vez que o primeiro caso representa uma parte esmagadora da circulação não monetária e a relação monetária entre empresas autofinanciadas constitui a base das relações de transação monetária, pode-se estipular de forma geral que a circulação não monetária está relacionada com a relação de crédito.

Um exemplo típico da introdução de uma relação monetária na transação de pagamento é quando os residentes fazem renda nas instituições comerciais. Neste caso, a introdução da relação monetária está relacionada com as seguintes circunstâncias.

Em primeiro lugar, devido à natureza da transação de pagamento, a moeda funciona principalmente como meio de circulação. Neste momento, o movimento monetário e o movimento de mercadorias coincidem.

Em seguida, isso ocorre porque os residentes que aparecem de um lado da transação são os proprietários do dinheiro. Na medida em que uma pessoa que compra um produto participa da transação utilizando dinheiro como meio de compra, a transação não pode deixar de ser mediada por dinheiro. Isso é um fato.

Além disso, os residentes, que são partes na transação, devem saber que estão basicamente excluídos das relações de crédito.

Na condição de que o crédito bancário é a única relação de crédito no nosso país, os residentes estabelecem uma determinada relação de crédito com o banco através do processo de poupança, mas a parte do rendimento que entra nesta relação de crédito não constitui a base da renda monetária dos residentes.

Dado que a renda monetária dos residentes se destina originalmente a satisfazer as suas necessidades de subsistência e das suas famílias, a base do rendimento monetário não pode ser incluída nas relações de crédito bancário. Na realidade, uma parte básica do rendimento monetário dos residentes é utilizada para comprar bens e pagar taxas de serviços necessários para satisfazer as necessidades da sua vida quotidiana, e a parte restante é poupada. Em outras palavras, a moeda funciona basicamente como um meio de circulação na realização do rendimento dos residentes e é parcialmente utilizada como meio de poupança socialista.

Também é necessário apontar que a realização da renda monetária dos residentes e a compra de bens são realizadas de forma dispersa. Dado que a renda dos residentes é obtida através da satisfação das necessidades diárias de cada pessoa, as compras de produtos pelos residentes tendem a diferir no tempo, no local e na escala. Para atender com precisão a diferentes demandas no momento adequado, é necessário um símbolo monetário com capacidade de circulação. Neste caso, se forem aplicadas relações não monetárias, o dinheiro será substituído por relações de crédito, portanto, os canais e a escala de compra e venda devem estar bem definidos. As relações de crédito visam relações comerciais recíprocas entre unidades econômicas específicas. Portanto, as relações não monetárias não podem aproveitar a individualidade e o caráter disperso de compras e vendas.

Como mencionado acima, a introdução de relações monetárias na realização de produtos está relacionada à função desempenhada pela moeda como intermediária nas transações de pagamento e ao papel que os possuidores de moeda desempenham nas relações de transação.

Um exemplo típico da introdução de relações não monetárias nas transações de pagamento é a realização dos meios de produção entre empresas socialistas ou a troca de mercadorias entre instituições comerciais. Neste ponto, a introdução das relações não monetárias está relacionada com as seguintes circunstâncias.

Primeiramente, o alvo desta transação de pagamento não é a renda dos residentes, mas sim os bens materiais de administração empresarial, centrados nos meios de produção. Esses bens materiais, ao contrário dos produtos gerais que servem para a realização da renda dos residentes, são objeto de implementação planificada, e a realização da forma de valor desses bens materiais não ocorre simultaneamente com a venda e compra dos produtos, mas sim em uma relação separada da realização dos bens materiais. Portanto, a moeda desempenha, acima de tudo, a função de medida de valor e, em seguida, a função de meio de pagamento.

Em segundo lugar, as relações de transação estão intimamente interligadas.

Na realização da renda dos residentes, as relações entre as partes envolvidas nas transações são caracterizadas por não repetitividade e singularidade. No entanto, na realização de bens materiais de administração empresarial, as relações de transação não só apresentam repetitividade, mas também há uma certa sobreposição mútua.

Em tal situação, se a intervenção do dinheiro em espécie for obrigatória para cada transação, poderá resultar num enorme desperdício de custos de circulação social. Portanto, uma parte significativa das transações pode ser realizada por meio de relações de crédito, e nesse caso, o dinheiro funciona como um meio de pagamento além de sua função como medida de valor.

Outra razão pela qual a moeda funciona como meio de pagamento na transação de bens materiais para uso comercial é que os bancos são obrigados a intervir nesta relação de transação como parte da relação de crédito.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"...Hoje, criamos um banco central independente que atuará como instituição central de pagamentos e desempenhará gradualmente a função de emissão de notas." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 2, página 504)

O Banco Central é o centro dos pagamentos e do movimento monetário. Todos os movimentos monetários e não monetários do país devem ser realizados apenas através do Banco Central. O banco central organiza e planifica todos os movimentos de dinheiro e controla as atividades econômicas das partes nas transações monetárias. Para que o Banco Central cumpra o seu papel de centro do movimento monetário, todas as transações devem estar concentradas no banco. Os órgãos e empresas socialistas concentram os seus fundos monetários em instituições bancárias, a fim de utilizar todos os fundos monetários de forma racional.

Isso significa que a relação de transação não pode ser concluída sem necessariamente envolver uma instituição bancária como intermediária.

Neste contexto, o banco atua como um agente no pagamento e recebimento de dinheiro entre as partes envolvidas na transação, transformando a relação de transação em uma relação de crédito bancário.

O fato de que todas as relações transacionais são mediadas por relações de crédito torna-se uma condição decisiva para fixar a função da moeda, que desempenha um papel mediador, como uma função de meio de pagamento.

Quando a moeda funciona como um meio de pagamento, a maior parte das transações não necessita de qualquer mediação em dinheiro, mas o dinheiro nunca pode ser totalmente mediado.

Em teoria, qualquer parcela que não possa ser liquidada por meio de pagamento não monetário deve ser liquidada com dinheiro em espécie. Na prática bancária, mesmo entre as transações em que se aplica a função da moeda como meio de pagamento, apenas as relações de pagamento relacionadas aos residentes (por exemplo, pagamentos de despesas de vida) são destinadas à circulação monetária.

Então, quais transações mediadas pela função da moeda como meio de pagamento podem ser realizadas de forma não monetária?

Uma vez que a base econômica da circulação não monetária reside na equivalência de promessas de pagamento, o método não monetário pode ser aplicado a relações transacionais que permitem que promessas de pagamento sejam feitas em transações mediadas pela função do método de pagamento ou para realizar o valor comercial dos documentos de liquidação. Aqui, a equivalência das promessas de pagamento significa que os documentos podem ser usados para adquirir bens materiais que correspondem ao valor nominal indicado. O valor comercial dos documentos de liquidação refere-se ao fato de que esses documentos são garantidos por bens materiais cujo valor nominal é assegurado.

A equivalência dos compromissos de pagamento como fator substitutivo da moeda real é melhor realizada no processo de compensação das reivindicações mútuas entre as empresas. Neste contexto, as reivindicações mútuas entre as empresas, que estão diretamente relacionadas durante um determinado período de compensação, estão entrelaçadas umas com as outras.

No entanto, em relações transacionais, pode haver compromissos de pagamento que não estão interligadas. Nesse caso, a aplicação de pagamentos não monetários ocorre porque o banco garante a equivalência dos compromissos de pagamento. Em outras palavras, quando a empresa fornecedora envia os produtos e apresenta os documentos de pagamento ao banco, o banco deposita o valor correspondente à empresa fornecedora na conta do pagador, utilizando o método de compensação. Nesse momento, o recebimento dos documentos de pagamento pelo banco da empresa fornecedora significa que o banco recebeu a autoridade para lidar com o recebimento dos valores dessa empresa. A compensação para a conta da empresa fornecedora representa a concessão de um compromisso de pagamento que pode ser convertido em ativos reais. Por fim, a empresa fornecedora recebe do banco um compromisso de pagamento correspondente ao valor dos produtos realizados (na forma de valor). No entanto, esse compromisso de pagamento só se concretiza quando a empresa fornecedora o utiliza para efetuar o pagamento a um terceiro. Dessa forma, mesmo sem que os compromissos de pagamento se entrelacem, as transações podem ser realizadas de forma não monetária, substituindo os símbolos monetários.

No entanto, mesmo que a empresa fornecedora receba um compromisso de pagamento do banco e realize os produtos, pode haver situações em que esse compromisso não pode ser utilizado para cumprir a obrigação de pagamento para um terceiro. Nesse caso, embora a empresa fornecedora tenha realizado os produtos de forma não monetária, ela terá que cumprir suas obrigações em dinheiro.

Portanto, a parte das relações transacionais mediadas pela função da moeda como meio de pagamento, onde o pagamento é feito por via não monetária, consiste na parcela restante excluindo os pagamentos aos residentes e os pagamentos pelos residentes.

Levanta-se a questão de sobre quais fundamentos um banco socialista pode garantir a equivalência das promessas de pagamento.

Em resumo, isso se baseia no fato de que o crédito comercial concedido entre empresas socialistas é completamente eliminado e todas as transações são realizadas através dos bancos, ou seja, no fato de que os bancos são bancos estatais baseados na propriedade socialista.

Com o fim do crédito comercial e a existência apenas do crédito bancário, a obrigação de garantir as promessas de pagamento, que antes recaía sobre as empresas individuais, passou a ser atribuída aos bancos.

No entanto, os bancos socialistas, como bancos estatais, não só representam o poder econômico do Estado socialista, mas também funcionam como uma instituição de cálculo e controle nacional sobre a produção e distribuição de bens, possuindo, portanto, a capacidade e a possibilidade material de garantir as promessas de pagamento das empresas. Portanto, a garantia das promessas de pagamento pelo banco estatal socialista é a maneira mais segura de assegurar sua equivalência.

Com base na explicação do conteúdo da circulação não monetária, pode-se definir sua natureza da seguinte forma.

Primeiramente, a circulação não monetária se concretiza principalmente ao ser aplicada em relações transacionais baseadas na função da moeda como meio de pagamento, permitindo uma grande economia de moeda real. A função de economia de custos sociais na circulação não monetária é uma característica fundamental dessa forma de circulação monetária. Utilizando essa característica, o Estado socialista implementa políticas para expandir ao máximo a área de operação não monetária.

Outra característica da circulação não monetária é que a sua participação quantitativa nas transações de pagamento é predominante. Isto significa que a participação relativa da circulação não monetária no total da circulação monetária é predominante, e que, com o crescimento da produção, a escala absoluta também aumenta continuamente.

O volume da circulação monetária não aumenta necessariamente de acordo com o grau de crescimento da produção socialista. Embora, em geral, haja uma tendência de aumento, fatores que aceleram a velocidade da circulação monetária, como o crescimento do nível de vida dos residentes, também desempenham um papel. Portanto, o volume da circulação não monetária pode aumentar linearmente em relação ao volume da circulação em dinheiro.

Essas características da circulação monetária não podem excluir suas limitações. 

No processo de circulação não monetária, o movimento monetário e o movimento de mercadorias não coincidem. Na sociedade socialista, a coincidência final entre o movimento monetário e o movimento de mercadorias não exclui a discrepância no elo mediador das transações.

O conceito de que o movimento monetário e o movimento de mercadorias são equivalentes existe apenas socialmente, de forma média. Essa relação média de coincidência é garantida pelo fato de que o movimento da moeda está sustentado por bens ou produtos em uma escala nacional, e as discrepâncias nas transações não monetárias ocorrem devido à relativa independência do movimento da moeda.

A discrepância que ocorre entre o movimento monetário e o movimento de mercadorias em cada transação de pagamento não significa que não haja uma orientação para garantir a conformidade entre eles.

A relativa autonomia do movimento monetário também não pode atuar como um fator que causa a discrepância entre o movimento monetário e o movimento de mercadorias, onde a moeda funciona como um meio de circulação, quando as compras e vendas não ocorrem simultaneamente. No entanto, quando compras e vendas são separadas e a moeda funciona como um meio de pagamento, isso causa uma discrepância.

No entanto, como as empresas intermediárias alternam entre os papéis de comprador e vendedor, no processo de transações encadeadas, compras e vendas acabam se entrelaçando. Isto serve como uma oportunidade para transformar a maioria das discrepâncias nas transações individuais em congruência numa escala social. Nesse caso, as transações que não estão equilibradas e permanecem em estado de discrepância representam formas de movimento em espécie que não podem ser mediadas por via não monetária. Esse movimento em espécie, que se separa do processo de reprodução social, é mediado pelo dinheiro. Em última análise, os movimentos de valor que não podem ser liquidados por via não monetária serão, em última análise, resolvidos através de dinheiro em espécie. Isto significa que a escala e os campos de atuação da circulação não monetária são definidos apenas no contexto da relação com o movimento em espécie, ou seja, estão sujeitos a certas limitações impostas pela circulação em espécie.

Com base em tudo o que foi mencionado acima, a limitação da circulação não monetária se expressa no fato de que só pode existir sob a premissa da circulação em espécie e, portanto, a esfera da circulação não monetária não pode ser aumentada indefinidamente.

Dado que a circulação não monetária tem a vantagem econômica de poupar significativamente os custos de circulação social ao reduzir o movimento monetário para uma relação de crédito, é uma exigência lógica aumentar continuamente a circulação não monetária. Essa demanda só pode ser realizada adequadamente quando a correlação da circulação em espécie for adequadamente estabelecida em relação às limitações da circulação não monetária.

Portanto, definir claramente a correlação entre circulação monetária (em espécie) e circulação não monetária torna-se uma questão importante.

A questão aqui é como aplicar o sistema de circulação não monetária nos tipos 2, 3 e 4 dentre os cinco tipos de sistemas já mencionados.

A aplicação de relações não monetárias no tipo 1 e de relações monetárias (em espécie) no tipo 5 não levanta problemas especialmente complexos, pois o conteúdo é claro.

Vamos analisar de forma específica as relações não monetárias aplicadas nos tipos 2, 3 e 4 da circulação.

Acima de tudo, no tipo 2 da circulação, as instituições orçamentárias aparecem como compradores dos produtos, enquanto as empresas socialistas atuam como vendedoras; nesse caso, a moeda desempenha a função de meio de pagamento. Isto ocorre porque as empresas socialistas vendem os produtos com base em promessas de pagamento garantidas por bancos.

As empresas socialistas, como vendedoras, recebem promissórias de pagamento em vez de dinheiro pelos produtos, enquanto as instituições orçamentárias, como compradoras, utilizam uma parte do saldo das contas bancárias para o pagamento. Aqui, as instituições orçamentárias, como compradoras, não têm a obrigação de realizar o pagamento exclusivamente de forma não monetária. O seu pagamento não monetário está apenas relacionado com o fato da provisão de fundos do orçamento ser não monetária.

A provisão de fundos a partir do orçamento para instituições orçamentárias, mesmo que assuma a forma não monetária, não tem o mesmo conteúdo que um compromisso de pagamento relacionado a uma relação de crédito, mas pode ser considerada como uma forma de fornecimento de meios para a aquisição de materiais empresariais. É exatamente por isso que, quando instituições orçamentárias, fábricas e empresas compram produtos que passaram pelo processo de circulação a varejo, devem utilizar dinheiro em espécie.

A função da moeda como meio de pagamento utilizada por instituições orçamentárias ao adquirir produtos tem, por um lado, uma função semelhante à de meio de compra e, por outro lado, assume a função de liquidar promessas de pagamento garantidas por bancos.

Os fundos fornecidos como meio de compra são utilizados para a quitação de promessas de pagamento porque todos os recursos das instituições orçamentárias estão concentrados nos bancos, o que permite que sejam utilizados para compensação com as promessas de pagamento garantidas pelos bancos, com base no mecanismo organizacional e na economia significativa de dinheiro. Devido a essas circunstâncias, a circulação não monetária aplicada no segundo tipo de circulação e a circulação não monetária no primeiro tipo de circulação têm características diferentes.

No quarto tipo de circulação também, a moeda desempenha um papel com características semelhantes ao do segundo tipo de circulação. A única diferença entre os dois está na natureza dos bens materiais que são objeto da transação.

Se o pagamento for organizado da mesma forma que a típica circulação não monetária de tipo 1, sem considerar as características funcionais da moeda na circulação dos tipos 2 e 4, podem surgir certos problemas.

A discrepância entre o movimento monetário e o movimento de bens que ocorre na circulação não monetária pode ser resolvida, no caso das transações entre empresas, ao permitir que a maior parte dessas transações seja liquidada por promessas de pagamento, e que apenas a parte não liquidada seja tratada em dinheiro. No entanto, em instituições orçamentárias não produtivas, que não possuem bens materiais para a reprodução e investimento, a discrepância entre o movimento monetário e o movimento de bens pode levar a que, se uma quantidade significativa de bens materiais for antecipadamente fornecida por empresas socialistas para essas instituições, uma parte desses bens materiais ficará sem pagamento por um determinado período.

Em outras palavras, a discrepância entre o movimento monetário e o movimento de bens nas transações com instituições orçamentárias resulta, do ponto de vista social, em que uma quantidade de bens materiais que excede o volume dos meios de pagamento fornecidos pelo orçamento do Estado é armazenada em instituições não produtivas por um determinado período.

Por outro lado, se a discrepância entre o movimento monetário e o movimento de bens nas transações com instituições orçamentárias ocorre devido à falta de fornecimento de fundos pelo orçamento, isso resulta em bancos oferecendo promessas de pagamento sem garantias às empresas fornecedoras. Consequentemente, isso tem um efeito negativo na relação entre o volume total e médio do movimento monetário e do movimento de bens.

Embora todas as discrepâncias entre o movimento monetário e o movimento de bens geralmente possam levar a esses resultados, se tais discrepâncias ocorrerem nas relações comerciais entre empresas, a falta de fundos na empresa pagadora está basicamente relacionada ao não cumprimento das promessas de pagamento para outras empresas. Portanto, isso pode não ter um grande impacto na relação de coincidência entre o volume total do movimento monetário e o movimento de bens.

Dessa forma, na prática atual, as empresas geralmente utilizam documentos de compromisso de pagamento, como cheques (ou ordens de pagamento), para as transações com as instituições orçamentárias.

Vários tipos de cheques (ou ordens de pagamento) são um tipo de documento de pagamento, mas têm características diferentes das faturas. Em geral, na sociedade socialista, os documentos de pagamento são certificados de débito (títulos de dívida) que não estão em circulação. No entanto, os cheques desempenham um papel limitado como meio de pagamento, além das características que compartilham com os títulos de dívida. Essa dualidade de caráter aparece simultaneamente quando a empresa pagadora emite esse documento de pagamento para a empresa fornecedora.

Devido a essa característica dos cheques (ou ordens de pagamento), sua área de aplicação está limitada a relações comerciais específicas, ou seja, do ponto de vista da economia de moeda real, deve-se aplicar a circulação não monetária, e, do ponto de vista do conteúdo econômico das transações, deve-se aplicar a função de meio de circulação da moeda apenas em relações comerciais. Por exemplo, em transações com instituições não produtivas, em casos onde é difícil aplicar relações não monetárias normais devido a falhas na atividade administrativa, e em relações comerciais que não requerem a intervenção de crédito, podem ser utilizados documentos de pagamento especiais, como cheques (ou ordens de pagamento).

Em seguida, no segundo tipo de circulação, o objeto da transação é um produto com características de bem de consumo, mas que constitui um elemento indispensável para a manutenção do processo de produção. Portanto, a transação em si tem a mesma natureza que o primeiro tipo de circulação.

As empresas fornecedoras receberão o pagamento da quantia devida das empresas pagadoras com base em um compromisso de pagamento garantido pelo banco, usando os fundos de operação dessas empresas pagadoras. Nesse caso, a moeda funciona como meio de pagamento.

No entanto, pode haver uma certa diferença na aplicação da relação não monetária à circulação de tipo 1 e à circulação de tipo 3. Essa diferença surge devido ao fato de que os objetos de transação são diferentes: no primeiro caso, são bens de produção originais, enquanto no segundo caso, são bens de consumo originais que aparecem como objetos de transação.

Aqui pode surgir a dúvida se a diferença entre bens de produção e bens de consumo tem grande importância ao distinguir a circulação monetária em circulação em espécie e não monetária. A diferença na missão do produto é a diferença na natureza da transação, que é o padrão básico para determinar se se trata de uma movimentação de rendimentos de residentes ou de ativos corporativos. Portanto, a questão fundamental pode ser resolvida ao determinar se a realização é de bens de produção ou de bens de consumo, e qual tipo de forma de circulação monetária é mais racionalmente aplicável.

O terceiro tipo de circulação tem como objeto de transação, originalmente, bens de consumo, mas, sob a perspectiva da natureza da missão, desempenha um papel semelhante ao dos bens de produção. Além disso, é fundamental observar que, do ponto de vista do papel da moeda como intermediário, é ainda mais racional aplicar a circulação não monetária a essas relações de transação. De maneira geral, pode-se afirmar que é adequado aplicar a forma de circulação não monetária ao terceiro tipo de circulação.

No entanto, se não forem consideradas as características decorrentes do fato de que o objeto da transação é originalmente um bem de consumo, podem surgir uma série de irracionalidades econômicas.

Em relação à limitação da circulação não monetária, que se manifesta como uma discrepância entre o movimento monetário e o movimento de mercadorias, a aplicação dos métodos de pagamento não monetários usados na circulação do tipo 1 ao tipo 3 pode resultar no armazenamento desnecessário de bens de consumo para uso administrativo, o que, por sua vez, pode reduzir a escala dos bens de consumo para residentes.

Então, qual seria a forma racional de pagamento não monetário que deve ser aplicada ao tipo 3 de circulação?

A escolha do método de pagamento baseia-se em até que ponto é possível superar as limitações da circulação não monetária. Entre os métodos de pagamento que podem minimizar a discrepância entre o movimento monetário e o movimento de bens, os métodos de pagamento aplicados aos tipos 2 e 4 de circulação podem ser considerados. Isso ocorre porque, sem precisar de transações em dinheiro, ele pode usar documentos de pagamento, como notas promissórias (ou ordens de pagamento), que funcionam como meios de compra e podem preencher a lacuna entre o movimento monetário e o movimento de bens tangíveis.

A questão aqui é se seria possível introduzir uma organização de pagamento não monetária centrada em cheques em todas as circulações do terceiro tipo.

Este método de pagamento não monetário não pode necessariamente ser considerado razoável em organizações comerciais atacadistas que utilizam bens de consumo produzidos como base de suas atividades comerciais ou em empresas que utilizam produtos da indústria leve como matéria-prima. Embora métodos de pagamento não monetário, como o cheque, possam eliminar a barreira entre a circulação monetária e a circulação de bens ou mercadorias, se uma empresa pagadora sentir uma escassez de fundos devido a inadimplência por parte da empresa com a qual está negociando, ela pode enfrentar dificuldades para manter suas atividades normais devido à falta de meios de pagamento.

A partir disso, o caso em que formas de pagamento não monetário, como o cheque, podem ser introduzidas na circulação da terceira forma está restrito a transações de bens de consumo administrativos que não têm uma grande participação no canal de circulação comercial e que não têm transações frequentes.

Acima, examinamos as características da circulação não monetária que atuam nas circulações de segunda, terceira e quarta formas. Com base nessa análise, pode-se concluir que a circulação não monetária ocupa uma parte predominante de todo o sistema monetário, enquanto a circulação em espécie representa uma proporção muito pequena, aplicável apenas em casos excepcionais na circulação de quinta forma e, de maneira especial, na quarta forma. Isso revela a característica geral da relação entre a circulação não monetária e a circulação em espécie.

A partir de agora, vamos observar como a relação entre a circulação não monetária e a circulação em espécie se desenvolve à medida que o processo de construção do socialismo avança.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"Dado que um Estado socialista controla a produção, a distribuição, a acumulação e o consumo de uma forma unificada e planificada, pode destinar grandes somas de fundos para a acumulação e utilizá-las de forma mais racional para realizar continuamente a reprodução socialista expandida em grande escala." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 23, página 446)

O crescimento contínuo da produção socialista tem um grande impacto na correlação entre a circulação não monetária e a circulação em espécie.

No desenvolvimento da correlação entre a circulação não monetária e a circulação em espécie, o aspecto mais importante é o contínuo aumento do papel da circulação não monetária.

A expansão contínua da circulação não monetária tem dois aspectos: um é a ampliação do seu tamanho absoluto, e o outro é o aumento relativo em comparação com a escala da circulação em espécie.

Em geral, o aumento do volume de transações associado ao crescimento da produção cria a possibilidade de expandir a escala total da circulação monetária, e, consequentemente, aumentar a escala da circulação não monetária. A expansão absoluta da escala da circulação não monetária é multiplicada pelo aumento da sua escala relativa. Em outras palavras, a expansão da escala da circulação não monetária está relacionada ao aumento geral do volume de transações e à redução relativa da escala da circulação em monetária em comparação com a circulação em espécie.

Então, como podemos identificar o fenômeno da redução relativa da escala da circulação em espécie?

A escala absoluta da circulação em espécie geralmente aumenta com o crescimento da renda pessoal, mas a sua escala relativa pode, a longo prazo, diminuir.

A melhoria geral da vida dos residentes ocorre simultaneamente na circulação em espécie e na circulação não monetária. O aumento da renda pessoal, que leva à melhoria da vida dos cidadãos, resulta em um aumento da circulação em espécie. Por outro lado, a melhoria da vida devido ao crescimento da parcela do consumo social resulta em um aumento na circulação não monetária. No entanto, o crescimento da parcela de consumo social geralmente supera a velocidade de crescimento da renda pessoal, de modo que a taxa de crescimento da circulação em espécie não consegue acompanhar o nível de melhoria da vida dos cidadãos.

Além disso, um fator que influencia a redução da escala relativa da circulação em espécie é o fato de que as transações entre empresas socialistas se expandem mais rapidamente do que o volume de transações com os residentes. Isto é explicado pelo fato de que, juntamente com as características da atuação das leis econômicas socialistas, como a superioridade da produção em relação ao consumo, o crescimento preferencial dos bens de produção em relação à produção de bens de consumo, o crescimento da eficiência do trabalho em relação ao custo de vida, e o aumento mais rápido da escala da produção social total em comparação com o volume do comércio varejista, há também a profundidade da integração social, a complexidade do processo de reprodução e a ampliação da escala de ajuste da renda nacional em nível nacional, o que leva ao contínuo aumento do volume das transações nas instituições e empresas, enquanto o volume das transações com os residentes permanece relativamente estagnado.

Em relação à redução relativa da escala da circulação em espécie, na prática, a velocidade de crescimento da circulação não monetária resulta em um aumento da velocidade de crescimento da circulação em espécie.

Quando se observa um longo período, a velocidade de crescimento da circulação não monetária supera a velocidade de crescimento da circulação em espécie, mas, quando se observa um período relativamente curto, esse fenômeno não ocorre necessariamente. Esse fato mostra claramente que aumentar unilateralmente a escala da circulação não monetária, sem considerar as condições específicas, de acordo com a demanda geral por uma expansão constante da circulação não monetária, é um fenômeno artificial.

Às vezes, embora seja um fenômeno temporário, a esfera da circulação não monetária pode diminuir relativamente. Por exemplo, se o nível de custo de vida mudar, pode haver um aumento rápido na renda monetária dos habitantes urbanos ou uma queda nos preços. Ou, se o preço de compra subir, a renda monetária dos habitantes rurais pode aumentar rapidamente. Em casos como esses, quando a escala de circulação em espécie aumenta subitamente em relação à circulação não monetária, pode ocorrer uma situação em que a esfera da circulação não monetária não pode continuar aumentando continuamente e, em vez disso, apresenta uma tendência relativa de diminuição.

No desenvolvimento da correlação entre circulação em espécie e circulação não monetária, a expansão contínua da circulação não monetária, que é a base, deve ser realizada considerando as características estruturais internas da circulação não monetária.

A estrutura interna da circulação não monetária pode basicamente ser dividida em duas partes. Uma delas é a circulação não monetária que desempenha exclusivamente a função de meio de pagamento, enquanto a outra é a circulação não monetária que desempenha tanto a função de meio de pagamento quanto a de meio de compra.

O primeiro tipo de circulação não monetária vai se desenvolver e fortalecer à medida que as relações transacionais entre as empresas aumentam, mas o segundo tipo de circulação não monetária não necessariamente se expandirá com o desenvolvimento econômico. O segundo tipo de circulação não monetária tem uma dependência fundamental da escala das transações relacionadas com os órgãos de consumo não produtivos, o que, em termos prospectivos, implica uma possibilidade considerável de redução. No entanto, para acelerar o processo de pagamento nas transações realizadas no mesmo período, esse tipo de relação não monetária é aplicado, e, portanto, as variações em sua escala dependem das circunstâncias específicas de cada período.

Portanto, com a contínua expansão da circulação não monetária, é necessário considerar especificamente as características estruturais dessa circulação. Se qualquer forma de pagamento não monetário for expandida unilateralmente sem uma análise das condições objetivas existentes, podem surgir consequências inesperadas. Por exemplo, em relação à conveniência dos pagamentos não monetários medidados por cheques, se esse tipo de pagamento não monetário for artificialmente ampliado na realização das transações de pagamento, não apenas a superioridade da circulação não monetária, que substitui o dinheiro por relações de crédito, não será aproveitada, mas também pode provocar fenômenos semelhantes à circulação de cheques, resultando em um enfraquecimento do controle bancário sobre o processo de circulação.

Em relação a esse fato, tentar sincronizar temporalmente o movimento monetário com o movimento em espécie nas transações pode levar a erros teóricos e práticos significativos.

Como medida para organizar de forma mais racional o movimento em espécie na prática da economia popular, são empreendidas tarefas para superar a inconsistência entre o movimento não monetário e o movimento em espécie. Embora uma grande discrepância entre os dois possa ser irracional, isso não significa que uma uniformidade completa seja uma condição essencial para melhorar o movimento em espécie.

A discrepância entre o movimento não monetário e o movimento em espécie é causada por dois fatores.  Um deles ocorre inevitavelmente devido à natureza original, e o outro ocorre em relação à combinação das atividades de gestão empresarial.

Se a circulação monetária for reduzida apenas à circulação em espécie, a discrepância entre o movimento de mercadorias e o movimento monetário não poderá ser levantada, nem teoricamente nem na prática. Entretanto, como a circulação monetária é dividida entre circulação em espécie e circulação não monetária, não se pode de forma alguma considerar a possibilidade de uma completa correspondência entre o movimento não monetário e o movimento de mercadorias nas transações mediadas. Isto se deve ao fato de que a condição para a existência da circulação não monetária está na função do dinheiro como meio de pagamento, e essa função baseia-se na separação entre a movimentação de mercadorias e a movimentação monetária, ou seja, entre a venda e a compra. Especialmente porque as transações mediadas são realizadas através de bancos, garantir a correspondência temporal entre o movimento não monetário e o movimento de mercadorias pode, na verdade, causar consideráveis obstáculos ao adequado movimento de mercadorias. Isso poderia resultar em uma enorme quantidade de fundos estagnados no processo de circulação em escala nacional.

No entanto, não há necessidade de criar artificialmente uma lacuna entre o movimento de mercadorias e o movimento não monetário. O princípio é fazer com que o movimento não monetário acompanhe o movimento de mercadorias o mais rapidamente possível. Desde que a discrepância temporal entre os dois não resulte em falhas nas atividades de gestão das empresas, não é necessário adotar quaisquer medidas artificiais para garantir a sua correspondência.

A reflexão sobre a correlação entre a circulação em espécie e a circulação não monetária, que são as principais características da estrutura de circulação monetária em nosso país, permite clarificar a representação do movimento monetário em geral. Isso ajuda a definir claramente os limites e o escopo do movimento em espécie, possibilitando uma direção correta para a organização da circulação em espécie.

3.3 Princípio fundamental da organização da circulação monetária (em espécie)

De maneira geral, a organização da circulação monetária, e de forma mais específica, a organização da circulação em espécie, é uma das questões levantadas inicialmente no sistema econômico socialista.

m sistemas monetários caracterizados pela circulação de moedas metálicas, como o ouro ou a prata, não surge a questão da organização da circulação monetária e da circulação em espécie. Nesse contexto, o Estado precisa apenas regulamentar legalmente as unidades monetárias, o sistema de cunhagem, a padronização ou os procedimentos de circulação dos símbolos de valor. No entanto, com a ascensão da circulação de moedas e notas em vez da circulação de moedas metálicas, não é mais possível deixar a organização da circulação monetária à regulação automática como antes. Nessa situação, o Estado burguês procurou aumentar a intervenção do poder estatal no processo de circulação monetária.

Atualmente, a forte intervenção do poder estatal no processo de circulação monetária tornou-se uma ocorrência comum nos países capitalistas. Claro que, anteriormente, já existia a intervenção do poder do Estado burguês na área da circulação monetária. Embora a intervenção nesta área sempre tenha sido mais intensa em comparação com outros setores econômicos, recentemente essa intervenção tornou-se abrangente e extremamente reforçada.

Na sociedade socialista, a organização da circulação em espécie é uma questão levantada em relação à natureza planificada do sistema econômico. Especificamente, a necessidade de organização da circulação em espécie é regulada pela natureza planificada da circulação monetária e pela sua concretização através da planificação em espécie.

Na condição em que todas as transações em espécie do país são uniformemente regulamentadas pelo Banco Central, para estabelecer corretamente o plano de circulação em espécie e garantir sua execução precisa, é necessário um direcionamento único e uniforme do processo de circulação em espécie, ou seja, do processo de execução do plano em espécie, pelo Banco Central, que atua como o banco emissor e o centro da circulação em espécie, assim como uma organização e esforços para garantir isso. A partir disso, o centro de organização da circulação monetária (em espécie) em nosso país passa a ser o Banco Central, que assume caráter estritamente centralizado.

Organização de circulação em espécie refere-se ao conjunto de medidas organizacionais que o Banco Central adota de forma única para garantir a execução precisa do plano de circulação em espécie, de acordo com lei de circulação monetária planificada.

A organização de circulação em espécie está relacionada apenas a uma parte das funções da moeda, e não a todas elas. Principalmente, está relacionada às funções da moeda como meio de circulação e meio de poupança, e também está parcialmente relacionada à função de meio de pagamento. Portanto, a melhoria da organização de circulação em espécie significa, em última instância, a melhoria das funções da moeda como meio de circulação e meio de pagamento.

No nosso país, a organização de circulação em espécie só se tornou possível quando surgiu a forma econômica socialista nas esferas de produção e circulação, e o Banco Central começou a funcionar como o centro da circulação em espécie do país. Após isso, a organização foi completada com a predominância da gestão estatal e cooperativa.

No entanto, a conclusão da organização da circulação em espécie e a expansão da forma econômica socialista não coincidem completamente.

A abrangência da organização da circulação em espécie corresponde proporcionalmente ao grau de expansão da forma econômica socialista; no entanto, como ela se baseia em seus próprios objetos e leis de movimento, é difícil encontrar uma coincidência completa entre as duas.

Se examinarmos essa relação historicamente, podemos observar o seguinte.

Com o surgimento da forma econômica socialista, a organização da circulação em espécie passou a extrapolar consideravelmente o alcance dessa forma econômica. Em outras palavras, o escopo da organização da circulação em espécie não abrangeu apenas as transações em espécie entre os trabalhadores socialistas, mas também incluiu as transações em espécie entre empresas socialistas e a economia privada, e até mesmo algumas transações em espécie entre gestores privados. Isto se deve ao fato de que, no Banco Central, não apenas as empresas socialistas, mas também as empresas pertencentes ao setor privado, tiveram seus recursos em dinheiro concentrados.

Nesse caso, a organização da circulação em espécie que reflete as relações monetárias do setor privado apresenta uma certa diferença em grau de organização em relação à organização da circulação em espécie que reflete as relações monetárias centradas na economia socialista. No entanto, é um fato que, como um elo da organização geral da circulação em espécie, ela está organizada em um determinado nível.

Esse processo histórico indica que, antes mesmo da completa transformação das relações de produção socialista, os princípios socialistas da organização de circulação em espécie já haviam sido firmemente estabelecidos.

O primeiro princípio da organização da circulação em espécie é a sua organização planificada.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"...A economia socialista não pode avançar um passo sem planificação. O desenvolvimento planificado e equilibrado é uma lei importante da economia socialista." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 13, página 441)

Como o desenvolvimento planificado e equilibrado da economia popular é um requisito legal da economia socialista, a organização planificada da circulação em espécie se torna um princípio fundamental da organização da circulação em espécie. 

Esse princípio regula todos os outros princípios e é o que reflete de forma concentrada o caráter socialista da organização da circulação em espécie.

O princípio da organização planificada da circulação em espécie reflete o caráter planificado do movimento em espécie, e exige que a circulação em espécie seja organizada com base no plano de dinheiro em espécie e que a organização da circulação em espécie se torne o processo de implementação deste plano.

Para atender a essa exigência, todas as relações de transação em espécie são refletidas no plano de dinheiro em espécie, e são implementadas medidas práticas para garantir que todas as transações em espécie sejam organizadas de acordo com o caminho previsto por esse plano. A partir disso, se houver transações em espécie não previstas no plano, ou seja, se o dinheiro não for movimentado conforme o uso planejado, uma série de medidas de controle será tomada para impedir isso.

Contudo, o problema na implementação do princípio de planificação da organização da circulação em espécie é como incorporar ao máximo as transações entre indivíduos que estão fora do escopo direto da planificação como alvo da organização da circulação em espécie.

Na planificação da circulação em espécie, o banco é o centro do movimento de dinheiro, e, em relação ao fato de que ele é o responsável pela planificação em espécie, apenas o resultado do movimento em espécie, ou seja, o ponto de início e o ponto final, são considerados.

Contudo, numa organização de circulação em espécie que visa não apenas o início e o fim da movimentação em espécie, mas também o processo, o processo de movimentação em espécie nas mãos dos residentes não pode ser ignorado. Entretanto, esse processo tem um caráter fortemente influenciado pela vontade individual dos residentes. Isto significa que, para conferir um caráter planificado às transações em dinheiro entre os residentes e integrá-las diretamente à organização da circulação em espécie, são necessárias uma série de medidas organizacionais. Ou seja, é necessário adotar medidas econômicas que, por um lado, mobilizem ao máximo a quantidade de dinheiro em mãos dos residentes e, por outro lado, reforcem o papel de diversos intermediários que absorvem esse dinheiro, a fim de minimizar a quantidade e a duração do dinheiro ocioso entre os residentes e a possibilidade de surgimento de transações entre eles. Neste contexto, as práticas atuais envolvem o fortalecimento dos programas de poupança popular, a expansão dos diversos serviços de seguro e a implementação de medidas para melhorar as operações das instituições comerciais e das redes de serviços.

No entanto, enquanto existir a circulação de dinheiro em espécie centrada nos mercados agrícolas, não será possível eliminar completamente as transações entre os residentes. A participação dos mercados agrícolas no total de circulação de mercadorias do país é insignificante, mas, do ponto de vista da organização da circulação de dinheiro, o seu volume absoluto não pode ser ignorado. Portanto, colocar o volume de circulação em espécie nesse setor sob a influência de uma organização planificada de circulação em espécie se torna um elo para melhorar a atual situação da circulação em espécie e sua organização.

Originalmente, as transações em dinheiro entre residentes são classificadas em transações entre residentes urbanos e rurais, transações entre residentes urbanos e transações entre residentes rurais. Entretanto, as transações em dinheiro entre residentes urbanos se tornaram um fenômeno extremamente raro, uma vez que a reforma socialista das relações de produção foi concluída. Portanto, a base das transações em espécie entre residentes é a relação comercial entre residentes urbanos e rurais, centrada no comércio de produtos agrícolas.

A relação de transações em espécie entre residentes urbanos e rurais está principalmente relacionada ao processo de circulação no qual empregados de empresas de propriedade popular e de instituições estatais, que recebem dinheiro em forma de despesas de subsistência, compram produtos das atividades pessoais dos trabalhadores rurais. Aqui, o fluxo de dinheiro dos residentes urbanos para os residentes rurais é predominante, enquanto a transferência de dinheiro dos residentes rurais para os urbanos é extremamente rara. Portanto, para integrar a circulação em espécie entre residentes urbanos e rurais em uma organização planificada, é necessário levar em conta essas características.

Na prática atual, as relações de transações em espécie entre residentes são refletidas nos balanços financeiros de receitas e despesas dos diferentes grupos de residentes. De acordo com esse balanço, as relações de transações em dinheiro entre residentes urbanos e rurais, centradas nos mercados agrícolas, são calculadas em termos totais, dependendo se são formadas em uma escala nacional ou local, conforme o responsável pela elaboração do balanço. Portanto, o problema é incluir ao máximo possível as transações entre residentes, calculadas nos balanços financeiros de cada grupo de residentes, na organização cotidiana de circulação de dinheiro dos órgãos bancários.

A característica da organização das transações em espécie centradas nos residentes é que, ao invés de ambos os elos do movimento em espécie, apenas um dos elos pode ser diretamente organizado. 

Nas transações em dinheiro que envolvem residentes de um lado e instituições ou empresas do outro, apenas o aspecto do movimento de dinheiro relacionado às instituições e empresas é sempre organizado, enquanto o aspecto do movimento de dinheiro relacionado aos residentes não pode ser diretamente planificado. Portanto, na organização das transações em espécie entre residentes, só é possível controlar um dos aspectos dessa relação de transação.

Entretanto, no caso das transações em espécie entre residentes urbanos e rurais, o aspecto que pode ser organizado é o movimento de dinheiro que os residentes rurais recebem nos mercados agrícolas. Isso está relacionado ao fato de que o principal destino de gasto do dinheiro recebido pelos agricultores pela venda de produtos agrícolas é voltado para empresas e instituições socialistas. 

O dinheiro recebido no mercado agrícola pela venda de produtos agrícolas é principalmente utilizado para satisfazer as necessidades diárias dos agricultores. Assim, uma parte é gasto no mesmo dia em locais como províncias, cidades, condados e áreas residenciais, enquanto o restante pode ser gasto em diferentes dias em várias empresas e instituições socialistas.

No primeiro caso, o dinheiro é depositado em uma empresa socialista ou instituição no mesmo dia em que a transação de compra e venda é realizada, e pode ser absorvido pelo banco dentro do prazo estipulado. Portanto, do ponto de vista da organização da circulação de dinheiro em espécie, não surgem problemas especiais.

Entretanto, no segundo caso, se não for dada uma certa organização ao movimento do dinheiro importado, isso pode ter um efeito negativo no fortalecimento da planificação dos processos de circulação de mercadorias e dinheiro. Portanto, são necessárias medidas práticas para incluir o dinheiro que permanece entre os residentes rurais como parte da organização da circulação em espécie. Entre elas, o mais importante é melhorar o trabalho de organização da circulação em espécie nas agências bancárias, que têm a missão de organizar as transações em dinheiro nas zonas rurais, atendendo não apenas às necessidades financeiras das fazendas e dos agricultores.

A centralização de toda a circulação em espécie no Banco Central torna-se um dos princípios importantes na organização da circulação em espécie.

Esse princípio é uma diretriz essencial que deve ser seguida no sistema bancário socialista, relacionada à missão do Banco Central como órgão de controle sobre a circulação e a produção social, bem como ao fluxo ininterrupto de circulação monetária.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"O banco deve realizar um controle diário sobre a contabilidade de todas as instituições e empresas, e deve exercer um controle financeiro constante para garantir que o orçamento nacional seja executado corretamente." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 17, página 501)

De maneira geral, dado que o Banco Central tem a missão de realizar o controle e a contabilidade de todos os processos de produção e circulação, para cumprir adequadamente essa missão, a situação das atividades econômicas das empresas e instituições deve ser refletida de diversas formas nas instituições bancárias.

A centralização da circulação em espécie nos bancos não é apenas uma questão de medidas técnico-organizacionais puras, mas sim um fenômeno objetivo e regulado pela especificidade do movimento do dinheiro.

Na sociedade socialista, a circulação de dinheiro, que serve ao fluxo de renda monetária dos residentes, está quase completamente relacionada às atividades gerenciais de empresas e instituições. Em outras palavras, sob as condições em que a propriedade socialista exclusiva dos meios de produção está estabelecida, a principal fonte de renda monetária dos residentes provém dos diversos pagamentos monetários feitos por empresas e instituições. Por outro lado, a renda monetária dos residentes também é realizada nas transações com instituições e empresas que pertencem à propriedade socialista.

Portanto, o dinheiro está continuamente envolvido nas atividades econômicas das instituições e empresas, passando por seus cofres, e serve para satisfazer as necessidades dos residentes. A maior parte do dinheiro circula de forma planificada e contínua entre instituições, empresas e residentes.

No entanto, para que o dinheiro continue circulando continuamente entre empresas, instituições e residentes, as empresas e instituições devem receber o dinheiro pontualmente e sem qualquer obstáculo, de acordo com os resultados de suas atividades de produção e circulação. Neste contexto, independentemente das receitas monetárias das empresas e instituições serem na forma de dinheiro ou em forma não monetária, se a conversão entre dinheiro e forma não monetária não for fácil, mesmo empresas e instituições com receitas monetárias podem não conseguir efetuar o pagamento em dinheiro aos seus funcionários pontualmente.

No entanto, como a circulação monetária em nosso país é organizada em torno do Banco Central, que é o banco emissor, tanto o dinheiro em espécie quanto a forma não monetária podem ser convertidos um no outro através das instituições bancárias. Portanto, para garantir a continuidade da circulação de dinheiro em espécie no país, é necessário que todas as receitas monetárias das empresas e instituições sejam concentradas nas instituições bancárias.

A concentração das receitas em dinheiro no Banco Central permite agrupar inúmeras circulações de dinheiro individuais em um único sistema de circulação. Relacionado ao fato de que o dinheiro serve ao processo de movimentação da renda monetária dos residentes, esse processo pode ser interrompido constantemente. Para conectar esses processos de interrupção como um processo contínuo, é necessário que o dinheiro seja concentrado no Banco Central, onde a conversão entre formas, ou seja, de dinheiro em espécie para não monetário e de não monetário para dinheiro em espécie, possa ocorrer facilmente.

A concentração de dinheiro no banco emissor tornou-se um fenômeno legal na gestão econômica socialista, e desde cedo foi formalizada como política pelos países socialistas.

Em nosso país, uma decisão foi adotada desde os primeiros dias da criação do Banco Central para que instituições e empresas abrissem contas bancárias e depositassem toda a receita monetária, sem exceções, nesse banco, com o objetivo de concentrar o dinheiro no Banco Central. Foi possível adotar essa decisão relativamente cedo devido à socialização dos meios de produção que havia ocorrido na época.

Contudo, o princípio da concentração de dinheiro no Banco Central foi realizado de maneiras diferentes, de acordo com as etapas do desenvolvimento histórico.

A concentração de dinheiro no Banco Central tem sido rigorosamente regulamentada em nosso país desde os primeiros dias. Não só as empresas e instituições estatais, mas também todas as cooperativas e empresas associadas eram obrigadas a depositar sua receita monetária. Em particular, as transações a crédito entre instituições estatais e cooperativas, bem como empresas, e indivíduos eram proibidas, e o pagamento em dinheiro por mercadorias adquiridas por essas entidades também era rigidamente restringido. Isto surgiu não apenas da necessidade de controlar rigorosamente as atividades especulativas e fraudulentas dos elementos capitalistas, mas também como uma medida para restringir a liberação de dinheiro em circulação, dadas as numerosas relações com as empresas cooperativas e estatais.

Apesar da concentração de dinheiro ter sido relativamente bem implementada, no início, devido à significativa proporção de economia privada na circulação e na administração rural, a circulação de dinheiro fora do controle do Banco Central também alcançou um nível considerável.

Para garantir a centralização do dinheiro no Banco Central sob essas condições, era necessário adotar medidas para absorver o dinheiro dos residentes por meio de várias formas, como poupança e seguros. Além disso, foi permitido que instituições de crédito e instituições postais, além do Banco Central, lidassem com operações de dinheiro.

Após a transformação socialista das relações de produção, toda a receita em dinheiro das fábricas e empresas foi completamente concentrada no Banco Central, de modo que não existe mais nenhuma receita monetária relacionada à produção e circulação que não passe pelo banco. A única questão restante era como mobilizar ao máximo a quantidade de dinheiro que estava nas mãos dos residentes.

Mas isso é um problema um pouco diferente do de concentrar a receita em dinheiro das empresas e instituições no banco. A concentração da receita em dinheiro das empresas e instituições no banco é uma medida voltada para garantir a uniformidade da circulação monetária, enquanto a mobilização máxima da receita em dinheiro dos residentes está, em última análise, relacionada a medidas para a estabilidade da circulação monetária.

A concentração da receita em dinheiro no Banco Central fornece a base material para garantir o caráter planificado da organização da circulação monetária. O Banco Central, ao concentrar quase todas as transações em dinheiro (em espécie), pode definir de forma planificada a direção e a escala dessas transações, além de exercer controle sobre o uso correto dos recursos monetários por instituições e empresas. Portanto, sem a garantia da concentração da circulação monetária, é impensável organizar uma circulação monetária planificada.

A concentração de dinheiro no Banco Central também tem uma importância significativa na aceleração da velocidade de circulação do dinheiro. Aqui, a velocidade de circulação do dinheiro é aprimorada de duas maneiras: limitando ao mínimo a quantidade de dinheiro mantida nos cofres de instituições e empresas (dentro dos limites de reservas de dinheiro das instituições e empresas) ou, alternativamente, depositando a receita em dinheiro no banco a tempo e retirando depósitos do banco a tempo para satisfazer rapidamente a demanda de dinheiro.

Para possibilitar a concentração de dinheiro no Banco Central, é necessário que a função de controle da circulação de dinheiro pelo banco seja plenamente garantida.

Devido à dificuldade de garantir a uniformidade da circulação de dinheiro em diferentes tempos e locais, surge a necessidade de ajustar o volume de moedas em circulação de maneira planificada.

A receita e a despesa em moeda dos residentes são, em geral, correspondentes, mas, considerando momentos e locais específicos, a concentração de dinheiro para operações e a demanda por dinheiro para pagamentos não se alinham. Portanto, em alguns órgãos bancários a entrada de dinheiro pode superar a saída por vários dias, enquanto em outros pode ocorrer o contrário. Nesses casos, se os órgãos bancários não gerenciarem bem a circulação monetária, não serão capazes de satisfazer a demanda por dinheiro de instituições e empresas de forma oportuna, o que pode enfraquecer o interesse dessas instituições e empresas pela concentração de dinheiro nos órgãos bancários.

Aqui, o controle da circulação de dinheiro pelos órgãos bancários é garantido através da estreita relação entre as operações de emissão de moeda e as operações de caixa. Em outras palavras, o aumento das receitas em dinheiro em relação aos pagamentos em dinheiro é ajustado através da retirada de dinheiro de circulação (transferência para fundos de reserva), enquanto o aumento dos pagamentos em dinheiro em relação às receitas é ajustado através da emissão de moeda na circulação (retirada de fundos de reserva) no momento adequado.

A garantia de conformidade entre a circulação de dinheiro e a circulação de mercadorias torna-se um outro princípio da organização da circulação de dinheiro. Esse princípio reflete as exigências da lei de circulação monetária e implementa o objetivo da organização da circulação em espécie.

Originalmente, a circulação de mercadorias e a circulação de dinheiro tendem a se unir no final, mas durante o processo, a circulação de dinheiro, regulada pela circulação de mercadorias, pode continuar a ter uma dinâmica relativamente independente, o que pode fazer com que não estejam sempre em conformidade. No capitalismo, onde a anarquia da produção predomina, o desacordo entre a circulação de mercadorias e a circulação de dinheiro é uma ocorrência comum, e o equilíbrio entre elas é realizado dentro de uma constante desordem. No entanto, em uma economia socialista, caracterizada pela economia planificada, tal desacordo não pode ser mantido.

Na economia socialista, a conformidade entre a circulação de mercadorias e a circulação de dinheiro pode ser garantida através do processo de planificação da circulação de mercadorias e dinheiro, mas isso é apenas uma possibilidade.

Para transformar a possibilidade criada através do processo de planificação em realidade, é necessário um trabalho organizacional na estrutura da circulação de dinheiro para garantir a conformidade entre a circulação de mercadorias e a circulação de dinheiro.

Para manter essa conformidade na circulação de dinheiro, é necessário assegurar vários pontos-chave.

Acima de tudo, é importante garantir que os gastos em dinheiro correspondam ao estado da circulação de mercadorias. Para garantir a conformidade entre a circulação de mercadorias e a circulação de dinheiro, é necessário considerar ambos os aspectos diariamente. No entanto, ao tratar de questões relacionadas à organização da circulação de dinheiro, assume-se aqui que o estado da circulação de mercadorias está dado.

Como a conformidade entre a circulação de mercadorias e a circulação de dinheiro é calculada durante a planificação monetária, não há grandes desequilíbrios entre elas em períodos determinados (por exemplo, trimestrais) e em âmbito nacional. No entanto, mesmo sob condições em que a planificação de dinheiro e a planificação da circulação de mercadorias são executados normalmente, pode haver a possibilidade de desacordo entre a circulação de mercadorias e a circulação de dinheiro, dependendo do tempo e do local.

Para garantir o pagamento em dinheiro correspondente ao estado das mercadorias, é condição prévia cumprir rigorosamente os procedimentos e o plano de pagamento em dinheiro estabelecidos; no entanto, isso pode não ser suficiente para resolver o problema.

Com a constante comparação entre o plano de circulação de mercadorias e o plano de pagamento em dinheiro, a tarefa é garantir, continuamente, que o pagamento em dinheiro correspondente à circulação de mercadorias seja assegurado em todos os lugares.

Pode haver casos em que a circulação de mercadorias e a circulação de dinheiro, que são consistentes em uma escala nacional, não coincidem localmente ou temporalmente.

De maneira geral, em relação à organização do pagamento das despesas de vida, os pagamentos em dinheiro tendem a se concentrar no início e no meio do mês, enquanto o desempenho da circulação de mercadorias tende a se concentrar no final do mês. Em tais circunstâncias, para garantir o pagamento em dinheiro correspondente ao estado da circulação de mercadorias, é necessário manter a máxima uniformidade temporal.

Outra medida para garantir ao máximo a correspondência entre a circulação de mercadorias e a circulação de dinheiro é a absorção de dinheiro ocioso, que ainda permanece nas mãos dos residentes e não é absorvido pela circulação de mercadorias, para os bancos o mais rápido possível.

De acordo com o sistema atual de pagamento em dinheiro, uma certa quantia de dinheiro pode permanecer nas mãos dos residentes por um período curto. Esses fundos de curto prazo podem, de maneira geral, ser significativos, considerando que a circulação de dinheiro e a movimentação de mercadorias podem não coincidir em termos de tempo e local.

Particularmente, no contexto da melhoria das condições de vida do povo e das mudanças na demanda por mercadorias, onde a estrutura de circulação de mercadorias está em transformação, a mobilização de fundos ociosos tem uma importância muito significativa.

A demanda por produtos industriais está aumentando mais rapidamente do que a demanda por produtos alimentícios entre os residentes. Essa variação na demanda dos residentes dificulta garantir a uniformidade em seus gastos em dinheiro. Isso se deve ao fato de que os pagamentos em dinheiro para a compra de produtos industriais têm menor periodicidade e repetitividade em comparação com a compra de alimentos.

Para absorver o dinheiro ocioso gerado pela discrepância de curto prazo entre a circulação de dinheiro e a de mercadorias, são necessárias medidas como a introdução de formas de poupança mais flexíveis, além de métodos de mobilização de dinheiro mais ágeis.

A partir dos fatos acima, é claro que a absorção de dinheiro ocioso pode servir como um meio complementar para minimizar a discrepância que pode surgir entre a circulação de dinheiro e a de mercadorias.

Um dos princípios importantes da organização da circulação de dinheiro é avaliar com precisão as características do movimento de dinheiro nas áreas urbanas e rurais.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

 "...Devemos não apenas fornecer adequadamente os produtos necessários aos trabalhadores, mas também garantir os fundos do Estado, esforçando-se ao máximo para fortalecer e desenvolver a circulação de mercadorias entre as áreas urbanas e rurais." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 8, página 53)

O fortalecimento e desenvolvimento da circulação de mercadorias entre as áreas urbanas e rurais tem um grande impacto na circulação de dinheiro.

A circulação de dinheiro, sendo um movimento monetário mediado pela renda monetária dos residentes, apresenta diferenças específicas em sua natureza entre as diferentes camadas da população. Além disso, o aspecto mais notável é que a natureza do movimento monetário é diferente entre os residentes urbanos e rurais. Dessa forma, não é possível adotar um método uniforme para a organização da circulação de dinheiro.

A circulação de dinheiro centrada nos residentes urbanos é baseada no processo de pagamento de despesas de vida e na absorção de dinheiro por meio de redes de varejo e serviços.

Uma característica do movimento de dinheiro dos residentes urbanos, onde as despesas de vida são a base da renda, é que o dinheiro entra temporariamente, enquanto os gastos ocorrem de forma gradual. Em relação às características do pagamento de despesas de vida, quanto mais longo for o período de pagamento, maior será a irregularidade na retirada de dinheiro da circulação. Se as despesas de vida forem pagas uma vez por mês, uma grande quantidade de dinheiro será liberada na circulação de uma só vez; se forem pagas a cada duas semanas, o montante será um pouco menor.

O dinheiro que chega às mãos dos residentes urbanos para despesas de vida segue um padrão de movimento característico. Uma parte do dinheiro destinado às despesas de vida, usado para comprar alimentos, é gasto de forma relativamente uniforme e retorna ao banco de maneira também relativamente uniforme. Em contraste, o movimento do dinheiro gasto na compra de produtos industriais é menos equilibrado. Portanto, o movimento dos gastos em dinheiro dos residentes urbanos adota um padrão de movimento que alterna entre equilíbrio e o desequilíbrio.

O movimento de dinheiro baseado na renda monetária dos residentes rurais é diferente em muitos aspectos do movimento de dinheiro dos residentes urbanos, devido às fontes de entrada de dinheiro, aos procedimentos de pagamento monetário para os residentes rurais e às características do uso da renda em dinheiro.

As fontes de entrada de dinheiro dos residentes rurais dependem fundamentalmente da distribuição baseada no trabalho. A entrada de dinheiro dos agricultores no mercado agrícola não é apenas baixa em proporção, mas também irregular. Isso indica que a entrada de dinheiro dos agricultores é extremamente irregular.

Analisando o padrão de gastos em dinheiro dos residentes rurais, a maior parte dos gastos em dinheiro é destinada à compra de produtos industriais e a outras necessidades temporárias, na medida em que a demanda por alimentos é satisfeita através da distribuição de dinheiro. Isto é um dos fatores que determina a discrepância nos gastos em dinheiro. Em última análise, as características do movimento de dinheiro dos residentes rurais podem ser definidas pela severa discrepância na receita em dinheiro e pela natureza temporária dos gastos em dinheiro.

Por último, outro princípio da organização de circulação de dinheiro é garantir ao máximo a rapidez na movimentação de dinheiro. Este princípio surge em relação à demanda geral por acelerar a velocidade de circulação monetária. 

Se essa demanda não é atendida na organização da circulação de dinheiro, fica difícil esperar uma melhoria geral na movimentação de dinheiro em espécie, mesmo que os demais princípios sejam plenamente implementados.

A organização da circulação de dinheiro, centrada no Banco Central, é uma condição geral para garantir a rapidez na movimentação monetária. No entanto, para garantir a rapidez na movimentação de dinheiro utilizando bem essas condições, devem ser adotadas medidas específicas na organização da circulação de dinheiro.

O dinheiro que circula através dos diferentes elos como cofres de instituições, empresas, residentes e cofres de instituições comerciais e de serviços precisa permanecer por um determinado período em cada um desses locais para desempenhar adequadamente suas funções.

Quando a moeda passa por vários elos, um símbolo monetário é substituído por outro, garantindo a circulação ininterrupta da moeda. Por exemplo, o dinheiro pago por uma empresa aos trabalhadores na data estabelecida é gradualmente gasto por eles e depositado em cofres comerciais e bancos. Em substituição a isso, novas moedas são emitidas na circulação em um dia diferente por outra empresa para o pagamento de despesas de vida. Uma certa quantia de dinheiro é constantemente armazenada no sistema de circulação.

Portanto, a quantidade de dinheiro em circulação a qualquer momento é composta pela soma total do dinheiro presente nas diferentes etapas do processo de circulação e pela quantidade de dinheiro que, temporariamente, se desvia da circulação e assume a forma de poupança.

Para garantir uma circulação rápida do dinheiro com base nas condições acima, é necessário reduzir o tempo que a moeda permanece nos intermediários da circulação e acelerar a coordenação entre esses intermediários e os órgãos bancários.

Para resolver isso, vários problemas surgem, mas aqui vamos mencionar apenas o método de centralização das receitas em dinheiro das instituições e empresas no Banco Central. 

Concentrar rapidamente as receitas em dinheiro das instituições e empresas no banco é um dos elos importantes para reduzir o período em que o dinheiro permanece na esfera de circulação. Portanto, também estão sendo adotadas medidas para regulamentar legalmente o período em que as receitas em dinheiro de instituições e empresas permanecem em seus cofres, ou para coletá-las através de organizações de cobrança.

Na prática atual, considerando o volume de transações das instituições e empresas, bem como as relações comerciais com os órgãos bancários, são estabelecidos limites de retenção de dinheiro ou regulamentações legais para o período de permanência do dinheiro, que pode temporariamente exceder os limites devido a necessidades como pagamento de despesas. Além disso, são adotadas medidas especiais para instituições comerciais e de serviços, que têm uma grande quantidade de receitas em dinheiro, em relação aos depósitos bancários desses valores. Essas medidas são todas destinadas a restringir rigorosamente o período e o volume em que o dinheiro permanece nos cofres das instituições e empresas.

Naturalmente, para garantir a rapidez no movimento do dinheiro nas organizações de circulação de dinheiro, é necessário seguir rigorosamente esses procedimentos práticos atuais.

No entanto, como a localização básica do dinheiro no sistema de circulação monetária está nas mãos dos residentes, a velocidade do movimento de dinheiro também depende em grande parte de como garantir a circulação do dinheiro remanescente neste elo.

Para acelerar a circulação do dinheiro entre a população, é essencial resolver problemas em vários setores, como a circulação de mercadorias, redes de serviços e atividades bancárias. Além disso, como a maior parte desse dinheiro está concentrada em instituições comerciais e de serviços, é igualmente importante garantir que esses recursos sejam depositados rapidamente nas instituições bancárias. Se o depósito bancário das receitas em dinheiro das instituições comerciais e de serviços for adiado apenas um dia, isso pode resultar na perda de uma quantia significativa equivalente ao custo total de vida. Isso pode afetar negativamente o período de operação das instituições.

Para garantir a rapidez na circulação do dinheiro, também é necessário simplificar e acelerar o fluxo de caixa do Banco Central, que é o núcleo da circulação monetária. Atualmente, a aceleração do fluxo de caixa é abordada de duas maneiras: por um lado, garantindo que os funcionários responsáveis adotem uma perspectiva voltada para as massas e melhorem suas habilidades; por outro lado, introduzindo a mecanização e automação dos processos para garantir precisão nas operações e reduzir o tempo de processamento de documentos.

Os princípios fundamentais da organização da circulação de dinheiro, como descrito acima, contribuem de forma consistente para acelerar a movimentação do dinheiro. Portanto, é uma tarefa importante para melhorar a circulação monetária do país e garantir que ela sirva melhor a toda a economia popular seguir rigorosamente esses princípios na gestão da circulação monetária pelos bancos.

4. Notas do Banco Central.

4.1 Caráter das notas do Banco Central

Em geral, o estabelecimento e a operação do sistema monetário na economia de mercadorias são questões econômicas bastante complexas. Especialmente na economia socialista, o sistema monetário levanta questões ainda mais complexas do que nas épocas anteriores.

A transformação do antigo sistema monetário para um novo, a circulação de um único tipo de agente monetário, o substituto do ouro, e o estabelecimento de um novo sistema de garantias para a emissão de símbolos de valor são questões que não se apresentavam no sistema monetário anterior ao socialismo. Esses são desafios que a classe trabalhadora no poder deve enfrentar e resolver no campo da construção econômica.

Particularmente, o que constitui a base aqui é o problema das cédulas bancárias, que surgem como o único substituto do ouro. A natureza das cédulas bancárias define o conteúdo do sistema monetário socialista, e a emissão de cédulas bancárias constitui o núcleo do mecanismo de circulação monetária.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"Para fortalecer as bases da economia nacional autosustentada e promover a construção de um Estado totalmente independente, vamos emitir o dinheiro do povo coreano, as cédulas do Banco Central da Coreia do Norte." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 3, página 517)

Após a libertação, nosso país estabeleceu um novo sistema monetário e, de acordo com isso, consolidou um sistema único de circulação das cédulas emitidas pelo Banco Central.

A circulação dos substitutos do ouro no sistema monetário é uma consequência inevitável que reflete a natureza do próprio sistema econômico socialista e as condições econômicas estabelecidas em nosso país após a libertação, e tornou-se uma condição favorável para o desenvolvimento econômico.

Mesmo que, nos países capitalistas, a circulação de metais preciosos tenha sido substituída pela circulação de títulos, eles continuam tendo um profundo interesse no armazenamento de metais preciosos.

Durante a crise geral do capitalismo, pode parecer que os metais preciosos desaparecem da circulação interna e que apenas os símbolos monetários estão em uso. No entanto, o sistema monetário capitalista não consegue romper completamente sua relação estreita com os metais preciosos. Os enormes estoques de metais preciosos concentrados nos bancos emissores continuam desempenhando seu papel como reservas para a circulação interna e como preparação para pagamentos externos. Embora o ouro e a prata não reapareçam como meios de circulação na circulação interna, eles reforçam seu papel como moedas-mercadorias, especialmente no que diz respeito à função global da moeda, através de sua função como medida de valor e meio de retirada.

A economia socialista possui condições suficientes para limitar ao máximo o desperdício de riqueza social associado aos materiais monetários, mais eficazmente do que qualquer outro sistema econômico baseado em mercadorias anterior.

Em geral, a circulação monetária exige que uma certa porção da riqueza social seja investida no processo de circulação em relação ao desempenho do papel de ferramenta de circulação.Contudo, até que ponto esta quantidade de riqueza social é limitada depende inteiramente da natureza do sistema social.

Sob o capitalismo, a escala da riqueza social distribuída através do sistema monetário atinge o seu nível mais elevado. Mesmo que a circulação de metais seja substituída pela circulação de títulos, isso não altera a essência da situação. Isso ocorre porque, mesmo na economia burguesa mais desenvolvida, o papel especial do ouro e da prata como moeda não desaparece, mas apenas se limita.

As condições objetivas que levam à circulação de um único agente monetário (substituto do ouro) em nosso país são estabelecidas primeiramente pela função da moeda como meio de circulação e meio de pagamento.

Em toda economia mercantil, o dinheiro, como meio de circulação, exerce sua função de forma momentânea e transitória. Porém, a natureza especial da função monetária se manifesta de forma mais clara na sociedade socialista. Isso se deve ao fato de que a produção e a circulação são dirigidas por um plano estatal único, o que elimina as relações de antagonismo entre essas áreas e entre venda e compra, e está relacionado com o fato de que a demanda pagante dos residentes impulsiona constantemente a produção social. Como a dificuldade de realização no processo de circulação foi eliminada, a descoordenação temporal entre a compra e a venda dos produtos é reduzida ao mínimo.

Além disso, como o alcance da circulação de dinheiro está restrito ao campo da renda dos residentes, a moeda, como meio de troca, é utilizada principalmente em transações de pequena escala. Isso acelera o processo de transformação da moeda em mercadoria. Em outras palavras, ao intensificar o papel mediador na transformação da forma dos produtos, surgem possibilidades mais fortes para a simbolização da moeda.

O amplo desenvolvimento de relações de circulação não monetária na esfera de circulação monetária e a expansão e fortalecimento de diversas relações de pagamento, incluindo o pagamento de despesas de subsistência, são também condições importantes para acelerar a simbolização da moeda, aumentando a importância da moeda como meio de pagamento. De maneira geral, como a circulação não monetária pressupõe a existência de dinheiro apenas no plano conceitual, quanto mais se expande seu alcance, mais os moedas metálicas e mesmo a moeda simbólica veem seu papel mediador restrito. Além disso, a possibilidade de simbolização da moeda, inerente à sua função como meio de pagamento, se concretiza através de uma série de condições econômicas.

As condições para restringir a quantidade de riqueza social que é convertida em moeda são estabelecidas pelo próprio sistema econômico socialista.

A economia socialista garante a planificação da produção e da circulação, bem como o movimento planificado da moeda, permitindo que, em vez de um movimento fragmentado característico da circulação de moeda metálica, a moeda retorne ao centro da planificação.

Originalmente, a moeda, ao contrário dos bens, realiza a função de circular sem interrupção efetiva durante o processo de circulação, realizando movimentos de retorno e de rotação. No entanto, isso não significa que a moeda se espalhe a partir de um único centro para todos os pontos ao longo da circunferência, ou que retorne de todos os pontos ao longo da circunferência para o mesmo centro.

Contudo, com a planificação do processo de circulação, onde se estabelece uma relação mútua estreita entre venda e compra e a transformação dos bens é organizada de forma intencional, os fatores que causam a fragmentação do movimento da moeda desaparecem.

A planificação da circulação monetária pressupõe a circulação da moeda, ou seja, o retorno da moeda ao ponto de partida. Isto se deve ao fato de que sem a circulação da moeda, é impossível entender completamente o estado geral da circulação monetária. O movimento monetário único, caracterizado pelo retorno da moeda, não exige, como no caso da circulação de moedas metálicas, a necessidade de investir vastas riquezas sociais em materiais monetários. Aqui, desde que sejam suficientes as condições para a moeda regressar ao ponto de partida, a circulação pode ser garantida mesmo com o símbolo completo.

Contudo, em nosso país, desde logo após a libertação, a nacionalização dos bancos e o princípio da concentração estatal na indústria bancária têm sido implementados, e o sistema de crédito comercial foi abolido, estabelecendo-se um sistema de crédito bancário único. Como resultado, todas as transações monetárias das empresas e instituições foram concentradas no banco emissor, o Banco Central.

Com um sistema bancário tão desenvolvido e um mecanismo centralizado de circulação monetária, não há necessidade de um sistema de circulação de moeda metálica que desperdice a riqueza social. Na verdade, como os requisitos de gasto para as notas bancárias incluem condições de retorno, elas são, de fato, o símbolo monetário mais adequado para um sistema monetário com alta capacidade de circulação e retorno.

Juntamente com isso, após a libertação, considerando que o sistema de circulação monetária que herdamos era baseado na circulação de notas bancárias, não houve necessidade prática de abandonar isso e retornar ao uso de moedas metálicas.

Na prática, a circulação de cédulas bancárias foi utilizada para estimular o rápido desenvolvimento da produção material após a libertação.

Especialmente para o rápido desenvolvimento da produção social, a nota bancária atua de forma mais favorável do que as moedas metálicas. A taxa de crescimento da produção de ouro, um metal monetário, muitas vezes acompanha a taxa de crescimento da produção social, exceto em alguns países. Ou seja, é uma ocorrência geral que há uma certa diferença entre a taxa de crescimento da produção social mediada pela moeda e a taxa de crescimento da produção de materiais de moedas metálicas. Essa diferença se manifesta de maneira clara, especialmente em países onde a produção social está aumentando rapidamente. Portanto, a introdução do aparato de circulação de moedas metálicas não limita, de forma alguma, a produção social devido à quantidade de metais preciosos.

Os fatos acima mencionados refletem, de maneira geral, as condições reais sob as quais a nota bancária aparece como responsável direto pela circulação monetária nos países socialistas, atuando como um substituto do ouro.

A história das notas bancárias, que começou com o capitalismo, chegará ao fim junto com a extinção da economia mercantil.

A natureza das notas bancárias, assim como todas as outras categorias econômicas, é determinada pelas características estruturais da sociedade em questão, portanto, a sua análise deve ser rigorosamente analítica.

A reforma monetária de 1947, realizada com base nas condições socioeconômicas transformadas, como a implementação de reformas democráticas, a criação e o desenvolvimento de relações de produção socialistas, e o crescimento planificado da economia popular, tornou-se um marco inicial para a circulação socialista de cédulas bancárias.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"Não é possível elaborar um plano financeiro preciso para a economia popular mantendo o sistema monetário com a circulação de várias moedas e uma quantidade de moeda em circulação que sequer podemos determinar, como é o caso das 'cédulas do Banco da Coreia'." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 3, página 518)

Com a reforma monetária, a circulação das antigas "cédulas do Banco da Coreia" foi interrompida, e as cédulas do Banco Central da Coreia do Norte (북조선중앙은행권) passaram a ser as únicas notas legais, circulando em todo o território da parte norte da República.

Estas cédulas foram criadas com base em condições que, em certa medida, estabeleceram os fundamentos para a circulação socialista de notas bancárias, incluindo a existência de propriedade estatal e cooperativa dos meios de produção, a expansão gradual da rede comercial de empresas estatais e cooperativas na esfera de circulação, a realização da planificação da economia popular, a eliminação do crédito comercial, a concentração de circulações em espécie e não monetárias no Banco Central, e a rigorosa distinção entre esses dois tipos de circulação. No entanto, nas condições econômicas da época, as cédulas do Banco Central da Coreia do Norte apresentavam uma série de características que as distinguiam como cédulas bancárias socialistas.

Essas características ficaram mais evidentes na base econômica e no método de emissão de notas do Banco Central da Coreia do Norte como notas bancárias não conversíveis.

Certamente, a não convertibilidade da moeda do Banco Central da Coreia do Norte não implicou, em essência, uma conversão de cédulas nacional.

Isto ocorreu não apenas porque uma certa base financeira do país já havia sido estabelecida, mas também porque um sistema orçamentário estatal organizado, incluindo uma estrutura financeira socialista, foi implementado, tornando desnecessária a questão de usar a emissão de cédulas como uma fonte direta de receita para as finanças do Estado.

No entanto, com a forma econômica socialista ainda em seus primórdios e a participação do mercado organizado socialista na circulação de mercadorias ainda pequena, a garantia material da emissão de notas pelo Banco Central da Coreia do Norte apresentava certas limitações. Naquela época, a emissão de notas dependia da garantia metálica e de "certificados" do Poder Popular, o que estava claramente refletido nas disposições sobre a garantia das cédulas do Banco Central da Coreia do Norte indicadas em seus valores nominais.

A garantia das notas do Banco Central da Coreia do Norte referia-se a um "certificado" que era um documento estatal assegurando que a quantidade de mercadorias controladas pelo Poder Popular e outras receitas orçamentárias do Estado que poderiam complementar essa quantidade serviam como garantia para a emissão de cédulas. 

Esse certificado garante que, além da garantia material e metálica, o Poder Popular, como proprietário dos meios de produção básicos, pode fornecer a base material necessária para a circulação da parte das notas que podem ser emitidas além dessas garantias.

A emissão desse "certificado" significa que as notas do Banco Central da Coreia do Norte passaram a ter um novo sistema de garantia como cédulas bancárias essencialmente socialistas.

Este "certificado" serviu como um meio para fortalecer a base de crédito das cédulas bancárias, em condições nas quais a garantia material e metálica das notas do Banco Central da Coreia do Norte, que foram emitidas para circulação substituindo as notas depreciadas do "Banco da Coreia", ainda não eram suficientes. Portanto, revelar o símbolo de emissão no valor nominal das notas do Banco Central da Coreia do Norte tem um certo significado econômico apenas na fase inicial do desenvolvimento econômico. À medida que a economia popular se desenvolveu e, especialmente, que a circulação monetária se consolidou, a necessidade de um sistema de garantia baseado no "certificado" e de regulamentar a base econômica de garantias nas cédulas bancárias praticamente se extinguiu.

Essa base econômica específica da emissão de cédulas do Banco Central da Coreia do Norte conferiu características particulares ao método de emissão dessas cédulas.

As notas do Banco Central da Coreia do Norte foram emitidas com base na função do dinheiro como meio de pagamento e na função do dinheiro como meio de circulação. Uma parte das notas bancárias foi emitida como fonte de pagamento de despesas de vida para trabalhadores e funcionários, enquanto outra parte foi emitida para atender diretamente à demanda por moeda na circulação de mercadorias domésticas.

Isso estava relacionado às circunstâncias especiais da emissão de moedas durante a reforma monetária de 1947.

De acordo com essa reforma monetária, os trabalhadores e funcionários trocaram as moedas antigas pelas novas em proporção ao seu rendimento mensal, sendo que a emissão de moeda naquele momento visava atender às necessidades financeiras para compensar o trabalho realizado. Portanto, na prática, isso apenas satisfez a demanda por moeda como meio de pagamento.

No entanto, a emissão de moeda para a troca de moeda antiga e nova entre agricultores, artesãos urbanos e elementos capitalistas privados como produtores de pequenos bens é de natureza um pouco diferente da emissão de moeda para funcionários e trabalhadores. Essa camada social, que necessita de recursos monetários para sua sobrevivência e para a manutenção de suas operações normais, exigia que a emissão de moeda atendesse simultaneamente à demanda por moeda como meio de pagamento e como meio de circulação.

A emissão de notas do Banco Central da Coreia do Norte, que utiliza simultaneamente as funções de meio de pagamento e meio de circulação, continuou até o momento em que a participação dos agricultores individuais e dos comerciantes privados na economia do país começou a diminuir rapidamente.

No entanto, mesmo nesse método de emissão, a base era a emissão monetária fundamentada na função de meio de pagamento. Isso está relacionado ao fato de que, desde os primeiros anos após a libertação, a circulação monetária já estava claramente dividida entre circulação em espécie e circulação não monetária, e que a quantidade de dinheiro emitido na circulação estava majoritariamente baseada na renda monetária dos trabalhadores e funcionários.

Durante o processo de circulação, o dinheiro em posse dos elementos capitalistas privados e pequenos produtores de bens era de pequena escala, e a maior parte foi convertida em renda monetária dos trabalhadores e funcionários de escritório. Como a circulação monetária no campo dependia principalmente da circulação monetária na cidade, foi em grande parte um processo de reconversão dos rendimentos monetários dos trabalhadores e funcionários de escritório e do movimento de dinheiro nas mãos dos comerciantes urbanos.

No entanto, com o fortalecimento do papel da forma econômica socialista e o estabelecimento completo de um sistema de garantias duplas, que inclui garantias de produtos e garantias metálicas, peculiar das notas bancárias socialistas, a base econômica da emissão de notas bancárias foi alterada. Por um lado, o "certificado" do Poder Popular na emissão de notas do Banco Central da Coreia do Norte perdeu seu significado; por outro lado, os procedimentos de crédito na emissão de notas foram reforçados.

O fortalecimento da natureza creditícia das notas do Banco Central da Coreia do Norte reflete a crescente expansão da circulação não monetária na economia do país e o rápido aumento das necessidades financeiras em diversos setores da economia popular. Com o Banco Central assumindo a responsabilidade pela emissão de notas e se tornando o centro do sistema monetário do país, depender exclusivamente do aumento do orçamento estatal para atender à crescente demanda financeira da economia popular é, do ponto de vista econômico, irracional e inevitavelmente prejudica a consolidação do próprio orçamento do Estado.

O fortalecimento da natureza creditícia da cédula do Banco Central da Coreia do Norte, à medida que a economia popular cresce rapidamente, não significa de forma alguma que essa nota é emitida apenas com base na função de meio de pagamento. Uma parte das notas do Banco Central da Coreia do Norte, embora em escala extremamente limitada, continuou sendo emitida para atender diretamente às necessidades da circulação de mercadorias.

A natureza creditícia da nota bancária se manifestou de forma mais forte na emissão da cédula do Banco Central da Coreia realizada através do câmbio monetário de 1959. Essas notas foram foi emitidas completamente com base na função de meio de pagamento. Aqui está exatamente a diferença entre a cédula do Banco da Coreia e a do Banco Central da Coreia do Norte. Isso reflete a mudança na base econômica do país, ou seja, a conclusão da reforma socialista nas relações de produção, que eliminou a demanda monetária nas transações com elementos não socialistas.

Entretanto, a natureza creditícia das notas emitidas pelo Banco Central da Coreia sofreu grandes mudanças devido à reforma do sistema bancário realizada em 1964 e às mudanças associadas na emissão de notas pelo Banco Central.

As mudanças na natureza das notas emitidas pelo Banco Central da Coreia se devem ao fato de que o Banco Central, como o único centro da circulação monetária, transferiu sua função original de concessão de empréstimos para o Banco Industrial. Assim, suas funções de concessão de empréstimos e emissão de notas foram completamente separadas.

A natureza creditícia da nota emitida originalmente é determinada pela forma creditícia de sua emissão e pelas características creditícias dos custos associados aos empréstimos para a produção e circulação.

A forma creditícia da nota emitida refere-se ao fato de que a emissão ocorre com base na função da nota como meio de pagamento. Por outro lado, a natureza creditícia do uso da nota emitida significa que essa nota é utilizada como recurso de empréstimo para a economia popular.

A emissão de notas pelo Banco Central da Coreia (조선중앙은행), iniciada em 1959, adotou a forma de depósitos e pagamentos em dinheiro por meio da contabilidade do banco central. O depósito em dinheiro, ou seja, os depósitos em dinheiro feitos por empresas e instituições, significa a criação de uma relação de dívida do banco em relação aos depositantes, enquanto o pagamento em dinheiro representa o cumprimento das obrigações do banco em relação aos proprietários de dinheiro. A forma de emissão de notas adotou a função do dinheiro como meio de pagamento, manifestando-se como a realização das relações de crédito e dívida entre o banco e os proprietários de dinheiro.

Por outro lado, as notas emitidas pelo Banco Central da Coreia não foi utilizada para atender à demanda do orçamento estatal, mas sim como um recurso de financiamento para os processos de produção e circulação.

No entanto, a reforma do sistema bancário em 1964 alterou significativamente a natureza creditícia das notas emitidas pelo Banco Central da Coreia. Com a reforma do sistema bancário, as notas emitidas pelo banco deixaram de ser utilizadas como fonte de receita para o orçamento estatal e como recurso de financiamento para a economia nacional. Em vez disso, passaram a ser empregadas como uma parte da fonte de fornecimento de recursos estatais, ou seja, como parte dos fundos monetários necessários para a circulação de ativos das empresas e instituições.

A utilização da emissão de notas como uma parte da fonte de fornecimento de recursos estatais é distinta de sua utilização como fonte de receita para o orçamento estatal. No segundo caso, refere-se à complementação da escassez do orçamento estatal, enquanto no primeiro caso, significa que os recursos mobilizados pelo banco são utilizados devido à especificidade da mobilização de fundos pelo Estado.

Na economia socialista, os métodos de mobilização centralizada de fundos monetários incluem tanto métodos não reembolsáveis quanto reembolsáveis.

Na sociedade socialista, a propriedade estatal, sendo a forma básica de propriedade socialista, aumenta a importância do controle centralizado do Estado na distribuição e redistribuição da receita monetária das empresas.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"Depois de distribuir com precisão a renda nacional entre produtos para uso próprio e produtos para a sociedade, é necessário redistribuí-la de maneira adequada. A redistribuição da renda nacional desempenha um papel importante na expansão e desenvolvimento da produção social, bem como na satisfação das necessidades coletivas da sociedade. Portanto, o setor financeiro deve organizar não apenas a distribuição da renda nacional, mas também sua redistribuição de maneira eficaz." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 23, páginas 130 e 131)

As empresas estatais compensam suas despesas necessárias com suas próprias receitas e, em seguida, entregam o restante ao Estado. Uma parte da receita monetária das cooperativas e dos cidadãos também é mobilizada pelo Estado para o desenvolvimento da economia popular e para a melhoria do bem-estar do povo. Essa mobilização de recursos pelo Estado é realizada por meio do orçamento estatal e do Banco Central.

A mobilização de recursos não reembolsáveis por meio do orçamento estatal se concentra principalmente em uma parte do lucro líquido das empresas, enquanto a mobilização reembolsável realizada pelo Banco Central se destina a várias reservas que ainda não entraram no processo de reprodução.

O dinheiro mobilizado através do orçamento estatal ou por meio das funções do Banco Central se torna a fonte de financiamento para as empresas e instituições estatais. As notas emitidas pelo Banco Central são uma parte constitutiva dessa fonte de fornecimento de recursos.

Assim, a natureza creditícia das notas bancárias pode variar de acordo com a solidez da base financeira do país, as funções do banco e as mudanças na organização do capital das empresas.

Dado que a emissão de notas do Banco Central da Coreia é uma fonte de fundos nacionais, na prática, elas são emitidas para satisfazer a procura de dinheiro das empresas por fundos monetários fornecidos pelo Estado de forma não monetária. Portanto, a forma de emissão de notas bancárias assume a forma de crédito que utiliza os saldos das contas bancárias de empresas e instituições.

Esta forma de emissão de notas bancárias continuará por um período de tempo relativamente longo. Isso ocorre porque o banco continua sendo o centro dos pagamentos e saques não monetários.

Atualmente, a forma de emissão das notas do Banco Central da Coreia é a forma de crédito, mas a natureza creditícia da sua utilização já desapareceu.

De forma geral, na sociedade socialista, os recursos financeiros necessários para o andamento normal da reprodução são fornecidos à economia popular de várias formas. Os fundos necessários para a realização dos meios de consumo são principalmente em dinheiro, enquanto os recursos exigidos para a realização dos meios de produção são fornecidos através do orçamento do Estado e de fundos de crédito. No entanto, do ponto de vista da emissão de notas bancárias, a questão reside em quem coloca em circulação o dinheiro adicional correspondente ao valor recém-criado e sob que forma.

Na sociedade capitalista, a fonte de emissão adicional de dinheiro é o orçamento estatal, a mineração de ouro e prata e as relações comerciais de ouro e prata entre os capitalistas, enquanto na sociedade socialista, veio sendo baseada principalmente no crédito bancário. Nesse contexto, o crédito bancário se torna a base fundamental para a emissão de dinheiro adicional, na medida em que representa uma quantidade significativa de mercadorias que são introduzidas adicionalmente na circulação interna. A conexão entre o crédito bancário e a quantidade adicional de mercadorias se baseia, por um lado, no fato de que as relações de crédito bancário se desenvolveram o suficiente para realizar o valor adicional produzido em todos os setores da economia popular. Por outro lado, essa relação só pôde ser mantida sob a condição de que o Banco Central, como o núcleo das liquidações e pagamentos do país, controlasse de forma unificada toda a circulação, tanto na forma monetária (em espécie) como na forma não monetária, reunindo os resultados nas contas bancárias.

No entanto, após a reforma do sistema bancário, a segunda condição continua existindo, mas a primeira condição tem um conteúdo completamente diferente. Hoje em dia, a relação de crédito bancário nada mais é do que um fenômeno externo à circulação econômica, ou seja, um fenômeno que ocorre quando as atividades dos elos individuais no processo de reprodução ficam estagnadas. A demanda por recursos financeiros relacionados à realização de valor adicional na economia popular tornou-se insustentável apenas com a oferta de crédito bancário, tornando necessário adotar novos métodos.

Portanto, a restrição das relações de crédito bancário e a ampla expansão dos métodos de suprimento de capital através do sistema estatal de fornecimento de fundos serviram como uma forma de garantir de maneira eficaz a crescente demanda adicional por recursos financeiros das empresas. Nesse contexto, a emissão adicional de moeda em nosso país tornou-se a fonte para complementar a demanda por recursos monetários do sistema estatal de fornecimento de fundos.

Neste momento, as notas bancárias são emitidas para satisfazer a procura de dinheiro das empresas por fundos monetários fornecidos pelo Estado e depositados em contas bancárias. Assim, a natureza creditícia das notas do Banco Central da Coreia, que antes serviam como moeda de crédito para empréstimos à economia popular, diminuiu significativamente. Em contrapartida, seu papel como moeda simbólica que media o fluxo de renda dos habitantes e a movimentação dos ativos das instituições econômicas foi consideravelmente fortalecido.

As atuais notas do Banco Central se tornaram notas bancárias que perderam consideravelmente sua natureza original como moeda de crédito. Essa mudança na natureza das notas bancárias significa que o processo de simbolização da moeda foi intensificado.

A emissão de notas bancárias, que possuem fortemente a característica de moeda simbólica, calcula melhor a garantia de moedas-mercadorias que são liberadas na circulação e enfatiza a importância de cumprir rigorosamente as exigências da lei da circulação monetária.

Embora as notas bancárias na sociedade socialista sejam semelhantes em forma às da velha sociedade, elas têm características únicas no conteúdo.

Com base numa visão geral do processo de desenvolvimento histórico das características das notas do Banco Central, as suas características gerais podem ser definidas como segue.

Em primeiro lugar, uma característica importante das notas bancárias socialistas é que não requerem conversão em moeda metálica ou ouro.

Na sociedade capitalista, a relativa solidez das notas bancárias é mantida apenas por meio de seus dois sistemas de garantia: o sistema de garantia creditícia e o sistema de garantia metálica. Neste contexto, a garantia metálica possibilita a conversão livre de notas bancárias em ouro (ou moedas de ouro), garantindo uma base material para o retorno das notas emitidas em excesso ao banco emissor. Portanto, quando a garantia metálica não pode servir como uma condição substancial para a emissão de notas bancárias durante uma crise geral do capitalismo, a suspensão da conversão de notas bancárias em ouro torna-se uma consequência inevitável. Aqui, as notas bancárias se transformam, em essência, em papel-moeda estatal.

No entanto, na sociedade socialista, a não conversibilidade das notas bancárias tem uma base econômica totalmente diferente.

Na sociedade capitalista, a não conversibilidade das notas bancárias é uma manifestação da fragilidade do sistema monetário capitalista e indica uma intensificação da luta pelo ouro. No entanto, na sociedade socialista, isso reflete, ao contrário, o caráter planificado dos processos de produção e circulação, garantindo um rápido desenvolvimento da produção e a máxima economia nos custos sociais de circulação.

As notas bancárias garantidas por uma grande quantidade de produtos que o Estado socialista pode gerenciar pertencem à forma mais avançada em termos de solidez dentro da história dos sistemas monetários. A garantia dos produtos das notas bancárias possui uma natureza direta, em contraste com a garantia metálica do padrão-ouro, que tem um caráter indireto na solidificação relativa das notas. Isso se torna um fator direto para a emissão de notas bancárias não conversíveis na sociedade socialista.

Geralmente, quando a convertibilidade não é garantida, a discrepância entre o valor nominal da nota bancária e seu valor em ouro se manifesta através da relação de discrepância entre os preços dos produtos expressos em notas bancárias e os preços expressos em ouro no mercado de produtos.

No entanto, em uma situação em que princípios de precificação planificada estão em vigor e a livre flutuação dos preços dos produtos é excluída, não há condições para que a convertibilidade das notas bancárias influencie os preços dos produtos.

Em particular, a fixação do preço do ouro, o estabelecimento planificado de padrões de preços, entre outros, fazem com que o conteúdo metálico da unidade monetária esteja fixo, e a quantidade de produtos com preços fixos continua entrando constantemente na circulação. Isso permite que o valor nominal da nota bancária mantenha-se dentro do intervalo de valor do ouro que ela representa, mesmo sem a conversão em ouro. Portanto, na sociedade socialista, embora a nota não tenha convertibilidade, não há essencialmente uma discrepância entre seu valor nominal e o valor do ouro que ela representa.

A natureza não conversível da nota bancária socialista não significa, de forma alguma, a "papelmoedificação" (국가지페화) estatal. O sinal característico da "papelmoedificação" estatal é que a emissão de notas bancárias se torna um meio direto de aumento da receita do Estado. Em outras palavras, a emissão de notas não reflete as necessidades da reprodução social, mas é determinada pelas exigências do orçamento estatal. Portanto, o volume de notas em circulação não é determinado pela demanda de circulação monetária, mas varia de acordo com a magnitude da dívida estatal. O aumento da dívida estatal leva ao aumento da circulação das notas bancárias.

Contudo, as notas bancárias socialistas são fornecidas à circulação pelo banco estatal como um meio geral de circulação e pagamento, a fim de garantir a normalidade da produção e da circulação. Esse fornecimento é efetuado principalmente através de formas específicas, como o pagamento de despesas de subsistência aos trabalhadores e o pagamento de fundos de aquisição, e é realizado pelo banco estatal através das contas bancárias das empresas e instituições abertas no banco. Nesse caso, o banco utiliza a função do dinheiro como meio de pagamento e, nas mãos dos trabalhadores remunerados, o dinheiro funciona como meio de compra.

Uma característica importante dessas notas bancárias é que elas estão intimamente relacionadas ao processo de reprodução, e, portanto, sua quantidade varia conforme o processo de reprodução muda.

A estreita relação entre a emissão e o processo de reprodução das notas bancárias é garantida, em primeiro lugar, através da garantia dos produtos das notas bancárias, e em segundo lugar, por meio de um sistema de planificação da circulação monetária.

A garantia dos produtos em notas bancárias na sociedade socialista baseia-se na quantidade de produtos que entram na rede comercial do Estado e das cooperativas a preços fixos, estando, portanto, diretamente relacionada aos resultados do processo de reprodução. A solidez da garantia dos produtos depende da expansão quantitativa do processo de reprodução, das características da composição qualitativa e, além disso, das características de qualidade e variedade dos produtos. A expansão quantitativa do processo de reprodução aumenta proporcionalmente a base de produtos para a garantia das notas bancárias, enquanto as características dos mecanismos de reprodução e as mudanças na qualidade e na composição dos produtos resultantes fortalecem essa garantia.

Em outras palavras, mesmo que não haja variação na quantidade de produtos que entram na rede de distribuição do Estado e das cooperativas, as mudanças na estrutura da reprodução influenciam o grau de fortalecimento da garantia dos produtos em notas bancárias.

As características gerais da planificação da circulação monetária, incluindo a base material, o sistema e os métodos, refletem uma estreita relação de interconexão entre a emissão de notas bancárias e a reprodução.

Os resultados da planificação da circulação monetária se concretizam no escopo da emissão de notas bancárias pelos banco. No entanto, a planificação da circulação monetária, que regula o volume da emissão, é feita com base na tarefa de planificação da economia popular que reflecte vários aspectos do processo de reprodução e dos seus resultados. Aqui, o processo de reprodução serve como a base material para a planificação, e as mudanças que ocorrem nesse processo influenciam a planificação monetária, ou seja, a definição da quantidade de emissão de dinheiro.

Desta forma, as características das notas bancárias socialistas, que não são conversíveis nem são "papelmoedificação" estatal, são determinadas pelas características do método de emissão.

O novo método de emissão das notas bancárias reflete características únicas das notas bancárias socialistas, que são diferentes das notas bancárias anteriores.

O método de emissão das notas bancárias está intimamente relacionado ao sistema de garantia das notas bancárias.

A relação entre o símbolo monetário e o ouro é levantada no contexto da lei da circulação monetária, desde que não haja variações especiais na sua operação. Essa relação é estabelecida de várias maneiras, dependendo do sistema de garantias para a emissão de notas bancárias. Por exemplo, quando o sistema de garantias metálicas e de crédito para a emissão de notas bancárias é mantido, ou quando o padrão-ouro falha e esse sistema de garantias não é mantido, a relação entre as notas bancárias e o ouro deve ser estabelecida de maneiras diferentes. Ou seja, no primeiro caso, as notas bancárias são emitidas através de uma relação direta com o ouro, enquanto no segundo caso, essa relação é rompida, permitindo que a emissão ultrapasse completamente a limitação imposta pela quantidade de ouro.

Na economia socialista, que se baseia no sistema de garantias de produtos, a emissão de notas bancárias adquire novas características. Nesse contexto, as notas bancárias têm a possibilidade de serem emitidas com base na demanda de circulação monetária, considerando os procedimentos de crédito.

A nota bancária, com base em um sistema planificado de garantia de produtos, circula como uma forma monetária de renda para trabalhadores socialistas. Assim, sua emissão deve levar em consideração diretamente a demanda pelos meios de circulação do sistema de circulação. E, sob a condição de que a relação de crédito bancário não desapareça completamente, a nota bancária não pode se tornar independente da relação de captação e concessão de crédito do banco, baseando-se nisso. Isso estabelece a necessidade de que a emissão de notas bancárias utilize a função do dinheiro como meio de pagamento.

Essas características da emissão de notas bancárias socialistas, baseada diretamente na função de meio de circulação e meio de pagamento, não negam em nada o caráter das notas bancárias como símbolo do ouro. Mesmo quando as notas bancárias são emitidas para atender à demanda de meios de circulação, isso se baseia na função do ouro como medida de valor. Neste momento, a emissão de notas bancárias apenas utiliza a possibilidade de circulação de símbolos monetários inerente à função de meio de circulação do dinheiro.

A tendência geral do desenvolvimento do sistema monetário global é se mover na direção de atender ao máximo a demanda por moeda no sistema de circulação, como um agente substituto do ouro. Claro, a base político-econômica dessa tendência varia conforme a natureza do sistema social, mas o aspecto técnico da emissão de notas bancárias apresenta tendências semelhantes às mencionadas anteriormente.

As notas bancárias socialistas também possuem características únicas em sua forma de operação.

É claro que, mesmo numa sociedade socialista, as notas bancárias, como todas as outras notas bancárias, assumem a forma de um movimento de regresso ao centro emissor. Isso ocorre porque essas características são inerentes à natureza geral das notas bancárias em si.

No entanto, esse retorno é bastante rápido e simples devido ao caráter planificado da circulação de mercadorias e à quase ausência de transações comerciais entre os habitantes.

Na sociedade capitalista, o retorno das notas bancárias passa por muitos processos indiretos, pois esse movimento reflete as diversas transações comerciais entre diferentes agentes, que possuem uma fragmentação significativa. O movimento das notas bancárias capitalistas assume um formato cíclico, resultando em um retorno que leva a um acúmulo significativo de notas no sistema de circulação. Esse fenômeno se intensifica à medida que a dificuldade de realização aumenta e a convertibilidade das notas bancárias é interrompida.

Entretanto, na sociedade socialista onde as transações fragmentadas são minimizadas e a renda monetária dos trabalhadores é realizada, em sua essência, nas redes comerciais do Estado e das cooperativas, o movimento das cédulas bancárias segue o processo de "banco - renda monetária dos trabalhadores - realização da renda monetária na rede comercial - banco". Portanto, esse processo é significativamente encurtado.

As notas bancárias capitalistas passam por um pequeno ciclo que não envolve os bancos, enquanto as notas bancárias socialistas, exceto pela circulação no mercado agrícola, não realizam esse pequeno ciclo. Portanto, na sociedade socialista, a quantidade e a duração das notas bancárias que permanecem na circulação são drasticamente reduzidas, e o papel-moeda realiza um pequeno movimento circular centrado no banco. É importante destacar que, especialmente nesse contexto, a planificação da circulação monetária atua de forma ativa para acelerar o movimento das notas bancárias.

Assim, na sociedade socialista, mesmo com sua não convertibilidade, as notas bancárias limitam ao mínimo o volume que permanece na circulação, resultando em um movimento frequente de retorno e, consequentemente, acelerando a velocidade geral da circulação monetária.

As características do movimento das notas bancárias socialistas também se manifestam na limitação do seu alcance.

Essa limitação está relacionada ao fato de que as notas bancárias atuam apenas na esfera de movimentação da renda. Com as restrições ao alcance do movimento das notas bancárias, o processo de retorno das notas ao banco também é reduzido.

Assim, baseando-nos na análise do processo histórico de desenvolvimento das notas bancárias do Banco Central, definimos a natureza geral das notas bancárias socialistas.

4.2 Caráter da moeda

Uma das características do aparato de circulação monetária do nosso país é que, junto com as notas do Banco Central, também circulam moedas de pequeno valor como agentes monetários. Portanto, sem uma explicação sobre a essência das notas bancárias e a natureza das moedas, não é possível esclarecer a natureza geral da moeda em circulação.

A primeira aparição das moedas na circulação monetária após a libertação ocorreu em 1959, durante o câmbio monetário.

Durante o final da ocupação do imperialismo japonês, à medida que a inflação se intensificava e as notas do "Banco da Coreia" se desvalorizavam severamente, as moedas auxiliares não conseguiam desempenhar seu papel no mercado e tiveram que ceder espaço às notas de papel. Esse processo foi ainda mais intensificado pela inundação de notas bancárias promovida pelo imperialismo japonês, que visava desestabilizar a economia à medida que a ocupação se aproximava do fim. Assim, durante a reforma monetária de 1947, restaram apenas vestígios da circulação de pequenas moedas. Por outro lado, a questão da circulação de moedas em relação às novas condições econômicas ainda não havia sido levantada.

Em 1947, com a reforma monetária, os vestígios do sistema monetário colonial foram fundamentalmente eliminados. No entanto, devido à vasta construção econômica e ao aumento da demanda monetária, a importância das denominações de moedas de valor nominal relativamente alto continuou a se manter na composição das diferentes categorias monetárias. Entretanto, com o câmbio monetário (ou troca monetária) em 1959, o papel da moeda de 1 won como unidade básica da moeda circulante foi consolidado, o que trouxe a questão das moedas para a pauta.

Então, quais foram as condições econômicas que possibilitaram a circulação de moedas no nosso país?

Primeiramente, pode-se destacar que, após a reforma monetária de 1947, especialmente no período pós-guerra, o poder de compra da moeda em nosso país aumentou e a circulação monetária se consolidou.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"O Partido e o Governo reduziram várias vezes os preços para elevar ainda mais o nível de vida dos trabalhadores e aumentaram significativamente os salários dos funcionários de escritório e trabalhadores. Além disso, foi introduzido um novo sistema de imposto em espécie fixo e os preços de compra dos produtos agrícolas foram consideravelmente aumentados. Assim, ao final de 1956, os salários reais dos trabalhadores e funcionários ultrapassaram os níveis anteriores à guerra, e a renda dos agricultores também cresceu rapidamente." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 11, página 47)

Graças às políticas corretas do Partido e do Governo, a capacidade produtiva da economia aumentou rapidamente após a guerra, e as condições de vida do povo melhoraram significativamente. Isto fortaleceu a circulação monetária do país sobre uma base sólida.

A consolidação da circulação monetária aumentou gradualmente a importância das transações de pequena escala no sistema de circulação, preparando uma base para o desenvolvimento de moedas de pequeno valor e, por sua vez, sua emissão. A elevação do poder de compra do "won" se torna o principal fator pelo qual as notas de alto valor estão constantemente sendo substituídas pelas de baixo valor na circulação.

De acordo com as condições seguintes, o padrão de preços foi alterado pelo câmbio monetário de 1959, e como resultado, a reavaliação dos preços dos produtos levou a um aumento rápido da participação das transações de pequeno valor na circulação de mercadorias. A mudança no padrão de preços fez com que a moeda de 1 won passasse a desempenhar um papel fundamental na circulação de dinheiro. Além disso, com a reavaliação dos preços dos produtos na proporção de 100:1, a importância das transações de pequeno valor, envolvendo moedas de 1 won e abaixo, aumentou significativamente entre os cidadãos.

Originalmente, a base material da circulação de moedas de pequeno valor está nas transações de pequeno porte, portanto, essa condição se torna a mais direta para gerar a circulação de moedas de pequeno valor.

Outra condição que estabelece a necessidade da emissão de moedas é a vantagem econômica e a conveniência prática da circulação de moedas em relação à circulação de papel-moeda nas transações de pequeno valor.

A circulação de moedas economiza custos sociais em comparação com o dinheiro em papel quando observada ao longo de um determinado período. Isso está relacionado ao fato de que, no processo de circulação, o desgaste do dinheiro em papel ocorre mais rapidamente do que o desgaste das moedas. Portanto, em transações de baixo valor com alta rotatividade, a circulação de moedas pode ser mais vantajosa do que a de dinheiro em papel. Além disso, as moedas oferecem vantagens em termos de cálculo e manuseio em comparação com o dinheiro em papel, o que favorece a rapidez e a precisão nas transações comerciais e nos pagamentos em dinheiro. Considerando essas condições, as moedas começaram a ser emitidas a partir do câmbio monetário de 1959.

Então, qual é o papel das moedas na circulação monetária do nosso país?

A natureza e o papel das moedas podem ser esclarecidos apenas ao se identificar sua posição dentro do aparato de circulação monetária.

No nosso país, o papel das moedas não é legalmente restrito, mas, na prática, elas se limitam principalmente a transações de pequeno valor em dinheiro. Em outras palavras, as moedas servem como um intermediário para pequenas transações de pagamento e circulação de mercadorias entre os cidadãos, de um lado, e o Estado, instituições cooperativas e empresas, do outro. Elas também facilitam as trocas comerciais entre os próprios cidadãos.

A moeda é utilizada como um meio para mediar o movimento da renda em pequena escala entre os membros da sociedade. Isto significa que a missão da moeda, o "won", como unidade básica de preço, serve para transações de pequeno porte, onde não é possível garantir um fluxo suave no processo de circulação. A missão dessas moedas é definida pelas condições que regulamentam os tipos de moedas. Em nosso país, as moedas são compostas por unidades de 1, 5, 10 e 50 jon.

Com a unidade monetária estabelecida como "won" e a subdivisão medida como "jon", a regulamentação dos tipos de moedas resultou em certas limitações em relação ao domínio da circulação monetária.

A questão que pode ser levantada aqui é se existe uma razão para a não regulamentação legal, mesmo que a esfera de circulação monetária seja limitada no processo de circulação material.

Isso está relacionado, em primeiro lugar, à ausência de condições econômicas para impor restrições legais à esfera da circulação de moedas no nosso país.

As restrições à circulação de pequenas moedas são, em geral, um fenômeno encontrado no sistema monetário capitalista.

Claro, durante períodos de crise geral do capitalismo, quando o sistema monetário está desordenado e a inflação crônica persiste na maioria dos países capitalistas, a questão da circulação de pequenas moedas quase não tem significado. As restrições legais à circulação de pequenas moedas tinham uma importância significativa no sistema monetário capitalista antes da crise geral do capitalismo. Nesse período, os países capitalistas puderam prevenir a formação da padronização monetária por meio da restrição à circulação de pequenas moedas.

Originalmente, as moedas, assim que entram em circulação, tendem a representar uma quantidade de metal maior do que realmente possuem. Quanto mais tempo elas circulam, e quanto mais rápida for sua circulação no mesmo período, mais rapidamente serão convertidas em seu próprio símbolo. As moedas auxiliares são apenas uma forma que surge nesse processo em que a moeda metálica se transforma em um símbolo durante sua circulação.

No entanto, o Estado burguês utilizou amplamente a discrepância entre o valor nominal e o conteúdo real das moedas, relacionada ao desgaste no processo de circulação, por meio da cunhagem de moedas auxiliares, de forma a beneficiar a si mesmo. Assim, aumentou o valor nominal o máximo possível, a fim de economizar nos custos de cunhagem das moedas auxiliares e evitar novos fenômenos de cunhagem quando o preço do metal correspondente aumentasse em valor real. Nesse momento, a base da circulação das moedas auxiliares estava na força coercitiva imposta pelo Estado.

Em relação a essas características das moedas auxiliares, para garantir a circulação normal da moeda base sob um sistema de padrão ouro (ou prata), era necessário implementar uma série de restrições para prevenir os riscos decorrentes da circulação excessiva das moedas auxiliares. Entre essas medidas, as principais incluem a definição de um limite máximo para a quantidade de moeda auxiliar que pode ser rejeitada, bem como a aplicação de um sistema de restrições na cunhagem, o que implica em limitações na emissão dessas moedas.

Portanto, a limitação legal das moedas auxiliares é apenas uma medida para evitar que essas moedas, que possuem um valor nominal superior ao seu valor real, invadam o papel das moedas base sob condições de moedas metálicas.

Em nosso país, onde a circulação é baseada principalmente em notas bancárias em vez de moedas metálicas, a necessidade de distinguir entre moeda base e moeda auxiliar, que havia sido levantada em relação ao desgaste das moedas durante o processo de circulação, tornou-se desnecessária. Aqui, a interseção entre notas bancárias e moedas auxiliares na esfera da circulação não afeta de forma alguma a estrutura monetária.

Em nosso país, a ausência de limitações legais para a circulação de moedas também resulta em economia nos custos de circulação social, já que a circulação de moedas de pequeno valor pode ser mais eficiente em determinados contextos em comparação com as notas bancárias.

Nesse caso, afirmar que a circulação de moedas de pequeno valor é mais econômica do que a de notas bancárias não implica necessariamente que a diferença entre o valor nominal e o valor real das moedas seja maior do que a das notas. A questão central é determinar qual dos materiais—moedas metálicas ou papel-moeda—oferece uma maior eficiência econômica em termos de velocidade de circulação.

Alguns meios de circulação com valores baixos como 1 jon, 5 jon, 10 jon e 50 jon são reciclados para os bancos, enquanto outros permanecem no processo de circulação ou nas mãos dos moradores. No que diz respeito ao uso das pequenas moedas para o pagamento de transações comerciais, uma parte considerável delas, por um lado, constitui os limites de caixa de várias instituições de serviços, como instituições comerciais e empresas, e, por outro lado, é acumulada como reserva de meio de pagamento e meio de circulação nas mãos dos moradores, para a compra de itens essenciais para o dia a dia e outros usos.

A característica importante da função das pequenas moedas é que elas passam frequentemente pelas mãos dos moradores, circulando frequentemente enquanto formam um pequeno círculo. Isso resulta em um maior desgaste no processo de circulação. Portanto, geralmente, quanto maior a velocidade de rotação de uma unidade de moeda de menor valor, mais vantajoso é usar materiais de alta durabilidade, pois isso resulta em uma economia de custos de circulação social. Nesse contexto, sempre que as condições de circulação permitirem, pode-se expandir a circulação das moedas auxiliares, e, por outro lado, não será necessário limitar artificialmente seu campo de aplicação.

Com base na análise acima sobre a circulação de moedas de pequeno valor, pode-se definir a natureza das pequenas moedas em nosso país da seguinte maneira:

Em nosso país, as pequenas moedas desempenham a função de um meio de circulação em pequena escala, auxiliando a circulação de cédulas bancárias e sendo utilizadas em transações de produtos e pagamentos.

As moedas auxiliares em nosso país se distinguem das moedas auxiliares no sistema monetário capitalista em vários aspectos.

A primeira diferença importante é que, enquanto as moedas auxiliares no sistema capitalista fazem parte da composição da circulação monetária capitalista, as moedas auxiliares em nosso país são parte da circulação monetária socialista.

No capitalismo, as moedas auxiliares, tal como as moedas base, servem como ferramentas para a busca de lucro dos capitalistas, enquanto as moedas auxiliares em nosso país são usadas como meio auxiliar para mediar o movimento da renda dos trabalhadores que estão livres de exploração.

Embora as moedas auxiliares capitalistas e as pequenas moedas de nosso país desempenhem papéis semelhantes no aspecto formal da circulação monetária, ou seja, na facilitação de transações de pequeno valor, elas possuem características fundamentalmente diferentes devido às divergências nas relações de produção em que se baseiam.

Em seguida, é importante notar que, ao distinguir entre as moedas auxiliares de nosso país e as moedas auxiliares capitalistas, a primeira serve para apoiar a circulação de papel-moeda, enquanto a segunda complementa a circulação da moeda padrão.

No sistema monetário capitalista, as moedas auxiliares surgiram como um meio para compensar uma série de deficiências que ocorrem quando apenas a moeda padrão está em circulação.

Com apenas a moeda padrão, era difícil liquidar os trocos nas transações, e separar pequenas quantidades de ouro era tecnicamente muito complicado. Além disso, a moeda padrão pode continuar circulando com seu valor nominal, mesmo que o material se desgaste e seu valor real diminua, o que se tornou a base material dos contratos em moeda padrão. As moedas auxiliares, ao compensar essas falhas da circulação da moeda padrão, desempenham o papel de substituto para a moeda principal nas transações. Por isso, a circulação das moedas auxiliares no capitalismo se torna um fenômeno típico na circulação de moedas metálicas, enquanto a circulação das moedas auxiliares em relação a notas bancárias não conversíveis é apenas um resquício da circulação clássica de moeda padrão.

Aqui, as moedas auxiliares já perderam sua significância como um complemento da circulação da moeda padrão e representam apenas unidades de medida subdivididas da moeda do país. Por isso, após a Segunda Guerra Mundial, quando a circulação monetária se tornou ainda mais desordenada em muitos países capitalistas, as moedas auxiliares praticamente desapareceram, e o papel de substituto para essas moedas passou a ser exercido por notas de papel.

As moedas auxiliares de nosso país não surgiram para compensar nenhuma deficiência na circulação de notas bancárias.

Originalmente, as notas bancárias não apenas representam a unidade monetária básica, mas também podem representar suas subdivisões, portanto, não têm a missão de servir apenas a transações de grande valor, como ocorre com as notas bancárias capitalistas. Portanto, não há razão para que exista apenas uma circulação de moedas auxiliares com a função de complementar a circulação de moedas principais no processo de circulação.

A circulação das moedas auxiliares em nosso país, que apoia a circulação de notas bancárias, está relacionada ao fato de que, à medida que o poder de compra da moeda continua aumentando e a frequência das transações de pequeno valor se torna maior, não é mais possível economizar nos custos de circulação social apenas com as notas de papel.

No nosso país, a questão da emissão de moedas auxiliares diz respeito ao material monetário e não está relacionada, de forma alguma, a questões de caráter do sistema monetário, como ocorre com as moedas auxiliares capitalistas. A emissão de moedas auxiliares na sociedade socialista não exerce nenhum impacto fundamental sobre o sistema monetário.

As moedas auxiliares em nosso país são emitidas como uma variante das notas bancárias, ao contrário das moedas auxiliares capitalistas, que são emitidas como notas do Tesouro Nacional. Portanto, há uma diferença importante entre os dois em termos de método de emissão.

Em países capitalistas, as moedas auxiliares são geralmente emitidas pelo tesouro, tornando-se assim uma fonte adicional de receita para o Estado. No entanto, as moedas auxiliares em nosso país são emitidas pelo Banco Central, utilizando o mesmo procedimento de emissão das notas bancárias.

Nos países capitalistas, há uma forte tendência de utilizar a diferença entre o valor nominal e o valor real das moedas para obter lucros de emissão. Eventualmente, isso leva a uma tendência de que a moeda auxiliar, como forma de moeda restrita, ultrapasse seus limites e se desenvolva em uma moeda nacional.

Em nosso país, o fato de que as moedas auxiliares adotem o mesmo método de emissão que a emissão de notas bancárias não apenas fortalece a função do Banco Central como autoridade emissora, mas também se torna um importante meio de garantir a solidez da circulação monetária.

Os países socialistas não buscam obter fontes adicionais de receita para o orçamento estatal por meio da emissão de moedas, nem procuram lucrar com a emissão de qualquer tipo de moeda. Havendo necessidade de emissão de moedas, podem ser emitidas moedas unitárias mesmo que o seu valor nominal seja inferior ao seu valor real. Isso se deve ao fato de que o Estado socialista encontra a vantagem econômica da circulação monetária não na diferença entre o valor nominal e o valor real da moeda, mas na economia de custos sociais de circulação, que possui um caráter mais duradouro.

As moedas auxiliares capitalistas se manifestam na forma simbólica da moeda metálica, mas, na sociedade socialista, as moedas auxiliares são apenas uma forma de símbolo monetário, assim como as notas bancárias.

No sistema monetário capitalista, as moedas auxiliares são emitidas como um meio para prevenir a circulação de uma moeda que tenha um valor nominal superior ao seu valor real, devido ao desgaste do material da moeda padrão, ou podem ser emitidas como resultado da circulação de metais de maior valor como moeda padrão, fazendo com que as moedas metálicas anteriormente em circulação se tornem moedas de pequeno valor no processo de circulação; por isso, elas não podem deixar de ser um símbolo da moeda padrão. Esse símbolo ainda não alcançou o desenvolvimento necessário para se tornar um símbolo monetário.

Contudo, as moedas do nosso país têm uma natureza completamente diferente. No nosso país, a circulação de moeda metálica foi completamente excluída, e apenas os substitutos do ouro estão em circulação. Como a base econômica da emissão de moedas é a mesma que a da emissão de notas bancárias, e considerando que elas desempenham um papel auxiliar na circulação das notas bancárias, as moedas funcionam como um símbolo de valor completo. Portanto, o fato de que as moedas substituem uma parte das notas bancárias não significa que, na sociedade socialista, a circulação monetária perca a característica de ser apenas um símbolo de valor.

O Estado socialista utiliza apenas a forma antiga das moedas como símbolo de valor em pequenas transações monetárias. Podemos encontrar aqui também o fenômeno da utilização de uma forma antiga com um novo conteúdo.

Se as moedas pequenas têm o mesmo símbolo de valor que as notas bancárias, surge a questão de saber por que razão as suas formas são diferentes. Ou seja, enquanto nas notas bancárias está indicado o emissor, que é o Banco Central, por que nas moedas está indicada a República Popular Democrática da Coreia em vez do Banco Central?

A diferença em que o nome do governo está inscrito nas moedas, ao contrário das notas bancárias, está relacionada às seguintes circunstâncias.

Em primeiro lugar, deve-se apontar a necessidade de utilizar a forma geral das moedas que é transmitida pela velha sociedade.

No contexto da circulação de moeda metálica, a base da circulação das moedas auxiliares reside no poder de circulação compulsória concedido pelo Estado, por isso era necessário deixar claro esse fato na aparência das moedas. Fazer isso também serviu como um meio de prevenir a ocorrência de moedas falsas. Nesse contexto, inscrever o nome do governo nas moedas tornou-se uma condição essencial para garantir a circulação das moedas auxiliares, e posteriormente passou a ser um dos formatos reconhecidos que devem ser adotados na cunhagem das moedas.

Para mudar o formato de cunhagem de moedas que tem sido utilizado por tanto tempo, são necessárias uma série de condições e considerações. Além disso, não havia necessidade econômica de descartar um formato que já era familiar ao povo, o usuário das moedas. Assim, embora a natureza das moedas de baixo valor tenha mudado fundamentalmente, os formatos de moedas utilizados no passado foram, em grande parte, mantidos.

Em segundo lugar, a utilização e a repetição dos antigos formatos de moedas têm um significado importante para garantir a circulação eficaz das moedas. Em uma situação em que a circulação de moedas esteve relativamente parada por um longo período, fortalecer a confiança dos residentes em novas moedas pode ter um efeito positivo na garantia de uma circulação normal. Particularmente em períodos de mudanças no sistema monetário, o nível de confiança da população em um novo sistema monetário é crucial para o seu funcionamento adequado.

Assim, embora a nova moeda mantenha o formato antigo, não há necessidade de limitá-la apenas a uma medida subdividida da unidade monetária básica, como ocorre com as moedas auxiliares no capitalismo, considerando que ela é, de fato, um símbolo de valor.

No socialismo, as moedas podem representar uma parte da unidade monetária básica, dependendo das circunstâncias do país, ou podem representar unidades extremamente fracionadas. Na sociedade socialista, a unidade monetária representada pelas notas e moedas não é fixa e imutável. No nosso país, o fato de que a unidade monetária de 50 jon, que não é a unidade básica, tenha sido emitida como nota em vez de moeda também pode ser explicado por essa mesma realidade.

Acima, analisamos as características das moedas auxiliares em contraste com as moedas auxiliares do capitalismo. Aqui, um ponto que também deve ser estudado é a relação mútua entre as moedas de pequeno valor e as notas bancárias.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"Por meio desta reforma monetária, devemos fortalecer as finanças do país e garantir a uniformidade dos meios de circulação." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 3, página 520)

Em nosso país, os meios de circulação estão organicamente unificados. Contudo, a uniformidade dos meios de circulação não exclui a singularidade de seus componentes

Em nosso país, o fato de que tanto as notas bancárias quanto as moedas representam a circulação como símbolos de valor não significa que não haja nenhuma diferença entre as duas.

Um dos pontos que distinguem as moedas de nosso país das notas bancárias é a diferença em suas funções.

Se a nota bancária representa a unidade básica da moeda, as moedas representam as subdivisões dela. Isso significa que, no processo de circulação monetária do país, a nota bancária desempenha um papel fundamental, enquanto as moedas têm um papel auxiliar.

A diferença nos papéis das notas bancárias e das moedas se torna ainda mais clara na distinção das funções que elas desempenham. As notas bancárias atuam na parte fundamental da circulação de produtos e das transações de pagamento, enquanto as moedas são utilizadas em transações de pequeno valor e no processo de pagamento de troco.

Outra diferença entre as notas bancárias e as moedas é que elas apresentam formas distintas de circulação. A característica do movimento das cédulas bancárias é que elas apresentam um movimento circular de retorno ao banco, enquanto as moedas, em parte, fazem um movimento de retorno ao banco e, em uma quantidade considerável, assumem a forma de movimento entre residentes → instituições, empresas → residentes, se depositando no processo de circulação.

O fato de que as moedas assumem a forma de movimento de retorno ao banco está relacionado ao fato de que elas são emitidas como auxiliares das cédulas bancárias, enquanto o fenômeno de depósito no processo de circulação está ligado à missão das moedas.

A forma característica desse movimento de moedas levanta muitos problemas complexos na organização da circulação monetária, mas se as instituições e empresas que participam desse processo, especialmente as instituições comerciais, organizam bem seus trabalhos, o retorno da moeda ao banco é ainda mais fortalecido. Isso ocorre porque a maior parte das transações em que a moeda é utilizada envolve, de um lado, as relações comerciais entre os residentes, como as transações de produtos no mercado agrícola, e, de outro, as relações comerciais com instituições e empresas que têm dinheiro depositado nos bancos.

Os pontos em comum e as diferenças entre as notas bancárias e as moedas refletem-se de maneira única na relação quantitativa entre elas, especialmente no contexto em que são utilizadas. Portanto, para entender melhor a natureza das moedas, vamos analisar a relação entre as notas bancárias e as moedas do ponto de vista da atuação da lei da circulação monetária.

A questão do volume de moeda auxiliar, dentro do contexto da circulação de moeda metálica, abrange o funcionamento da lei geral da circulação monetária, ao mesmo tempo em que possui características próprias.

O volume de circulação de moeda auxiliar não pode influenciar o tamanho do volume de circulação de moeda da mesma forma que o volume de moeda padrão.

O volume de circulação de moedas padrão na circulação de moedas metálicas é ajustado naturalmente e limitado pela relação entre os preços dos produtos e a velocidade da circulação da moeda. No entanto, as moedas auxiliares não são restringidas por métodos de controle espontâneos, mas são controladas por uma força coercitiva do Estado burguês. O conteúdo da prata ou do cobre das moedas auxiliares não é determinado pela relação de valor entre o ouro e a prata ou o cobre, mas é arbitrariamente estabelecido por lei. Ou seja, na circulação de moedas auxiliares, métodos coercitivos são utilizados, enquanto na circulação de moedas padrão, métodos espontâneos ajustam a quantidade em circulação à demanda.

Portanto, no caso das moedas padrão, as exigências da lei da circulação monetária podem ser continuamente atendidas, enquanto no caso das moedas auxiliares, devido à interferência do Estado burguês, são limitadas por um certo período e, consequentemente, podem ser atendidas apenas de forma eventual. Aproveitando essa situação, o Estado burguês frequentemente ignora as exigências da lei da circulação monetária na emissão de moedas auxiliares e tenta constantemente reduzir seu conteúdo metálico.

Mesmo que a circulação de moedas auxiliares reflita as exigências da lei da circulação monetária, a influência das moedas auxiliares sobre a quantidade de moeda em circulação não pode ser a mesma que a da circulação de moeda padrão.

Na circulação des moedas metálicas, as moedas auxiliares são legalmente restritas em termos de tipo e função, o que significa que seu volume de circulação não pode ter um impacto direto na quantidade total de moeda em circulação. Mesmo que o Estado burguês abuse das moedas auxiliares, fazendo com que seu volume exceda a demanda do mercado, como o nível de preços para a realização dessas moedas é legalmente estabelecido, fundamentalmente elas não transitam da sua área de circulação para a área de circulação de moedas de ouro.

Nesse caso, as moedas auxiliares que ainda estão disponíveis para pequenas transações serão acumuladas principalmente nas mãos dos organizadores, que são, em sua maioria, os comerciantes varejistas. Por outro lado, se o volume de circulação das moedas auxiliares for insuficiente para garantir a circulação normal das pequenas moedas, isso irá interferir na constante renovação de várias transações de pequeno valor, incluindo o pagamento de troco. No entanto, mesmo nesse caso, não há um impacto significativo nas flutuações dos preços dos produtos.

Isso significa que, na circulação de moedas metálicas, os requisitos da lei de circulação monetária são implementados de maneiras e formas diferentes, de acordo com os domínios da circulação monetária padrão e da circulação de moedas auxiliares.

A situação em que a natureza das moedas em nosso país e suas relações com as notas bancárias adquiriram um conteúdo completamente novo levanta uma série de novos problemas ao emitir moedas auxiliares.

Ao contrário do que ocorre no capitalismo, nas condições em que as moedas auxiliares desempenham um papel similar ao das notas bancárias como meros símbolos monetários, tanto a emissão de notas bancárias quanto a emissão de moedas estão sujeitas, na mesma medida, à ação da lei da circulação monetária.

A emissão de moedas auxiliares é, em geral, determinada pela relação entre a velocidade de circulação monetária e o valor total dos preços dos produtos (incluindo serviços), assim como ocorre na emissão de notas bancárias, e seu volume é rigorosamente estabelecido através de procedimentos legais de acordo com os requisitos da lei de circulação monetária. O Estado trata a questão das moedas de acordo com os mesmos procedimentos e métodos utilizados para a emissão de notas bancárias, ao definir e controlar as questões gerais da emissão das moedas.

Considerando que não há diferença especial nos métodos de emissão de notas e moedas, é importante, ao emitir moedas, estabelecer corretamente a proporção que elas representam em relação ao total de emissão para melhor atender aos requisitos da lei da circulação monetária.

A relação entre notas e moedas exerce uma influência constante em toda a operação da lei da circulação monetária, mas é especialmente importante em relação à velocidade de circulação e ao volume maior de transações. Essa relação influencia de forma significativa a transformação da forma dos produtos, especialmente na realização de bens entre as redes comerciais de países socialistas e a população consumidora. Uma relação proporcional adequada se torna um fator importante para garantir a normalidade do processo de realização dos produtos.

Contudo, aqui a questão não está em reduzir a quantidade de notas e emitir excessivamente moedas, mas sim em reduzir a emissão de moedas e, em vez disso, emitir excessivamente notas.

Em nosso país, onde não há restrições legais sobre a emissão de moedas auxiliares, embora a emissão excessiva de moedas possa causar alguns pequenos inconvenientes, isso pode não impactar significativamente o processo normal de realização de produtos. Por outro lado, no caso oposto, podem surgir certas dificuldades não apenas nas vendas em pequena escala, mas também em transações de tamanho relativamente maior.

Além disso, se a emissão de notas bancárias for reduzida e a emissão de moedas auxiliares for aumentada de forma relativa, em relação às características de circulação das moedas auxiliares — ou seja, uma parte considerável delas ficará incorporada ao processo de circulação — isso significa que uma certa parte das moedas auxiliares não retornará ao banco, permanecendo no processo de circulação.  Embora isso, por si só, possa não impactar significativamente o processo normal de circulação de mercadorias, aumentar a quantidade de moedas que não retornam ao banco entre o total de moeda em circulação não apenas desacelerará a velocidade de circulação, mas também poderá criar a possibilidade de atender de forma incompleta às exigências da lei da circulação monetária.

Em comparação com as notas bancárias, a velocidade de circulação das moedas auxiliares pode ser geralmente mais rápida, considerando o contexto e o objeto de circulação. No entanto, apenas o fato de que a velocidade de circulação das moedas auxiliares é relativamente rápida não é suficiente para justificar a invasão do papel das notas bancárias por parte das moedas auxiliares. Isto porque a rapidez da velocidade de circulação não é determinada por nenhuma característica das moedas auxiliares em si, mas está relacionada ao fato de que o objeto de circulação é caracterizado por rápidas mudanças de forma em transações de pequena escala. Portanto, mesmo que a emissão de notas bancárias seja reduzida em relação à emissão de moedas auxiliares, isso não resultará em uma interrupção completa da velocidade de circulação da moeda. Além disso, por outro lado, é possível realizar as operações de recebimento e pagamento em dinheiro em bancos, instituições e empresas, embora de forma complexa.

Em seguida, vamos analisar a metodologia específica para determinar a relação entre a proporção de notas bancárias e moedas dentro do total da emissão monetária.

Na metodologia para determinar a relação entre as notas bancárias e as moedas, duas questões devem ser resolvidas. Uma delas é a questão da proporção que as notas bancárias e as moedas ocupam nas transações de pagamento de serviços e circulação de mercadorias, e a outra é a questão das diferenças em suas velocidades.

Vamos primeiro examinar a questão da proporção que as notas bancárias e as moedas ocupam nas transações de pagamentos de serviços e circulação de mercadorias.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"Os preços dos produtos devem ser determinados levando em consideração o poder de compra da população, os interesses dos produtores e diversos outros fatores. Além disso, para itens como alimentos, quando há uma produção abundante devido à sazonalidade, os preços devem ser mantidos baixos, enquanto em períodos de baixa produção, os preços podem ser um pouco mais altos. Alimentos que podem ser armazenados por longos períodos devem ser precificados ainda mais altos, para garantir que os produtos não fiquem em falta." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 26, página 122)

Os preços que atuam no processo de circulação de mercadorias são diversos, e a estrutura de preços tem um grande impacto na circulação de mercadorias e, por sua vez, na circulação de moeda. Portanto, a questão dos preços deve ser considerada cuidadosamente ao definir a relação entre as notas bancárias e as moedas.

Quando o valor total dos preços dos produtos é constante, o que é decisivo na determinação da relação entre as notas bancárias e as moedas é a estrutura de preços da quantidade de mercadorias que entra no processo de circulação e a proporção do preço unitário que ocupa no comércio de mercadorias. Isso ocorre porque a função das notas bancárias e das moedas é diferenciada em termos do tamanho das transações.

Particularmente importante aqui é calcular com precisão a proporção que os bens de consumo com preços abaixo de 50 jon, que têm uma alta probabilidade de serem objetos de moedas auxiliares, ocupam no total da circulação. Claro, essa relação de proporção deve ser calculada separadamente para o período planificado e para o período real.

A importância desse cálculo de proporção reside na possibilidade de revelar algum coeficiente que mostre a relação entre a emissão de moedas auxiliares e as transações de pequeno porte que envolvem a circulação de moedas. Esse coeficiente pode ser determinado a cada trimestre durante o planejamento de caixa, servindo como base para verificar a precisão da emissão de moedas auxiliares.

No entanto, apenas esse coeficiente não é suficiente para evitar a unilateralidade na determinação da quantidade de moedas. Aqui, omissão do cálculo da função das moedas usadas para pagamentos de troco representa uma deficiência significativa. Nesse sentido, é necessário calcular a quantidade de moedas que funcionam como troco.

Não há uma distinção rigorosa entre as moedas usadas para pagamentos de troco e aquelas utilizadas em transações de pequeno porte; elas se intercalam continuamente. No entanto, em certos aspectos, esses dois tipos de moedas coexistem de forma paralela, permitindo que sejam analisados de forma independente. Fazer essa distinção não levará a uma duplicação no cálculo da quantidade total de moedas.

Uma das características da circulação das moedas usadas para troco é que a distribuição não se dá entre os residentes e as instituições ou empresas, mas representa uma relação unilateral de fornecimento de bens ou serviços das instituições e empresas para os residentes.

Os diversos ingressos em dinheiro recebidos pelos residentes das instituições e empresas, como despesas de vida, despesas de viagem, depósitos, entre outros, bem como os pagamentos em dinheiro que os residentes fazem às instituições e empresas, como pagamento de mercadorias, taxas de serviço, pagamentos de uso e depósitos, devem ser utilizados como troco pelas instituições e empresas.

Esses fatos significam que, se as relações de pagamentos de baixo valor das empresas e instituições forem bem analisadas, é possível planejar a quantidade de troco a ser utilizada.

As vias de circulação das moedas de troco são, basicamente, as seguintes:

1) Pagamento de valores de mercadorias e taxas de serviço entre instituições comerciais e de serviço de um lado e os residentes do outro.

2) Pagamento de diversas despesas de subsistência para os trabalhadores.

3) Pagamento das poupanças dos trabalhadores

4) Transações no mercado agrícola

5) Diversos pagamentos em dinheiro de pequeno valor

A forma mais prática de calcular e somar a média dos valores necessários para essas moedas de troco, de acordo com cada canal de circulação, é com base nas condições atuais. Aqui, vamos apresentar apenas os métodos de cálculo representativos para 1) e 2). Os métodos de cálculo para 3), 4) e 5) são relativamente simples, considerando sua própria composição, além de que a quantidade de moedas de troco em serviço não é muito grande.

Para calcular a quantidade de moedas necessárias para o pagamento do valor dos produtos e das taxas de serviço, deve-se adotar um método que determine a quantia inicial necessária para o início das operações diárias nas instituições comerciais e de serviços da região. Assim, é possível calcular a quantidade de moedas necessárias por área de serviço dos órgãos centrais correspondentes.

Claro que o volume de transações que requer pagamento em troco em cada instituição pode ser bastante significativo, mas a maior parte pode ser resolvida através da troca das moedas recebidas. O problema é determinar a quantidade de moedas de reserva necessária quando o volume de pagamento em troco excede a quantidade de moedas recebidas no início das operações diárias.

Então, como calcular a quantidade de moedas necessárias para o início das operações diárias das instituições comerciais (ou de serviços)?

Primeiro, a partir da correlação entre o número médio de transações diárias das instituições comerciais individuais e o volume de produtos em circulação, deve-se calcular o volume médio de circulação por transação e determinar a quantidade de moedas de pequeno valor que compõem esse montante. Dessa forma, é possível calcular a quantidade de moedas necessárias por transação.

Em segundo lugar, para determinar a parte da quantidade de moedas calculada que será utilizada para pagamentos em troco, é necessário estabelecer a frequência de pedidos de troco por transação. Esse coeficiente pode ser definido como aproximadamente 1/2.  Isto se deve ao fato de que a relação de probabilidade entre a necessidade de troco e a não necessidade de troco em cada transação pode ser definida como 50%.

Em seguida, deve-se determinar o número médio de transações diárias que precisam ser realizadas com o saldo de moedas das instituições comerciais no início das operações diárias para efetuar pagamentos em troco. Contudo, isso não pode ser calculado por nenhum método matemático; deve-se utilizar um método estatístico empírico para determinar o número médio de transações diárias que requerem troco e, em seguida, adotar uma abordagem de divisão em duas partes para os resultados. Aqui, a divisão em duas partes se deve ao fato de que os métodos de pagamento em troco das transações que requerem troco são diferentes, e essa abordagem visa obter uma média aritmética.

Com base nesse método, é necessário estabelecer um limite de saldo de moedas para pagamentos em troco (para um dia) para cada instituição comercial (incluindo instituições de serviços). Isto permitirá, em primeiro lugar, fortalecer o controle e o planejamento em relação à circulação de moedas e, em segundo lugar, minimizar o fenômeno de acúmulo de moedas no sistema de circulação.

A quantidade de moeda necessária para o pagamento de diversas despesas de vida dos trabalhadores pode ser calculada com base na quantidade média de moeda por pessoa necessária para o pagamento das despesas de vida nas instituições e empresas atendidas pelos órgãos do Banco Central, assim como pelo número de instituições e empresas de pagamento de despesas de vida e o número médio de pessoas atendidas. Se formalizarmos isso, teríamos o seguinte:

Nas instituições bancárias centrais correspondentes, o custo médio de vida por pessoa, e a quantidade média diária de moedas necessárias para cobrir esse custo = Quantidade de moedas x número médio de pessoas x número de instituições e empresas dividido por 25 (número de dias).

A quantidade de moedas de pequeno valor necessária para a poupança dos trabalhadores, transações em dinheiro nos mercados agrícolas e diversas relações de pagamento em pequenas quantias deve ser calculada necessariamente por meio de métodos estatísticos empíricos. Particularmente, pode ser conveniente utilizar amplamente dados de desempenho passados.

Depois de calcular a quantidade de moedas destinadas ao troco, de acordo com os canais de circulação, é possível estabelecer uma relação consistente entre o total obtido e os dados de emissão de moedas.

Com base no estudo sobre a correlação entre o volume de moedas para troco e o resultado da emissão de moedas e entre a circulação de produtos de pequena escala e o resultado da emissão de moedas, é possível fazer um julgamento científico razoável sobre a relação de proporcionalidade das moedas e das cédulas bancárias no volume total emitido.

A seguir, vamos analisar as diferenças na velocidade de circulação entre notas bancárias e moedas.

A velocidade de circulação das moedas, assim como a das cédulas bancários, torna difícil uma contabilidade rigorosa com a atual organização, métodos de planificação e sistema de cálculo da circulação monetária. Portanto, aqui apenas serão apontados alguns aspectos a serem considerados na distinção entre a velocidade de circulação das cédulas bancárias e das moedas.

A velocidade de circulação das moedas pode, em geral, ser considerada mais alta do que a das cédulas bancárias. Isso está relacionado ao fato de que os preços dos bens e serviços que as moedas medeiam na circulação são de menor escala, além do alcance das cédulas bancárias ser limitado.

No entanto, isso por si só não revela a diferença na velocidade de circulação entre moedas e notas bancárias. Como dados para medir esse nível, a velocidade de retorno das moedas ao banco pode ser utilizada, mas há alguns pontos a serem considerados nesse caso.

Primeiramente, a velocidade de circulação das notas bancárias reflete de maneira relativamente precisa a velocidade de circulação das notas bancárias, relacionada às características desse movimento. Por outro lado, a velocidade de circulação das moedas apresenta várias deficiências ao não refletir completamente a totalidade de sua circulação. A presença contínua de uma parte das moedas no sistema de circulação gera uma certa lacuna entre a velocidade de circulação e a velocidade de retorno. Embora seja difícil medir a magnitude dessa lacuna, pode-se afirmar com segurança que a velocidade de circulação das moedas é mais rápida do que a velocidade de retorno.

Em seguida, embora a velocidade de circulação das moedas auxiliares que giram fora do banco seja relativamente rápida, não se deve fazer uma avaliação totalmente positiva a esse respeito. Originalmente, a própria moeda, tal como a nota bancária, é um símbolo monetário completo e deve girar em torno do Banco Central. Portanto, a circulação que não passa pelo banco tem um impacto negativo na circulação planificada das moedas, assim como em sua velocidade e volume.

Acima, mencionamos os métodos fundamentais necessários para examinar a relação de uso entre as notas bancárias e as moedas dentro do total de emissão monetária.

Com base nesses métodos, é necessário comparar a relação de proporções calculadas com a quantidade de emissão de moedas per capita ou com a escala de moedas calculada com base na relação histórica entre as moedas auxiliares e as notas bancárias, a fim de verificar a precisão.

Aqui, o primeiro método consiste em estimar a quantidade de moedas necessárias por pessoa e multiplicá-la pela população para determinar a quantidade total de moedas. Esse método parte da função das moedas de menor valor, considerando que os usuários de moedas incluem todas as faixas etárias, desde crianças até idosos, e que o valor que elas representam não é muito alto, o que justifica sua aplicação na determinação da quantidade de moedas. Embora esse método tenha muitas deficiências, ele é uma abordagem conveniente para o cálculo aproximado da quantidade de moedas.

O método de calcular a relação histórica entre moedas e notas bancárias, assim como o método anterior, é relativamente simples, o que o torna favorável para avaliar as tendências históricas. No entanto, sob condições em que o desenvolvimento é planificado trimestralmente, ele apresenta a limitação de não refletir bem as características do período em questão. 

Esses dois métodos, por serem métodos de cálculo aproximado, servem apenas como abordagens de referência na determinação da quantidade de emissão de moedas.

Acima, examinamos a relação entre moedas e notas bancárias que surge no processo de implementação das exigências da lei de circulação monetária. Com base no estudo das características das moedas e sua relação com as notas bancárias, vamos analisar as perspectivas de desenvolvimento das moedas.

Como já foi apontado, devido às semelhanças entre moedas e notas bancárias, a interdependência entre elas é bastante viável. No entanto, apenas esse fato não é suficiente para definir claramente a direção do desenvolvimento das moedas.

Primeiramente, é importante destacar que o processo histórico de surgimento das moedas de pequeno valor em nosso país está intimamente relacionado à questão da consolidação da circulação monetária em geral. Nesse sentido, o fato histórico de que as moedas, que haviam desaparecido da circulação após a libertação, reapareceram em 1959 devido ao câmbio monetário, ilustra bem essa relação.

Enquanto, no sistema monetário capitalista, a emissão de moedas serve como uma forma de complementar a circulação de moedas metálicas, no nosso país, a emissão de moedas é um processo inevitável para a consolidação da circulação monetária, o que se destaca como uma das superioridades do sistema monetário socialista. Portanto, a contínua consolidação da circulação monetária se torna a condição básica para definir a expansão e o desenvolvimento da circulação de moedas no futuro.

O desenvolvimento da circulação de moedas é um símbolo da solidez do sistema monetário socialista estabelecido em nosso país.

Em seguida, deve-se investigar a questão da eficácia econômica da emissão de moedas em relação às perspectivas de desenvolvimento da circulação de moedas. Isso não se manifesta de forma imediata, mas requer um certo período de tempo e está bastante relacionado à velocidade de circulação das moedas.

Portanto, as perspectivas da circulação de moedas dependem bastante de diversas medidas destinadas a aumentar sua eficácia. Essas medidas incluem, acima de tudo, formas de minimizar a quantidade de moedas em circulação, além de métodos para aumentar a economicidade dos materiais das moedas e a expansão da organização de circulação comercial adequada à circulação de moedas.

Outra questão importante relacionada às perspectivas da circulação de moedas é o problema de suas limitações. Embora as perspectivas para o desenvolvimento da circulação de moedas sejam promissoras, não se pode ampliar seu alcance de forma ilimitada para substituir a circulação de notas bancárias. Isso ocorre porque garantir até mesmo transações com moedas de alto valor pode resultar em um aumento dos custos sociais relacionados aos materiais monetários. Portanto, surge a importante questão de até que ponto limitar a circulação de moedas, dependendo do tipo de economia do país. Em outras palavras, a questão é até que ponto definir o tipo de moedas é economicamente razoável.

Os fatores que devem ser calculados nas regulamentações sobre a emissão de moeda incluem a composição das unidades monetárias subdivididas, a proporção de pequenas transações na circulação de mercadorias e a composição dos materiais das moedas. Esses fatores devem ser calculados à luz do estado de circulação monetária do país, bem como da situação econômica geral e das várias tarefas político-econômicas que o Partido e o Estado enfrentam.

As regulamentações sobre a emissão de moeda são uma das políticas econômicas do Estado, e sua implementação bem-sucedida não pode ser garantida se as demandas econômicas do Partido e do Estado não estiverem adequadamente alinhadas com o estado de desenvolvimento econômico do país.

4.3 Caráter fundamental do sistema de emissão de notas do Banco Central

No sistema monetário de cada país, que baseia-se na circulação de notas bancárias, a emissão é uma questão fundamental. No nosso país, o sistema de emissão refere-se ao órgão que regula a emissão e o controle de notas bancárias e moedas. Isso inclui o trabalho de administração monetária juntamente com todos os problemas práticos relacionados à emissão e retirada de moedas e notas bancárias.

O sistema de emissão, que forma o núcleo do sistema monetário, reflete as características da economia do país e da circulação monetária em sua natureza, conteúdo econômico e organização prática. Portanto, o sistema de emissão do Banco Central possui características únicas que refletem as especificidades nacionais e históricas da economia do nosso país.

Uma das características fundamentais do nosso sistema de emissão é seu caráter planificado e a gestão centralizada sob o controle do Estado.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"É necessário estabelecer um sistema monetário que corresponda à economia planificada para acelerar o desenvolvimento econômico." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 3, página 518)

A natureza planificada do sistema de emissão monetária é uma característica distintiva do sistema monetário socialista que atende às exigências da economia planificada. Essa característica é um elemento fundamental que define o caráter socialista do sistema de emissão monetária em nosso país.

A lei da circulação monetária e a lei do desenvolvimento equilibrado e planificado da economia popular, bem como a planificação da circulação monetária baseada nelas, determinam a natureza planificada do sistema de emissão de moedas.

Ademais, a natureza planificada do sistema de emissão de moedas se concretiza na forma de uma organização planificada das tarefas de emissão, por meio da definição planificada de tarefas de emissão nacionais e locais através do planejamento do caixa do Banco Central, limites de reservas de caixa na circulação e a definição do tamanho do fundo de reserva.

A natureza planificada do sistema de emissão é um dos principais indicadores que demonstram a superioridade do nosso sistema monetário em relação ao sistema capitalista.

A característica fundamental do sistema de emissão capitalista é a sua espontaneidade, falta de planejamento e confusão, tanto na circulação de moedas metálicas quanto na circulação de notas bancárias.

Se, na circulação de moedas metálicas, o sistema de emissão se baseava em um método de autorregulação e espontaneidade, durante a crise geral do capitalismo, o sistema de emissão se caracteriza por sua confusão e espontaneidade, fundamentadas na interferência do Estado. Essas características se manifestam na rápida expansão da emissão monetária em diversos países e na desordem do sistema de emissão.


Dinâmica do volume de emissão de "cédulas do Banco da Coreia" (unidade: 1000 won)

년도 (ano), 구분 (divisão), 총액 (soma total) e 비률 (proporção)

Nas potências imperialistas, o sistema de emissão reflete a cronicidade da inflação e a completa desordem da circulação monetária, baseando-se na emissão não garantida, sem reservas de metais preciosos ou garantias creditícias.

Antes da crise geral, os países capitalistas adotavam diferentes sistemas de emissão, como a "Lei de Reserva Proporcional" e a "Lei de Limite Máximo de Emissão", mas mantinham de forma consistente limites rigorosos para a emissão e garantiam a emissão com metais preciosos e outros títulos de valor. No entanto, durante a crise geral do capitalismo, esses sistemas de emissão baseados em garantias tornaram-se ineficazes, e a emissão restrita passou a ser uma ocorrência comum.

Esse estado de desordem no sistema de emissão resultou no aumento na quantidade de emissão.

A confusão do sistema de emissão é mais evidente durante o período de dominação colonial japonesa e na Coreia do Sul sob ocupação estadunidense.


Estado de asseguramento das "cédulas do Banco da Coreia"

지표 (índice, indicador), 금속적보장 (garantia metálica), 신용적보장 (garantia creditícia), 일본은행권 (cédulas bancárias japonesas, 상업수형 (papel comercial), 총계 (soma total), 금은화 (moedas de prata e ouro) e 계 (total)

Os dados apresentados não apenas mostram que a circulação das notas do "Banco da Coreia" ocorreu em um estado de inflação severa, mas também indicam que o sistema de emissão dessas notas tinha uma característica colonial. Ou seja, a chamada "reserva monetária" de 48% das notas do "Banco da Coreia" (1940) estava "garantida" por notas do Banco do Japão, e o fato de que os títulos públicos japoneses representavam mais de 83% da emissão de notas bancárias (1945) é o exemplo mais claro disso. Hoje, o fenômeno do aumento significativo da emissão de notas na Coreia do Sul demonstra claramente o estado geral da circulação monetária no país, especialmente a completa desordem do sistema de emissão e a condição de dependência colonial.

Em contraste, a natureza planificada do nosso sistema de emissão garante uma estreita relação entre as questões de emissão e outros objetivos da planificação da economia popular, proporcionando uma firme garantia para manter a precisão no desenvolvimento econômico.

A garantia da relação entre as tarefas de emissão e as tarefas de planificação, assim como a revisão da precisão das tarefas de emissão com base nos objetivos da planificação da economia popular, são aspectos importantes da planificação da emissão.

Nosso partido e governo têm implementado medidas para garantir que as tarefas de emissão estejam plenamente alinhadas com o estado de desenvolvimento da economia popular, com base na natureza planificada do sistema de emissão. Essas medidas incluem a elaboração e aprovação de tarefas trimestrais de emissão com uma clara divisão mensal, bem como diversas contramedidas para prevenir possíveis anomalias durante o processo de execução. Graças a essas medidas, as tarefas de emissão em nosso país têm sido executadas com precisão em cada período, especialmente ao limitar ao máximo as variações sazonais que poderiam ocorrer durante o processo de execução, permitindo que as tarefas anuais sejam realizadas de forma normal.

A natureza planificada do sistema de emissão monetária também permite que, no âmbito da emissão, as quantidades de moeda sejam emitidas em conformidade com as exigências da circulação, garantindo assim o cumprimento preciso da lei da circulação monetária.

Quando as tarefas de emissão são estabelecidas de forma planificada e uma avaliação prévia do processo de execução é realizada, a demanda por moeda em circulação pode ser atendida de forma adequada e pontual, evitando assim a ocorrência de excesso de moeda na circulação. Como resultado, em nosso país, estabelece-se uma relação normal entre o crescimento do volume de circulação de mercadorias e a velocidade de aumento da quantidade de moeda em circulação, caracterizada pelo fato de que a velocidade de crescimento do volume de circulação de mercadorias é mais rápida do que a velocidade de aumento da quantidade de moeda.

Se analisarmos a implementação do plano de caixa do Banco Central, podemos ver que, apesar do rápido aumento da demanda por moeda em vários setores da economia popular, o total de receitas em dinheiro está aumentando. Como resultado das medidas adotadas para absorver os fundos em dinheiro ociosos que estão espalhados entre a população, é comum que a demanda seja completamente atendida com uma quantidade menor de dinheiro, e até mesmo ocorra um excesso de receitas em relação aos gastos, ou seja, a recuperação de dinheiro proveniente da circulação.

Essa realidade significa que o fortalecimento da natureza planificada do sistema de emissão monetária é uma condição importante para garantir a consolidação da circulação monetária no país e aumentar o poder de compra do "won".

A natureza planificada do sistema de emissão monetária exige que esse sistema seja gerido e operado com base nos princípios da centralização democrática. Isso ocorre porque o centralismo democrático é um princípio intrínseco da gestão econômica do sistema de planificado, que se baseia na propriedade social e socialista dos meios de produção.

No setor de emissão monetária, o centralismo democrático exige que a criatividade local seja maximizada na planificação e na execução da emissão, enquanto o processo de emissão deve seguir rigorosamente as decisões e regulamentações do partido e do governo, funcionando como um sistema unificado do centro até as localidades. Portanto, todas as atividades práticas relacionadas à emissão monetária estão concentradas nas instituições do Banco Central.

A centralização democrática no trabalho de emissão é definida principalmente pelas características gerais da gestão econômica do nosso país, ao mesmo tempo que reflete as características do trabalho bancário e da circulação monetária geral.

Como o Banco Central tem a missão de garantir o controle e o domínio sobre a produção e a circulação dos produtos sociais, suas operações devem ser organizadas de acordo com princípios rigorosamente centralizados, baseando-se completamente na criatividade das massas. Juntamente com isso, a singularidade da circulação de dinheiro em nosso país exige a concentração estata no trabalho de emissão e um forte controle estatal sobre essa atividade.

A gestão centralizada e democrática do sistema de emissão cria condições para que a quantidade de dinheiro em circulação responda de forma dinâmica ao desenvolvimento e à direção da economia popular como um todo. 

Diferentemente da circulação de moedas metálicas, a relação entre a demanda do sistema de circulação e a quantidade de dinheiro em circulação deve ser determinada pelo método de controle planificado do Estado. Para isso, o Estado deve ter controle concentrado sobre toda a economia popular e ser capaz de adotar medidas precisas e dinâmicas, ao mesmo tempo em que a organização do trabalho de emissão deve ser capaz de identificar rapidamente e com precisão o estado da emissão em diferentes regiões e períodos. A organização centralizada e democrática da emissão cria condições favoráveis para a concentração de todo o fluxo de dinheiro no Banco Central, permitindo assim que essas demandas sejam atendidas de forma eficaz.

A organização do trabalho de emissão em nosso país herdou a forma do sistema de emissão altamente centralizado do capitalismo, mas passou por uma transformação completa em seu conteúdo. O trabalho de emissão no sistema bancário e no sistema monetário moderno evoluiu de um início de descentralização para uma centralização, sendo que nos estados capitalistas contemporâneos, essa centralização se tornou rigorosa. A centralização da emissão sob o capitalismo se intensificou na era do imperialismo, conforme o domínio do capital financeiro foi sendo estabelecido. Essa centralização é apenas uma forma de realizar o domínio do capital financeiro.

No mundo capitalista, o trabalho de emissão está atualmente em seu mais alto estágio de centralização. Isto está relacionado ao fato de que os Estados burgueses, especialmente após a Segunda Guerra Mundial, têm utilizado amplamente o trabalho de emissão como um meio para superar a crônica crise político-econômica. Através da "nacionalização" dos bancos, está se tornando cada vez mais evidente a tendência de controle do trabalho de emissão, tanto em conteúdo quanto em forma, nas mãos do Estado burguês. Esta tendência é ainda mais fortalecida devido às vulnerabilidades da economia imperialista moderna, tais como o fortalecimento dos monopólios, o desenvolvimento do capitalismo monopolista de Estado e a intensificação da inflação e das crises econômicas.

É vantajoso para a classe trabalhadora que tomou o poder utilizar de forma abrangente a organização do trabalho de emissão centralizada herdada da velha sociedade, ao mesmo tempo que lhe acrescenta novos conteúdos. A economia socialista exige uma organização centralizada do trabalho de emissão, portanto, utilizar as estruturas deixadas pela sociedade anterior e reformulá-las de maneira socialista é uma condição importante para garantir que a classe trabalhadora possa assegurar o funcionamento normal do sistema de emissão desde o início de seu governo. O problema está em incorporar o conteúdo do centralismo democrático à antiga organização de emissão.

No nosso país, a organização do trabalho de emissão com centralismo democrático foi estabelecida através de um processo específico, sendo a reforma monetária de 1947 a que teve um significado decisivo nesse contexto. Por meio dessa reforma, o Banco Central tornou-se o único centro de emissão, e todas as atividades de emissão começaram a ser centralizadas de forma planificada no Banco Central, permitindo a implementação do princípio do centralismo democrático no trabalho de emissão. Após um certo período, um sistema de emissão completo, como o que temos hoje, foi estabelecido.

Uma característica importante do sistema de emissão do nosso país é que ele se baseia em métodos de garantia mercantil.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"A nova moeda que está sendo emitida é garantida por todos os recursos que estão sob controle do povo, incluindo todas as indústrias nacionalizadas, os cereais e produtos pesqueiros armazenados pelo Estado, assim como os valiosos bens em grande quantia no banco." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 3, página 520)

Todos os sistemas de emissão de moeda lidam com a questão da emissão de símbolos monetários, portanto, a emissão de notas bancárias deve ter um determinado lastro material. Sem esse lastro material, a emissão de notas bancárias se tornaria equivalente à emissão de papel-moeda baseada na força coercitiva do Estado, o que pode levar a consequências de inflação monetária.

Os métodos de garantia aplicados no sistema de emissão de notas bancárias incluem, basicamente, a garantia metálica, a garantia de crédito e a garantia de mercadorias.

A garantia metálica é um método de garantia para a emissão de notas bancárias que utiliza uma quantidade específica de metais preciosos como lastro. Ela serve como garantia fundamental para assegurar a congruência entre o valor nominal das notas e seu valor real no contexto da circulação de moedas metálicas.

No contexto da circulação monetária capitalista, o que está amplamente disseminado é o sistema de garantia de crédito, que se baseia em transações comerciais. Em comparação com o sistema de garantia metálica, o método de garantia de crédito não possui uma base material tão sólida, e uma parte considerável está relacionada ao movimento do capital fictício.

Especialmente em períodos de crise geral do capitalismo, quando a inflação se torna crônica e o sistema de conversibilidade é suspenso, a emissão de notas bancárias é utilizada como um meio para cobrir enormes gastos militares. Isso faz com que o sistema de garantia de crédito perca ainda mais sua base material, adquirindo, como se vê em muitos países atualmente, uma natureza puramente fictícia.

Um exemplo representativo disso é o sistema de emissão de notas bancárias na Coreia do Sul. Na Coreia do Sul, a maior parte da garantia da emissão de notas bancárias se baseia nos "fundos de reserva" do governo fantoche, que são totalmente fictícios e existem apenas nos registros contábeis dos bancos sul-coreanos. No entanto, o banco sul-coreano emite notas bancárias com base nesses "fundos de reserva" como uma garantia de crédito.

Com base nas características dos diferentes métodos de garantia, atualmente, nos países socialistas, é geralmente aplicada um sistema de garantia que utiliza a garantia de produtos como base, complementada por garantias metálicas.

No contexto da sociedade socialista, com a extinção do crédito comercial e a ausência de movimento de capital mercantil, a base econômica para a aplicação de métodos de garantia creditícia na emissão de notas bancárias deixou de existir.

A garantia metálica não pode ser um respaldo para a emissão de notas bancárias, símbolo monetário utilizado dentro do país, numa situação em que não há circulação de moedas metálicas. Se a garantia metálica for considerada a base material da emissão monetária, isso significaria um retorno à circulação de moedas metálicas. Isso pode restringir o desenvolvimento econômico do país e, especialmente, resultar na exclusão da gestão planificada da economia popular.

O caráter suplementar da garantia metálica nos países socialistas está apenas relacionado com a utilização continuada do ouro como meio internacional de pagamento e compra. Do ponto de vista da circulação monetária interna, não há fundamento para que a garantia metálica seja de fato necessária.

A emissão de notas bancárias se fundamenta em garantias de bens materiais, refletindo a demanda original pela circulação monetária. A circulação monetária e as moedas que se originam da circulação de mercadorias e continuam lá não podem ser separadas da circulação de mercadorias. A troca de mercadorias pode ser considerada a base fundamental para a criação de um sistema monetário que funcione de maneira precisa. Portanto, o volume de circulação de mercadorias se torna um fator direto que regula a emissão de notas bancárias, e a emissão de notas bancárias que não se baseia em garantias de produtos impede uma avaliação correta da demanda de circulação monetária.

A garantia de mercadorias é o método original de garantia para a emissão de notas bancárias.

No contexto de uma sociedade socialista, isso se refere à capacidade de realizar plenamente sua missão em relação à planificação da relação mútua entre a circulação de mercadorias e a circulação monetária, garantindo firmemente a abundância de produção e circulação, bem como a política de circulação de moeda metálica.

O Banco Central, como órgão estatal, lida com o trabalho de emissão como parte da gestão econômica geral do país. O Banco Central, sob a direção do partido e do governo, estabelece uma relação de interdependência entre as mercadorias controladas pelo Estado e a emissão de notas bancárias, podendo regular a emissão de notas bancárias.

Com essa missão imposta ao Banco Central como o único emissor, o banco pode utilizar a circulação de todas as mercadorias do país, tanto no comércio atacadista quanto no varejista, como a base fundamental para a garantia das notas bancárias.

O fato de que o Banco Central, em colaboração com outras instituições econômicas, pode agir de forma planificada e estratégica para ajustar a quantidade de mercadorias que entram em circulação e garantir a normal circulação das notas bancárias, torna-se uma base prática que permite ao Banco Central aplicar métodos diretos de controle da circulação monetária.

Evidentemente, o controle direto da quantidade de moeda em circulação só é possível através da planificação da circulação monetária, particularmente no que diz respeito à planificação da economia popular como um todo. Contudo, a planificação da economia popular apenas abre a possibilidade para o controle direto da circulação monetária, e as condições materiais necessárias devem ser devidamente estabelecidas.

A questão do controle da circulação monetária nas notas bancárias é ainda mais complexa do que a circulação das moedas metálicas. Na circulação de moedas metálicas, a quantidade de moeda em circulação é ajustada automaticamente, portanto, o método de regulação não é uma grande questão. No entanto, na circulação sob o agente monetário, é de grande importância para o banco emissor ou o Estado estabelecer a relação adequada entre a quantidade de moeda em circulação e a quantidade necessária de moeda. Aqui, o banco emissor deve avaliar a relação entre o agente monetário e as moedas metálicas, ajustando a emissão de acordo com a demanda da circulação. Se o banco puder calcular diretamente a demanda de circulação e lidar com a emissão de moeda, então, mesmo com o método de emissão exclusivo do agente monetário, sem a mediação das moedas metálicas, seria possível estabelecer a relação correta entre a quantidade necessária de moeda e a quantidade de moeda em circulação. É justamente na economia socialista que isso é possível, devido ao mecanismo planificado de circulação monetária e ao sistema de garantias baseadas em mercadorias. O sistema de garantias baseadas em mercadorias torna-se uma condição importante que permite ao agente monetário calcular diretamente a demanda de circulação na emissão. A partir disso, torna-se possível verificar a precisão da emissão monetária através da correlação com o sistema de garantias baseadas em mercadorias.

No trabalho de emissão, o conteúdo da garantia baseada em mercadorias é composto pelos estoques de mercadorias no comércio varejista, bem como pelos serviços fornecidos por várias instituições de serviço. Estes estão interligados com a quantidade de dinheiro em circulação, meios de pagamento e reservas de meios, que estão nas mãos da população.

Além disso, a quantidade de dinheiro nas cofres de instituições e empresas, assim como o montante de dinheiro em circulação nos bancos, embora façam parte do volume de moedas em circulação, não precisam necessariamente estar diretamente ligados a uma quantidade específica de bens (ou serviços) no setor de circulação. A maior parte disso só se transformará em bens quando for convertida em receitas em dinheiro para os habitantes no futuro. A quantidade de dinheiro nos cofres de instituições e empresas, bem como o montante de dinheiro em circulação nos bancos, desempenham o papel de "fundos de reserva" para garantir a normalidade da circulação monetária. Assim, embora cumpram a função de meios de circulação, meios de pagamento e meios de poupança, devem ser distinguidos das reservas de moeda que estão nas mãos da população. Portanto, esses valores não constituem a quantidade de dinheiro em circulação.

Com essa explicação, podemos tirar a seguinte conclusão.

Para verificar a precisão da quantidade de emissão em um determinado ponto no tempo, é importante calcular a correlação entre a quantidade de dinheiro circulante, que é obtida subtraindo o volume de dinheiro dos bancos e o saldo de caixa das empresas e instituições, e o estoque de mercadorias em várias redes comerciais e a capacidade de fornecimento de serviços das agências de serviços. Aqui, a quantidade de dinheiro circulante pode ser calculada de forma simplificada, enquanto o estoque de mercadorias nas redes comerciais pode ser calculado com o saldo médio, e a capacidade de fornecimento de serviços também pode ser calculada com a capacidade média.

Dessa forma, a correlação entre a quantidade de dinheiro circulante e o estoque de mercadorias pode ser determinada proporcionalmente. Essa relação proporcional pode ser calculada trimestralmente, assim como o planejamento de caixa é realizado em base trimestral. Portanto, através da comparação entre o trimestre anterior, o trimestre planejado e o mesmo trimestre do ano passado, será possível encontrar uma relação proporcional mais racional.

Outra característica do sistema de emissão de nosso país é que a base de crédito para a emissão de notas bancárias desapareceu em grande parte.

Desde que o Banco Central passou a desempenhar a função de fornecimento de recursos, a emissão deixou de ser utilizada como uma importante fonte de financiamento. A moeda emitida pelo Banco Central é utilizada para atender à demanda normal de dinheiro das empresas e instituições.

Esta demanda por dinheiro é basicamente uma exigência de instrumentos de circulação para mediar o movimento da renda dos residentes, e, por isso, deve ser distinguida da demanda por crédito que ocorre no processo de reprodução social.

Hoje, a demanda financeira é, acima de tudo, atendida pela reserva monetária dos habitantes, mobilizada junto ao banco, de modo que não precisa ser satisfeita com base nos recursos de emissão. Nessas condições, surge a questão sobre qual é o objetivo da emissão de notas bancárias e onde está a base material que regula o retorno para esse banco.

Como há uma relação entre mercadorias e moeda, é inevitável que uma certa quantidade de moedas seja antecipada no processo de circulação. A questão está em saber de que forma isso ocorre, ou seja, se é por meio de financiamento no processo de circulação de mercadorias, ou se é por meio de um fornecimento planificado realizado pelas instituições estatais.

A emissão das cédulas pelo Banco Central, como uma forma planificada de fornecimento de instrumentos de circulação, permite economizar ao máximo os custos sociais de circulação.

A base para que o Banco Central possa fornecer de forma planejada os meios de circulação necessários para a distribuição de mercadorias e para o movimento de rendas está nas condições organizacionais que funcionam como um mecanismo de controle sobre o processo geral de reprodução, bem como no sistema de garantia mercantil da emissão de notas bancárias.

Embora as notas bancárias emitidas pelo Banco Central tenham um caráter de símbolo monetário, elas passam por um processo de circulação de retorno para o banco. Isso não é um movimento de retorno baseado em relações de crédito.

Até agora, o símbolo monetário tinha sua base econômica na função de meio de circulação e, com base no poder absoluto do Estado, possuía um poder de circulação compulsório garantido legalmente, razão pela qual não havia necessidade de um movimento de retorno. Isso era uma explicação adequada para o caráter da moeda simbólica sob o capitalismo.

Então, em que se baseia o movimento de retorno das notas bancárias do Banco Central, que seguem o processo da moeda simbólica?

Não é possível explicar o caráter do movimento de retorno das notas bancárias com base em sua função como meio de pagamento e de circulação. Na função de meio de circulação da moeda, não há absolutamente nenhum elemento do movimento de retorno. Além disso, a função de meio de pagamento da moeda, por si só, não necessariamente envolve um elemento de retorno.

Geralmente, o fato de a moeda, que exerce a função de meio de pagamento, retornar ao emissor deve-se ao fato de que a emissão da moeda está ligada ao crédito bancário.

No entanto, o fato das notas do Banco Central estarem relacionadas à função de meio de pagamento não significa, de forma alguma, que elas sejam emitidas com o objetivo de financiar o processo de circulação. Na mesma esfera de propriedade, a função de meio de pagamento da moeda representa as relações econômicas entre o Estado, de um lado, e as empresas estatais pertencentes ao mesmo proprietário, de outro.

A separação entre compra e venda, que regula a função da moeda como meio de pagamento, se torna uma oportunidade para garantir o uso racional dos fundos circulantes fornecidos pelo Estado. O Estado, ao fornecer fundos circulantes, também fornece às empresas a quantia necessária para o processo de pagamento. Utilizando a desarmonia temporal entre compra e venda, as empresas podem organizar o controle sobre a execução dos contratos e a rápida circulação dos fundos de pagamento. Portanto, a separação entre compra e venda e a função da moeda como meio de pagamento não são condições para o retorno das notas bancárias.

Com base na função do meio de pagamento da moeda, a condição de retorno das cédulas emitidas é organizada em torno do processo de produção e circulação, e, além disso, a circulação da moeda é organizada em torno do Estado. As relações econômicas entre o Estado e as empresas estatais são definidas por um plano nacional unificado, e as transações baseadas nessas relações econômicas devem ser centralizadas nas instituições do Estado. Portanto, na prática, o Estado socialista centraliza, em maior ou menor grau, todas as transações econômicas entre as empresas estatais ou entre o Estado e as empresas estatais sob seu controle. Na organização da circulação monetária, o Estado também estipula que o Banco Central deve regular a retirada da moeda emitida para a circulação, de forma obrigatória, através de instituições comerciais e outras que tenham contas no banco.

Relacionado a isso, é necessário destacar que a velocidade de retorno das cédulas, que estão passando por um processo de simbolização, não é de forma alguma mais lenta do que a velocidade de retorno da moeda fiduciária. Isso ocorre porque o dinheiro que permanece nas mãos dos residentes, seja em forma de moeda simbólica ou moeda fiduciária, acaba sempre retornando ao banco através dos mesmos circuitos.

Na economia socialista, o substituto do ouro e a velocidade de retorno do dinheiro estão relacionados, acima de tudo, com questões organizacionais da circulação de dinheiro, e não são determinados pelo tipo de moeda. Isso foi comprovado no processo prático de circulação monetária. Após a série de mudanças no sistema de emissão de notas bancárias, ocorridas em 1964, a velocidade de retorno das notas bancárias, na verdade, aumentou ainda mais.

O atual sistema de emissão apresenta grande superioridade sobre o sistema de emissão de notas baseado em relações de crédito. Isso pode ser explicado pelo fato de que o novo sistema de emissãoé capaz de satisfazer adequadamente a demanda monetária que ocorre no processo normal de reprodução, com base em relações econômicas mais sólidas do que no sistema anterior.

No sistema de emissão baseado em relações de crédito, a nova moeda emitida entra na circulação através de diversos canais de pagamento, de forma a atender à demanda temporária de moeda que surge no processo de reprodução. Aqui, tanto a demanda monetária necessária para garantir a normalidade do processo de reprodução quanto a demanda monetária relacionada a situações anormais de administração precisavam ser contempladas no processo de emissão. Portanto, parte da emissão de moeda não pôde ser totalmente livre da influência de fenômenos casuais que ocorrem no processo de reprodução.

Certamente, eliminar completamente as várias discrepâncias que surgem no processo de reprodução é uma tarefa difícil, mas minimizar essas discrepâncias o máximo possível tem um significado importante para destacar a superioridade da economia planificada.

Sob essa perspectiva, o sistema de emissão baseado em relações de crédito apresenta muitas deficiências. É justamente aqui que o volume de emissão assume a característica de uma tarefa planificada do Estado, e, embora essa emissão seja rigorosamente regulamentada por lei, ainda assim ocorrem variações consideráveis relacionadas a transações que envolvem diversos fatores casuais. Isso significa que o volume de emissão pode, dentro de certos limites, ser sujeito a variações, dependendo das mudanças que ocorrem no processo real de circulação de mercadorias. Portanto, para minimizar essa possibilidade, é necessário adotar medidas e contramedidas adicionais em diversas áreas operacionais.

Em nosso país, como a política de regulação monetária do Partido estava correta, essa possibilidade foi eficazmente restringida. No processo prático, a quantidade de emissão estava completamente fundamentada nas variações que ocorriam no processo de circulação de mercadorias. Isso é comprovado pelo fato de que a circulação monetária em nosso país tem seguido um caminho de consolidação a cada ano.

No entanto, com a mudança das condições objetivas, especialmente com a redução do âmbito de aplicação das relações de crédito a cada ano, não havia mais fundamento para manter o antigo sistema, que basicamente atendia à demanda monetária temporária.

Refletindo essas circunstâncias, no novo sistema de emissão, a emissão passou a ser direcionada para atender à demanda normal de moeda que surge no processo de reprodução. Como resultado, o sistema de emissão foi totalmente ajustado para corresponder à planificação e execução real. A demanda monetária relacionada ao fenômeno da variação fora do plano que ocorre no processo de reprodução passou a ser atendida de outra forma. A demanda monetária temporária é basicamente atendida com os fundos monetários ociosos nas mãos da população, e só em casos excepcionais é que ela impacta a quantidade de emissão.

O fato de que o novo sistema de emissão pode se basear de forma mais sólida no processo de reprodução significa que a emissão pode ser garantida com uma base ainda mais firme e direta no sistema de garantia mercantil. A superioridade do sistema socialista de emissão monetária reside no fato de que, com base na garantia mercantil, ele pode diretamente calcular as necessidades da circulação de mercadorias. Assim, aperfeiçoar constantemente o sistema de emissão monetária, de modo a maximizar essa superioridade, torna-se uma tarefa importante no campo da emissão.

Outra característica importante do nosso sistema de emissão monetária é que o princípio da separação entre o orçamento do Estado e a emissão é rigorosamente implementado.

A emissão monetária e o orçamento do Estado estão sempre estreitamente interligados. Portanto, ao falar sobre a separação entre os dois, refere-se ao fenômeno em que a emissão não é utilizada como um meio para suplementar os fundos orçamentários do Estado. 

No nosso país, o novo sistema de controle de circulação de cédulas bancárias socialista foi estabelecido, e o princípio de separação do orçamento estatal e da emissão permeia de maneira marcante todo o sistema de emissão de dinheiro.

A partir de uma perspectiva histórica de sua origem, as cédulas bancárias não precisam ter uma relação direta com o orçamento estatal. No entanto, os Estados burgueses gradualmente transformaram a emissão de cédulas bancárias em um meio poderoso para associá-la ao orçamento estatal, visando a uma expropriação adicional da renda nacional. Portanto, a combinação entre o orçamento estatal e a emissão foi utilizada como um meio para gerar inflação na circulação interna, tornando-se uma estratégia para fortalecer a base econômica dos Estados burgueses.

Sob a condição de que a classe trabalhadora assuma o poder, a relação entre o orçamento estatal e a emissão de cédulas bancárias adquire uma natureza completamente diferente. Aqui, essa relação é utilizada, do ponto de vista político, como um meio para fortalecer a ditadura do proletariado, e, do ponto de vista econômico, como um recurso suplementar para atender às necessidades de fundos monetários para a construção da nova sociedade. Portanto, os países socialistas se empenham em resolver a questão da relação entre o orçamento estatal e a emissão de acordo com as condições específicas de cada país.

No nosso país, a separação completa da emissão do orçamento nacional logo após a libertação está relacionada com a situação em que a recuperação e a construção da economia popular foram conduzidas de acordo com o grau de formação da base financeira do país.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"Hoje, considerando a situação econômica do nosso país, resolver a questão dos fundos necessários para a construção da nova pátria é um problema muito difícil. No entanto, devemos resolver essa questão com as nossas próprias forças, independentemente das dificuldades." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 3, página 134)

"Nós já temos planejado e nos preparado para a emissão monetária há muito tempo."(Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 3, página 519)

Sob a sábia liderança do estimado Líder, o nosso Partido lutou ativamente para resolver a questão dos recursos com as nossas próprias forças, mesmo nas difíceis condições logo após a libertação. Como resultado, o orçamento nacional, pouco tempo após a libertação, começou a se desenvolver sobre uma base sólida. 

Na condição em que a solidez do orçamento nacional estava relativamente garantida, não houve necessidade de emitir fundos monetários necessários à recuperação e desenvolvimento da economia popular. Como herdamos um sistema monetário gravemente desorganizado devido à ocupação do imperialismo japonês, se a demanda por recursos monetários fosse atendida por meio da emissão, isso poderia resultar em um agravamento da inflação.

A importância que o nosso Partido atribuiu ao princípio da separação entre a emissão e o orçamento nacional pode ser vista no fato de que, mesmo quando surgiu uma grande demanda por recursos para a construção da economia popular em 1950, em vez de usar a emissão monetária, optou-se pela emissão de títulos públicos.

O princípio da separação entre a emissão e o orçamento nacional reflete diretamente a solidez da base financeira do país e, ao mesmo tempo, exerce uma influência ativa na consolidação da circulação monetária.

Se parte da emissão for usada como um meio suplementar para o orçamento estatal, isso pode resultar na criação de uma quantidade que não é representada por bens e serviços reais gerados no processo de reprodução, ou seja, não é sustentada por um valor real de produção. Esse fenômeno, embora não cause diretamente uma inflação, pode ainda assim ter um impacto sobre o poder de compra real dos trabalhadores, devido ao princípio da formação planificada de preços. Além disso, quando a emissão é utilizada para cobrir o déficit orçamentário do Estado, ela não pode refletir apenas as necessidades da circulação de mercadorias, o que pode gerar diversos obstáculos na planificação e controle da circulação monetária. No entanto, o princípio de separação entre emissão e orçamento estatal cria condições favoráveis para cumprir plenamente as exigências da lei da circulação monetária e implementá-las de forma eficaz.

As características fundamentais, como apresentadas acima, do sistema de emissão de nosso país são implementadas no processo de organização e execução do trabalho de emissão. Portanto, realizar adequadamente atividades específicas de emissão, como o cálculo do volume de emissão, a emissão e retirada de dinheiro dentro dos limites aprovados pelo governo, e o armazenamento e gerenciamento das reservas, é uma tarefa extremamente importante para maximizar as vantagens do sistema de emissão de nosso país.

5. Uso racional da base de preços.

5.1 Base de preços e a base objetiva de sua flutuação

A relação mercadoria-moeda existe, e sob as condições em que a moeda é utilizada como meio para calcular o valor (ou a forma de valor) contido nos produtos, a legislação sobre os preços base torna-se uma parte importante do sistema monetário. Independentemente do sistema monetário escolhido por cada país, é dada grande atenção à definição da base de preços e à sua utilização.

Historicamente, a base de preços está relacionada à função da moeda como medida de valor. Não se pode pensar na base de preços sem pressupor o papel da medida de valor como uma função primordial da moeda. A base de preços surgiu no processo em que a moeda funciona como medida de valor.

Para medir e comparar o valor de diferentes produtos, é necessário relacioná-los a uma mesma unidade monetária, ou seja, a um mesmo critério de medida. Sob esse critério, pode-se considerar uma quantidade específica de metal estabelecida pelo Estado como a unidade monetária. Para que o peso metálico se torne um critério de avaliação e, posteriormente, uma base de preços, é necessário que a moeda metálica se desenvolva de maneira consistente até um determinado nível. A base de preços está diretamente relacionada ao desenvolvimento da circulação de moedas metálicas em qualquer país. Por isso, devido às características da circulação de moedas metálicas no país, às designações dos pesos metálicos, à forma das moedas, entre outros fatores, a base de preços não pode ser a mesma em todos os países. 

A base de preços é, especialmente, separada das designações de peso comuns e é puramente comercial, devendo ser reconhecida e obrigatória no sistema de circulação, o que implica que, na circulação monetária nacional, não pode deixar de refletir características nacionais.

No nosso país, as designações da base de preços também mudaram ao longo de um longo processo de desenvolvimento histórico, e houve uma grande variedade de unidades de medida.

Hoje, no nosso país, a base de preços, devido à legitimidade da política de estabilização monetária do nosso Partido, eliminou completamente os efeitos causados pela inflação monetária crônica deixada pelo domínio colonial do imperialismo japonês, adquirindo um novo significado.

Na história do desenvolvimento da base de preços, a reforma monetária de 1947 e o câmbio monetário 1959 têm um significado especial. Com a reforma monetária de 1947, foi estabelecida uma nova base de preços independente, substituindo a antiga base de preços que ainda era utilizada após a libertação. Já com o câmbio monetário de 1959, uma nova base de preços foi estabelecida, levando em consideração os resultados alcançados nos setores de produção e circulação de bens, assim como as mudanças nas condições, com base na variação do poder de compra da moeda.

O fato da classe trabalhadora, que assumiu o poder, estabelecer uma nova base de preços adequada à circulação monetária socialista, no lugar da antiga base de preços, tem um importante significado para a economia popular.

Sem estabelecer uma base de preços adequada, a moeda não poderá exercer suas funções corretamente, e, além disso, o papel de medida de valor não poderá ser devidamente garantido. A base de preços é utilizada na definição dos preços dos produtos, no cálculo dos custos e na avaliação da rentabilidade das empresas. Com base nela, as atividades autossustentáveis das empresas são planejadas e avaliadas.

A base de preços também é utilizada no desempenho das funções de meios de circulação e de pagamento, assim como dos meios de acumulação e de reserva socialista. Portanto, quando a moeda é utilizada como um meio de controle sobre o trabalho e o consumo, o uso da base de preços deve necessariamente preceder. Isso ocorre porque a moeda não pode desempenhar esse papel sem que seja feita uma medição valorativa dos resultados do trabalho.

A base de preços não atua apenas como um meio de garantir as funções normais da moeda, mas também contribui para a consolidação da circulação monetária. Especialmente, a base de preços pode exercer uma influência considerável sobre a circulação monetária, por meio da relação com a quantidade de produção de bens e o volume de circulação de mercadorias.

Se a base de preços for estabelecida de maneira excessivamente alta em relação à produção e ao volume de circulação de mercadorias, isso pode aumentar artificialmente o poder de compra representado pela unidade monetária, o que pode levar a uma escassez de moeda. Por outro lado, se a base de preços for definida de maneira excessivamente baixa em relação à produção e ao volume de circulação de mercadorias, a unidade monetária poderá representar uma quantidade extremamente pequena de valor.

Portanto, selecionar a base de preços de acordo com o volume de transações econômicas do país e o nível de desenvolvimento da economia popular é uma das condições necessárias para garantir a circulação monetária normal.

A base de preços também tem um significado importante na determinação do valor da moeda no mercado externo (taxa de câmbio). Essa taxa de câmbio refere-se ao valor da unidade monetária do país expresso em moeda estrangeira, e, portanto, a base de preços tem um significado fundamental neste contexto.

Assim, na sociedade socialista, a base de preços é uma lei econômica que exerce uma influência considerável sobre a circulação monetária e as relações econômicas em geral. 

Então, qual é a característica que diferencia a base de preços em uma sociedade socialista da base de preços nos países capitalistas?

A principal característica é que, na sociedade socialista, a base de preços é definida de forma planificada e sofre alterações também de maneira planificada.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"Na nossa sociedade, claro, tudo é produzido de forma planificada, fornecido de maneira planificada e consumido de forma planificada." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 23, página 461)

Na sociedade socialista, as relações mercadoria-moeda são utilizadas de forma planificada como um espaço econômico para uma gestão eficiente da economia.

O Estado socialista estabelece a base de preços de forma planificada para estimular o movimento planificado da moeda, e a ajusta de maneira planificada conforme as mudanças nas condições objetivas. Aqui, a discrepância que pode existir entre a base de preços legalmente estabelecida e o conteúdo real do valor metálico é superada de maneira oportuna por meio de um cálculo planificado. A base de preços pode ser ajustada em determinados períodos de acordo com a realização dos produtos, o crescimento da circulação, o aumento do poder de compra da moeda e as variações no valor dos materiais monetários.

Na sociedade capitalista, a base de preços tende a corresponder de forma espontânea às mudanças desordenadas na circulação monetária, o que pode resultar em uma discrepância significativa e prolongada entre a base de preços e o conteúdo real do valor metálico. Essa base de preços é regulamentada pelos procedimentos legais do Estado burguês, mas não se pode negar o fato de que é, em última análise, um produto da circulação monetária espontânea. O Estado limita-se a estabelecer uma unidade de medida em termos de uma certa quantidade de metal precioso, de acordo com as exigências da circulação, para comparar e medir o valor de todas as mercadorias, legalizando a relação entre o valor do metal e o valor das mercadorias já estabelecida. O que o Estado capitalista faz é, essencialmente, uma manipulação formal.

Sob o capitalismo, a base de preços reflete a anarquia da circulação monetária, e, especialmente em períodos de crise geral do capitalismo, a inflação se torna crônica e a circulação monetária se desorganiza, resultando em uma variação espontânea e acentuada da base de preços. Por exemplo, na França, o conteúdo metálico da moeda foi reduzido 14 vezes ao longo de 30 anos, a partir de 1928.

Na economia socialista, a base de preços sempre representa adequadamente o peso legal do metal.

Aqui, assim como a produção e a distribuição dos produtos são feitas de forma planificada, não há fenômenos de preços que subam e desçam de maneira espontânea. O que é característico é a formação planificada dos preços e a contínua redução de preços.

Juntamente com isso, a produção e circulação dos produtos, o constante crescimento da renda nacional, a redução sistemática dos preços, a emissão de moeda rigorosamente baseada no nível da circulação de mercadorias, entre outros, constituem condições importantes para manter o peso legal do metal como base de preços. Em particular, a rápida taxa de desenvolvimento econômico, a desvalorização do ouro e o constante aumento do poder de compra da moeda são fatores que elevam sistematicamente a base de preços na sociedade socialista.

Sob o capitalismo, a variação da base de preços ocorre por meio da constante redução do conteúdo metálico da moeda. Essas variações têm um caráter sistemático, estando relacionadas a uma série de fenômenos que ocorrem no processo natural de circulação da moeda metálica, ou seja, o desgaste do peso metálico, a contínua valorização do ouro, a transformação da moeda metálica em moeda fiduciária, entre outros. O Estado capitalista, aproveitando-se desse fenômeno, está constantemente reduzindo o peso dos metais preciosos que funcionam como base de preços de forma artificial.

Especialmente durante períodos de crise geral do capitalismo, os Estados capitalistas competem entre si para reduzir o conteúdo metálico da moeda como uma forma de desvalorização.

A frequente variação da base de preços e a acentuada redução de seu conteúdo metálico aparecem de forma muito grave nos países subordinados, que se tornaram colônias ou semicolônias do imperialismo. Por exemplo, na Coreia do Sul sob a ocupação imperialista dos EUA, a base de preços foi fortemente alterada por meio de duas mudanças de nome da moeda e várias dezenas de aumentos na taxa de câmbio.

Uma característica importante da base de preços na sociedade socialista é que ela tem certa independência em relação à variação do valor dos materiais monetários.

Na sociedade socialista, a variação do valor do ouro não tem impacto direto na base de preços. Mesmo que o valor do ouro flutue, a base de preços pode não mudar por um determinado período. Isto ocorre porque, na sociedade socialista, a base de preços é estabelecida de forma planificada e os princípios de formação planificada dos preços estão em ação.

A variação do valor do ouro sob o capitalismo se concretiza no processo de circulação através da flutuação de preços e da mudança na base de preços.

A variação do valor do ouro aqui se reflete diretamente nos preços dos produtos no mercado e, ao mesmo tempo, se manifesta na relação contraditória entre o conteúdo legal e o conteúdo substancial da base de preços.

Entretanto, considerando que a circulação de papel-moeda, e não de moeda metálica, se tornou a norma nos países capitalistas atuais, o fenômeno contraditório entre o conteúdo legal e o conteúdo substancial da base de preços, decorrente da variação do valor do ouro, afeta primeiramente os preços das mercadorias exportadas e importadas. Por isso, a influência da variação do valor do ouro sobre os preços dos produtos e sobre a base de preços não pode ser idêntica no mesmo ponto temporal.

Na economia socialista, a relação mútua entre o valor do ouro e a base de preços não está em uma relação de dependência direta, assim como a relação entre o valor do ouro e os preços dos produtos.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"Se o equilíbrio entre os diversos setores da economia popular não for alcançado, não se pode falar em economia socialista. Claro que, no processo de construção do socialismo, podem surgir ocasiões em que ocorra desequilíbrio. No entanto, se surge um desequilíbrio no desenvolvimento da economia popular, devem ser tomadas medidas adequadas para superá-lo a tempo e restabelecer o equilíbrio." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 30, páginas 644 e 645)

O Estado socialista supera o fenômeno da discrepância entre o conteúdo substancial e o conteúdo legal da base de preços, implementando rigorosamente o princípio de definição planificada dos preços.

Geralmente, a diferença entre o conteúdo real e o conteúdo legal com base no preço ocorre devido à variação do preço do ouro, que corresponde à mudança no valor do ouro. Porém, na sociedade socialista, o preço do ouro, estabelecido de forma planificada, se move de maneira independente das variações do valor do ouro por um certo período, causando certa diferença entre o valor do ouro e o preço do ouro, mas agindo de forma a evitar que a variação do valor do ouro afete o conteúdo metálico da unidade monetária. Uma vez que o preço do ouro é estabelecido de forma planejada, ele não se move por um longo período, o que faz com que o conteúdo metálico da unidade monetária se estabilize. Assim, a base de preços estabelecida, embora independente da variação do valor do ouro, não se desvia significativamente do conteúdo metálico real. Claro que, após um certo período, se a diferença entre o valor do ouro e o preço do ouro se tornar significativa, será necessário adotar medidas para corrigir essa disparidade.

Em última análise, o preço legal fixado por um determinado período não é de forma alguma afetado pelas constantes variações do valor do ouro que ocorrem durante esse período.

Devido às características da base de preços, como o mencionado acima, podem surgir os seguintes problemas principiais ao estabelecê-la.

Acima de tudo, a base de preços deve ser estabelecida de forma que consiga interromper completamente a circulação econômica, de acordo com o volume de transações econômicas internas.

O princípio de estabelecer a base de preços correspondente ao volume de transações econômicas deve, na prática, ser concretizado através do cálculo do poder de compra da unidade monetária. O poder de compra da moeda e o valor relativo da moeda são expressos pelos preços de todos os produtos. Assim como todos os produtos, o ouro também só pode ter o seu valor expresso de forma relativa em relação a outros produtos.

Os preços dos produtos são a expressão monetária de seu valor, por isso a moeda em si não pode ter um preço. Essa situação significa que, ao estabelecer uma base de preços, deve-se partir não de um preço qualquer da moeda, mas da forma de expressão do valor relativo da moeda, ou seja, deve-se começar a partir do cálculo do poder de compra da moeda.

O princípio de estabelecimento da base de preços, fundamentado no poder de compra da unidade monetária, adquire um significado ainda mais importante em relação à situação em que a circulação de moedas metálicas está excluída no comércio interno. Na circulação de moedas metálicas, o conteúdo metálico da unidade monetária pode manter, de forma espontânea, seu valor legal, e por isso o poder de compra da moeda não era questionado. No entanto, no caso da circulação de substitutos do ouro, pode ocorrer uma discrepância entre o conteúdo metálico cego da unidade monetária e seu conteúdo real. Portanto, para evitar esse fenômeno e garantir que a base de preços assegure o funcionamento normal da economia interna, é necessário calcular corretamente o valor relativo da moeda, que se forma no processo real de circulação.

O princípio de estabelecimento da base de preços baseado no poder de compra da moeda também cria condições favoráveis para determinar a taxa de câmbio externa da moeda na atualidade.

Nos países capitalistas, a circulação de ouro e a livre conversibilidade foram interrompidas, e várias restrições monetárias foram impostas. Além disso, a interferência artificial dos monopólios no nível do poder de compra da moeda tem se intensificado, e o conteúdo metálico da moeda e a taxa de câmbio externa estão amplamente sendo utilizados como meios de competição desleal. Por isso, tem ocorrido uma grave discrepância entre o conteúdo metálico legal da moeda e seu poder de compra. Além disso, nesses países, o próprio conteúdo metálico da moeda também é determinado por meio do cálculo e comparação com seu poder de compra. Em outras palavras, nos países capitalistas, o símbolo da regulamentação do conteúdo metálico da unidade monetária é o poder de compra da moeda, que se forma espontaneamente.

Nessa situação, ao determinar o conteúdo metálico da unidade monetária nos países socialistas, continuar fazendo comparações com o conteúdo metálico oficial das moedas dos países capitalistas torna-se economicamente irrelevante. Além disso, nos países capitalistas, existem países que não regulam oficialmente o conteúdo metálico, e essa circunstância também deve ser levada em consideração.

Ao determinar a taxa de câmbio externa das moedas dos países socialistas, pode ser mais apropriado aplicar o princípio de estabelecimento da base de preços baseado no poder de compra da moeda.

Claro, também pode ser aceitável determinar a taxa de câmbio externa das moedas nacionais nos países socialistas com base no conteúdo de metais preciosos de cada moeda. Isso ocorre porque o conteúdo de metais de lei das moedas desses países não difere significativamente de seu conteúdo real. No entanto, devido ao fato de que a circulação de moedas metálicas está excluída na circulação doméstica dos países socialistas e também porque o conteúdo legal da unidade monetária pode não coincidir com seu poder de compra, para garantir maior precisão na determinação da taxa de câmbio, a comparação do poder de compra das moedas de cada país pode ser um método mais razoável.

Uma questão fundamental na definição da base de preços é também a necessidade de considerar as flutuações da taxa de câmbio externa da moeda.

No socialismo, a definição correta da base de preços tem importância para a circulação interna, mas, especialmente, tem um significado ainda mais importante nas relações econômicas externas. Dependendo de como a base de preços é definida, podem surgir relações de lucro e prejuízo infundadas nas relações econômicas externas. Quer nas relações entre os países socialistas, quer nas relações entre um país socialista e um país capitalista, em qualquer caso, se a base de preços for definida de maneira imprecisa, pode haver um impacto no câmbio.

No entanto, entre os países socialistas, a taxa de câmbio externa da moeda reflete o caráter planificado da economia interna e é estabelecida com base em cálculos relativamente precisos do poder de compra da moeda, o que permite minimizar os impactos decorrentes da definição imprecisa da base de preços. Além disso, como os países socialistas superaram completamente a anarquia dos preços e da circulação monetária, podem estabelecer a base de preços de forma precisa.

A necessidade de considerar a taxa de câmbio externa ao estabelecer a base de preços se torna ainda mais urgente para lidar adequadamente com as relações econômicas e comerciais com os países capitalistas.

A cotação das moedas dos países capitalistas varia de maneira desordenada e frequentemente, influenciada por diversos fatores, como o poder de compra doméstico da moeda e as flutuações nas relações de balança de pagamentos. Por isso, é importante minimizar os impactos causados por essas flutuações. Considerando que a base de preços nos países capitalistas atualmente é geralmente avaliada de forma elevada, para minimizar os efeitos que podem ser causados por isso, é mais significativo analisar a oferta e demanda interna e internacional de determinados produtos, bem como o poder de compra das moedas desses países em relação a esses produtos, em vez de focar apenas nas bases de preços oficiais.

Na hora de estabelecer a base de preços de um país socialista, uma maneira racional de eliminar a tendência dos preços elevados, que se baseiam na exploração do capitalismo monopolista e nas desigualdades econômicas, seria calcular o poder de compra das moedas de alguns países capitalistas principais e compará-lo com essa base de preços.

Outro fator importante a ser considerado ao estabelecer a base de preços é a situação econômica do país. Como a base de preços é legalmente definida pela soberania do Estado, ela deve refletir com precisão a política do partido e do governo em relação às perspectivas de desenvolvimento econômico, à situação econômica e outros aspectos relacionados.

O Estado define a base de preços de várias maneiras.

Uma das maneiras é formalizar diretamente o conteúdo da base de preços por meio legal, enquanto a outra é regulá-la indiretamente através da relação com moedas estrangeiras.

Nos países capitalistas, a abordagem de formalizar diretamente o conteúdo da base de preços por meio da legislação tem sido o método geralmente aplicado até o momento, sendo especialmente típico no caso da circulação de moedas metálicas. Definir a base de preços de maneira indireta, por meio da relação com moedas estrangeiras, começou a se tornar uma prática comum desde o colapso generalizado do padrão-ouro durante a crise econômica global do capitalismo. Esse método é frequentemente utilizado em países onde o sistema monetário não é suficientemente sólido.

No entanto, na sociedade socialista, esses dois métodos possuem, basicamente, o mesmo significado econômico. Não há diferença entre eles, como ocorre sob o capitalismo.

Primeiramente, do ponto de vista interno, não há diferença alguma em termos de cumprir sua função, seja a base de preços ser definida diretamente ou indiretamente por meio da relação com moedas estrangeiras.

Na sociedade socialista, onde apenas as cédulas bancárias circulam, não há necessidade alguma de ouro, nem mesmo uma pequena quantidade, se não se considerar a circulação internacional. Basta que o ouro exista apenas de forma imaginária, e embora seja necessário definir uma certa quantidade de ouro como padrão de medida de valor, não é imprescindível que ele seja formalmente emitido.

Além disso, no sistema de circulação de moedas metálicas, a necessidade de emissão é justificada porque a cunhagem livre e a conversibilidade livre ocorrem com base na base de preços. No entanto, na sociedade socialista, onde o ouro não circula, o principal interesse dos participantes das transações é o poder de compra. Portanto, a questão de tornar pública a composição metálica da unidade monetária não se apresenta como um problema.

Porém, uma vez que se considere a perspectiva das relações comerciais internacionais, a questão é levantada de forma diferente. Aqui, apenas o ouro real desempenha o papel de moeda, por isso as taxas de câmbio das moedas nacionais são avaliadas exclusivamente por uma quantidade fixa de ouro. Nas relações comerciais internacionais, seja em forma direta ou indireta, o conteúdo em ouro da moeda nacional deve ser revelado. A forma de divulgação do conteúdo em ouro da moeda e a definição da base de preços são determinadas exclusivamente pelas relações econômicas externas do país em questão.

Se as relações econômicas externas desse país forem formadas, essencialmente, no mercado socialista mundial, não haverá necessidade de apressar a divulgação do conteúdo metálico da unidade monetária. Pois, no mercado socialista mundial, comparar o conteúdo metálico incluído na unidade monetária de cada país não é o método fundamental para determinar as taxas de câmbio.

Quanto mais estreita for a ligação com o mercado capitalista mundial, maior será a necessidade de divulgar diretamente o conteúdo metálico da base de preços. Isso ocorre porque, nas relações econômicas com os países capitalistas, o ouro real é utilizado como meio geral de compra e pagamento.

Definir o conteúdo da base de preços de forma nominal, por meio do "sistema de conexão" com outras moedas, pode ser influenciado pela base de preços ou pelo estado do poder de compra da moeda desse país. Claro, ao definir indiretamente o conteúdo da base de preços por meio do "sistema de conexão" com moedas de países socialistas, não ocorrerão mudanças frequentes na base de preços, como acontece no "sistema de conexão" com moedas de países capitalistas. No entanto, mesmo nesse caso, não é possível escapar completamente da influência das variações no poder de compra da moeda desse país.

Para resolver a questão de qual método aplicar na prática para definir o conteúdo da base de preços, além dos fatores mencionados acima, uma série de outros fatores, como as taxas de câmbio das moedas dos principais países capitalistas e as reservas de ouro do Estado, também devem ser considerados.

Na sociedade socialista, a base de preços, como demonstrado pela experiência prática, não é fixa e imutável, podendo variar, e essas variações seguem uma lógica regular.

Então, quais são os fatores econômicos que regulam a variação da base de preços na sociedade socialista?

Em geral, o preço é a expressão monetária do valor do produto, e os bens monetários têm um valor superior ao do ouro; seu tamanho é determinado pela escala do valor do produto e do valor do ouro. Esses fatores que influenciam a variação dos preços tornam-se, assim, os fatores que determinam a variação da base de preços. Isso ocorre porque a quantidade de ouro, que constitui o conteúdo da base de preços, depende da dinâmica do poder de compra, ou seja, do valor do ouro e da dimensão dos preços dos produtos, que são determinados pelo nível do poder de compra. Portanto, a quantidade de ouro que estabelece a base de preços depende da variação do valor do ouro, no caso dos preços dos produtos permanecerem inalterados. Por outro lado, no caso de o valor do ouro permanecer inalterado, pode haver variação de acordo com a flutuação dos preços dos produtos. A lei da mudança na base de preços atua de forma modificada na sociedade socialista.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"De acordo com o plano de fornecimento de equipamentos e o plano de produção cooperativa, os meios de produção trocados entre as empresas estatais não são mercadorias, mas assumem uma forma mercantil. Portanto, seria correto dizer que, neste caso, a lei do valor não se aplica de maneira substancial, como no caso da produção de mercadorias, mas sim de maneira formal." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 23, página 457)

Como o grande Líder ensinou, na sociedade socialista a forma de ação da lei do valor muda. Isso constitui a base objetiva para a alteração da atuação da lei da variação da base de preços.

Particularmente, na sociedade socialista, devido ao fato de que os preços dos produtos são estabelecidos de forma planificada e a circulação de ouro dentro do país é excluída, são criadas as condições práticas para que a base de preços mude, adquirindo um novo conteúdo.

Na sociedade socialista, os preços dos produtos não mudam, mesmo que o valor do ouro no mercado interno varie ou que o preço do ouro seja alterado em função dessa variação. Segue-se, até onde possível, o princípio da formação planificada. Os preços variam de acordo com a quantidade de trabalho socialmente necessário incorporado aos produtos, independentemente das flutuações no valor do ouro. Portanto, a base de preços muda de acordo com o nível do poder de compra da moeda, que é determinado pelas flutuações nos preços dos produtos, independentemente das variações no valor relativo do ouro.

Aumentar sistematicamente o poder de compra da moeda é o fator decisivo que determina as variações no conteúdo metálico da moeda.

No entanto, isso não significa que, a cada período em que os preços diminuem e o poder de compra da moeda aumenta, seja necessário alterar o conteúdo metálico da moeda.  Na verdade, a base de preços regulamentada em nosso país em 1947 foi alterada somente após mais de 11 anos e, a base de preços modificada em 1959, permanece inalterada até hoje, mesmo após mais de 20 anos. Isso demonstra que o conteúdo metálico da moeda pode ser fixado por um período específico e só pode ser alterado de forma planificada.

Se o conteúdo metálico da moeda não for fixado por um período relativamente longo e variar constantemente, a referência para determinar o nível de preços desaparecerá, comprometendo a base da estabilidade e solidez da moeda. Fixar o conteúdo metálico da moeda por um período definido garante a superioridade da economia planificada e do sistema monetário socialista.

O ponto em questão aqui é o período de fixação da base de preços, ou seja, o momento de alteração da base de preços. Ao determinar esse momento, é importante analisar mais detalhadamente os fatores que influenciam a alteração da base de preços.

O principal fator que regula a alteração da base de preços é, como já mencionado, a variação do poder de compra doméstico da moeda. A dinâmica do conteúdo metálico da moeda deve depender necessariamente da dinâmica do seu poder de compra. Se, em vez disso, forem incluídos fatores externos como determinantes da alteração da base de preços, além dos fatores internos, a base de preços perderá sua independência e autonomia. Consequentemente, a base de preços da moeda em um país socialista não poderá se desvencilhar completamente da influência das flutuações de preços e movimentos monetários no mercado capitalista.

Os fatores externos mencionados aqui referem-se à relação com moedas estrangeiras, mas não atuam como um fator independente para alterar a base de preços. Isto porque a taxa de câmbio externa da moeda é, em última instância, decisivamente influenciada pelo valor relativo da moeda no país, ou seja, pelo seu poder de compra interno. Especialmente em uma sociedade socialista, onde é possível bloquear completamente os efeitos provenientes dos movimentos do preço do ouro no mercado capitalista global e das flutuações no poder de compra das moedas dos países capitalistas — devido ao monopólio do comércio e do câmbio —, a relação cambial com moedas estrangeiras não tem influência absoluta sobre o movimento do poder de compra.

A taxa de câmbio da moeda não atua como um fator que determina a mudança na base de preços, mas deve ser considerada como um dos elementos ao estabelecer a amplitude da variação da base de preços. Portanto, mesmo que o poder de compra da moeda dos países capitalistas caia rapidamente e a moeda se desvalorize, não é necessário ajustar a base de preços dos países socialistas de forma correspondente.

A alteração da base de preços ocorre apenas quando há uma mudança no poder de compra interno da moeda, resultando em dificuldades no progresso normal da produção e circulação com base nos critérios anteriores. Nesse momento, pode-se calcular o grau de desvalorização da moeda dos países capitalistas.

A relação de câmbio da moeda não pode ser considerada, nem como o principal fator nem como um fator secundário da variação da base de preços. No entanto, nos últimos anos, tem surgido entre algumas pessoas a tendência de considerar a relação de câmbio da moeda como um dos principais fatores de variação da base de preços em um Estado socialista, o que pode acarretar consequências graves tanto teóricas quanto práticas.

Segundo eles, na sociedade socialista, o valor da moeda é dividido em valor interno e valor externo: o valor interno é representado pelo poder de compra dentro do país, enquanto o valor externo se refere ao poder de compra externo. Assim, ao determinar o conteúdo metálico da moeda, ambos os fatores deveriam ser considerados. Em outras palavras, a variação da base de preços é influenciada tanto pelo poder de compra interno quanto pelo externo da moeda. Eles argumentam que, se os fatores dessa variação forem atribuídos apenas ao poder de compra interno, isso não fornecerá uma base objetiva para determinar a taxa de câmbio com moedas estrangeiras.

O erro teórico dessa argumentação reside em tentar definir os fatores de variação da base de preços com base na divisão do valor da moeda em interno e externo.

O conceito de valor monetário, por si só, é extremamente impreciso. A moeda funciona como um meio de expressão do valor, e, portanto, não pode possuir nenhum valor de troca intrínseco. O conceito de valor monetário não surge a partir do fato de que apenas mercadorias com valor determinado podem desempenhar o papel da moeda.

O conceito de valor monetário só pode ser estabelecido pelos teóricos monetários burgueses que buscam explicar o papel da moeda com base em suas propriedades materiais. Eles negam o fato de que a moeda seja um produto do desenvolvimento da forma de valor e, a partir da ideia de que a moeda é resultado de um acordo entre as pessoas ou de alguma propriedade intrínseca de um material, reconhecem o "valor de troca subjetivo" ou "objetivo" da moeda, e a partir disso extraem o conceito de valor monetário. O conceito de valor monetário acaba sendo, na verdade, nada mais do que o poder de compra da moeda.

Claro, o valor da moeda pode ser condicionado pelo conceito de seu poder de compra. No entanto, dividir o poder de compra da moeda em termos externos e internos não é teoricamente correto. O poder de compra da moeda é determinado pela quantidade de mercadorias que podem ser adquiridas com uma unidade da moeda, e, portanto, depende do nível dos preços. Se a quantidade de metal da unidade monetária permanecer constante, o poder de compra será determinado pela variação dos preços das mercadorias.

No entanto, a questão do poder de compra no mercado internacional deve ser abordada de forma diferente. Aqui, a moeda nacional não pode atuar como intermediária, e apenas o ouro funciona como meio geral de compra e venda. Portanto, o poder de compra de qualquer unidade monetária no mercado internacional é determinado pela quantidade de ouro que ela representa. A rigor, o conceito de poder de compra externo de uma moeda nacional não pode existir de forma independente.

Comumente, os economistas burgueses, sob o conceito de valor externo da moeda, consideram a taxa de câmbio e a chamam imediatamente de poder de compra externo da moeda, mas isso não pode ser assim. Isso é, na realidade, apenas a relação de taxa de câmbio determinada pela quantidade de ouro contida em duas unidades monetárias.

Como foi visto acima, não há necessidade alguma de separar o poder de compra da moeda em termos internos e externos, e dizer que o poder de compra deve ser dividido dessa forma é, na verdade, uma falha em compreender o futuro da moeda como uma moeda global. Além disso, é um fato claro que o "valor externo" em questão, ou seja, a taxa de câmbio, não pode ser um fator determinante na variação da base de preços. Definir a taxa de câmbio como um fator determinante na variação da base de preços é completamente distorcer a relação causal.

A afirmação de que os fatores de variação da base de preços devem ser encontrados não apenas no poder de compra interno da moeda, mas também na taxa de câmbio, não passa de uma importação disfarçada da teoria burguesa, que já foi refutada pela sólida teoria monetária estruturada pela classe operária há muito tempo.

Outro fator que deve ser considerado na variação da base de preços é a relação com o valor do ouro.

Devido à produção social e ao desenvolvimento tecnológico, a eficiência do trabalho no setor de produção de ouro tem aumentado, e a constante diminuição do valor do ouro é um processo legítimo e natural. Essa variação do valor do ouro não é levada em consideração no processo de formação de preços.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"Em 1947, no setor de mineração, era necessário restaurar 31 minas para atender à demanda de ferro e outros minerais úteis. Devemos aumentar consideravelmente a produção de metais não ferrosos e metais preciosos, como ouro, zinco e chumbo." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 3, página 94)

Desde os primeiros períodos após a libertação em nosso país, a produção de ouro foi realizada de forma planificada, e o contato natural entre mercadorias e ouro no processo de circulação de mercado foi eliminado. O monopólio estatal da gestão do ouro, a proibição da circulação de ouro no mercado interno e a superação completa dos efeitos das flutuações no preço internacional do ouro no mercado interno fizeram com que a formação de preços se tornasse independente do processo de variação do valor do ouro. Hoje, os preços planificados se movem de forma independente das flutuações do valor relativo do ouro.

Em nosso país, observando o processo de formação de preços, logo após a libertação, considerando o antigo sistema de preços estabelecido durante o domínio do imperialismo japonês, foram definidos novos preços planificados. Naquela época, os preços estavam parcialmente ligados aos antigos preços formados espontaneamente, influenciados pelas variações no valor do ouro como moeda-mercadoria.

No entanto, após a conclusão da transformação socialista das relações de produção e sob as condições em que as mudanças nos preços das mercadorias no mercado desorganizado deixaram de exercer qualquer influência na economia popular e na vida do povo, a significativa redução dos preços de varejo estatal e o ajuste dos preços dos meios de produção foram realizados de forma completamente desvinculada das variações no valor relativo do ouro.

Nas circunstâncias em que as variações no valor do ouro não exercem nenhuma influência sobre a movimentação dos preços, a relação entre os preços planificados das mercadorias e o valor do ouro é completamente reformulada.

As variações no valor do ouro não são diretamente refletidas de forma inversamente proporcional nos preços das mercadorias, mas podem influenciar o movimento dos preços por meio da alteração da base de preços. Por exemplo, se o valor das mercadorias permanece constante, mas o valor do ouro diminui, o preço planificado expresso em unidade monetária não aumenta, permanecendo inalterado. Somente ao ajustar a base de preços é que a magnitude da redução no valor do ouro pode ser considerada.

Assim, as variações no valor do ouro não levam diretamente a alterações na base de preços.

Sob a condição em que o princípio de formação de preços planificados está em vigor, a variação dos preços em si não ocorre de forma contínua, mas sim de acordo com a mudança no valor da mercadoria. Isso não só significa que o princípio de formação de preços planificados está em vigor, mas também que a lei do valor age por meio do processo de variação do preço em relação ao valor, e está relacionado ao fato de que o Estado socialista utiliza racionalmente esses fenômenos de variação.

Da mesma forma, a base de preços não pode seguir continuamente a variação do valor do ouro, devendo permanecer fixa por um determinado período. Portanto, pode haver uma diferença entre a base de preço legal e a base de preço real. Essa diferença é fundamentalmente distinta da variação que ocorre nos países capitalistas, onde o poder de compra da moeda cai constantemente.

Na variação da base de preços, surgem questões mais complexas em relação à variação dos preços, e, por isso, o período para fixar a base de preços tende a ser mais longo do que o período para fixar o nível de preços. Na formação de preços planificados, é absolutamente necessário fixar a base de preços.

Como mencionado acima, os fatores que regulam a variação da base de preços em uma sociedade socialista são estritamente internos, sendo que os fatores externos só são considerados ao regular a amplitude da base de preços. Claro que, além disso, quando o partido e o Estado estabelecem tarefas para a variação da base de preços, vários condicionantes políticos e organizacionais precisam ser levados em conta. Por isso, os fatores que regulam a variação da base de preços atuam de forma diferente de acordo com o país.

No entanto, o que se pode geralmente apontar é que a variação da base de preços, ao contrário do que ocorre no capitalismo, onde ela age de forma destrutiva no processo de reprodução, pode, na verdade, ter um efeito positivo e ativo no desenvolvimento econômico.

No capitalismo, o ouro não exerce apenas o papel de medida de valor, mas se torna a forma absoluta da riqueza. Por isso, qualquer nova variação na base de preços age de maneira destrutiva, quebrando as relações econômicas já estabelecidas.

No entanto, na sociedade socialista, onde o ouro não pode se tornar a forma absoluta da riqueza, a variação da base de preços, de acordo com as exigências do desenvolvimento equilibrado e planificado da economia popular, permite que a moeda desempenhe melhor a função de medida de valor, garantindo ativamente o progresso equilibrado do processo de reprodução.

Uma política correta de variação da base de preços eleva a confiança interna e internacional da moeda do país, tendo um grande impacto no desenvolvimento da economia popular.

Portanto, a variação da base de preços não é uma simples medida prática econômica, mas faz parte de um conjunto de políticas econômicas do partido e do Estado, que têm grande significado econômico e político. O significado político-econômico importante do câmbio monetário realizado em fevereiro de 1959 em nosso país está precisamente aqui.

5.2 O caráter e significância do câmbio monetário de 1959

O câmbio monetário de 1959, preparado pelo grande Líder de nosso partido e povo, camarada Kim Il Sung, não foi uma medida que visava apenas a alteração da base de preços.

Se a reforma monetária de 1947 visava liquidar todas as consequências do sistema monetário colonial deixado pelo imperialismo japonês e estabelecer um sistema monetário com conteúdo socialista, o câmbio monetário de 1959 teve como missão principal aumentar a confiança interna e internacional do "won", ajustando a base de preços de acordo com as mudanças nos setores de produção, circulação e finanças do país, com base no sistema monetário socialista já consolidado. Portanto, essa medida não teve o caráter reformista, nem a característica de uma simples estabilização monetária, como a reforma monetária de 1947. Foi uma política monetária criativa adotada para maximizar a superioridade do sistema monetário socialista.

A necessidade do câmbio monetário de 1959, que envolvia a variação da base de preços, foi determinada pelo rápido desenvolvimento da economia popular e pelas mudanças nas condições socioeconômicas do país.

Com a conclusão da reforma socialista das relações de produção e o estabelecimento do domínio exclusivo das relações de produção socialistas, a função dual da moeda deixou de existir. Após a libertação, quando existiam diversas formas econômicas, a moeda assumiu um novo caráter ao servir ao processo de reprodução socialista na forma econômica socialista, mas, ao mesmo tempo, manteve uma série de elementos inerentes à moeda antiga nas economias de capitalistas privados e pequenos produtores. A mesma moeda, em determinados momentos, servia ao desenvolvimento da forma econômica socialista, enquanto, em outros, atuava de forma negativa nas mãos de elementos capitalistas privados e pequenos produtores.

Com a conclusão da reforma socialista das relações de produção, a moeda deixou de exercer qualquer influência negativa sobre o curso normal do processo de reprodução socialista e passou a assumir plenamente um novo caráter que reflete inteiramente as relações de produção socialistas. Isso significa que o poder de compra da moeda passou a depender completamente das diversas mudanças que ocorrem no processo de produção e circulação socialista. A conclusão da reforma socialista das relações de produção criou condições favoráveis para a elevação do poder de compra da moeda.

Os grandes avanços alcançados na construção socialista no pós-guerra tornaram-se a base material para o câmbio monetário.

No processo de implementar a linha básica de construção econômica socialista de nosso Partido, foi solidamente estabelecida a base de uma economia nacional autossuficiente, superando-se o caráter colonial e a defasagem tecnológica da economia deixados pelo imperialismo japonês. Foram estabelecidas bases para a indústria pesada e leve, e a base material e técnica da agricultura socialista foi gradualmente fortalecida, modernizando-se as forças produtivas da indústria e da agricultura com tecnologia avançada. Com isso, nosso país transformou-se rapidamente de um país agrário atrasado em um Estado industrial-agrário.

Devido às grandes mudanças ocorridas em toda a estrutura econômica, a economia popular passou a se desenvolver de maneira sem precedentes.


년도 (ano), 지표 (índice, indicador), 국영 및 협동단체 공업총생산액의 장성 (Crescimento do valor total da produção industrial estatal e das cooperativas) e 알곡총수확고의 장성 (Crescimento total da colheita de cereais)

O rápido crescimento da indústria e da agricultura teve como premissa o aumento correspondente dos investimentos em construção básica. No período de 1954 a 1956, o investimento estatal em construção básica aumentou em 188%. Esse aumento nos investimentos em construção básica e o rápido ritmo de desenvolvimento da indústria e da agricultura contribuíram para um aumento acelerado na produção de diversos produtos, incluindo produtos industriais e agrícolas.

O que deve ser especialmente destacado no aumento da produção de produtos é o fato de que, após a reunião plenária do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia em junho de 1958, as fábricas da indústria local construídas em cada província não apenas aceleraram a produção de produtos da indústria leve, mas também se tornaram uma base gigante capaz de satisfazer as diversas necessidades dos residentes.

Esse crescimento na produção acelerou a circulação de mercadorias, e o estado da rede comercial e do volume de circulação de mercadorias nos anos pós-guerra é o seguinte.


상업망수 (rede comercial) e 소매상품류통규모 (escala de circulação de mercadorias de varejo)

Com base no crescimento da produção e na expansão da circulação de mercadorias, a circulação monetária do país se recuperou das consequências da guerra em um curto período após a guerra, e agora se encontra em uma base sólida de mercadorias. Como resultado disso, a receita em dinheiro proveniente da rede de circulação de mercadorias no varejo, administrada por entidades estatais e cooperativas, aumentou em 125,9% em 1958, em comparação com 1957, do total de dinheiro que entrou no Banco Central.

Com o aumento da produção, uma série de outros indicadores econômicos também melhoraram. A produtividade do trabalho aumentou rapidamente nos anos seguintes à guerra, e, com base nisso, o custo de produção dos produtos diminuiu a cada ano.


년도별 공업부문 로동생산 능률의 장성 (Crescimento da produtividade do trabalho no setor industrial por ano) e 공업생산물원가의 년도별 (Custo de produção de bens industriais por ano)

Com o aumento da produção e a redução sistemática dos custos, uma base financeira sólida para o câmbio monetário também foi estabelecida. Com base nas receitas de transações e lucros das empresas estatais, que aumentaram a cada ano após a guerra, a receita fiscal geral cresceu, e foi observado um superávit em relação aos gastos de considerável magnitude.

Com a melhoria dos indicadores econômicos e o fortalecimento da base financeira, foi possível continuar reduzindo os preços de uma série de produtos, incluindo o preço de varejo do Estado. Entre 1953 e 1958, os preços foram reduzidos sete vezes, o que aumentou rapidamente o poder de compra do "won". As condições socioeconômicas criadas em nosso país nos anos pós-guerra, como a conclusão da reforma socialista das relações de produção, o rápido desenvolvimento da economia nacional, o fortalecimento da base financeira do Estado e a melhoria da circulação monetária, estabeleceram as condições sociais, materiais e financeiras necessárias para o câmbio monetário. Em 1959, a política monetária refletiu essas condições e foi implementada.

O câmbio monetário de 1959, por meio da alteração da base de preços, fortaleceu ainda mais a circulação monetária, adaptando-a às novas condições socioeconômicas.

Nesse contexto, embora a circulação monetária tenha sido melhorada e as condições socioeconômicas para sua consolidação estejam solidamente estabelecidas, surge a questão: por que foi necessário tomar medidas urgentes, como o câmbio monetário?

O câmbio monetário de 1959 foi uma política monetária implementada com base no cálculo preciso da relação entre o conteúdo metálico da unidade monetária emitida em 1947 e seu poder de compra real.

A demanda por instrumentos de circulação aumentou rapidamente, e o poder de compra da moeda mudou significativamente, mas o conteúdo metálico permaneceu inalterado como antes. Esclarecer se entre esses dois fatores surgiu uma relação de desequilíbrio ou se foi alcançada uma relação de equilíbrio adequado permite resolver a questão de qual política monetária é mais apropriada para consolidar a circulação monetária.

A moeda emitida em 1947, embora tenha atuado com um novo caráter baseado principalmente nas relações de produção socialistas, não conseguiu romper completamente os vínculos com o poder de compra da antiga moeda e o conteúdo metálico antigo. Isso ocorreu porque vestígios do sistema de preços antigo permaneciam nos preços das mercadorias e nas relações de mercado.

A unidade monetária das notas do Banco Central da Coreia do Norte foi fortalecida incomparavelmente em relação à unidade monetária das antigas notas do "Banco da Coreia".

As notas do "Banco da Coreia" praticamente não possuíam garantia metálica e, especialmente após o imperialismo japonês suspender completamente a conversibilidade da moeda doméstica em ouro, o poder de compra das notas do "Banco da Coreia" despencou sob a influência de uma inflação crônica.

A depreciação dessas notas bancárias, devido à emissão descontrolada cujo objetivo era a ruína da economia coreana, foi acelerada com a derrota do imperialismo japonês.

Até pouco antes da reforma monetária de 1947, as notas do "Banco da Coreia", que haviam se depreciado gravemente, ainda estavam em circulação, e isso começou a entrar em conflito com os preços estatais que estavam gradualmente sendo formados sob novos princípios.

Com o aumento gradual da participação da forma econômica socialista, tanto no campo da produção quanto na circulação, os preços dos produtos não apenas adquiriram um caráter mais planificado e se estabilizaram, como também ficaram significativamente mais baixos em comparação aos preços do mercado livre.

Os preços estatais estavam estabilizados, e seu alcance continuava sendo expandido, mas a unidade monetária permanecia inalterada. Essa contradição tornou-se um obstáculo para que a moeda desempenhasse sua função como meio de circulação e pagamento normal dentro do âmbito dos preços estatais. Por meio das mudanças na base de preços realizadas na reforma monetária de 1947, foi possível estabelecer uma base de preços que refletisse com precisão a dinâmica dos preços estatais.

A unidade monetária de 1947 permaneceu inalterada por mais de 11 anos, até o câmbio monetário de 1959.

Enquanto a unidade monetária do Banco Central da Coreia do Norte permaneceu inalterada por um longo período, seu poder de compra variou constantemente. Por exemplo, o índice de preços de varejo do mercado de Pyongyang em 4 de dezembro de 1947, com base 100, caiu para 68,3% no primeiro trimestre de 1948, 56,2% no segundo trimestre e 52,2% no terceiro trimestre. Em 1960, os preços no mercado organizado estavam 51% mais baixos do que em 1953. Isso significa que, embora a unidade monetária não tenha sofrido alterações, o poder de compra da moeda aumentou unilateralmente.

Uma certa quantidade de ouro, estabelecida como base de preços, pode continuar sendo uma unidade de expressão de preços, independentemente de como seu valor varie. No entanto, também há limites para isso.

Originalmente, quando uma certa quantidade de ouro é estabelecida como base de preços, avalia-se se ela é adequada ou não para expressar o nível de preços. Caso contrário, a base de preços estabelecida pode não garantir adequadamente o movimento dos preços dos produtos. Isso significa que deve existir uma relação específica entre a quantidade de ouro e o valor dos produtos, estabelecida como base de preços. Quando essa relação ainda não foi definida e sofre mudanças significativas, devem ser tomadas as medidas correspondentes.

Em condições gerais, onde existe uma relação moeda-mercadoria, estabelece-se uma relação de valor específica entre a quantidade de ouro e todos os produtos que entram em circulação. No entanto, essa relação varia de acordo com o nível de crescimento das forças produtivas e da produtividade do trabalho, assim como de país para país.

O problema é que, quando essa variação se inclina para um determinado lado, a relação de valor previamente estabelecida muda, e, portanto, é necessário adotar medidas para alcançar um novo equilíbrio.

Essas medidas podem incluir uma reforma monetária, além de várias formas de ajuste de preços. A escolha de qual tipo de política adotar dependerá das condições específicas. No entanto, de forma geral, quando ocorre uma grande discrepância entre o valor do ouro e os preços dos produtos, podem ser aplicadas medidas mais rigorosas para restabelecer o equilíbrio.

Entre a reforma monetária de 1947 e a implementação do câmbio monetário em 1959, não houve alterações na unidade monetária. No entanto, o aumento unilateral do poder de compra da moeda significa que ocorreu uma discrepância na relação de valor entre o ouro e os produtos, indicando a presença de um fenômeno de distorção nessa relação.

Se essa discrepância não fosse ajustada e a antiga base de preços fosse mantida, poderia ocorrer um aumento unilateral na quantidade de dinheiro em circulação, devido à crescente demanda por meios de troca à medida que a produção se expandia. Isso já deixou claro que a unidade monetária estabelecida pela reforma de 1947 era extremamente inadequada como meio de expressão para uma base de preços em declínio sistemático. Com a moeda antiga, tornou-se difícil refletir as flutuações anuais nos preços dos produtos. Especialmente nas relações exteriores, a moeda antiga não conseguia representar adequadamente a situação econômica do nosso país. 

Assim, quando o poder de compra da moeda aumentava sistematicamente, tornou-se necessário proibir a circulação da moeda antiga e emitir uma nova moeda, a fim de mudar a base de preços.

A mudança na base de preços realizada através do câmbio monetário de 1959, por um lado, se tornou um fator para fortalecer ainda mais a circulação monetária, ajustando-se às condições socioeconômicas existentes. Por outro lado, também permitiu que a moeda desempenhasse de maneira mais eficiente e conveniente suas funções de meio de pagamento e de troca no sistema de circulação.

O conteúdo básico e as características do câmbio monetário de 1959 são os seguintes:

Primeiramente, a troca entre a antiga moeda e a nova moeda ocorreu na proporção de 100 para 1, com 100 unidades da antiga moeda sendo trocadas por 1 unidade da nova. Esta medida constituiu a base do câmbio monetário de 1959 e significou que a nova base de preços foi fortalecida 100 vezes em relação à unidade monetária antiga, representada pelas notas do Banco Central da Coreia do Norte. A troca na proporção de 100:1 não causou prejuízos para as pessoas que possuíam dinheiro, pois todas as expressões monetárias, como preços de mercadorias, tarifas de serviços e custos de vida, foram reavaliadas e recalculadas de acordo com essa taxa de câmbio.

Em segundo lugar, o câmbio monetário foi realizado de forma ilimitada e sem discriminação. Graças a essa medida, não houve necessidade de distinções nas trocas entre diferentes classes de residentes, nem limitações quanto ao montante da moeda a ser trocada. Assim, a unicidade da taxa de câmbio e a ilimitada escala de troca tornaram-se características importantes desse câmbio monetário.

Em terceiro lugar, a estrutura nominal da nova moeda consistia em notas de 100, 50, 10, 1 won e 50 jen emitidas pelo Banco Central, além de moedas de 10, 5 e 1 jon. Essa medida foi tomada com base nas condições técnico-econômicas da circulação monetária, refletindo a expectativa de que a proporção de circulação de moedas de baixo valor aumentaria rapidamente, dada a fortificação da base de preços. Com essa mudança, as unidades de valor mais baixo passaram a circular mais amplamente, e, considerando sua velocidade de circulação relativamente rápida, elas foram substituídas da forma de papel-moeda para a forma de moedas.

Uma característica notável na estrutura nominal da moeda foi a manutenção de notas de alto valor, como as de 50 won e 100 won, sob a nova base de preços. Essa medida foi tomada em resposta ao rápido aumento da renda monetária da população e ao fortalecimento das relações moeda-mercadoria em geral.

A razão pela qual as notas de grande valor continuam existindo é para facilitar o armazenamento temporário de grandes quantias de dinheiro ou para atender a grandes pagamentos, proporcionando conveniência para os residentes, instituições e empresas.

Em quarto lugar, todos os cálculos de bens, taxas de serviço, tarifas, custo de vida, dívidas, títulos e outros cálculos monetários foram reavaliados na proporção de 100 para 1. Isso é um resultado natural, pois o câmbio monetário de 1959 apenas alterou a base de preços. Aqui, a taxa de recálculo foi determinada pela amplitude da variação da base de preços.

O câmbio monetário, com o conteúdo acima descrito, é uma utilização racional da legalidade da mudança da base de preços em uma sociedade socialista, possuindo características únicas que a diferenciam de qualquer reforma monetária anterior.

A característica importante do câmbio monetário de 1959 é que, acima de tudo, ele se limitou a alterar a base de preços, sem trazer qualquer transformação fundamental para o sistema monetário.

Como é claramente indicado no objetivo e no conteúdo do câmbio monetário, essa operação não alterou em nada o conteúdo do novo sistema monetário, cujo fundamento foi estabelecido pela reforma monetária de 1947.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"Um aspecto importante para consolidar e desenvolver os resultados da reforma democrática e fortalecer as bases da economia nacional autosustentada é realizar a reforma monetária, estabelecer um sistema monetário único e criar um sistema financeiro e monetário independente." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 3, página 517)

O novo sistema monetário estabelecido pela reforma monetária de 1947, embora com uma história recente, não apenas superou as difíceis provações da grande Guerra de Libertação da Pátria contra os invasores imperialistas estadunidenses, mas também, sem recorrer a métodos drásticos como novas reformas monetárias, conseguiu superar os efeitos da guerra em um curto período e garantir a circulação estável da moeda. Isso demonstra que o sistema monetário estabelecido em nosso país desempenha um papel ativo no impulso ao desenvolvimento social e econômico.

Especialmente ao observar as circunstâncias após a guerra, pode-se perceber que não havia condições especiais para reformar o sistema monetário já estabelecido.

Durante o período pós-guerra, a circulação monetária foi constantemente estabilizada de acordo com as mudanças nos setores de produção e circulação, por isso não foi necessário adotar medidas para elevar o valor das unidades monetárias depreciadas, nem eliminar as antigas unidades ou estabelecer novas. Apenas surgiu a necessidade de ajustar racionalmente os valores nominais da moeda, alterando a base de preços de acordo com o aumento contínuo do poder de compra da moeda.

O conceito original de reforma monetária inclui a reestruturação do próprio sistema monetário, a eliminação das antigas unidades monetárias depreciadas e o estabelecimento de novas unidades monetárias, além de várias outras transformações no campo da circulação monetária.

No entanto, o câmbio monetário de 1959, que tinha como único objetivo a mudança do peso metálico das unidades monetárias existentes, não se encaixa de forma alguma no conceito de reforma monetária. Ele não causou nenhuma transformação fundamental em nenhuma área, como o sistema de emissão de moeda, a unidade monetária representada por "won" ou a organização da circulação monetária.

Assim, como o novo câmbio monetário não possuía de forma alguma as características de uma reforma monetária, não foi denominado reforma monetária, mas sim câmbio monetário.

Além disso, como o câmbio monetário de 1959 ocorreu em uma condição social onde a classe exploradora foi eliminada e o domínio total da forma econômica socialista foi estabelecido, não houve necessidade de diferenciação por classe no câmbio, e medidas idênticas foram adotadas em todas as camadas da sociedade. A natureza popular do câmbio monetário também se refletiu no fato de que, por meio da alteração da base de preços, nenhum residente sofreu perdas na troca.

Outra característica importante do novo câmbio monetário é que ele foi realizado em um contexto administrativo no qual o poder de compra do "won" continuava crescendo e a circulação monetária do país se estabilizava ainda mais.

O fato de que essa política monetária foi implementada sob condições de aumento do poder de compra da moeda pode ser confirmado pelo fato de que não houve a realização de um processo de recolhimento excessivo de moeda durante o câmbio monetário.

Se houvesse moeda em excesso circulando no mercado, ultrapassando a demanda de circulação, ela teria sido retirada por meio do câmbio monetário.

No entanto, na prática, esse trabalho não foi realizado. Isso pode ser verificado ao analisar a relação mútua entre a quantidade de moeda que entrou no sistema de circulação e o total de mercadorias.

Partindo do pressuposto de que o câmbio monetário em si não provoca nenhuma alteração na velocidade de circulação da moeda, a análise da mudança na relação entre o total de mercadorias e a quantidade de moeda em circulação revela se, durante o câmbio monetário, ocorreu a retirada de moeda excedente ou a emissão adicional de moeda. Se, após o câmbio, a proporção do total de mercadorias em relação à quantidade de moeda em circulação aumentou em comparação com antes do câmbio, isso indicaria que ocorreu a retirada de moeda excedente no processo de circulação. Por outro lado, se a proporção da moeda em circulação aumentou, isso significaria que moeda adicional foi emitida no processo de circulação. Se essa relação não mudou após o câmbio, tal como antes dele, isso indicaria que não houve nem a retirada de moeda excedente nem a emissão de moeda adicional no processo de circulação.

No entanto, no câmbio monetário de 1959, a reavaliação da base de preços das mercadorias ocorreu no mesmo nível da taxa de câmbio entre a moeda antiga e a nova, de modo que não houve nenhuma mudança na relação entre o total de mercadorias e a quantidade de moeda em circulação. Isso significa que, antes do câmbio, a quantidade de moeda em circulação já estava ajustada às necessidades da circulação, e, portanto, durante o processo de câmbio monetário, não ocorreu a retirada de moeda excedente.

Em relação a essa característica do câmbio monetário de 1959, essa operação de câmbio criou um novo método de estabilização monetária que não havia sido conhecido até então.

Até agora, vários métodos, como "recuperação de valor", desvalorização e a introdução de novas unidades monetárias, foram aplicados com o objetivo de recuperar o valor relativo da moeda desvalorizada. No entanto, o novo câmbio monetário estabeleceu uma forma completamente diferente de estabilização monetária, baseada na mudança da base de preços.

A elevação da base de preços é fundamentalmente diferente dos métodos de estabilização monetária, como a desvalorização, a "mudança de denominação da moeda", em termos de seus objetivos e métodos.

A desvalorização e a "mudança de denominação da moeda" são métodos aplicados como meios para a recuperação do valor de uma moeda desvalorizada e instável, geralmente quando a inflação avançou a ponto de representar um risco significativo para a acumulação de capital, ou seja, quando a exploração por métodos inflacionários ultrapassa certos limites e começa a afetar de forma destrutiva o processo de reprodução capitalista. Esses métodos de estabilização monetária são, em essência, apenas instrumentos para formalizar as consequências econômicas da inflação, e sua natureza de classe reside no fato de que, por meio da estabilização monetária, não apenas a quantidade de dinheiro em circulação, mas também a renda dos cidadãos, é reorganizada de forma a beneficiar a classe capitalista, enquanto a renda em moeda dos trabalhadores é explorada ainda mais por meio da inflação.

No entanto, o objetivo do câmbio monetário de 1959 era fortalecer ainda mais o conteúdo metálico do "won", que já havia se tornado uma moeda sólida. Assim, foi uma medida tomada em uma situação onde o poder de compra da moeda continuava aumentando. Esse câmbio monetário não foi uma forma de diminuir a base de preços ou de substituir uma moeda de valor instável por uma moeda de valor estável, mas sim uma maneira de garantir a estabilidade monetária em um nível mais alto, elevando a base de preços.

Claro, o método de elevar a base de preços também é utilizado no capitalismo. Um dos métodos para elevar a base de preços é eliminar completamente as cédulas depreciadas e emitir uma nova moeda. Observando a história dos sistemas monetários do mundo, pode-se encontrar exemplos de muitos países que alteraram sua base de preços.

No entanto, elevar a base de preços nos países capitalistas, em essência, não passa de um meio para restaurar o valor da moeda depreciada. Assim, difere fundamentalmente da elevação da base de preços de uma moeda sólida em uma sociedade socialista.

Em seguida, a característica importante do câmbio monetário de 1959 reside na unicidade da taxa de câmbio e na ausência de limites na escala de troca, expressando uma particularidade no método de câmbio. Essa particularidade é determinada pela natureza e pelas características específicas do câmbio monetário.

A unicidade da taxa de câmbio significa que a taxa de troca entre a moeda antiga e a nova é igual para todos, independentemente da posição social, de classe ou das diferenças patrimoniais do solicitante, bem como se é uma organização ou um indivíduo. A ausência de limites na escala de troca significa que o montante de câmbio entre a moeda antiga e a nova, conforme estipulado pela decisão do Conselho de Ministros da República Popular Democrática da Coreia, não possui restrições.

Seja a ausência de limites na escala de troca ou a unicidade da taxa de câmbio, esses são métodos que não podem ser aplicados em reformas ou câmbios monetários destinados a substituir uma moeda de valor instável por uma moeda de valor pleno. Nas políticas monetárias cujo objetivo é retirar parte da moeda em circulação, seria impossível eliminar completamente o excesso de moeda no sistema de circulação sem aplicar diferentes taxas de câmbio para cada residente e instituição ou sem impor limites à escala de troca.

Outra característica do câmbio monetário de 1959 foi a introdução, pela primeira vez, da circulação de moedas cunhadas na esfera da circulação monetária do nosso país.

O início da circulação de moedas cunhadas, com o câmbio monetário como marco, estava relacionado à necessidade de emitir uma moeda que pudesse desempenhar plenamente as funções de meio de circulação e pagamento, além de facilitar os trabalhos de contabilidade, que eram objetivos deste projeto de câmbio. Em particular, considerou-se que a circulação de moedas cunhadas poderia contribuir significativamente para o funcionamento normal do comércio socialista, que se desenvolveria ainda mais no futuro.

As características do câmbio monetário de 1959, como as mencionadas, demonstram de maneira consistente que foi implementada uma política monetária baseada na elevação da base de preços.

O câmbio monetário de 1959 foi, em seguida, uma política monetária que demonstrou de maneira completa a superioridade do sistema monetário socialista estabelecido em nosso país. Este é o significado importante do câmbio monetário.

A superioridade do sistema monetário socialista se expressa no fato de que o câmbio monetário foi realizado no processo contínuo de consolidação da circulação monetária.

Enquanto nos países capitalistas a reforma monetária e o câmbio monetário são adotados como medidas de estabilização para restaurar o valor da moeda depreciada, o câmbio monetário de 1959 em nosso país foi uma medida para aumentar ainda mais o prestígio da moeda sólida. Essa diferença fundamental decorre do caráter socialista do sistema estabelecido em nosso país.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"A emissão de uma nova moeda tem grande significado ao estabilizar a vida econômica do povo, consolidar a base econômica do Estado sobre uma fundação sólida e estabelecer as bases monetárias e financeiras do governo central que será criado no futuro." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 3, página 519)

Nosso sistema monetário, ao contrário do sistema monetário capitalista, possui um sistema de circulação monetária baseado na garantia de mercadorias, o que impede a ocorrência de desvalorização da moeda. Na prática, o Partido e o Estado implementam medidas ativas para garantir que não ocorram fenômenos de desvalorização da moeda na circulação monetária.

A legitimidade da política monetária de nosso Partido se revela de maneira mais clara através de uma série de medidas que garantem a correta relação entre a circulação de mercadorias e a circulação monetária, bem como entre o sistema de preços e o sistema de circulação monetária.

Quando os países socialistas realizam reforma monetária ou câmbio monetário, questão de como ajustar a relação entre a circulação de mercadorias e a circulação monetária, bem como entre o sistema de preços e o sistema de circulação monetária, é resolvida de acordo com o grau de solidez da moeda do país. Ao mesmo tempo, a resolução precisa dessa questão tem um impacto significativo na estabilidade da circulação monetária.

O Partido e o Estado, ao realizar o câmbio monetário em 1959, tiveram que resolver a relação mútua entre a circulação monetária e a circulação de mercadorias, algo que não foi necessário na reforma monetária de 1947. De maneira geral, para provocar uma transformação na circulação monetária, é necessário também tratar dos problemas relacionados à circulação de mercadorias. Isso ocorre porque uma das vantagens do sistema monetário socialista é que ele distingue claramente entre a circulação de mercadorias e a circulação monetária.

Na época da reforma monetária de 1947, considerando-se que o Estado ainda não havia assumido o controle da maior parte da circulação de mercadorias no mercado interno, as tarefas da reforma monetária não estavam diretamente vinculadas às demandas que surgiam no âmbito da circulação de mercadorias.

Posteriormente, no processo de construção econômica, à medida que toda a esfera da circulação de mercadorias foi gradualmente incluída na planificação estatal e a quantidade de mercadorias no mercado passou a ser propriedade estatal ou de organizações cooperativas, estabeleceu-se uma relação mútua normal entre a circulação monetária e a circulação de mercadorias. Essa relação passou a ser ajustada pela planificação estatal. Assim, no câmbio monetário de 1959, não foi necessário alterar ou reajustar essa relação mútua já estabelecida.

O problema residia apenas na necessidade de medidas para manter inalteradas a relação mútua já formada entre a circulação de mercadorias e a circulação monetária, bem como os mecanismos que conectam essas duas esferas. Caso o câmbio entre a moeda antiga e a nova fosse realizado em uma proporção fixa, sem prever nenhuma mudança na esfera da circulação de mercadorias, a relação mútua já estabelecida entre a circulação de mercadorias e a circulação monetária poderia ser significativamente alterada, resultando na retirada de uma certa proporção da moeda da circulação.

No câmbio monetário de 1959, foram tomadas medidas integradas que combinaram de forma orgânica as esferas da circulação monetária e da circulação de mercadorias. Os preços das mercadorias foram reavaliados na mesma proporção aplicada na troca entre a moeda antiga e a nova. Essa foi uma medida adotada com o objetivo de manter a relação mútua já estabelecida entre a circulação monetária e a circulação de mercadorias.

Essa característica, demonstrada na garantia da relação mútua entre a circulação monetária e a circulação de mercadorias, foi refletida igualmente na garantia da conexão entre o sistema de preços e o sistema de circulação monetária.

A reforma monetária de 1947 foi realizada em condições nas quais o sistema estatal de preços ainda não controlava toda a circulação de mercadorias do país, de modo que as mudanças ocorridas na esfera da circulação monetária não puderam se basear exclusivamente no sistema estatal de preços planificados.

No entanto, no câmbio monetário de 1959, adotou-se o método de fortalecer a circulação monetária baseando-se inteiramente no sistema estatal único de preços, consolidado ao longo do processo de construção econômica. Isso significa que, na relação entre o sistema estatal de preços e o sistema de circulação monetária, não houve nenhuma mudança antes ou depois do câmbio monetário.

O fato de que não ocorreu nenhuma mudança na relação mútua entre a circulação de mercadorias e a circulação monetária, bem como entre o sistema de preços e o sistema de circulação monetária, demonstra que o câmbio monetário de 1959 não teve qualquer impacto na renda monetária ou na renda real da população. Assim, o câmbio monetário de 1959 foi uma política monetária que garantiu a estabilidade da moeda sem reajustar a parcela da renda nacional destinada ao Estado ou à população.

Essa característica do câmbio monetário de 1959 está relacionada ao fato de ter sido realizado com base em uma moeda sólida e uma circulação monetária estável.

A importância do câmbio monetário em 1959 reside no fato de que ele elevou o papel da moeda na economia popular e permitiu um melhor ajuste da circulação monetária.

Através do câmbio monetário, houve uma alteração na composição das denominações das moedas e na base de preços, de modo a tornar mais conveniente a circulação e o cálculo. Isso significa que a nova moeda foi criada de acordo com as exigências da circulação, tanto no aspecto técnico quanto no aspecto da forma de valor.

Além disso, o câmbio monetário eliminou completamente as condições que poderiam afetar negativamente o controle planificado da circulação monetária interna, como o desaparecimento ou desgaste de uma certa quantidade de moeda antiga, que havia ocorrido após a reforma monetária de 1947. Isso significa que uma base sólida foi estabelecida para uma organização normal da circulação monetária.

Tudo isso indica que a nova moeda passou a exercer um papel mais forte na produção e na circulação.

A troca de moeda antiga por nova também teve a importância de aumentar consideravelmente a taxa de câmbio do "won" em relação às moedas estrangeiras, o que permitiu destacar mais uma vez a superioridade do sistema monetário do nosso país.

A base de preços do "won" é, em última instância, uma forma de expressão externa do poder de compra interno da moeda. Assim, o aumento da base de preços do "won" afetou diretamente a taxa de câmbio da nossa moeda em relação às moedas estrangeiras.

Em particular, a emissão da nova moeda, realizada sob as condições de uma inflação crescente na parte sul da península sob a ocupação estadunidense, destacou claramente a superioridade do sistema monetário socialista e a fraqueza do sistema monetário capitalista para todo o povo coreano. Assim, o câmbio monetário desempenhou um papel ativo em fortalecer o desejo do povo no sul da península pelo sistema socialista do nosso país e em estimular com força a sua luta pela reunificação da pátria.

6. Método fundamental de consolidação da circulação monetária

6.1 A consolidação da circulação monetária e o poder de compra do won

O grande líder do nosso Partido e do nosso povo, camarada Kim Il Sung, elucidou o significado político e econômico da solidificação da circulação monetária e forneceu uma solução abrangente para as principais medidas que garantem essa consolidação.

A consolidação da circulação monetária deve ser garantida para que a estreita conexão entre as cidades e o campo, o desenvolvimento planificado da economia popular e a melhoria constante do bem-estar do povo possam ser alcançados de maneira eficaz.

Originalmente, a consolidação da circulação monetária é um conceito complexo e abrangente. Sua essência e as condições para sua garantia variam conforme o sistema social.

No sistema monetário socialista, a consolidação da circulação monetária é mantida de forma concreta ao aumentar o poder de compra da moeda, garantir de maneira adequada o equilíbrio entre a quantidade de moeda em circulação e a quantidade de mercadorias, e melhorar continuamente a organização da circulação monetária.

A base para a implementação da política do nosso Partido para a solidificação da circulação monetária é aumentar o poder de compra da moeda.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"Com as corretas medidas do partido e do governo para a estabilidade e solidificação da moeda, a circulação monetária foi aprimorada após a guerra, o valor da moeda foi solidificado e a inflação foi evitada." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 10, página 207)

Aumentar o poder de compra da moeda é a base para fortalecer a solidez da circulação monetária, e isso está relacionado às características fundamentais do sistema monetário de nosso país, que se baseia na circulação de notas bancárias.

Dado que as notas do Banco Central constituem a base da circulação monetária, é necessário cumprir rigorosamente os requisitos da lei da circulação monetária, a fim de garantir sua estabilidade.

Em lugares onde a moeda metálica está em circulação e o sistema de cunhagem livre é mantido, o problema da consolidação da circulação monetária não surge como uma questão independente. Isso ocorre porque, através de um processo de circulação espontâneo, o poder de compra correspondente da unidade monetária é mantido. Portanto, nos países capitalistas, durante o período em que o padrão-ouro foi adotado, o problema da consolidação da circulação monetária não era amplamente discutido. Contudo, com o colapso do padrão-ouro e a substituição por uma circulação dominada apenas pelos representantes da moeda, o problema passou a se tornar um importante alvo das políticas econômicas do Estado.

Atualmente, nos países capitalistas, a questão de alcançar a relativa estabilidade da moeda surge como uma medida urgente para restaurar os sistemas de circulação monetária que estão em colapso. No entanto, devido às contradições inerentes ao próprio sistema capitalista, esses países não conseguem adotar métodos que garantam a consolidação da moeda. Pelo contrário, acabam intensificando ainda mais o caos no sistema de circulação monetária.

No entanto, nos países socialistas, a questão da consolidação da circulação monetária é resolvida através da aplicação planificada das exigências da lei da circulação monetária.

As exigências da lei da circulação monetária são atendidas estabelecendo-se uma relação mútua precisa entre a quantidade necessária de moeda e a quantidade de moeda em circulação nas condições em que apenas os símbolos monetários circulam. Isso significa que atender às exigências da lei da circulação monetária se manifesta, em última análise, como a consolidação da circulação monetária.

A relação mútua entre a quantidade necessária de moeda e a quantidade de moeda em circulação caracteriza-se, essencialmente, por uma aproximação contínua da quantidade em circulação à quantidade necessária. Essa aproximação ocorre por meio do aumento ou redução da moeda em circulação, sendo que a quantidade em circulação varia em torno da quantidade necessária. Assim, para estabelecer uma relação mútua precisa entre essas quantidades, é fundamental calcular corretamente os fatores que influenciam a variação da quantidade necessária de moeda, ou seja, o volume de mercadorias que entram no mercado organizado a preços fixos e o estado da organização da circulação monetária.

Especialmente na condição atual da organização da circulação monetária, determinar com precisão a quantidade necessária de moeda de forma direta é uma tarefa praticamente difícil. Por isso, calcular os diversos fatores que influenciam o nível do poder de compra da moeda e adotar as medidas correspondentes têm um significado prático para consolidar a estabilidade monetária.

O poder de compra da moeda é expresso pela quantidade de mercadorias que pode ser adquirida com a unidade monetária correspondente. Portanto, é evidente que há uma relação estreita entre os fatores que influenciam o nível do poder de compra da moeda e os fatores que determinam o volume da moeda em circulação.

Para determinar a quantidade de moeda em circulação, atuam simultaneamente o volume total de mercadorias, seus preços e a velocidade de circulação da moeda. Já para determinar o poder de compra da moeda, é necessário considerar, além dos preços das mercadorias, o volume de mercadorias, o total de moeda em circulação e a sua velocidade de circulação.

Os fatores que influenciam a determinação do poder de compra da moeda ou da quantidade de moeda em circulação podem diferir em seus métodos de combinação e direções de atuação, mas podem ser considerados essencialmente os mesmos. Isso está relacionado ao fato de que tanto o poder de compra da moeda quanto a quantidade de moeda em circulação, em última análise, convergem para assegurar a estabilidade da circulação monetária.

A partir disso, analisar o nível do poder de compra da moeda e, com base nisso, identificar meios de aumentá-lo equivale a resolver a questão da estabilização da circulação monetária.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"O mais importante na aplicação da lei do valor é estabelecer corretamente os preços das mercadorias." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 23, página 462)

A questão dos preços das mercadorias é o problema mais importante ao aplicar a lei do valor e as categorias econômicas e espaços econômicos relacionados a ela.

Os fatores econômicos que afetam o nível do poder de compra da moeda são, de fato, os preços das mercadorias. Isso ocorre porque, a menos que haja uma alteração na base de preços, a quantidade de mercadorias representada por uma unidade de moeda depende, antes de tudo, do nível dos preços.

O ponto a ser considerado aqui é a questão do conteúdo do nível de preços.

Em geral, o conceito de preço dos produtos inclui o preço de todos os tipos de produtos e serviços, e, sem esclarecer previamente seu conteúdo, pode surgir certa confusão ao estabelecer as medidas para aumentar o poder de compra da moeda.

Os fatores que regulam o poder de compra da moeda, em relação ao nível de preços, não incluem os preços de todos os tipos de produtos, mas apenas os preços dos produtos de consumo individual, tarifas de serviços e o nível dos preços de compra de produtos agrícolas. Em outras palavras, o nível dos preços de venda no mercado organizado e no mercado agrícola, e os preços dos serviços relacionados ao consumo pessoal, são os que impactam diretamente o poder de compra da moeda. O nível dos preços dos meios de produção, os preços dos serviços relacionados ao consumo produtivo e o nível dos preços no mercado atacadista não estão incluídos, pois o poder de compra da moeda está diretamente relacionado à sua função como meio de circulação.

Se o nível de preços dos produtos que perderam sua mercadoria for incluído como um fator que regula o poder de compra da moeda, isso levará a erros tanto teóricos quanto práticos.

A afirmação de que todos os níveis de preços dos produtos devem ser considerados na determinação do poder de compra da moeda tem uma base teórica na questão do valor relativo representado pela unidade monetária.

O poder de compra da moeda, embora seja uma questão relacionada ao valor relativo representado pela unidade monetária, está, em última análise, ligado à capacidade da moeda de expressar seu valor no processo de troca de mercadorias. Em outras palavras, trata-se de um conceito relacionado ao valor relativo dos produtos representados pela "moeda autêntica", que unifica a função de medida de valor e a função de meio de troca da moeda.

Embora a moeda, com base na função de medida de valor, exprima o valor relativo dos produtos e, por meio disso, a possibilidade de expressão do valor da moeda seja definida, isso por si só não é suficiente para determinar o poder de compra da moeda. Na realidade, o grau de expressão do valor da unidade monetária, que atua como mediadora na troca de mercadorias, torna-se o ponto crucial para a determinação do poder de compra da moeda.

Portanto, o poder de compra de uma moeda que não desempenha o papel de meio de circulação na economia é um conceito sem conteúdo econômico.

Por exemplo, não é possível expressar o preço de produtos como os meios de produção, que não entram no processo de circulação e não podem ser comprados por qualquer pessoa mesmo pagando dinheiro, e nem se pode determinar o grau de solidez da moeda de circulação com a "capacidade" da moeda que realiza essa expressão.

Claro que a capacidade da moeda de expressar o valor do trabalho socialmente necessário gasto nos meios de produção tem um impacto no nível geral do poder de compra da moeda, mas por si só não pode ser considerada um componente do poder de compra da moeda. Em última análise, o poder de compra da moeda não tem uma relação direta com os produtos de produção que não possuem capacidade de troca.

Se associarmos o poder de compra da moeda aos bens destinados ao consumo individual (incluindo serviços), pode surgir a dúvida de que isso resultaria em uma diminuição do papel da moeda como equivalente geral.

O papel da moeda como equivalente geral age de forma unificada, independentemente de ser no campo da realização dos meios de produção ou no campo da circulação de bens de consumo. No entanto, o que não se deve esquecer aqui é que, dependendo do conteúdo econômico, seu papel não pode ser o mesmo.

No campo da realização dos meios de produção, o conteúdo essencial do equivalente geral, expresso como a capacidade de troca direta e geral, já perde seu significado. Nesse contexto, a moeda atua apenas como mediadora nas relações comerciais entre os sujeitos determinados em relação a certos produtos. No entanto, no campo da circulação de bens de consumo, a moeda ainda funciona de maneira geral e direta como meio de troca.

Assim como há uma diferença no papel da moeda entre a circulação de produtos que perderam seu valor de mercado e a circulação de mercadorias, a metodologia que tenta resolver a questão do poder de compra da moeda vinculando-a ao processo de realização e circulação de todos os produtos é inadequada tanto teoricamente quanto praticamente.

Na prática atual, a solidez da circulação monetária acaba sendo uma questão da organização da circulação de dinheiro, o que possui uma base teórica.

Na circulação de produtos que perderam sua mercantilidade, a moeda desempenha basicamente as funções de "unidade de valor" e "meio de pagamento", e esse papel da moeda é cumprido não por meio da moeda real, mas através dos saldos bancários. 

Portanto, a questão da solidez da circulação não monetária nem sequer pode ser levantada, e assim não pode existir poder de compra desvinculado da garantia da solidez da moeda.

Assim como foi definido o conteúdo do nível dos preços dos produtos, é necessário, a seguir, examinar qual é a relação desse nível com o poder de compra da moeda. Só assim o partido e o Estado da classe trabalhadora poderão resolver com seriedade o problema do nível dos preços dos produtos, vinculando-o à solidez da circulação monetária.

Se os produtos que entram na circulação (incluindo o tamanho dos serviços) permanecem fixos, o nível do poder de compra da moeda reflete diretamente as flutuações no nível dos preços dos bens de varejo.

A relação entre o poder de compra da moeda e o nível dos preços dos produtos está em uma situação de proporcionalidade inversa. Essa relação significa que, ao estudar o poder de compra da moeda, o problema do nível dos preços dos produtos tem um significado inicial fundamental.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"O Estado deve assumir exclusivamente a liderança e o controle da gestão de preços para utilizar adequadamente o espaço de preços em prol do desenvolvimento da produção e da melhoria da vida do povo, bem como para garantir o equilíbrio entre os preços. Sem a unificação dos preços, não é possível implementar plenamente as exigências das leis econômicas socialistas nem manifestar completamente a superioridade do sistema socialista." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 26, página 120)

Em nosso país, os preços dos produtos são determinados de forma planificada, e a relação mútua entre a oferta e a demanda no mercado organizado, que ocupa a maior parte da circulação de mercadorias, também é calculada de forma planificada. No sistema econômico socialista, o movimento dos preços não possui a cegueira característica das flutuações de preços da economia capitalista.

A relação inversa entre oferta e demanda que pode ocorrer em casos individuais não gera flutuações naturais nos preços, e isso é superado por meio de procedimentos planificados.

Devido a essa característica dos preços dos produtos, o nível de poder de compra do "won" em nosso país não se move de forma cega, mas sim de forma planificada.

A variação planificada do nível do poder de compra da moeda tem um significado importante na garantia da solidez da circulação monetária.

Se o nível do poder de compra da moeda se mover de forma espontânea e não planificada, será impossível garantir uma série de trabalhos organizacionais para assegurar a estabilidade da circulação monetária. Ou seja, se o nível do poder de compra da moeda variar constantemente, o fornecimento planificado de mercadorias para o mercado será colocado em caos, e, além disso, será difícil garantir uma relação adequada entre a quantidade de moeda em circulação e a quantidade de mercadorias no mercado.

O importante na formação planificada dos preços dos produtos em nosso país é que o nível de preços se mantém relativamente fixo. Em outras palavras, à medida que os preços são definidos de forma planificada e variam, seu nível permanece estabilizado por um período determinado.

O fato do nível de preços se manter fixo por um determinado período tem um significado importante na economia socialista. Isso não só permite estabelecer um equilíbrio adequado nos processos de produção e circulação e distribuir a renda nacional de forma racional, como também exerce uma influência decisiva no controle da execução do plano e garante a estabilidade do nível de renda monetária real dos cidadãos.

A relativa estabilidade do nível dos preços dos produtos determina a relativa estabilidade do poder de compra da moeda.

O poder de compra do "won" varia de forma planificada, mas não muda significativamente durante um determinado período.

No entanto, nos mercados capitalistas, devido ao movimento cego dos preços dos produtos, o poder de compra da moeda também sofre grandes flutuações. Especialmente na Coreia do Sul sob o domínio imperialista dos EUA, o poder de compra da moeda está caindo drasticamente devido às oscilações nos preços dos produtos.

Uma das características importantes da política de preços de nosso partido é a sistemática redução dos preços de varejo. Em nosso país, a flutuação nos preços dos bens de consumo ocorre principalmente por meio da diminuição dos preços de varejo, o que resulta em um aumento significativo do poder de compra da moeda.

Geralmente, os preços de varejo podem ser reduzidos com base no aumento da produtividade do trabalho e na consequente redução dos custos, mas não se pode reduzir os preços dos produtos de forma mecânica apenas porque o valor dos produtos diminui.

A redução dos custos geralmente não acompanha a velocidade de crescimento da produtividade do trabalho, ou seja, o grau de redução do valor dos produtos.

Durante o período do plano trienal pós-guerra, a produtividade do trabalho na indústria aumentou em 196%, mas o custo dos produtos industriais reduziu apenas 15,6% em 1955 em relação a 1954 e 6,7% em 1956 em relação a 1955. No primeiro período do plano quinquenal, a produtividade do trabalho aumentou em 140%, enquanto os custos dos produtos industriais reduziram 11,1% em 1959 e 4% em 1960 em relação ao ano anterior.

Os preços dos produtos podem ser reduzidos apenas com base na diminuição dos custos, juntamente com vários outros fatores, como a estrutura de renda dos residentes e a base financeira do Estado.

Essas condições se tornam um fator que permite superar os efeitos das frequentes mudanças no valor dos produtos, garantindo que os preços dos produtos se fixem por um determinado período.

Reduzir o preço dos produtos é uma das principais formas de aumentar a renda dos trabalhadores e afeta igualmente o nível de vida de todas as camadas da população.

Esse método de aumentar o nível de renda dos trabalhadores é frequentemente aplicado quando a tarefa principal é aumentar o conteúdo real da renda monetária, relacionada à ausência de grandes diferenças entre as camadas da população, entre setores da economia nacional ou entre ocupações e funções, no custo de vida e na renda monetária. Também é utilizado quando há uma necessidade crescente de melhorar a eficiência do trabalho e de fortalecer o papel da renda monetária nesse processo, ou quando o aprimoramento geral das condições de vida da população se torna uma tarefa urgente.

Isso significa, por outro lado, que a redução dos preços dos bens não pode ajustar as diferenças de renda monetária que podem existir entre as camadas da população.

Nosso partido, com base na consideração de que a redução dos preços dos bens desempenha um papel importante no aumento da renda dos trabalhadores, tem utilizado sistematicamente essa medida como um dos principais meios para estabilizar e melhorar rapidamente o nível de vida da população no período da reconstrução pós-guerra. Assim, nos sete anos após a guerra, os preços dos bens foram reduzidos sete vezes, e durante o período do plano de sete anos, os preços foram reduzidos dez vezes.

As várias reduções nos preços dos bens de consumo após a guerra se tornaram um fator direto para aumentar constantemente o poder de compra do "won". Com base nessa redução de preços, o poder de compra do "won" continuou aumentando durante o período de recuperação pós-guerra, no primeiro plano quinquenal, bem como nos períodos dos planos de sete e seis anos. Esse fato pode ser observado através do rápido aumento da demanda com capacidade de pagamento por parte da população, e o crescimento contínuo do volume de circulação de mercadorias no mercado organizado reflete o aumento constante da demanda de mercadorias com capacidade de pagamento por parte dos residentes de nosso país.

Através dos fatos históricos, pode-se confirmar que o poder de compra da moeda em nosso país está firmemente baseado na redução do valor das mercadorias e na consequente diminuição dos preços.

No entanto, a constatação de que a redução dos preços é a condição fundamental para aumentar o poder de compra da moeda não leva imediatamente à conclusão de que é necessário continuar reduzindo os preços para garantir a estabilidade da circulação monetária. Isso ocorre porque a redução dos preços é resultado de fatores independentes, como a economia nas despesas com trabalho físico e mecanizado, bem como diversas políticas econômicas, e não é realizada com o objetivo exclusivo de aumentar o poder de compra da moeda.

A relação entre a redução dos preços e o aumento do poder de compra da moeda pode ser considerada uma relação de causa e efeito. O poder de compra da moeda aumenta como resultado da redução dos preços, e não é possível reduzir os preços com o objetivo exclusivo de aumentar o poder de compra da moeda.

Além disso, a relação mútua entre o preço das mercadorias e o poder de compra da moeda torna inevitável considerar o nível de poder de compra do "won" ao estabelecer os preços. Ao fixar os preços, o nível de poder de compra do "won" influencia prioritariamente a planificação dos preços dos bens de consumo. Caso os preços dos bens de consumo sejam definidos sem levar em conta o nível de poder de compra do "won", isso poderá resultar em efeitos secundários na demanda efetiva da população, dificultando a realização das mercadorias ou impactando negativamente a formação de reservas de mercadorias no país.

Na relação mútua entre o nível de preços das mercadorias e o nível de poder de compra da moeda, a dinâmica dos preços de compra de produtos agrícolas e dos preços do mercado agrícola desempenha um papel peculiar.

O preço de compra de produtos agrícolas possui a característica de ser o preço atribuído a mercadorias produzidas sob propriedade coletiva que, ao passarem pelo processo de circulação, tornam-se propriedade estatal.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"Os preços de compra também devem, basicamente, permitir que a compra seja realizada de acordo com os preços de mercado.

Alguns camaradas podem perguntar se permitir que todas as instituições demandantes realizem compras livremente não causaria competição entre os órgãos de compra, levando ao aumento dos preços. É claro que essa medida pode, temporariamente, elevar os preços de determinados produtos. No entanto, isso não deve ser motivo de preocupação.

Diante das condições em que alcançamos uma vitória decisiva na coletivização da economia rural e fortalecemos ainda mais a posição orientadora do comércio estatal e cooperativo, mesmo que os preços subam temporariamente, não há o que temer. Pelo contrário, ao eliminar todos os controles sobre as próprias compras, podemos garantir amplas fontes de mercadorias. Além disso, o desenvolvimento ativo das atividades de compra aumentará o entusiasmo dos agricultores pela produção, resultando em maior produção. Isso, em última análise, estabilizará os preços de compra." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 11, página 54)

Ao estabelecer os preços de compra, é necessário não apenas assegurar o trabalho social investido na produção de mercadorias, mas também, em certa medida, estimular a produção agrícola das cooperativas e elevar o nível de vida dos agricultores.

Em nosso país, está firmemente estabelecido o princípio de definir os preços de compra de modo que os agricultores cooperativos obtenham determinados benefícios e se interessem em aumentar a produção.

Nosso Partido, partindo deste princípio de definição dos preços de compra, aumentou continuamente esses preços mesmo no período pós-guerra. Embora possam variar dependendo das características das regiões agrícolas e das culturas, de forma geral, os preços de compra de produtos agrícolas aumentaram consideravelmente em comparação com o período logo após a guerra. Isso desempenhou um papel fundamental na eliminação da grande disparidade entre os preços dos produtos industriais e agrícolas, que havia se formado sob o domínio colonial do imperialismo japonês, e no aumento da renda monetária dos agricultores.

Entretanto, uma das características importantes na formação de preços em nosso país é que o aumento dos preços de compra dos produtos agrícolas não resulta no aumento geral dos preços de varejo.

Isso foi possível devido a diversas medidas econômicas e financeiras adotadas, como o ônus das despesas provenientes do aumento do preço de compra, que foi diretamente assumido pelo orçamento do Estado, ou a compensação através da redução do custo nas empresas de processamento de produtos agrícolas, ou ainda a diminuição do tamanho da acumulação monetária que entra nos cofres do Estado.

No entanto, dado que os produtos agrícolas representam uma proporção significativa no processo de circulação de mercadorias, o aumento do preço de compra não pode deixar de impactar o preço de varejo de certos produtos individuais. Essa influência é um fenômeno temporário e específico que ocorre no momento do aumento do preço de compra. Do ponto de vista prospectivo, o aumento do preço de compra atua para aumentar rapidamente a produção agrícola, melhorar a eficiência do trabalho na economia rural e reduzir os custos, abrindo o caminho para a compra de produtos agrícolas a preços relativamente baixos. Além disso, ao superar os fatores que, devido ao baixo nível do preço de compra, elevavam os preços no mercado agrícola, isso ajuda a reduzir o nível geral dos preços.

No final, ao contrário de reduzir o nível dos preços dos produtos industriais, o aumento do preço de compra dos produtos agrícolas passa por um processo complexo, criando a possibilidade de aumentar constantemente o nível do poder de compra da moeda.

A dinâmica dos preços no mercado agrícola também influencia de forma complexa o nível do poder de compra da moeda.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"Então, o que seria o resquício capitalista do mercado agrícola? Isso se refere ao fato de que, no mercado agrícola, os preços são naturalmente determinados pela oferta e demanda, e, portanto, a lei do valor age de maneira mais ou menos cega." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 23, páginas 465 e 466)

Os preços no mercado agrícola, embora influenciados pelos preços de varejo do mercado organizado, variam de acordo com a relação entre oferta e demanda dos produtos. Isso significa que, embora a redução do preço de varejo do Estado seja uma condição importante para diminuir os preços no mercado agrícola, a redução do preço pelo Estado nem sempre é refletida diretamente nos preços do mercado agrícola.

Quando o fornecimento de mercadorias à população não atende à demanda efetiva, a demanda nos mercados agrícolas aumenta, e, nesse caso, a redução dos preços controlados pelo Estado pode, até certo ponto, limitar o impacto sobre o aumento do poder de compra da moeda.

Quando o fornecimento de mercadorias à população não atende à demanda efetiva, a demanda no mercado agrícola aumenta, e, nesse caso, a redução dos preços controlados pelo Estado pode, até certo ponto, limitar o impacto sobre o aumento do poder de compra da moeda.

A complexidade ao calcular o impacto dos preços do mercado agrícola no nível do poder de compra da moeda está relacionada ao fato de que esses preços, embora influenciados pelos preços de varejo controlados pelo Estado, variam em certo grau. Essa variação, por sua vez, difere entre si e depende exclusivamente da relação entre oferta e demanda.

O mercado agrícola desempenha apenas um papel secundário na circulação geral de mercadorias e, além disso, os tipos de produtos disponíveis nele são limitados. Por essa razão, tanto em termos de volume de mercado quanto na composição por tipo de mercadoria, as variações de preços nesse mercado têm um impacto extremamente insignificante sobre o poder de compra geral da moeda. No entanto, a atenção aos preços do mercado agrícola é relevante, pois a negligência em controlá-los pode causar fenômenos negativos na circulação de mercadorias e no fluxo monetário.

Acima, examinou-se a relação mútua entre os preços das mercadorias e o poder de compra da moeda. No entanto, ao considerar o impacto do nível dos preços das mercadorias sobre o nível do poder de compra da moeda, não se pode ignorar a questão do valor dos meios de produção.

Embora o valor dos meios de produção não constitua um fator determinante para o nível do poder de compra da moeda, ele pode exercer certa influência. Como o valor de muitos meios de produção desempenha um papel decisivo na formação dos preços dos bens de consumo, não se deve negligenciar o nível de preços dos meios de produção ao calcular o poder de compra da moeda.

Além disso, como uma parte dos meios de produção é introduzida no mercado organizado por meio da rede comercial estatal e vendida à população, seus valores devem ser considerados diretamente, assim como os dos bens de consumo, ao determinar o poder de compra da moeda.

Em seguida, examinaremos de forma sequencial os fatores adicionais que influenciam o nível do poder de compra da moeda.

Antes de tudo, a quantidade de mercadorias introduzidas no sistema de circulação exerce uma influência muito significativa sobre o nível do poder de compra da moeda.

A estabilidade da circulação monetária é garantida pela quantidade de mercadorias introduzidas no mercado organizado a preços fixos. Assim, sem o aumento da quantidade de mercadorias circulando nas redes comerciais estatais e cooperativas, não é possível assegurar o nível de poder de compra correspondente da moeda. A quantidade total de mercadorias fornecidas ao sistema de circulação, desde que não haja variação no nível de preços, constitui a base material para garantir o nível de poder de compra da moeda.

Embora os preços das mercadorias diminuam e, consequentemente, o poder de compra da moeda aumente, se a quantidade de mercadorias introduzidas no processo de circulação não for garantida em escala adequada, não apenas será impossível manter o nível elevado do poder de compra da moeda, mas isso também poderá, em última análise, agir na direção de sua redução. Em outras palavras, a incapacidade de satisfazer a demanda efetiva da população com a quantidade de mercadorias disponíveis pode resultar no aumento dos preços no mercado agrícola.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"Se organizarmos adequadamente o entusiasmo elevado dos trabalhadores, não haverá risco de não conseguir garantir o poder de compra da população devido à falta de mercadorias.

No entanto, apenas o aumento da produção de mercadorias não é suficiente para atender à crescente demanda da população. É essencial, além de produzir mais mercadorias, melhorar e desenvolver o trabalho de fornecimento dessas mercadorias." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 11, página 48)

Em primeiro lugar, o partido considera a melhoria do trabalho de fornecimento de mercadorias e o aumento contínuo da quantidade fornecida como o principal meio para garantir o poder de compra elevado da moeda e da população. Assim, a relação entre o poder de compra da moeda e a quantidade de mercadorias fornecidas só pode ser mantida de forma sólida ao assegurar que a oferta de mercadorias sustente esse poder de compra. Ajustar o nível de preços e, consequentemente, o nível do poder de compra da moeda de acordo com o grau de fornecimento de mercadorias contraria o princípio de formação de preços planificada.

No nosso país, como o nível do poder de compra da moeda tem sido garantido pela quantidade de mercadorias fornecidas pode ser claramente compreendido através da tabela estatística na página seguinte.

No período pós-guerra, o volume de circulação de mercadorias no mercado organizado não apenas superou amplamente a renda monetária dos residentes urbanos, mas também acompanhou o rápido crescimento da renda em dinheiro dos membros das cooperativas agrícolas após a sua cooperativização.

Para esclarecer de forma concreta a relação entre a quantidade de mercadorias e o poder de compra da moeda, é necessário considerar o aumento do volume de circulação de mercadorias em relação à taxa de crescimento da renda monetária da população.

... bem como o crescimento da renda média mensal em dinheiro por família de trabalhadores e funcionários.

... o crescimento da distribuição de dinheiro por família em cada cooperativa agrícola.

... o crescimento do volume de circulação de mercadorias no varejo nas redes comerciais estatais e cooperativas.

...o crescimento dos saldos de poupança da população.

...e a dinâmica dos preços de varejo.

...e deve ser analisado em contraste com o grau de redução dos preços de varejo.

비률 (porcentagem, proporção, 비한 (taxa, valor)

A tabela acima mostra que, considerando a dinâmica de crescimento dos saldos de poupança da população, a parcela de mercadorias fornecidas no setor de circulação de mercadorias durante os anos pós-guerra, especialmente no período do primeiro plano quinquenal, supera amplamente o montante de renda monetária retido nas mãos da população.

O que não se deve negligenciar aqui é o papel da dinâmica dos saldos de poupança. Os saldos de poupança, ao servirem como reserva para a circulação e os meios de pagamento da moeda, limitam o tamanho da demanda efetiva da população, mas, em contrapartida, aumentam o poder de compra potencial. Assim, o tamanho dos saldos de poupança atua para aumentar o poder de compra da moeda.

Em última análise, a tabela acima demonstra que, durante o período do primeiro plano quinquenal, o nível elevado do poder de compra da moeda do nosso país foi efetivamente garantido pelas mercadorias, e, portanto, a circulação monetária tinha um sólido respaldo de mercadorias. Esse fato também é confirmado pela situação do sistema de circulação durante os períodos do plano de sete anos e do plano de seis anos.

Ao revisar todas as medidas práticas adotadas pelo nosso partido nas áreas de circulação de mercadorias e de circulação monetária, podemos perceber que a taxa de aumento da quantidade de mercadorias, baseada no crescimento da produção de mercadorias, não deve ser inferior à taxa de crescimento do poder de compra da população; pelo contrário, deve ser maior. Isso demonstra que essa é uma das condições importantes para garantir o nível do poder de compra da moeda.

Outro fator que pode influenciar o nível do poder de compra da moeda é o volume de moeda em circulação e sua velocidade de circulação. A influência desses fatores sobre o nível do poder de compra da moeda apresenta diferenças em relação à influência da quantidade de mercadorias, tanto em termos de natureza quanto de grau.

O nível do poder de compra da moeda, determinado pelo nível dos preços dos produtos, pode ser mantido ou não, dependendo da quantidade de mercadorias disponíveis. Portanto, embora a quantidade de mercadorias não seja um fator direto que determina o nível do poder de compra da moeda, ela afeta diretamente o nível de poder de compra sem a necessidade de intermediários.

No entanto, o volume de moeda em circulação e a velocidade de circulação da moeda só podem influenciar o nível do poder de compra da moeda ao serem utilizados em diferentes espaços econômicos.

Sob a condição de que apenas as cédulas do Banco Central (incluindo as moedas) estejam em circulação, o volume de moeda em circulação e a velocidade de circulação da moeda só podem influenciar o nível do poder de compra da moeda por meio de um processo planificado e preciso de definição da relação entre o volume de moeda em circulação e a quantidade necessária de moeda.

Por exemplo, se assumirmos que a quantidade necessária de moeda seja de 50 milhões de wons, o volume de moeda em circulação sendo 52 milhões de wons, 50 milhões de wons ou 48 milhões de wons terá impactos diferentes no nível do poder de compra da moeda.

No primeiro caso, o volume de moeda em circulação não garante o nível correspondente de poder de compra, resultando em uma contradição entre a oferta e a demanda de produtos. No segundo caso, a moeda em circulação mantém o poder de compra correspondente ao nível adequado, garantindo a estabilidade da circulação monetária. No terceiro caso, o volume de moeda em circulação pode parecer superior ao nível necessário de poder de compra, mas a realização dos produtos no mercado será atrasada, prejudicando o desenvolvimento planificado da economia popular.

A partir disso, quando o fornecimento de produtos for melhorado e a velocidade de circulação da moeda aumentar, fazendo com que o volume de moeda em circulação atinja o nível necessário, a moeda em circulação garantirá o nível correspondente de poder de compra.

No nosso país, o volume de moeda em circulação varia de forma planificada, refletindo os requisitos da lei da circulação monetária. Isso é planificado através do plano monetário criado pelo Banco Central, e é ajustado de forma planificada de acordo com o nível de desenvolvimento da economia popular, por meio dos trabalhos organizacionais e das atividades de controle monetário deste banco.

Portanto, pode-se perceber que a influência da quantidade de moeda em circulação no nível do poder de compra em uma economia socialista é fundamentalmente diferente daquela em uma sociedade capitalista.

Na economia capitalista, a quantidade de moeda em circulação influencia diretamente os preços das mercadorias, resultando na variação do nível do poder de compra da moeda. Aqui, as mudanças na quantidade de moeda em circulação refletem-se de forma sensível no nível de poder de compra. Embora a quantidade de moeda em circulação não determine os preços das mercadorias, mas sim seja influenciada pela quantidade e pelos preços das mercadorias, sua variação atua alterando a relação entre oferta e demanda, o que, por sua vez, afeta a oscilação dos preços das mercadorias.

No entanto, na economia socialista, devido ao princípio planificado de formação de preços e ao sistema de garantia mercadológica da moeda, mesmo quando a quantidade de moeda em circulação não atende plenamente às demandas da circulação, esses desalinhamentos podem ser superados de forma planificada e oportuna. Portanto, pode-se afirmar que, na sociedade socialista, as variações na quantidade de moeda em circulação têm pouca influência real sobre o nível do poder de compra da moeda.

O impacto da quantidade de moeda em circulação no nível do poder de compra ocorre principalmente devido à incapacidade de calcular com precisão as exigências da lei da circulação monetária.

Nesse contexto, o correto cálculo das exigências da lei da circulação monetária pelo Banco Central e a constante melhoria e fortalecimento, de acordo com as condições estabelecidas, das atividades de regulação monetária e emissão de moeda tornam-se tarefas cruciais para consolidar a circulação monetária em geral e garantir o nível correspondente de poder de compra da moeda.

Juntamente com a quantidade de moeda em circulação, a velocidade de circulação da moeda no processo de circulação desempenha um papel significativo na garantia do nível de poder de compra da moeda.

O impacto da velocidade de circulação da moeda sobre o nível de poder de compra é, em essência, da mesma natureza que o impacto da quantidade de moeda em circulação. Isso ocorre porque a velocidade de circulação da moeda não afeta diretamente o nível de poder de compra, mas exerce sua influência exclusivamente por meio da quantidade de moeda em circulação. A velocidade de circulação da moeda está em uma relação inversamente proporcional com a quantidade de moeda em circulação, atuando apenas sobre esta última.

Pode-se dizer que, a partir disso, a velocidade de circulação da moeda atua como um fator que determina a quantidade de moeda em circulação, influenciando a consolidação da circulação monetária e o nível de poder de compra do "won".

Sob a sábia liderança do grande Líder camarada Kim Il Sung, nosso partido, desde muito tempo, adotou medidas decisivas para organizar bem a circulação monetária, abrindo um amplo caminho para aumentar a velocidade dessa circulação.

Concentrar toda a circulação monetária no Banco Central, organizar sistematicamente as transações em dinheiro das instituições e empresas, estabelecer uma disciplina rigorosa na circulação de dinheiro e delimitar com precisão a circulação não monetária e em espécie, junto com uma série de medidas para melhorar a organização da circulação monetária e fortalecer o controle financeiro sobre os processos de produção e circulação para melhorar a situação financeira das empresas, tornaram-se condições importantes para acelerar a velocidade da circulação monetária. Como resultado, a velocidade de retorno do dinheiro em nosso país está aumentando gradualmente.

Como exposto acima, foram analisados os principais fatores que influenciam o nível de poder de compra da moeda.

A partir dessa análise, pode-se perceber que existem questões de princípio que devem ser firmemente mantidas para garantir a estabilidade da circulação monetária. Trata-se de fortalecer a garantia mercantil da moeda, economizar o trabalho vivo e o trabalho incorporado gastos na produção de bens, reduzir os custos e, com base nisso, lutar para baixar continuamente o nível dos preços das mercadorias. Em outras palavras, apenas aumentar a quantidade de mercadorias que entram no mercado organizado não é suficiente para fortalecer constantemente a estabilidade da circulação monetária; é essencial que o trabalho de redução do nível dos preços das mercadorias seja sustentado.

Se, ao tratar da questão da estabilidade da circulação monetária, não for dada a devida atenção ao nível dos preços das mercadorias, podem ser negligenciados aspectos qualitativos das atividades de gestão nas empresas produtoras de bens de consumo, como o aumento da produtividade do trabalho, a redução de custos e a melhoria da qualidade. Além disso, nas instituições comerciais, podem surgir deficiências na melhoria das atividades comerciais para atender adequadamente à demanda da população.

Por fim, estabelecer princípios para o nível dos preços dos produtos, a fim de consolidar a circulação monetária, é uma questão importante para implementar de forma rigorosa as valiosas instruções do grande Líder, que nos ensina a administrar com diligência as finanças do país.

6.2 Uso racional dos recursos financeiros e consolidação da circulação monetária

A movimentação dos fundos financeiros do Estado está estreitamente relacionada com a circulação monetária.

A circulação monetária em nosso país é planificada e organizada pelo Estado, portanto, todo o dinheiro se move em torno da movimentação dos fundos financeiros do Estado. Assim, o uso correto dos fundos financeiros do Estado torna-se o ponto de partida para uma circulação monetária adequada.

A questão do uso racional dos recursos financeiros significa utilizar corretamente o espaço de distribuição e redistribuição da renda nacional, fornecer os fundos estatais de forma precisa e, em seguida, utilizá-los de maneira racional e econômica pelas instituições e empresas que recebem esses fundos.

O uso racional dos recursos fiscais é um reflexo direto da distribuição e redistribuição da renda nacional. Ao distribuir e redistribuir corretamente a renda nacional, cria-se a condição básica para utilizar racionalmente os recursos financeiros de acordo com os ensinamentos do estimado Líder e as políticas do partido que implementam esses ensinamentos.

A correta distribuição dos recursos financeiros do Estado significa garantir que os recursos financeiros, que são preparados através do processo de distribuição e redistribuição da renda nacional, cheguem aos agentes econômicos de maneira adequada, de acordo com os planos de execução. Portanto, o fornecimento de recursos do Estado pode ser visto como um elo executório na distribuição da renda nacional.

A utilização econômica e racional dos recursos financeiros nas empresas tem um papel especialmente importante na aplicação eficiente dos recursos fiscais. A correta distribuição e redistribuição da renda nacional, por si só, não resolve completamente o problema do uso racional dos recursos financeiros. Embora a distribuição de recursos desempenhe um papel primordial na utilização racional, ela não pode ser o único objetivo. O estado de utilização dos recursos financeiros pelos responsáveis pelas operações econômicas tem um papel determinante nesse processo.

O grande Líder camarada Kim Il Sung esclareceu que estabelecer o equilíbrio entre acumulação e consumo é a tarefa prioritária das atividades financeiras e a questão fundamental na distribuição e redistribuição da renda nacional.

Hoje, as finanças lidam diretamente com o orçamento estatal e os planos financeiros das empresas e dos setores da economia popular, distribuindo uma grande parte do produto social total e da renda nacional para todos os setores da economia popular. Nesse contexto, com um sistema organizacional e operacional que orienta integralmente os departamentos financeiros implantados em todas as instituições e empresas do país, é possível estabelecer de forma exemplar o equilíbrio geral entre acumulação e consumo na economia nacional.

Estabelecer o equilíbrio entre acumulação e consumo nas atividades financeiras não é apenas uma questão fundamental para o uso adequado dos fundos do orçamento estatal, mas também tem uma importância crucial para assegurar a fluidez e a estabilidade da circulação monetária no país.

Na sociedade socialista, tanto a acumulação quanto o consumo servem igualmente aos interesses de todo o povo. A acumulação visa melhorar a vida do povo no futuro, enquanto o consumo atende às necessidades imediatas. A longo prazo, embora estejam estreitamente relacionados, acumulação e consumo possuem diferenças em sua missão, estando em uma relação de mútua restrição.

Embora, no longo prazo, acumulação e consumo se harmonizem, no curto prazo, sua relação de restrição mútua torna mais complexa a tarefa de estabelecer um equilíbrio entre ambos.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"Devemos acumular enquanto consumimos e consumir enquanto acumulamos. Se nos inclinarmos apenas para o consumo e desprezarmos a acumulação, não será possível realizar a reprodução ampliada. Por outro lado, se priorizarmos apenas a acumulação e negligenciarmos o consumo, não conseguiremos satisfazer as necessidades imediatas da vida do povo. Por isso, é necessário estabelecer o equilíbrio entre ambos, ampliando rapidamente a acumulação enquanto aumentamos continuamente o consumo do povo. Agir dessa forma possui uma importância crucial na planificação da economia popular e nas atividades financeiras." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 23, página 126)

O princípio fundamental a ser seguido para garantir o equilíbrio entre acumulação e consumo é não inclinar-se para um lado apenas, mas considerar ambos de maneira equilibrada. Isso está relacionado ao fato de que acumulação e consumo, construção econômica e melhoria da vida do povo são interdependentes e não podem ser separados.

No entanto, no campo da distribuição e utilização da renda nacional, acumulação e consumo nunca estão na mesma posição. Como as funções e missões da acumulação e do consumo são distintas, é necessário calcular detalhadamente a natureza da relação mútua entre ambos ao buscar o equilíbrio.

A característica da relação mútua entre acumulação e consumo é que a acumulação é uma condição essencial para o crescimento do consumo, enquanto o consumo só cresce como resultado da acumulação. Isso leva a duas exigências: primeiro, a acumulação deve preceder o consumo; segundo, o consumo só pode crescer continuamente com base no aumento da produção, que por sua vez depende da acumulação. Portanto, o princípio fundamental a ser mantido ao equilibrar acumulação e consumo é garantir a primazia da acumulação e, com base no aumento rápido da acumulação, promover continuamente o crescimento do consumo. Este princípio é o mais justo, pois leva em conta de maneira suficiente a estreita relação e interação entre acumulação e consumo, bem como suas diferenças.

Manter esse princípio ao equilibrar acumulação e consumo tem um grande impacto na garantia da estabilidade da circulação monetária.

No contexto das finanças, o problema de equilibrar acumulação e consumo está relacionado à situação em que o orçamento estatal não reflete totalmente a renda nacional. Isso se resume a como estabelecer esse equilíbrio principalmente na distribuição da renda social líquida.

Se, nas finanças, a parte da acumulação for muito maior do que a parte do consumo, isso resultará em uma ênfase excessiva na primazia da acumulação na distribuição da renda social líquida.

Neste caso, no setor financeiro, pode surgir a tendência de aumentar os preços dos bens de consumo (incluindo taxas de serviço) ou reduzir a parte da distribuição destinada ao consumo coletivo, a fim de garantir a parte da acumulação que foi elevada.

Elevar os preços das mercadorias afeta diretamente o nível de poder de compra da moeda, atuando de forma negativa para garantir a estabilidade do sistema monetário. Além disso, aumentar a parcela de acumulação ao estabelecer uma parcela de consumo coletivo baixa resulta em uma redução da renda real dos trabalhadores, o que diminui sua demanda efetiva.

Embora esses dois casos possam ter uma diferença temporal, ambos atuam para reduzir o nível de poder de compra da moeda, tornando impossível garantir a estabilidade da circulação monetária.

Ao equilibrar acumulação e consumo, considerar a parcela de consumo excessivamente maior do que a de acumulação também pode ter um impacto negativo na circulação monetária.

Se na administração financeira a parcela de consumo for definida como excessivamente maior que a de acumulação, isso pode levar a destinar de forma indevida uma parte excessiva da renda líquida produzida por órgãos e empresas ao pagamento de salários ou a aumentar arbitrariamente a parcela do orçamento destinada ao consumo coletivo. Quando a parcela de acumulação é relativamente reduzida e os fundos monetários destinados ao consumo individual aumentam em excesso, a oferta de bens capaz de sustentá-los não consegue acompanhar. Além disso, se os recursos orçamentários estatais destinados ao consumo coletivo aumentarem sem fundamento, e a demanda por bens por parte dos trabalhadores crescer de forma desproporcional ao nível de desenvolvimento econômico do país, a base material da circulação monetária também se torna instável.

Tanto em um caso quanto no outro, ambos enfraquecem a base material da circulação monetária, impactando negativamente a garantia de sua estabilidade.

Assim, equilibrar adequadamente acumulação e consumo na administração financeira torna-se um fator que influencia diretamente a estabilidade da circulação monetária.

Além de equilibrar acumulação e consumo na administração financeira, a forma como os recursos estatais são fornecidos também se torna um fator importante que influencia a garantia da estabilidade da circulação monetária.

O sistema de fornecimento de recursos, fundamentado no princípio único de fornecimento de fundos estabelecido pelo grande Líder camarada Kim Il Sung, serve como um meio poderoso para assegurar a utilização racional dos recursos financeiros.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

Os fundos circulantes das instituições e empresas devem ser todos fornecidos pelo Estado.” (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 17, página 505)

O sistema único de fornecimento de recursos é um novo sistema em que o Estado assume a responsabilidade por todos os fundos, incluindo os fundos de construção básica e os fundos circulantes, e os fornece exclusivamente através do Banco Central, substituindo o anterior sistema complexo e descentralizado de garantia de fundos. A característica desse sistema de fornecimento de recursos é que o Estado garante, de forma exclusiva e total, todos os fundos necessários para a execução do plano, com base estrita no plano financeiro.

O novo sistema de fornecimento de recursos, devido a essas características, exerce uma influência positiva sobre a circulação monetária.

O fornecimento de recursos representa o movimento de ativos fixos e circulantes, por isso, o impacto que exerce sobre a circulação de dinheiro só se manifesta quando o resultado da rotação dos fundos fornecidos às empresas estatais afeta o aumento ou a diminuição da circulação monetária em geral.

O aumento do fornecimento de recursos relacionado à expansão e renovação de ativos fixos pode não afetar significativamente a circulação de dinheiro no período planejado. Isso ocorre porque a maioria das transações associadas à expansão e renovação de ativos fixos é baseada em relações de pagamento não monetárias, e a maior parte da parcela de remuneração que pode afetar a circulação de dinheiro já está prevista no plano de pagamento trimestral das empresas envolvidas.

No entanto, o aumento do fornecimento de recursos relacionado ao movimento de ativos circulantes tem um impacto mais complexo sobre a circulação de dinheiro. Uma parte do aumento nos ativos circulantes (como, por exemplo, o aumento dos fundos circulantes de instituições compradoras) atua diretamente como um fator de aumento da circulação de dinheiro, enquanto o restante afeta a circulação de dinheiro indiretamente, por meio de transações não monetárias, e, por fim, exerce influência sobre a circulação monetária.

Assim, o espaço do fornecimento de recursos não afeta diretamente a circulação de dinheiro; em vez disso, os recursos fornecidos passam por determinadas etapas de circulação antes de influenciar a circulação monetária.

Na prática, o sistema único de fornecimento de recursos, devido à sua superioridade, acelera a rotação dos fundos nas instituições e empresas, exercendo uma influência positiva sobre a circulação monetária.

O sistema único de fornecimento de recursos permite que o movimento dos fundos esteja estreitamente interligado com o movimento de dinheiro em espécie. Nesse contexto, como o Estado assume a responsabilidade pelo fornecimento integral dos recursos, desde a etapa de planificação financeira são criadas condições para que os fundos estejam alinhados ao movimento material, e a uniformidade é garantida também durante o processo de fornecimento efetivo. Isso facilita a adaptação do movimento dos fundos ao movimento material em constante mudança. Assim, as empresas podem adquirir, em tempo hábil, as matérias-primas e os materiais garantidos pelo Estado, organizar e conduzir suas atividades de gestão de forma fluida e, além disso, acelerar a rotação dos recursos.

O novo sistema de fornecimento de materiais exerce uma influência positiva na consolidação da circulação monetária, também devido à sua relação com a mudança na natureza da conexão entre empréstimos bancários e circulação monetária.

Quando o sistema único de fornecimento de recursos não estava implementado e uma parte significativa dos fundos circulantes das empresas, bem como suas necessidades temporárias de recursos, era suprida por empréstimos bancários, a conexão entre os empréstimos bancários e a circulação monetária tinha, em certa medida, um caráter direto. Nesse período, ao planejar a emissão monetária, era indispensável levar em conta as mudanças na demanda por empréstimos.

No entanto, com o estabelecimento do sistema único de fornecimento de recursos, os empréstimos bancários deixaram de ter impacto direto sobre a circulação de dinheiro. No novo sistema de fornecimento de recursos, os empréstimos bancários ocorrem principalmente em conexões com empresas de diferentes formas de propriedade, sendo uma ocorrência excepcional e específica no caso das empresas estatais.

Em relação a isso, as variações na escala dos empréstimos bancários deixaram de exercer qualquer influência sobre o volume de emissão monetária.

Atualmente, os empréstimos bancários só podem influenciar a circulação monetária de forma indireta. Esse é o cerne da mudança ocorrida na relação mútua entre empréstimos bancários e circulação monetária após a implementação do sistema único de fornecimento de recursos.

Os empréstimos bancários recebidos por empresas de propriedade cooperativa, como as cooperativas agrícolas, não influenciam diretamente a circulação de dinheiro, pois são inteiramente direcionados para a expansão da produção e outras atividades de gestão.

Os recursos destinados à expansão da produção operam principalmente no âmbito das transações não monetárias.

E uma grande parte dos empréstimos recebidos pelas empresas estatais está relacionada às suas atividades de gestão anormais, sendo, portanto, direcionada principalmente para o aumento de ativos circulantes, não tendo impacto direto no fluxo de caixa.

Mais do que esses empréstimos, os empréstimos relacionados ao pagamento de excessos relativo aos fundos de subsistência podem influenciar diretamente o fluxo de caixa. Esses fundos desempenham o papel de preencher a lacuna entre a quantidade de trabalho realizada e a sua concretização.

A característica desse empréstimo é que não há garantia em espécie, e, portanto, do ponto de vista da solidez da circulação monetária, quanto menor for o volume de empréstimos relacionados aos fundos de subsistência, melhor será.

O empréstimo de fundos para despesas de vida atualmente utiliza principalmente as reservas de renda monetária dos moradores como recurso, desempenhando o papel de introduzir as reservas monetárias no processo de circulação e meios de pagamento. Sob essa perspectiva, esse empréstimo utiliza as reservas monetárias mobilizadas dos moradores, mas como ele reduz relativamente as reservas de renda monetária dos trabalhadores, que estão concentradas na conta bancária, acaba tendo um certo impacto na circulação de dinheiro. No entanto, o impacto do empréstimo de fundos para despesas de vida sobre a emissão de moeda é muito indireto, pois ele só exerce influência por meio de várias etapas intermediárias.

Na prática atual, como o pagamento excessivo relativo dos fundos para despesas de vida e o empréstimo desses fundos são complementados pela relativa economia dos fundos para despesas de vida dentro do limite de até três meses, pode-se concluir que isso não afeta a quantidade de emissão planificada trimestralmente.

Com a criação do sistema único de fornecimento de fundos estatais, como mencionado acima, o movimento dos fundos financeiros do Estado exerce um impacto ainda mais positivo sobre a circulação monetária em geral.

A utilização racional e econômica dos fundos em instituições e empresas tem um significado muito importante para fortalecer a circulação monetária.

A utilização de fundos pelas empresas constitui a base do movimento dos fundos financeiros estatais. Isso ocorre porque o movimento geral dos recursos financeiros depende de como as empresas utilizam os fundos do Estado.

É claro que a questão do uso de fundos pelas empresas está intimamente relacionada à distribuição dos recursos financeiros. O estado de distribuição dos fundos afeta diretamente o movimento dos fundos das empresas, e a forma como as empresas utilizam os fundos exerce uma grande influência na formação dos recursos financeiros e na distribuição dos fundos gerados.

Além disso, o uso econômico de fundos não é uma tarefa atribuída apenas às empresas; as instituições financeiras e bancárias também devem lutar pelo uso econômico dos fundos. No entanto, o uso econômico de fundos neste contexto está relacionado à tarefa de distribuir e fornecer fundos de forma a fortalecer o sistema de economia, diferindo do que é exigido das empresas. As empresas devem garantir o uso econômico de fundos por meio do processo direto de suas atividades de gestão.

O estado da circulação monetária é influenciado pela distribuição de fundos financeiros estatais, pelo controle das instituições financeiras e bancárias para o uso econômico dos fundos e pela forma como as empresas utilizam os fundos. No entanto, o fundamental é o estado de uso dos fundos nas empresas, que organizam e conduzem diretamente as atividades de gestão.

O impacto do uso de fundos pelas empresas na circulação monetária varia de acordo com o tipo de fundo. O uso de fundos básicos para instalações, fundos para grandes reparos e fundos orçamentários de despesas, fornecidos com base no plano financeiro, afeta principalmente a circulação não monetária, enquanto os fundos para despesas de subsistência influenciam diretamente a circulação em dinheiro.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"Os fundos previstos para a construção básica não são benéficos quando não são usados de forma econômica, mas sim quando são usados de maneira eficaz e rapidamente." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 8, página 399)

"Devemos evitar receber materiais em excesso nas fábricas e empresas, armazená-los nos armazéns ou acumular produtos produzidos sem vendê-los rapidamente. Devemos nos esforçar para utilizar os fundos mais rapidamente e, com o mesmo montante de recursos, realizar mais construções e produções." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 4, página 68)

Como ensina o grande Líder, as empresas devem usar os fundos para construção básica recebidos (incluindo os fundos para grandes reparos) de acordo com o plano previsto, utilizando-os com precisão. Devem, especialmente, concentrar os fundos nos projetos de construção importantes e lutar para eliminar decisivamente as obras não planejadas, a fim de utilizar os fundos de forma eficaz.

O uso eficaz dos fundos para construção básica alocados pelo Estado cria as condições para recuperar rapidamente os fundos investidos, acelerando a rotação dos recursos. No entanto, como esses fundos circulam principalmente em formas não monetárias, eles não têm impacto direto na circulação em dinheiro.

Portanto, os fundos para construção básica não atuam diretamente para garantir a estabilidade da circulação monetária, mas desempenham o papel de fornecer garantias para fortalecer a base material dos produtos.

Os fundos de circulação das empresas desempenham, em relação à garantia da estabilidade da circulação monetária, o mesmo papel que os fundos para construção básica.

Os fundos de circulação das empresas, ao contrário dos fundos para construção básica, possuem a característica de se rotacionarem várias vezes ao longo de um ano, o que torna essencial o uso rápido desses fundos. Ao rotacionar rapidamente os fundos de circulação, é possível facilitar um maior movimento de mercadorias com um valor menor de recursos, e os fundos economizados podem ser direcionados para aumentar a produção. Assim, o uso racional dos fundos de circulação das empresas pode ter um impacto mais ativo na estabilidade da circulação monetária do que os fundos para construção básica.

No uso dos fundos orçamentários de despesas (gastos de gestão das empresas), é fundamental aplicar rigorosamente o princípio de reduzir ao máximo os gastos, devido ao fato de esses fundos representarem despesas não produtivas. Essa abordagem é o caminho para contribuir para a estabilidade da circulação monetária.

Ao contrário dos fundos para construção básica, fundos de circulação e fundos orçamentários de despesas, os fundos para despesas de subsistência das empresas, por adotarem a forma de dinheiro, são os recursos dentro dos fundos das empresas que mais diretamente afetam a estabilidade da circulação monetária.

No uso dos fundos para despesas de subsistência das empresas, o princípio básico é gastar os recursos com base no grau de execução do plano. Assim, é necessário lutar ao máximo para superar a ocorrência de pagamentos excessivos relativos a esses fundos.

Os pagamentos excessivos relativos às despesas de subsistência, por não possuírem nenhuma base material, enfraquecem a base material da circulação monetária na mesma proporção.

Uma questão importante para que as empresas utilizem os fundos para despesas de subsistência de forma racional e econômica é cumprir rigorosamente o nível de despesas de subsistência estabelecido.

Estabelecer corretamente o nível de despesas de subsistência é uma condição importante para equilibrar a acumulação e o consumo, sendo uma das tarefas fundamentais da gestão financeira.

O nível de despesas de subsistência afeta diretamente a renda social líquida e a renda individual. Se o nível for estabelecido muito alto, a parcela da renda nacional destinada ao consumo individual será excessiva, reduzindo proporcionalmente a parcela da renda social líquida destinada à acumulação e ao consumo coletivo. Por outro lado, se for estabelecido muito baixo, a parcela destinada ao consumo individual será insuficiente, prejudicando as condições de vida imediatas dos trabalhadores.

Portanto, cumprir rigorosamente o nível de despesas de subsistência estabelecido permite manter adequadamente o equilíbrio entre acumulação e consumo. Além disso, contribui positivamente para fortalecer a base material da circulação monetária e o poder de compra da moeda.

Se as empresas desrespeitarem o nível de despesas de subsistência estabelecido pelo Estado, isso levará a uma redução artificial ou a um aumento indevido da renda monetária dos trabalhadores, impactando negativamente a estabilidade da circulação monetária do país.

Acima, foi analisado o impacto do uso dos recursos financeiros na circulação monetária, especialmente na circulação em dinheiro.

Os recursos financeiros, por assumirem principalmente a forma não monetária, estão fundamentalmente relacionados à circulação não monetária, tendo apenas uma relação indireta com a circulação em dinheiro. O impacto direto do uso dos recursos financeiros na circulação em dinheiro é limitado tanto em alcance quanto em profundidade. No entanto, não se pode subestimar a influência que eles exercem na estabilidade da circulação monetária por meio da circulação não monetária.

Dado que a circulação de dinheiro em nosso país está inteiramente ligada ao movimento dos fundos estatais, ignorar esse aspecto torna difícil garantir a verdadeira estabilidade da circulação monetária. É precisamente por isso que a questão do uso dos recursos financeiros é considerada crucial ao adotar medidas para fortalecer a circulação monetária, ou seja, a circulação em dinheiro.

6.3 Melhoria da organização da circulação de dinheiro.

A estabilidade da circulação monetária também é assegurada por meio do trabalho organizacional que implementa com precisão as exigências da lei da circulação monetária.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"...A gestão financeira deve garantir que os fundos circulem continuamente, sem serem inutilmente congelados, mobilizando plenamente todo o dinheiro ocioso e organizando seu uso de forma eficaz." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 23, página 145)

Se a organização da circulação em dinheiro, incluindo a planificação do movimento do dinheiro, a emissão e recolhimento de dinheiro e o ajuste do dinheiro em circulação, não for bem conduzida, podem surgir anomalias como a estagnação do movimento do dinheiro, discrepâncias graves entre o movimento monetário e o movimento de mercadorias, o acúmulo de dinheiro nas mãos da população e a distribuição desigual de dinheiro entre regiões. Isso pode resultar no agravamento das contradições entre venda e compra na circulação de mercadorias, em vez de resolvê-las.

A organização da circulação em dinheiro é uma função essencial do Banco Central. Isso se relaciona ao fato de que, em nosso sistema de circulação, apenas as cédulas do Banco Central (incluindo moedas) estão em circulação, e o Banco Central é o núcleo de toda a circulação de dinheiro. Por isso, o Banco Central assegura a organização e o ajuste de toda a circulação monetária do país através do constante aprimoramento da organização da circulação em dinheiro, em paralelo à organização de pagamentos não monetários (sem dinheiro em espécie).

O objetivo da organização do movimento de dinheiro do Banco Central, que abrange apenas uma parte das transações monetárias, ou seja, o movimento de cédulas emitidas pelo Banco Central, é garantir que a quantidade de dinheiro circulante esteja sempre de acordo com a quantidade necessária para a circulação, em conformidade com a lei do movimento das cédulas bancárias. Para garantir o equilíbrio entre a quantidade de dinheiro circulante e a quantidade necessária para a circulação, uma série de operações práticas é necessária.

Para garantir que a quantidade de dinheiro circulante esteja constantemente alinhada com a quantidade necessária para a circulação, é necessário, antes de tudo, determinar a escala da quantidade de dinheiro necessária para a circulação. Em seguida, é essencial monitorar a quantidade de dinheiro que permanece no processo de circulação.

Para isso, a dinâmica dos fatores que determinam o aumento ou diminuição do dinheiro em circulação em nosso país é regulada pela relação mútua entre o volume de dinheiro emitido pelo Banco Central para a circulação e o volume de dinheiro que retorna ao Banco Central. Claro, isso reflete basicamente a relação mútua entre a receita de dinheiro e os gastos em dinheiro dos cidadãos.

Entretanto, como a dinâmica do volume de dinheiro em circulação é o resultado de um processo complexo, é difícil obter uma representação precisa sobre o aumento ou diminuição desse volume sem uma análise detalhada desse processo. Portanto, para identificar os fatores que regulam a relação mútua entre o volume de dinheiro emitido pelo banco e o dinheiro retornado a ele, é necessário compreender as condições de emissão, o período em que o dinheiro permanece em circulação, os canais de circulação monetária e as condições de retorno do dinheiro.

Garantir o equilíbrio entre a liberação de dinheiro e a sua coleta é o primeiro requisito do sistema de organização da circulação monetária. Isso é uma exigência da lei da circulação monetária e representa uma questão fundamental a ser observada no trabalho de organização da circulação de dinheiro.

A liberação de dinheiro e a coleta de dinheiro têm uma relação estreita e interdependente. O volume de emissão de dinheiro determina a escala de coleta de dinheiro, enquanto o grau de coleta de dinheiro influencia a quantidade de emissão.

No entanto, o problema em garantir o equilíbrio entre esses dois aspectos não reside tanto na relação interdependente geral, mas sim na relação entre a quantidade de emissão de dinheiro e a quantidade de coleta de dinheiro no mesmo momento.

A correlação entre o total de liberação de dinheiro e o total de retirada de dinheiro durante um determinado período (por exemplo, um trimestre) é expressa como "retirada de dinheiro da circulação = excesso de receita" ou "liberação de dinheiro para a circulação = excesso de pagamento", o que é apenas o resultado da garantia do equilíbrio entre a liberação de dinheiro e a recuperação ou retirada de dinheiro.

Em seguida, a organização racional dos canais de circulação de dinheiro e do período é outra exigência para o trabalho de organização da circulação.

A questão dos canais de circulação de dinheiro e do tempo de permanência reflete a exigência da lei da circulação monetária de acelerar a velocidade de circulação da moeda. Especialmente, sob as condições em que o método específico de cálculo da velocidade de circulação monetária ainda não foi completamente desenvolvido, identificar os canais de circulação de dinheiro e medir o tempo de permanência da moeda em cada canal torna-se uma base importante para o cálculo da velocidade de circulação.

Em geral, dado que os canais de circulação de dinheiro estão relativamente fixos, a tarefa é mais sobre organizar racionalmente o movimento do dinheiro dentro de cada canal do que melhorar a forma desses canais.

Essas exigências, que devem ser calculadas no trabalho de organização da circulação de dinheiro, levantam a necessidade de aplicar métodos diversos no trabalho de organização.

Primeiro, na organização da circulação de dinheiro, é necessário garantir vários equilíbrios, como o equilíbrio entre a quantidade de dinheiro em circulação e a quantidade de mercadorias, o equilíbrio entre a quantidade de dinheiro liberada pelo Banco Central e a quantidade de dinheiro coletada (recolhida), e o equilíbrio entre a receita e a despesa dos cidadãos. Por isso, no planejamento de caixa e na análise do estado da circulação de dinheiro, métodos baseados no equilíbrio são frequentemente aplicados. Para manter o equilíbrio entre o montante de dinheiro em circulação e o volume de mercadorias, e organizar o processo de circulação de dinheiro de acordo, deve-se observar o equilíbrio de receita e despesa com base no balanço financeiro dos residentes, refletindo as relações de entrada e saída de dinheiro. Além disso, deve-se observar o equilíbrio entre a quantidade de dinheiro liberada pelo Banco Central e o volume de circulação de mercadorias no varejo, tomando medidas para aumentar as economias dos residentes e políticas para economizar a liberação de dinheiro. Isso mostra a importância dos métodos baseados no equilíbrio no trabalho de controle da circulação de dinheiro.

No entanto, apenas os métodos baseados no equilíbrio não são suficientes para garantir plenamente a cientificidade do trabalho de controle da circulação de dinheiro. É necessário que haja uma análise política dos dados reais e uma avaliação abrangente para sustentar essa abordagem.

Os fenômenos econômicos em geral são complexos, e especialmente a circulação de dinheiro está relacionada com todo o processo de produção, distribuição, troca e consumo. Portanto, sem o uso de métodos de julgamento abrangentes, pode ser difícil implementar de forma eficaz as exigências políticas nesse campo. O método baseado no equilíbrio pode, de certa forma, levar a conclusões matematicamente precisas, mas também apresenta falhas, pois não reflete de maneira sensível as diversas flutuações econômicas que ocorrem constantemente.

Garantir o equilíbrio entre a liberação e a recuperação do dinheiro.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"Os funcionários responsáveis pelos assuntos financeiros devem preservar a integridade do plano financeiro, reforçar ainda mais o sistema de concentração das finanças nos bancos e, com uma atitude de trabalho justa, esforçar-se para equilibrar as receitas e despesas." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 3, página 86)

A garantia do equilíbrio entre a liberação e a recuperação do dinheiro é fundamental no trabalho da organização de circulação em espécie. Esse equilíbrio deve ser assegurado em todos os elos da política monetária, desde a fase de planejamento de caixa até a execução e ajuste desse plano, não só em uma escala nacional, mas também em todas as unidades e regiões, tanto em termos trimestrais quanto mensais, semanais e diários. Portanto, esse equilíbrio tem um caráter tanto abrangente e nacional quanto individual e regional. O equilíbrio individual e regional, nesse caso, serve como base para garantir o equilíbrio abrangente e nacional.

O relacionamento interdependente entre a liberação e a recuperação do dinheiro, que constitui um equilíbrio abrangente e nacional, é principalmente abordado na planificação nacional trimestral de dinheiro.

Isso ocorre porque a relação de descoberta, resultado da garantia do equilíbrio entre a liberação e a recuperação do dinheiro, é planejada apenas em uma dimensão temporal trimestral de âmbito nacional.

Embora o orçamento estatal, o planejamento financeiro das empresas e outros tipos de planos financeiros possam ter certa influência nas relações de emissão de moeda, como não possuem uma conexão direta, o equilíbrio entre a liberação e a recuperação do dinheiro é considerado ao elaborar esses planos, mas não se torna uma tarefa direta da planificação.

Para garantir o equilíbrio entre a liberação e a recuperação do dinheiro, o planejamento de caixa do Banco Central e o balanço monetário dos cidadãos devem ser utilizados como documentos fundamentais.

O planejamento de caixa (planejamento de dinheiro em espécie), por meio dos balcões do Banco Central, tem como objetivo planificar o volume de dinheiro de todas as vias de entrada e saída, fornecendo dados diretos necessários para calcular o equilíbrio entre a liberação e a recuperação do dinheiro. O balanço monetário dos cidadãos fornece dados fundamentais que permitem calcular a viabilidade da liberação e recuperação de dinheiro no Banco Central.

O balanço monetário dos cidadãos reflete o movimento de dinheiro centrado nos residentes, por isso pode complementar o planejamento de caixa baseado apenas no movimento de caixa do Banco Central, refletindo não apenas o movimento de dinheiro no Banco Central, mas também os resultados do movimento de dinheiro na circulação. Na realidade, apenas com os dados sobre a liberação e recuperação de dinheiro pelo Banco Central, é difícil garantir um equilíbrio preciso entre esses dois elementos.

O dinheiro liberado pelo Banco Central retorna ao ponto de emissão após passar por uma série de elos, e, sem uma análise adequada do processo de movimentação do dinheiro durante esse percurso, não é possível obter uma representação precisa de todo o processo de circulação e da escala de emissão de moeda com base apenas nos dados sobre o ponto inicial e final do processo de circulação. Portanto, na prática atual de planejamento de caixa, os dados fundamentais para a elaboração de cada item do plano são obtidos a partir do balanço monetário dos cidadãos.

O trabalho de equilibrar a liberação e a recuperação do dinheiro é realizado com base na planificação detalhada de cada item do planejamento de caixa, ou seja, na fase de conclusão do planejamento. O resultado desse trabalho se concretiza como uma tarefa de emissão. Portanto, o sucesso ou fracasso dessa tarefa tem um impacto significativo no estado geral da circulação monetária.

Se a quantidade de emissão de dinheiro for definida excessivamente grande em comparação com a demanda de circulação, isso criará um desequilíbrio entre a quantidade de moeda e a quantidade de mercadorias (ou serviços), impossibilitando o cumprimento dos requisitos da lei da circulação monetária. Por outro lado, se a emissão for definida excessivamente pequena em relação à demanda de circulação, isso causará o fenômeno de deficiência de moeda, impedindo que o processo de reprodução seja garantido de forma normal.

Examinemos as questões principiais que surgem ao desenvolver a metodologia para equilibrar a liberação de dinheiro e o recolhimento de dinheiro.

O princípio fundamental a ser seguido no processo de equilibrar a liberação e o recolhimento de dinheiro é garantir, na máxima medida possível, a economia na emissão e a mobilização de reservas para o recolhimento de moeda. Este princípio se concretiza no processo de planejamento de caixa, na forma de uma pesquisa preliminar sobre as fontes de despesas e receitas de dinheiro.

A pesquisa preliminar das fontes de receita de dinheiro deve ser realizada com base na natureza dos itens do planejamento de caixa, abrangendo fontes de receita provenientes da venda de mercadorias, taxas de serviços e depósitos. No entanto, isso envolve uma grande complexidade, pois trata-se de um esforço para absorver a renda em moeda dos residentes, que é distribuída com base no princípio da distribuição por trabalho.

A renda em moeda dos residentes é de propriedade privada, com o direito de disposição pertencente ao indivíduo, o que significa que não se pode impor externamente os métodos ou os momentos de seu gasto. Por outro lado, se a demanda dos residentes for deixada à espontaneidade, o controle planificado da circulação monetária torna-se impossível. Portanto, ao investigar as fontes de receita de dinheiro, é crucial adotar métodos indiretos que maximizem a satisfação das necessidades pagáveis dos residentes, utilizando os diferentes espaços econômicos sob controle do Estado. Esses métodos indiretos têm grande importância para garantir que a demanda dos residentes seja atendida de forma eficaz.

Aqui, o principal é o comércio de mercadorias e a organização de serviços, enquanto o trabalho de poupança tem um significado complementar.

A melhoria na organização da circulação de mercadorias se expressa principalmente na execução precisa do plano de circulação no varejo, o que, em última instância, resulta na melhoria da organização do fornecimento e venda de mercadorias. Hoje, fortalecer o comércio atacadista e elevar a natureza dos serviços no comércio varejista se torna um elo fundamental para aumentar as fontes de receita de dinheiro.

Uma das questões importantes ao fortalecer o controle bancário sobre a organização da circulação de mercadorias é a implementação rigorosa dos requisitos partidistas para restringir severamente a venda por transferência nas redes de comércio varejista.

O sistema de venda por transferência no comércio varejista teve um efeito significativo na circulação monetária.

Antes de ser completada a transformação socialista das relações de produção, quando existia o mercado privado, esse sistema desempenhou um papel positivo ao fortalecer as regras de pagamento não monetário e em espécie, limitando a compra de mercadorias por dinheiro nas cooperativas, empresas estatais e instituições. Além disso, esse sistema teve a importância de prevenir especulações pelos gestores privados, limitando a capacidade do mercado privado.

No entanto, após a conclusão da transformação socialista das relações de produção e com a regulamentação rigorosa da circulação monetária, a aplicação do sistema de venda por transferência pode ter um impacto negativo no movimento de mercadorias no varejo e na circulação de dinheiro, a menos que seja acompanhada de restrições e controles severos.

A fonte de recursos da venda por transferência é o fundo orçamentário do Estado e o fundo de circulação das empresas, e os produtos envolvidos representam uma parte significativa dos bens essenciais para a vida dos moradores. Portanto, mesmo considerando apenas a perspectiva da circulação monetária, a venda por transferência no comércio varejista levanta uma série de questões complexas.

A introdução do sistema de venda por transferência no comércio varejista exige uma certa modificação na relação entre a quantidade de produtos estabelecida e a quantidade de moeda em circulação. Se a quantidade de produtos fornecidos for determinada de acordo com a receita monetária dos residentes, surgirá uma renda monetária dos residentes que não será realizada na medida da venda por transferência. Portanto, na prática do planejamento de caixa, a quantidade de vendas por transferência deve ser sempre considerada.

Como a venda por transferência exige um fornecimento adicional de produtos, se a escala de fornecimento de produtos for pressuposta como dada, a escala de vendas por transferência deve ser limitada ao mínimo. Restringir rigorosamente a venda por transferência de bens essenciais de instituições comerciais para instituições e empresas resulta no aumento relativo da quantidade de produtos que são trocados por meio da receita dos residentes.

Os problemas levantados em relação à melhoria do trabalho organizacional, que são uma fonte de receita em dinheiro, envolvem a expansão e melhoria da rede de serviços, bem como a melhoria da organização de arrecadação de taxas de serviço. Do ponto de vista do fortalecimento do controle bancário, o aspecto particularmente importante é a organização e melhoria da arrecadação das taxas de serviço.

O atual sistema de arrecadação de taxas de serviço varia conforme a região, ou seja, entre cidades, distritos operários e áreas rurais, e os órgãos responsáveis pela arrecadação também diferem. Por exemplo, nas cidades, as taxas são principalmente arrecadadas mensalmente através das administrações distritais; nos distritos operários, são coletadas pelos departamentos de apoio das empresas; e nas áreas rurais, são arrecadadas de forma consolidada durante o período de liquidação e distribuição. Diante dessa realidade, é necessário adotar medidas para evitar casos de não arrecadação das taxas de serviço.

Na investigação preliminar sobre a emissão de dinheiro, a principal tarefa consiste em economizar dinheiro nas áreas de despesas com remuneração pelo trabalho e fundos de compra. Atualmente, o elemento central na remuneração pelo trabalho é estabelecer com precisão os padrões de remuneração de acordo com as condições alteradas e encontrar formas de vincular estreitamente as despesas de remuneração a esses padrões com o nível de cumprimento das metas do plano econômico nacional.

Estabelecer com precisão os padrões de remuneração pelo trabalho permite corrigir os desequilíbrios no custo de vida entre setores e profissões, aumentar a remuneração de funcionários com níveis de vida mais baixos e organizar diferentes formas adicionais de remuneração. Isso garante a aplicação mais rigorosa do princípio de pagamento conforme o trabalho. No entanto, por si só, isso não se torna um método direto para explorar as reservas de redução das despesas em dinheiro. Em vez disso, atua indiretamente ao reorganizar o nível geral de remuneração, criando as condições necessárias para pagamentos precisos, contribuindo assim para uma utilização mais econômica dos fundos destinados à remuneração pelo trabalho.

O método que influencia diretamente o uso econômico dos fundos de remuneração pelo trabalho é vincular estreitamente o pagamento dessa remuneração ao grau de cumprimento dos indicadores qualitativos e quantitativos na economia nacional.

Vincular os indicadores do plano econômico nacional ao pagamento da remuneração pelo trabalho tem como objetivo principal esclarecer a relação entre o custo de vida e a produtividade do trabalho, bem como definir claramente o grau de formação das fontes dos fundos de remuneração. Isso garante a distribuição adequada entre a acumulação e o consumo da renda nacional. Relacionar o pagamento da remuneração aos indicadores qualitativos da economia nacional foca em assegurar a racionalidade do trabalho social, atendendo às exigências da lei da economia de tempo de trabalho. Assim, a mobilização de reservas nas despesas dos fundos de remuneração refere-se, acima de tudo, à redução das despesas que não correspondem ao grau de cumprimento dos indicadores qualitativos e quantitativos do plano econômico nacional.

Na garantia da relação entre o pagamento dos fundos para o custo de vida e os indicadores do plano da economia popular, devem ser seguidos os seguintes princípios metodológicos:

Primeiramente, o grau de execução dos indicadores quantitativos e qualitativos do plano da economia popular deve ser igualmente considerado. Ou seja, não se deve considerar apenas os indicadores quantitativos do plano da economia popular, nem dar importância exclusiva aos indicadores qualitativos, negligenciando o grau de execução dos outros indicadores.

Assim como considerar apenas os indicadores quantitativos do plano da economia popular e ignorar os indicadores qualitativos pode ter um efeito negativo sobre o gasto econômico do trabalho social, desconsiderar os indicadores quantitativos e focar exclusivamente nos qualitativos pode afetar negativamente as fontes de fundos para os salários dos trabalhadores e o rápido crescimento da economia popular.

Em seguida, para garantir a conexão entre os gastos com salários e os indicadores do plano da economia popular, é necessário adotar medidas diferenciadas de acordo com as características das atividades de gestão das empresas de cada setor da economia popular. Por exemplo, ao considerar os indicadores do plano para o pagamento de subsídios, não é razoável aplicar os mesmos princípios para setores como a indústria de extração, que possui apenas alguns tipos de produtos, e a indústria de máquinas, que abrange de 200 a 300 tipos de produtos.

Além disso, os indicadores do plano da economia popular a serem considerados no pagamento de salários não devem ser excessivamente complexos. Ao calcular o valor real do pagamento de subsídios, um número excessivo de indicadores torna difícil garantir a flexibilidade na distribuição dos recursos para os salários.

Na esfera de pagamentos de fundos de compra, a economia de pagamentos em dinheiro depende fundamentalmente da melhoria geral do trabalho de compra, mas o aspecto mais importante é estabelecer corretamente os preços de compra livres.

Como o grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou, o nível do preço de compra deve ser decidido com base no princípio de considerar tanto os interesses estatais quanto os interesses dos trabalhadores agrícolas. Em particular, não se deve permitir que o preço de compra de certos produtos seja prejudicado por intermediários desnecessários, o que afetaria os interesses estatais. Portanto, fortalecer o controle bancário sobre os preços de compra tem uma importância primordial para impedir os gastos injustificados de fundos de compra.

Outro requisito principial que deve ser observado no processo de equilíbrio entre a liberação de dinheiro e o recolhimento de dinheiro é garantir o equilíbrio central baseado rigorosamente no equilíbrio regional entre os dois.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"...No orçamento local de nosso país, o dinheiro que é destinado ao Estado é aquele que foi ganho com o desenvolvimento da indústria local e a melhoria dos serviços, e é dinheiro que satisfaz as necessidades de vida do povo e traz benefícios ao Estado." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 8, página 189)

No movimento financeiro de nosso país, as características regionais e centralizadas estão intimamente interligadas.

As características regionais da circulação monetária e suas características centralizadas exigem que, no processo de equilíbrio entre a liberação de dinheiro e o recolhimento de dinheiro, seja garantido um equilíbrio central baseado rigorosamente no equilíbrio regional.

O problema na realização dessa exigência é que não se pode garantir ao máximo o equilíbrio regional sem garantir o equilíbrio central. Além disso, a simples soma do equilíbrio regional não se traduz em um equilíbrio central, mas um equilíbrio central que não leva em consideração o equilíbrio regional não pode ser considerado um reflexo da normalidade na circulação de dinheiro.

No planejamento de caixa, o equilíbrio regional refere-se ao equilíbrio entre a liberação de dinheiro e o recolhimento de dinheiro, centrado nas áreas de transação de cada unidade local do Banco Central (como agências e filiais).

No entanto, esse equilíbrio não é apenas expresso como liberação de dinheiro = recolhimento de dinheiro, mas também pela relação entre a liberação de dinheiro e o recolhimento de dinheiro. Ou seja, se a quantidade de dinheiro liberada na região for completamente recolhida durante o período planejado, o equilíbrio será expresso como liberação de dinheiro = recolhimento de dinheiro. Se uma parte não for recolhida, o equilíbrio será expresso como liberação de dinheiro > recolhimento de dinheiro, e se houver um recolhimento excessivo, o equilíbrio será expresso como liberação de dinheiro < recolhimento de dinheiro. Desses três casos, o mais ideal é o equilíbrio expresso pela terceira desigualdade.

No entanto, não se pode afirmar de forma definitiva que o equilíbrio expresso pela primeira igualdade ou pela segunda desigualdade reflete uma falha no processo de reprodução.

Na economia popular, dependendo das diferentes variações de equilíbrio, a relação de equilíbrio entre a liberação e a retirada de dinheiro também pode se manifestar de maneira diversa.

Garantir o equilíbrio regional entre a liberação e o recolhimento de dinheiro em espécie requer, no momento atual, maximizar a absorção da quantidade de dinheiro liberada em cada província, cidade e condado.

No momento atual, um dos desafios em equilibrar a liberação e o recolhimento de dinheiro em espécie por unidade de região administrativa é como limitar ao mínimo possível a movimentação inter-regional do dinheiro em espécie que está em posse dos residentes. Em algumas regiões, ao longo do ano, a quantidade de dinheiro recolhido pode superar a quantidade liberada, enquanto em outras, a quantidade recolhida pode não alcançar a quantidade liberada. Isso significa que, em certas áreas, a relação entre a liberação e o recolhimento de dinheiro assume a forma de liberação > recolhimento, enquanto em outras áreas, assume a forma de liberação < recolhimento.

Embora o desequilíbrio entre a liberação e o recolhimento de dinheiro em regiões específicas possa ser compensado em escala nacional, para que isso ocorra, é necessário adotar diversas medidas adicionais para alcançar o equilíbrio.

As causas principais para a movimentação inter-regional de dinheiro em espécie podem ser divididas amplamente em duas categorias: fatores inevitáveis, como viagens de trabalho de operários e funcionários, e remessas; e necessidades comerciais e de serviços realizadas em outras regiões. Entre essas, a segunda categoria apresenta um peso relativamente maior.

A movimentação inter-regional de necessidades comerciais e de serviços, por sua natureza intrínseca, pode ser praticamente eliminada. Para isso, é necessário calcular com precisão o poder de compra dos residentes em cada região e, com base nisso, melhorar o fornecimento de produtos.

Os dados básicos que devem ser utilizados no cálculo do poder de compra regional são os balanços de fluxo monetário (ganhos e gastos) dos residentes, que servem como ponto de partida para uma estimativa precisa do poder de compra dos moradores locais.

Além disso, no cálculo do poder de compra dos residentes, é fundamental melhorar decisivamente a prática da planificação do poder de compra que se baseia em dados antigos e desatualizados.

No cálculo do poder de compra dos residentes por região, embora os dados reais devam ser utilizados como base fundamental, atribuir-lhes um significado excessivo pode levar a que o fornecimento de produtos seja organizado de acordo com os níveis de poder de compra já estabelecidos. Isso resultaria apenas no fortalecimento das condições existentes para a movimentação inter-regional de dinheiro em espécie.

Por exemplo, se em um determinado condado, no ano passado, apenas três quartos do nível total de poder de compra foram atendidos internamente, e neste ano for organizada a oferta de produtos ou serviços correspondentes a três quartos da demanda total de compra, então um quarto do poder de compra será transferido para outras regiões.

Para limitar ao máximo a movimentação de dinheiro entre as regiões, é necessário melhorar e aperfeiçoar o trabalho de elaboração do balanço de fluxo monetário dos residentes por região. Isso ocorre porque esse balanço não só serve como base para o cálculo da demanda de dinheiro em circulação, mas também fornece dados sobre o tamanho do comércio varejista (incluindo serviços) correspondente à renda monetária dos residentes de cada região, permitindo assim a definição da distribuição de produtos. Em especial, o balanço de fluxo monetário dos residentes por região é o único documento que permite calcular de forma direta e concreta as flutuações no estado do poder de compra dos residentes em movimento entre as regiões.

No entanto, o problema aqui é que nem todos os indicadores do balanço de fluxo monetário dos residentes são fornecidos diretamente como parte do plano da economia popular, e especialmente, os dados sobre o estado do poder de compra em movimento entre as regiões devem ser calculados economicamente com base em diversos indicadores indiretos, como dados de pesquisas seletivas.

Portanto, uma questão importante na elaboração do balanço de fluxo monetário dos residentes por região é determinar com precisão os indicadores que não são fornecidos pelo plano da economia popular, como as transações monetárias entre os residentes, a demanda de compra que se desloca entre as regiões e as relações de fluxo monetário por classes, como operários, funcionários e camponeses. Para isso, é necessário realizar observações estatísticas, pesquisas sobre os custos de vida dos residentes e investigações regionais de forma contínua, e analisar com precisão os dados obtidos a partir desses esforços. Além disso, é necessário obter dados adicionais por meio do serviço de emissão bancária.

Na garantia do equilíbrio entre a liberação e o recolhimento de dinheiro, é igualmente importante assegurar que os resultados obtidos no processo de equilíbrio — ou seja, a tarefa de emissão e as demandas em constante mudança da circulação — estejam sempre em conformidade.

A tarefa de emissão é estabelecida calculando a relação mútua entre a quantidade de liberação de dinheiro e a quantidade de recuperação de dinheiro, de modo que ela também reflete as demandas de circulação do dinheiro em espécie.

No entanto, durante o processo de execução do planejamento de caixa, pode surgir uma certa discrepância entre a tarefa de emissão e as demandas de circulação de dinheiro. A discrepância entre o planejamento e a execução nos processos de produção, construção básica e circulação de mercadorias altera a relação mútua entre a liberação e o recolhimento de dinheiro estabelecida no plano monetário.

Os fatores que alteram essa relação mútua, como a execução excessiva dos planos de produção e construção, o pagamento excessivo de fundos para despesas de vida, ou a discrepância entre a crescente demanda da população e a circulação de bens de consumo, têm diferentes graus de impacto na demanda de circulação de dinheiro. Isso pode ser parcialmente compreendido através da seguinte tabela.


구분 (divisão, classificação), 년도 (ano), 공업총생산액의 장성 (crescimento da produção industrial total), 로동자, 사무원 실질생활비의 장성 (crescimento das despesas de vida reais dos trabalhadores e funcionários), 농호당 현금분배량의 장성 (crescimento do volume de distribuição de dinheiro por cada família camponesa), 소매상품류통액의 장성 (crescimento do volume de circulação de mercadorias no varejo)

O fato da taxa de crescimento da produção industrial total ser mais rápida do que a taxa de crescimento do volume de circulação de mercadorias no varejo (a produção industrial total cresceu 597% em 8 anos, enquanto o volume de circulação de mercadorias no varejo cresceu 339%) está, é claro, relacionado a vários fatores. No entanto, de maneira geral, isso significa que o grau de execução em excesso dos planos de produção ou planos de construção básica não tem um grande impacto no volume de dinheiro exigido pela circulação.

Quando consideramos que as outras condições são constantes, para que o grau de execução do plano de produção (principalmente o grau de execução acima da meta) influencie significativamente a quantidade de dinheiro em circulação, não deve haver uma diferença especial entre a taxa de crescimento do volume de circulação de mercadorias e a taxa de crescimento da produção total. Caso contrário, isso significa que não existe uma relação direta entre o crescimento do volume de circulação de mercadorias no varejo e o crescimento da produção industrial total, mas sim uma relação mediada por muitos elos intermediários. Portanto, entre a produção total e a quantidade de dinheiro em circulação, só existe uma relação indireta.

Em seguida, o fato do crescimento do volume de circulação de mercadorias no varejo ser mais rápido do que o crescimento da renda real dos trabalhadores e funcionários significa que, quando fatores que podem impactar diretamente a quantidade de dinheiro em circulação, como o aumento de fundos para despesas de subsistência e pagamentos de compras, se tornam maiores, o aumento do volume de circulação de mercadorias deve ser priorizado em relação ao aumento proporcional da quantidade de dinheiro em circulação.

Portanto, deve sempre ser mantido um equilíbrio constante entre os fundos para despesas de subsistência e para compras de um lado, e as receitas de vendas de mercadorias e serviços do outro. A forma como esse equilíbrio varia pode influenciar o resultado geral do planejamento de caixa, ou seja, pode resultar em um aumento de um dos lados, seja no recolhimento de dinheiro da circulação ou na liberação de dinheiro para a circulação.

No planejamento de caixa do Banco Central, as receitas de vendas de mercadorias e serviços formam a parte principal das receitas em dinheiro, enquanto os pagamentos de fundos para despesas de subsistência e compras formam a parte principal das despesas em dinheiro. Como essas duas áreas representam a maior parte das receitas e despesas do plano de caixa, seu aumento tem um efeito decisivo nos resultados do planejamento de caixa, mas ao mesmo tempo existe uma relação causal entre elas. Ou seja, durante um determinado período (por exemplo, um trimestre), a maior parte da quantia de dinheiro que chega às mãos dos residentes provém dos pagamentos de despesas com subsistência (incluindo a distribuição em dinheiro aos camponeses) e com compras, sendo que a maior parte desse montante é destinada à compra de mercadorias e ao pagamento de serviços. Apenas uma parte da renda monetária dos residentes retorna ao banco na forma de poupança ou permanece em suas mãos.

Se a quantidade de dinheiro que permanece como poupança nas mãos dos residentes for dada como fixa, a relação entre as despesas com subsistência + despesas com compras e as receitas de vendas de mercadorias e serviços + o montante de poupança (incluindo prêmios de seguro) pode ser expressa como a relação entre a renda monetária e os gastos dos residentes no período correspondente.

Portanto, se a velocidade de aumento nos gastos com fundos de custo de vida e fundos de compra, a venda de mercadorias, o pagamento de taxas de serviço e o aumento do saldo de poupança forem iguais, a emissão monetária não sofrerá alterações. Contudo, se a escala de gastos com fundos de custo de vida e fundos de compra superar a escala de venda de mercadorias e pagamento de taxas de serviço, isso resultará no aumento do saldo de poupança ou na ampliação da liberação de dinheiro. Por outro lado, no caso oposto, ocorrerá o fenômeno de recolhimento de dinheiro em circulação.

No entanto, a questão aqui é que a ampliação da escala de circulação de mercadorias e serviços deve superar a velocidade de crescimento da renda em dinheiro da população.

A necessidade de aumentar a escala de circulação de mercadorias e serviços em uma proporção superior ao crescimento da renda em dinheiro da população está relacionada ao fato de que os gastos em dinheiro, como as despesas de viagem de funcionários não diretamente ligados à renda monetária dos residentes, devem ser absorvidos por meio da rede de circulação de mercadorias e serviços. Além disso, parte da receita em dinheiro obtida nessas redes pode não retornar ao banco, sendo utilizada para cobrir suas próprias necessidades. Por isso, se o nível de poupança permanecer constante, a receita proveniente da venda de mercadorias e das taxas de serviço deve ser ligeiramente superior à renda em dinheiro da população.

Com base na explicação acima, para evitar que surja uma grande discrepância entre a demanda em constante variação pela circulação de dinheiro e a emissão monetária fixada por determinado período, é essencial prevenir os gastos excessivos com fundos de custo de vida e os desembolsos não planejados dos fundos de compra. Além disso, é necessário estabelecer medidas precisas para melhorar a escala de circulação de mercadorias, a escala de serviços e o trabalho de poupança.

Ou seja, na administração do planejamento de caixa, é necessário implementar medidas adequadas para que a relação entre o total de desembolsos, como pagamentos de fundos de custo de vida, fundos de compra, despesas de viagem e fundos para aquisição de mercadorias no varejo por empresas e instituições (A), e o total das receitas provenientes da venda de mercadorias e taxas de serviço (B), continue sendo mantida durante o processo de execução do plano.

É claro que, quando essa relação proporcional não puder de forma alguma ser mantida, poderão ser tomadas medidas para sustentar a relação A=B+ o aumento da escala de poupança, garantindo assim a conformidade entre a relação de emissão e as exigências de circulação de dinheiro.

Dessa forma, pode-se manter a coerência entre a demanda de circulação de dinheiro variável e a tarefa fixa de emissão sem alterar a tarefa de emissão. Se a tarefa de emissão fosse alterada durante o período contábil devido a possíveis mudanças na quantidade de dinheiro em circulação, isso não apenas tornaria a gestão do controle da circulação de dinheiro mais complicada, mas também comprometeria a estabilidade e a uniformidade da circulação monetária, podendo até prejudicar o movimento geral de mercadorias e dinheiro. Portanto, a tarefa básica na gestão para garantir a coerência entre a tarefa de emissão e a demanda de circulação de dinheiro é tomar medidas para atender às demandas variáveis de circulação de dinheiro sem provocar alterações na tarefa de emissão.

Organização racional dos canais e períodos de circulação de dinheiro

A reorganização dos canais de circulação de dinheiro e o esforço para reduzir ao máximo o tempo de permanência do dinheiro nos canais intermediários constituem uma parte essencial do trabalho de controle da circulação de dinheiro. Essa abordagem serve como um elo fundamental para manter o equilíbrio entre o volume de liberação e o volume de recolhimento de dinheiro estabelecido no processo de planejamento.

A circulação de dinheiro refere-se ao processo de movimentação de dinheiro entre os residentes e o banco, e os canais de circulação correspondem às etapas intermediárias pelas quais o dinheiro passa nesse processo de movimentação.

Os canais de circulação de dinheiro podem ser classificados de diversas formas, dependendo da diferença nos modos de participação dos sujeitos envolvidos na movimentação de dinheiro (empresas, instituições, indivíduos) na relação mútua entre o banco, de um lado, e os residentes, do outro.

Com base nesses princípios, o atual processo de movimentação de dinheiro pode ser classificado conforme os canais de circulação da seguinte forma:

Pode-se classificar em grandes categorias os seguintes canais de dinheiro: o canal de dinheiro entre o banco, as empresas e instituições (isso inclui tanto a liberação de dinheiro do banco para empresas e instituições quanto o fluxo de dinheiro retornando dos cofres das empresas e instituições para o banco), o canal de dinheiro entre empresas, instituições e residentes (isso inclui os casos em que empresas e instituições pagam salários aos residentes, ou, de forma inversa, os residentes pagam pelas mercadorias e serviços nas empresas e instituições), o canal de dinheiro entre empresas e instituições, e o canal de dinheiro entre os residentes.

O período de circulação de dinheiro refere-se ao total de tempo que o dinheiro permanece em cada um desses canais de circulação. Portanto, a redução do período de circulação de dinheiro, na prática, resulta no mesmo efeito.

Primeiramente, vamos analisar a organização do canal de circulação de dinheiro entre banco, empresas e instituições.

Esse canal abrange as fases iniciais e finais da circulação geral de dinheiro, devido ao fato de que a circulação monetária em nosso país é baseada na circulação das cédulas do Banco Central. A parte inicial desse canal, que envolve o pagamento de dinheiro do banco para empresas e instituições, pode ser dividida em duas situações: uma em que as empresas e instituições recebem do banco o dinheiro necessário para pagar os residentes, e outra em que as empresas e instituições recebem do banco o dinheiro necessário para efetuar pagamentos diretamente aos seus parceiros comerciais para fins de gestão e operações.

No primeiro caso, incluem-se os pagamentos de vários tipos de salários (incluindo a distribuição em dinheiro para os camponeses), pagamento de preço de compra, pagamento de bolsas de estudo, pensões e subsídios. No segundo caso, trata-se do pagamento em dinheiro para os fundos de compra de mercadorias pelas empresas e instituições. No entanto, a questão do pagamento em dinheiro para os fundos de compra de mercadorias pelas empresas e instituições não apresenta grandes complexidades do ponto de vista da circulação geral de dinheiro.

O dinheiro que as empresas e instituições recebem para efetuar pagamentos aos residentes está diretamente relacionado com outros canais de circulação de dinheiro, pois forma a renda monetária dos residentes. Portanto, determinar corretamente a quantidade desse dinheiro é um elo fundamental para garantir a normalidade do movimento geral de dinheiro.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"Ao gastar recursos, é imprescindível que se baseie rigorosamente nos itens do orçamento, e deve ser estabelecida uma disciplina estrita de não liberar nenhum recurso que não esteja incluído nos itens orçamentários. Mesmo para os itens presentes no orçamento, se não forem realmente necessários ou urgentes, deve-se adotar o princípio de não permitir a execução de gastos." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 3, página 137)

O montante de dinheiro que as empresas e instituições recebem para realizar pagamentos aos residentes deve ser definido com precisão, de acordo com o princípio de pagamento dos fundos do Estado, estabelecido pelo grande Líder. Esse montante deve ser planificado conforme o que foi previsto e ajustado de acordo com os processos econômicos reais. A característica importante desse tipo de pagamento em dinheiro é que, embora seu montante seja previamente planejado, o valor exato do pagamento depende estritamente do grau de execução do plano da economia popular.

Em relação às características desse pagamento de fundos, o processo de circulação de dinheiro adquire uma natureza completamente planificada. Assim, na prática de pagamento em dinheiro, é fundamental garantir uma relação precisa entre o montante planejado e o montante a ser pago.

Além disso, o problema que deve ser resolvido na prática é garantir ao máximo a equidade no pagamento em dinheiro proveniente do banco. Manter essa equidade é uma condição prévia para garantir pagamentos em dinheiro uniformes das instituições e empresas para os residentes.

O mais importante na organização do pagamento equitativo em dinheiro do banco para empresas e instituições é garantir a equidade no pagamento dos fundos para despesas de subsistência e a organização do pagamento equitativo em dinheiro necessário para a formação da renda monetária dos residentes rurais.

O papel dos fundos para despesas de subsistência na circulação de dinheiro é muito grande. A quantidade de dinheiro liberada para a circulação através dos fundos para despesas de subsistência representa uma parte significativa do total de dinheiro liberado.

Ao equalizar o pagamento de fundos para despesas de subsistência, que tem grande peso, e ao eliminar de maneira constante a concentração da liberação de dinheiro em um único ponto, o tempo durante o qual o dinheiro permanece nos canais de circulação seria consideravelmente reduzido.

No entanto, o obstáculo atual para garantir a equidade no pagamento dos fundos para despesas de subsistência é que os pagamentos desses fundos estão concentrados em determinados períodos de cada mês. Dependendo do tipo de instituição ou empresa, em alguns meses, os pagamentos de despesas de subsistência não ocorrem em determinados momentos. Além disso, se a proporção entre empresas com orçamento independente e instituições com orçamento estatal não for equilibrada, e seus requisitos de fundos para despesas de subsistência não forem igualmente distribuídos, inevitavelmente surgirá uma desigualdade na liberação de dinheiro.

Nessas circunstâncias, para garantir a uniformidade da liberação de dinheiro em espécie pelo banco, é importante que os fundos para despesas de subsistência sejam pagos de forma uniforme diariamente, desde o início do mês até o final.

Garantir a uniformidade no pagamento do dinheiro necessário para a formação da renda monetária dos residentes rurais depende fundamentalmente da normalização das operações de aquisição de produtos agrícolas e da uniformidade na distribuição de dinheiro aos agricultores. Atualmente, a questão central para o Banco Central na liberação de dinheiro para as áreas rurais reside na sazonalidade dos pagamentos dos fundos de aquisição e distribuição.

O dinheiro em espécie liberado pelo Banco Central para as zonas rurais concentra-se no quarto trimestre, sendo que a maior parte se acumula em dezembro. O fato da maior parte da renda monetária anual dos residentes rurais se concentrar em um curto período no final do ano não apenas dificulta a organização equilibrada da circulação monetária e da circulação de mercadorias nas áreas rurais, mas também exige que os gastos monetários dos agricultores sejam realizados gradualmente ao longo do ano. Isso cria uma condição objetiva na qual o dinheiro permanece por um período mais longo nas mãos dos agricultores, em comparação ao dinheiro em posse dos residentes urbanos.

Como resultado, a velocidade de retorno do dinheiro liberado para as zonas rurais é relativamente mais lenta em comparação com as áreas urbanas. Consequentemente, surgem questões complexas na organização planificada da circulação monetária nas áreas rurais.

Portanto, elaborar medidas para superar a sazonalidade na liberação de dinheiro aos residentes rurais constitui o principal método para garantir a normalidade da circulação monetária nas áreas rurais atualmente.

No fluxo de circulação monetária entre o banco, as empresas e as instituições, o processo de depósito no banco dos recebimentos em dinheiro das empresas e instituições, que corresponde à etapa final, é a fase de conclusão da circulação monetária. É nesse processo que se garante, em última instância, a velocidade de retorno do dinheiro emitido pelo banco por meio dos intermediários. Portanto, melhorar a organização do depósito no banco dos recebimentos em dinheiro das empresas e instituições tem uma importância crucial para acelerar a velocidade da circulação monetária. O aspecto fundamental nesse contexto é garantir a rapidez e a integralidade no depósito bancário dos recebimentos em dinheiro.

Para garantir a rapidez na organização dos depósitos, é necessário adotar amplamente um sistema avançado de arrecadação. Atualmente, existem dois métodos de depósito: o método em que os valores são recolhidos por um cobrador e depositados no banco, e o método em que as instituições ou empresas depositam diretamente no banco. Dentre esses, o método de recolhimento é considerado o mais avançado.

O sistema de recolhimento não só acelera a velocidade de circulação do dinheiro, mas também economiza os custos sociais necessários para a organização do depósito e para o armazenamento e gerenciamento de dinheiro pelas instituições e empresas que possuem os valores. Além disso, garante a segurança na gestão e no armazenamento do dinheiro. Embora o sistema de recolhimento tenha várias vantagens, ele não é o único método aplicável a todos os depósitos em dinheiro de empresas e instituições.

A característica do sistema de recolhimento é que ele envolve a coleta regular do dinheiro das empresas e instituições por um cobrador especializado. Por isso, é o método mais adequado para o banco recolher os recebimentos em dinheiro de instituições comerciais e de serviços, bem como de empresas que realizam depósitos regulares de dinheiro.

Para acelerar a velocidade de circulação da moeda no contexto da introdução do sistema de recolhimento, as questões que precisam ser resolvidas atualmente incluem aumentar a taxa de recolhimento nas cidades e adotar medidas para reduzir ao máximo o tempo de recolhimento e o período de processamento dos valores coletados. Além disso, é necessário adotar medidas para racionalizar a organização dos recebimentos em dinheiro nas instituições e empresas rurais. Em particular, o trabalho de garantir que o dinheiro espalhado nas áreas rurais seja depositado a tempo no banco é uma das questões fundamentais para resolver o problema da circulação de moeda nas áreas rurais.

A seguir, será abordada a organização do fluxo de dinheiro entre empresas, instituições e a população, que representa as etapas fundamentais da circulação de dinheiro.

Esse fluxo de dinheiro é composto pelo processo em que as empresas e instituições pagam dinheiro aos residentes, ou seja, o processo de formação da renda monetária dos residentes, e pela função da moeda como meio de pagamento, circulação e poupança, através da qual os residentes realizam sua renda monetária nas relações com as empresas e instituições. Esse fluxo é um canal de circulação diretamente relacionado ao movimento da renda monetária dos residentes.

Quase todo o dinheiro em espécie passa por esse canal de circulação, e parte dele é utilizada pelos residentes como instrumento de poupança ou como reserva para circulação e pagamentos. Por isso, a organização eficiente das transações em dinheiro entre as empresas, instituições e a população é o elo fundamental para reduzir o período de circulação do dinheiro.

Nosso Partido tomou diversas medidas para aumentar continuamente a renda monetária dos trabalhadores, visando a melhoria de seu bem-estar material. No entanto, sem aprimorar e fortalecer o comércio de mercadorias e os serviços de acordo com o rápido aumento do nível de renda monetária da população, não será possível garantir, de forma concreta, a melhoria do bem-estar material dos trabalhadores, nem manter a estabilidade na circulação de dinheiro em espécie.

Para acelerar a velocidade de circulação de dinheiro em espécie nas condições de aumento constante da renda monetária da população, não basta apenas elevar continuamente o volume total de circulação de mercadorias. É necessário aprimorar o fornecimento de bens e os serviços de forma a garantir o gasto regular e equilibrado do dinheiro em posse da população.

A arrecadação nacional de dinheiro em espécie pelo Banco Central apresenta uma relativa uniformidade em relação aos seus gastos. No entanto, o desafio está em assegurar essa uniformidade de forma regional e mensal.

Garantir a regularidade na execução do plano de comércio varejista (e serviços) torna-se uma condição preliminar essencial para assegurar a uniformidade nos gastos monetários dos residentes.

O ponto crucial aqui é organizar a produção de acordo com as demandas dos residentes, garantindo, ao mesmo tempo, a oferta regular e pontual de produtos. Para isso, é fundamental reforçar plenamente o sistema de contratos e encomendas de mercadorias, eliminando decisivamente a instabilidade no fornecimento aos canais de varejo.

Para assegurar a uniformidade nos gastos de renda monetária dos residentes, é igualmente necessário harmonizar a demanda efetiva dos residentes com a estrutura do comércio de mercadorias e a composição por categorias dos serviços oferecidos.

Caso isso não seja alcançado, mesmo que haja correspondência em termos de valor entre a renda monetária e o volume total de mercadorias, a demanda dos residentes pode não ser atendida, resultando na não concretização das transações de compra e venda, o que pode levar a desigualdades nos gastos monetários.

No entanto, os gastos monetários variam dependendo do tipo de demanda dos residentes. Por exemplo, os gastos destinados à satisfação de necessidades diárias, como alimentos básicos ou itens de consumo regular, como cigarros, tendem a ocorrer de forma relativamente uniforme e diária. Já para a aquisição de bens industriais de uso pessoal, como tecidos de lã para ternos, bicicletas, rádios, máquinas de costura e televisores, a renda monetária não é utilizada de maneira constante. Além disso, certas despesas de serviços, como taxas de uso imobiliário, taxas de eletricidade e taxas de visualização de televisão, podem apresentar relativa uniformidade em períodos mais longos, mas, em períodos mais curtos, mostram-se concentradas devido aos prazos específicos de pagamento, resultando em uma natureza menos uniforme.

Partindo disso, conclui-se que, para garantir a uniformidade e a fluidez nos gastos monetários dos residentes, é essencial reforçar o estudo das demandas da população e, com base nisso, estabelecer de maneira adequada a relação mútua entre o fornecimento de produtos alimentícios e não alimentícios. Além disso, é crucial priorizar a melhoria do fornecimento de alimentos enquanto se normaliza o fornecimento de bens de consumo diário.

O fato de que a proporção de produtos não alimentícios no comércio varejista tende a crescer mais rapidamente do que a dos alimentos não significa que devemos dedicar mais atenção ao fornecimento de bens de consumo diário em comparação com o fornecimento de alimentos. Se a normalidade nos gastos monetários para a compra de alimentos não for garantida, poderá surgir anormalidade na compra de bens de consumo diário.

Juntamente com a ampliação das atividades de serviços para os residentes e o fortalecimento das iniciativas de poupança, essas também se tornam elementos fundamentais para garantir a equidade nos gastos monetários. Em particular, a melhoria do trabalho de poupança popular tem grande importância para assegurar o movimento regular da renda monetária dos residentes.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"É de grande importância mobilizar e utilizar os recursos privados para a arrecadação de fundos. Para mobilizar ativamente os recursos privados, é necessário fortalecer as atividades de captação de poupança." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 3, página 144)

O papel do trabalho de poupança popular na realização da renda monetária dos habitantes é, em primeiro lugar, mobilizar as partes da renda monetária destinadas a demandas prospectivas ou periódicas. Em segundo lugar, ele pode prevenir, em certa medida, a desigualdade na despesa da renda monetária proveniente da desigualdade nos pagamentos monetários dos habitantes.

Os trabalhadores armazenam uma parte de sua renda monetária sob a forma de poupança por um determinado período, para atender à demanda futura e a despesas periódicas. A parte que é guardada em instituições de crédito se desvia do circuito de circulação e é utilizada para a emissão de nova moeda pelo banco. A reserva monetária destinada a atender à demanda futura, quando mobilizada através da poupança popular no banco, acelera a velocidade de circulação do dinheiro e, consequentemente, provoca uma redução relativa na quantidade de dinheiro em circulação.

Portanto, o fortalecimento da poupança popular pode ajudar a superar, em certa medida, a possibilidade de desigualdades nos gastos com a renda monetária dos residentes, que poderiam ter um impacto negativo na circulação de dinheiro. Em particular, para evitar o possível atraso na circulação de dinheiro devido ao aumento da proporção de circulação de bens não alimentícios na composição do comércio de mercadorias, o fortalecimento da poupança popular pode ser uma solução razoável.

Atualmente, a melhoria do comércio rural, juntamente com o fortalecimento e desenvolvimento da poupança rural, é uma questão fundamental na melhoria da circulação monetária nas áreas rurais.

Os residentes rurais, ao receberem grandes quantias de dinheiro durante o período de distribuição anual, não precisam acumular previamente valores para comprar produtos caros, como os habitantes urbanos. Portanto, o que é crucial na organização da circulação de dinheiro nas áreas rurais é garantir que, durante o período de distribuição, uma quantidade suficiente de produtos de alta qualidade seja fornecida nas zonas rurais, de modo a atender às demandas de pagamento dos agricultores de forma oportuna.

No entanto, dado que a maior parte da receita anual dos residentes rurais é concentrada no período de distribuição anual, é necessário economizar uma parte dessa receita até o próximo período de distribuição do ano agrícola seguinte. Para melhorar o trabalho de poupança de acordo com essa situação, é importante estabelecer tipos de poupança que se adaptem às características do movimento de renda monetária dos residentes rurais e criar uma organização de poupança adequada para isso.

Por fim, é importante mencionar a organização da circulação de dinheiro em espécie entre empresas, instituições e residentes.

A circulação de dinheiro em espécie entre empresas e instituições representa apenas uma parte extremamente pequena do total da circulação monetária. Originalmente, a circulação de dinheiro em espécie envolve os residentes como uma das partes nas transações, de modo que a circulação entre empresas e instituições é um fenômeno excepcional.

Atualmente, nas transações em espécie entre empresas e instituições, o principal está relacionado à compra de bens de consumo geral por estas entidades. Esse fenômeno ocorre como resultado de esforços para evitar que parte desses bens seja direcionada às instituições por meio de vendas internas, em vez de chegar às mãos dos residentes. Portanto, é essencial controlar rigorosamente, durante o processo de planejamento, a escala de desembolsos em dinheiro destinados à compra de bens pelas empresas e instituições, a fim de evitar o aumento do volume de transações monetárias nesse canal de circulação.

O volume total de dinheiro em circulação entre os residentes também é insignificante nas condições atuais. Nesse canal de circulação, a principal atividade é o comércio em dinheiro, centrado no mercado agrícola, entre moradores urbanos e agricultores ou entre os próprios agricultores.

Embora o volume deste canal não seja grande, realizar cálculos precisos sobre ele é uma tarefa extremamente difícil. Isso se deve ao fato de que as transações no mercado agrícola possuem um caráter espontâneo e estão desvinculadas do movimento de dinheiro centralizado pelo Banco Central.

No atual trabalho de planejamento do dinheiro em circulação, o canal de circulação monetária entre os residentes e seu volume são considerados ao elaborar o balanço financeiro dos residentes. No entanto, isso é feito principalmente com base em dados indiretos de pesquisa, em vez de indicadores diretos do plano da economia popular.

O aspecto de maior importância aqui é a transação em dinheiro entre os moradores urbanos e os agricultores. Essa dinâmica representa o fluxo de dinheiro da cidade para o campo, contribuindo para a formação de rendas monetárias adicionais para os agricultores. Por isso, o cálculo preciso dessas transações pode fornecer dados valiosos para abordar questões relacionadas ao comércio urbano, comércio rural e circulação monetária.

Foram analisados, de forma geral, os métodos para acelerar as transações em cada canal de circulação de dinheiro, buscando reduzir ao máximo a quantidade de dinheiro em circulação nesses canais.

Para organizar de forma racional os canais e os períodos de circulação de dinheiro, é essencial que as operações de recebimento e pagamento de dinheiro pelo banco sejam realizadas de maneira precisa e ágil. Como todos os canais de circulação têm o banco como ponto de partida e chegada, qualquer deficiência na administração bancária impactará diretamente o fluxo subsequente de dinheiro.

Portanto, a melhoria das operações bancárias torna-se uma das condições fundamentais para organizar o processo de circulação de dinheiro de acordo com as exigências da lei de circulação monetária.

7. Processo legal do estabelecimento do sistema monetário socialista.

7.1 Preparativos para o estabelecimento do sistema monetário socialista.

A classe trabalhadora, ao assumir o poder, deve estabelecer um sistema monetário socialista, fundamentalmente distinto do capitalista, ao controlar as linhas mestras da economia. No entanto, o processo e os métodos para isso são limitados por características específicas, dependendo das condições nacionais e históricas de cada país.

Sob a sábia liderança do estimado camarada Kim Il Sung, o sistema monetário socialista em nosso país foi estabelecido após um processo de luta para erradicar os resquícios da subordinação colonial do antigo sistema monetário e as consequências da inflação crônica.

O sistema monetário herdado do imperialismo japonês era caracterizado pela dependência colonial e pela irracionalidade.

Desde o primeiro dia da agressão imperialista, o imperialismo japonês focou na destruição da soberania monetária de nosso país, forçando a circulação de sua própria moeda na Coreia. As instituições bancárias monopolistas japonesas já detinham o direito de emitir cédulas na Coreia desde 1902, e, em 1905, através da chamada reforma monetária, remodelaram o sistema monetário da Coreia em um sistema colonial completamente submisso ao Japão. A partir de 1918, a lei monetária japonesa passou a ser aplicada diretamente na Coreia.

As características coloniais do sistema monetário coreano impostas pelo imperialismo japonês manifestaram-se da seguinte maneira:

Em primeiro lugar, os elementos fundamentais do sistema monetário, como o conteúdo metálico das unidades monetárias, a nomenclatura e a composição das denominações, eram completamente idênticos aos do sistema monetário japonês. Isso tornou-se a condição material para garantir a livre circulação das cédulas do Banco do Japão na Coreia. Com a permissão para a circulação das cédulas do Banco do Japão, qualquer forma de emissão de cédulas que tivesse a aparência de "cédulas do Banco da Coreia" não teve nenhum significado prático em termos de autonomia real.

Além disso, a emissão das cédulas foi monopolizada pelo banco colonial japonês, e a própria emissão tinha um caráter de subordinação colonial e fragilidade, sendo garantida pelas cédulas do Banco do Japão e pelos títulos públicos japoneses. Em fevereiro de 1939, 73,7% das cédulas do "Banco da Coreia" emitidas estavam garantidas por cédulas do Banco do Japão e títulos públicos japoneses, e em agosto de 1945, esse percentual aumentou para 84,2%. Especialmente, o caráter colonial da emissão de moeda tornou-se ainda mais evidente na emissão e circulação das moedas. O "Banco da Coreia" no passado não estava envolvido na emissão de moedas e apenas fez circular as moedas cunhadas no Japão.

A característica colonial do sistema monetário da Coreia durante o período da ocupação japonesa também se refletia na determinação da taxa de câmbio. A taxa de câmbio entre a moeda japonesa e a coreana estava estruturada de forma a facilitar o domínio direto e a exploração do imperialismo japonês, enquanto as taxas de câmbio com terceiros países eram controladas pelas flutuações das taxas de câmbio do Japão.

A característica colonial do sistema monetário, como mencionado, estabeleceu as condições para a livre invasão e exploração pelo capital monopolista japonês. Como resultado, a circulação da moeda passou a ser diretamente influenciada pela situação financeira e monetária do Japão, incluindo o estado de sua moeda e circulação. O colapso do padrão-ouro no Japão, a completa desordem na circulação monetária e a onda de inflação afetaram diretamente a Coreia. Em particular, o Japão usou o sistema monetário de subordinação para intensificar a exploração colonial sobre o povo coreano, exacerbando ainda mais a confusão no sistema monetário da Coreia.

O Japão, que introduziu o padrão-ouro em 1897, interrompeu esse sistema em setembro de 1917, após a Primeira Guerra Mundial e a entrada do país em uma crise capitalista generalizada. A partir desse ponto, a inflação na Coreia, sob o domínio japonês, assumiu um caráter crônico e se intensificou consideravelmente.

A partir de 1917, quando o Japão abandonou o padrão-ouro, a emissão de "notas do Banco da Coreia" aumentou rapidamente, atingindo 5,7 vezes o valor de 1910 até 1918. No momento da libertação, em 15 de agosto de 1945, o volume de emissão era 70,3 vezes maior do que em 1932, quando foi implementada a medida de "proibição da exportação de ouro".

O rápido aumento da quantidade de moeda provocou o retorno da inflação do mercado e uma queda acentuada nos salários reais dos trabalhadores. No momento da libertação, em 15 de agosto de 1945, a quantidade de moeda em circulação era 81 vezes maior do que em 1936. Isso demonstra que a quantidade de moeda em circulação se expandiu a uma taxa anual média de cerca de 1,4 vezes, e a inflação, especialmente durante a Segunda Guerra Mundial, tornou-se extremamente severa. Esse estado caótico da moeda paralisou a função normal dos circuitos de circulação monetária, resultando, por um lado, no aumento das trocas diretas (escambo) e, por outro, na drástica redução da circulação de moedas pequenas, especialmente das de valor básico e complementares.

Assim, o sistema monetário da Coreia durante o período colonial japonês entrou em um estado de colapso total. Especialmente logo após a libertação, as diversas ações destrutivas e manipulações realizadas pelos imperialistas japoneses para arruinar a economia, junto com a emissão excessiva de moeda, agravaram ainda mais a situação caótica.

Nesse contexto, logo após a libertação, o Poder Popular enfrentou a urgente tarefa de reformar o sistema monetário colonial destrutivo herdado do imperialismo japonês, a fim de evitar que a situação se prolongasse.

O nosso Partido, para resolver com sucesso essa tarefa, iniciou com vigor os preparativos para erradicar o caráter colonial do sistema monetário e reorganizar a circulação desordenada da moeda.

O primeiro passo na preparação para o estabelecimento de um sistema monetário socialista é a tomada de controle das antigas instituições bancárias pelo Poder Popular. Embora a nacionalização dos bancos tenha ocorrido mais tarde, a necessidade do proletariado, que tomou o poder, assumir o controle dessas instituições bancárias era uma exigência geral da revolução. Contudo, após a libertação, as condições econômicas e o estado da circulação monetária em nosso país tornaram essa questão ainda mais urgente.

De fato, após a libertação, o grande desafio para o nosso povo, agora dono do país, foi a busca por fontes de financiamento para a execução da revolução. No entanto, em condições em que fábricas e empresas estavam destruídas e a circulação monetária do país estava funcionando de maneira disfuncional, buscar fontes de financiamento por métodos convencionais tornou-se uma tarefa extremamente difícil.

Especialmente, a inflação que ocorreu durante o período do imperialismo japonês se intensificou, e as instituições bancárias que permaneceram no norte da República não eram capazes de desempenhar adequadamente a função de emissão de moeda. Assim, a via de financiamento por meio da emissão adicional de moeda também estava, na prática, bloqueada.

Uma das medidas mais importantes para atender à urgente demanda por dinheiro logo após a libertação foi a tomada de controle das instituições bancárias, onde as transações monetárias estavam concentradas.

Embora o sistema de circulação monetária centrado nas instituições bancárias estivesse paralisado na época, parte dos recursos monetários ainda estava concentrada nelas. Além disso, se o controle das instituições bancárias fosse estabelecido e a organização fosse bem feita, seria possível concentrar uma quantidade significativa de recursos financeiros. Em relação a essa situação, os órgãos do Poder Popular nas localidades começaram a tomar as instituições bancárias, mesmo antes da nacionalização dos bancos.

O controle das instituições bancárias também criou condições favoráveis para que a circulação das cédulas retornasse à sua forma original de movimento, ou seja, sob a forma de um sistema centralizado no banco.

A importância do controle das instituições bancárias na reorganização da circulação monetária reside também no fato de que ele se torna uma condição prévia para estabelecer um novo sistema de circulação monetária e de crédito.

Após a libertação, as instituições de Poder Popular estabelecidas nas várias regiões começaram gradualmente suas operações a partir do final de setembro de 1945, assumindo fábricas, empresas e diversas instituições financeiras. No entanto, essas instituições bancárias não conseguiram eliminar completamente suas características coloniais e deformadas, e especialmente devido à política de divisão imposta pelos EUA, todas estavam descentradas de suas sedes. Como resultado, surgiu a necessidade urgente de estabelecer uma estrutura centralizada e unificada para a gestão dessas instituições bancárias, bem como de garantir uma orientação centralizada sobre o sistema de crédito. Para isso, em dezembro de 1945, foi instalado um departamento temporário dentro da antiga filial do "Banco da Coreia" em Pyongyang, com o objetivo de garantir a unificação e centralização das operações das instituições bancárias no norte do país.

Sob as condições em que as instituições bancárias antigas foram assumidas pelo Poder Popular, uma questão importante levantada para organizar a circulação monetária foi evitar a desordem nessa circulação. Como a classe trabalhadora, agora proprietária do poder estatal, ainda não controlava completamente toda a circulação monetária, os antigos remanescentes da classe exploradora, que ainda detinham certo poder monetário, poderiam utilizá-lo para agravar ainda mais o estado caótico da circulação monetária herdado do período colonial japonês.

Por isso, era indispensável tomar simultaneamente medidas para retirar o poder monetário dos remanescentes da antiga classe exploradora e para eliminar as consequências das políticas monetárias caóticas do período colonial japonês. Entre essas ações, destacam-se a proibição da circulação das “cédulas do Banco do Japão” e das “cédulas do Banco da Coreia” emitidas pelo governo militar dos EUA no Sul da Coreia após a libertação, o controle de preços para impedir as atividades de especuladores e outros elementos contrarrevolucionários que perturbavam o mercado, além de medidas de combate aos agiotas.

A partir de 1946, com a ampliação do sistema de distribuição, a introdução do sistema de preços planificados e do mercado organizado, tornou-se possível regular, em certa medida, o poder de compra do “won” e o mercado. Essas medidas, combinadas com o aumento da produção de bens essenciais e agrícolas, permitiram gradualmente superar o desequilíbrio entre a circulação de mercadorias e a circulação monetária.

No entanto, devido à emissão em massa de cédulas bancárias não conversíveis pelo imperialismo japonês antes e durante sua derrota, essas medidas por si só não foram suficientes para garantir um estado normal de circulação monetária que correspondesse à rápida recuperação da economia popular e à organização de uma nova vida socioeconômica.

Como mencionado acima, as várias medidas adotadas no campo da circulação monetária logo após a libertação tiveram, principalmente, um significado inicial na organização do estado caótico da circulação monetária e na reformulação do antigo sistema monetário.

O marco decisivo na organização do estado da circulação monetária foi a nacionalização dos bancos e a subsequente reorganização do sistema bancário.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"...O fato de as principais linhas vitais da economia popular estarem sob o controle do povo coreano e servirem aos interesses do povo tem um significado extremamente importante para o planejamento e o rápido desenvolvimento da economia de nosso país, além de ser fundamental para impulsionar a construção de um Estado democrático e independente." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 2, página 344.

A nacionalização dos bancos tornou-se um marco decisivo para eliminar os impactos da inflação sobre as massas populares, permitindo à classe trabalhadora, que detém o poder estatal, controlar o fluxo de milhões e bilhões em recursos monetários.

Sob a sábia liderança do grande Líder, nosso partido realizou a nacionalização dos bancos simultaneamente à nacionalização da indústria em agosto de 1946, ampliando significativamente o impacto da nacionalização na área da circulação monetária.

A nacionalização dos bancos em nosso país foi conduzida como parte integrante da nacionalização da indústria, em conexão com uma série de condições objetivas. Em nosso país, a nacionalização da indústria foi realizada como uma tarefa da revolução democrático-antifeudal e anti-imperialista. Além disso, todos os antigos banqueiros capitalistas pertenciam ao imperialismo japonês, ao capital monopolista japonês ou ao capital dependente coreano, e havia uma estreita ligação ou fusão entre o capital bancário e o capital industrial, o que configurou essas condições.

Com a nacionalização dos bancos sendo realizada simultaneamente à nacionalização da indústria, o Poder Popular não apenas foi capaz de eliminar as consequências da inflação e regular a circulação monetária de forma planificada, mas também estabeleceu a base material necessária para erradicar a inflação descontrolada.

No processo de controle das antigas instituições bancárias, realizado antes da nacionalização dos bancos, as condições materiais para eliminar a inflação ainda não estavam firmemente nas mãos do Poder Popular. Nesse contexto, as instituições bancárias não foram capazes de exercer uma influência suficientemente forte para erradicar a inflação.

Por meio da nacionalização da indústria, quase todo o setor industrial passou para as mãos do Poder Popular. Com base nas novas relações de produção que surgiram, os elementos socialistas começaram a se fortalecer gradualmente nos setores da indústria, do comércio e em diversos outros ramos da economia. Isso permitiu que o Poder Popular regulasse diretamente o estado da circulação monetária.

No entanto, apenas com base na nacionalização dos bancos, não foi possível eliminar a inflação de forma definitiva. 

Para superar a inflação de forma decisiva, é necessário, por um lado, ter o controle total da circulação monetária do país e ser capaz de regulá-la de forma planificada, e por outro, alcançar a organização geral da economia como condição material, especialmente atingindo um equilíbrio entre as receitas e despesas do orçamento em um determinado nível. A primeira condição foi basicamente garantida através da nacionalização dos bancos e da reorganização subsequente do sistema bancário, mas a realização da segunda condição exigiu um tempo considerável.

A reorganização do sistema bancário, realizada após a nacionalização dos bancos, teve um grande significado na regularização da circulação monetária. Ela se tornou uma medida decisiva para superar a confusão do antigo sistema monetário e gradualmente estabeleceu as condições prévias para a criação de um novo sistema monetário socialista. Durante este período, a questão fundamental na reorganização do sistema bancário foi estabelecer uma nova estrutura bancária centrada no Banco Central, definir as funções de cada instituição bancária e criar as condições necessárias para o bom desempenho dessas funções. Essa questão foi resolvida através do processo de criação do Banco Central, definição das funções das instituições bancárias, implementação da reforma monetária e adoção de um sistema de pagamentos não monetários entre outubro e novembro de 1946 e o início de 1947, estabelecendo o sistema bancário socialista.

Diante do Poder Popular, surgia a tarefa de eliminar a formação colonial e deformada do antigo sistema bancário e de reestruturá-lo de forma democrática, transformando os bancos na única instituição nacional de cálculo e controle da economia popular. Para resolver essa tarefa, nosso partido iniciou, primeiramente, a criação do Banco Central da Coreia do Norte e o estabelecimento claro de suas funções.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"A organização do Banco Central da Coreia do Norte não foi simplesmente a continuidade dos bancos existentes, mas uma importante tarefa de confiscar as agências bancárias que estavam nas mãos dos imperialistas japoneses e dos traidores da nação, e de estabelecer uma instituição financeira popular que correspondesse à realidade da construção da nova Coreia." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 2, página 504)

O Banco Central da Coreia do Norte, fundado pessoalmente pelo estimado Líder, iniciou suas operações em outubro de 1946. Diferente do Banco Camponês da Coreia do Norte, que foi criado em maio do mesmo ano sob uma forma de banco especial no modelo de sociedade anônima, o Banco Central foi estabelecido como o único banco nacional, com base na nacionalização de 58 instituições bancárias antigas.

O Banco Central da Coreia do Norte não apenas desempenhou o papel de elo central do sistema bancário em todo o território do norte da República, mas também funcionou como o órgão responsável pelo controle e cálculo nacional da produção e circulação. A natureza desse papel do Banco Central foi solidificada por meio da implementação de reformas de crédito e da introdução de um sistema avançado de crédito e pagamento.

Com a nacionalização das indústrias-chave e o domínio crescente da forma econômica socialista no setor industrial, à medida que a gestão e o controle planejados da economia se expandiam, tornou-se uma necessidade urgente a introdução do sistema de autofinanciamento nas empresas. A partir de 1947, com o objetivo de desenvolver a economia de forma planificada, surgiu a necessidade de mobilizar recursos financeiros e fortalecer a direção centralizada da economia. Essas circunstâncias colocaram como tarefa fundamental a reformulação dos métodos de empréstimos e das organizações de crédito no setor econômico socialista, a fim de reforçar a organização do sistema de circulação monetária e pagamento, elevando assim o papel do Banco Central.

Em nosso país, a reforma do crédito tornou-se um marco decisivo para dar novo conteúdo ao recém-estabelecido sistema bancário. Esse processo foi conduzido com base na "Decisão sobre transações de mercadorias e economia de dinheiro", adotada pelo Comitê Popular Provisório da Coreia do Norte em novembro de 1946.

Seu conteúdo é o seguinte:

1. As empresas estatais e cooperativas não podem realizar a venda de produtos ou fornecer serviços com crédito (a prazo) entre si ou com entidades privadas, e é proibido que concedam empréstimos monetários (adiantamentos ou pagamentos de contrato) entre elas. Nesse contexto, a demanda por crédito das empresas estatais e cooperativas passa a ser atendida exclusivamente por empréstimos do Banco Central (e, parcialmente, pelo Banco Camponês). Assim, o crédito comercial entre o setor socialista e o setor privado foi abolido, sendo substituído pelo crédito bancário direto único.

2.Toda a receita em dinheiro das empresas estatais e cooperativas deve ser obrigatoriamente depositada no banco, principalmente no Banco Central, e os pagamentos entre elas devem ser realizados obrigatoriamente por meio de pagamento não monetário através do banco. Nesse contexto, foi estabelecido um limite de reserva de caixa de até 15.000 won para despesas imprevistas, e os pagamentos em dinheiro foram permitidos para transações de pequeno valor abaixo de 2.000 won (na unidade monetária da época).

Essa reforma do crédito não apenas reorganizou a estrutura de crédito dos bancos, mas também reformou fundamentalmente a organização da circulação monetária.

O papel da reforma do crédito na melhoria da situação da circulação monetária foi abrir a possibilidade de planificar a circulação monetária.

A planificação geral da circulação monetária foi dada através da nacionalização da indústria e dos bancos, e com a criação do Banco Central, os pré-requisitos organizacionais foram estabelecidos. No entanto, apenas isso não foi suficiente para que o Banco Central controlasse toda a circulação monetária. Na prática, a circulação monetária ainda não estava diretamente relacionada ao Banco Central, mas sim aos trabalhos econômicos espontâneos das empresas individuais e pessoas. Nesse contexto, a reforma do crédito, que concentrou todas as transações monetárias nos bancos e substituiu o crédito comercial por relações de crédito bancário, tornou-se o fator direto que possibilitou a planificação da circulação monetária pelo Banco Central.

A abolição do crédito comercial e a transição para relações de crédito bancário direto possibilitaram o controle da circulação monetária por meio de um novo sistema. No modelo de crédito comercial, as transações entre as empresas não eram refletidas no Banco Central, e, portanto, qualquer ação econômica dos bancos sobre essas transações era impossível. Somente ao estabelecer relações estreitas entre as empresas e os bancos, foi possível que os bancos desempenhassem um papel no processo de reprodução das empresas. Assim, a introdução das relações de crédito bancário direto permitiu o controle bancário sobre as atividades das empresas e possibilitou vincular diretamente a execução do plano econômico nacional e as operações bancárias.

A vinculação direta entre a execução do plano da economia popular e as operações bancárias estabeleceu a base para a realização do controle da circulação monetária.

O Banco Central foi capaz de elaborar planos de caixa e crédito por meio das relações de crédito bancário direto e da centralização de todas as transações monetárias, o que possibilitou o controle da circulação monetária. Em fevereiro de 1947, o Banco Central da Coreia do Norte fez a primeira tentativa de planificação da circulação monetária, com a elaboração do plano anual de caixa para o ano de 1947. A composição dos itens desse plano apresentava várias falhas e aspectos irracionais, e o plano em si tinha uma natureza estimativa sobre os recebimentos e pagamentos de caixa do Banco Central. No entanto, com base nesse plano anual, o Banco Central decidiu, em março de 1947, elaborar e implementar planos trimestrais e mensais. Além disso, com o objetivo de melhorar e desenvolver esse plano como um documento de planificação nacional para o controle da circulação monetária, foi decidido que, a partir de abril, o Banco Camponês da Coreia do Norte também elaboraria e executaria o mesmo plano de caixa.

O plano de crédito também foi elaborado e introduzido na forma de um "plano de empréstimos" pelo Banco Central, mas ainda apresentava falhas nos itens, não sendo, portanto, um documento fundamental para o controle da circulação monetária. No entanto, gradualmente, o plano de crédito passou a refletir toda a circulação monetária, tanto em dinheiro quanto sem dinheiro, centralizada no Banco Central, permitindo que esse documento tivesse um significado relevante no controle da circulação monetária.

Assim, o plano de crédito não se limitou a refletir passivamente o estado da circulação monetária, mas abriu a possibilidade para que o Banco Central pudesse ativamente planificar e controlar a circulação monetária.

O plano de crédito também proporcionou a base para distinguir rigorosamente a circulação monetária entre circulação em espécie e circulação não monetária (sem dinheiro).

A distinção rigorosa entre a circulação em espécie e a circulação não monetária é não apenas uma premissa para o controle da circulação monetária, mas também uma condição importante para a normalização da circulação monetária, ao permitir economizar significativamente a quantidade de dinheiro necessária para a circulação.

No processo de reforma do crédito, foi estabelecido o princípio de distinguir a circulação em espécie da circulação não monetária, aplicando a circulação não monetária às transações mútuas entre empresas estatais e cooperativas pertencentes à propriedade socialista, e a circulação em espécie a todas as demais transações, bem como às transações de pequeno valor entre empresas socialistas. Esse princípio permanece mantido até os dias atuais. Contudo, na época, o método de distinção entre as esferas de circulação em dinheiro e sem dinheiro ainda apresentava várias imaturidades. Em particular, apenas os aspectos gerais dessa distinção foram definidos, sem que uma diferenciação detalhada tivesse sido realizada.

Além disso, nas condições em que ainda existia economia privada, havia muitos aspectos a serem melhorados na forma de organização da circulação monetária aplicada às relações de transação com essas economias.

Como descrito acima, a reforma do crédito iniciou o estabelecimento de novos princípios no planejamento e controle da circulação monetária, bem como em sua estrutura. No entanto, a reforma do crédito não se limitou a isso, desempenhando também um papel significativo na reorganização do estado desordenado da circulação monetária e na garantia de sua estabilidade.

O papel da reforma do crédito na consolidação da circulação monetária pode ser analisado sob dois aspectos. Primeiro, ao introduzir amplamente relações de circulação não monetária nas transações econômicas, tornou-se possível atender à crescente demanda por recursos financeiros resultante do crescimento da produção e da circulação, sem a necessidade de emissão adicional de moeda. Segundo, a reforma representou um grande golpe no poder monetário de comerciantes exploradores e especuladores, que ainda exerciam certa influência, limitando ao máximo as oportunidades de exploração do estado desordenado da circulação monetária.

A reforma do crédito abriu a perspectiva de uma ampla introdução das relações de pagamento não monetário, o que, aliado à centralização de todas as transações monetárias no banco, possibilitou uma economia significativa de dinheiro em espécie nas transações entre empresas socialistas. Isso permitiu utilizar os recursos poupados como fontes adicionais de financiamento para outras atividades estatais. Assim, por meio da reforma do crédito, o Banco Central pôde explorar fontes adicionais de grandes volumes de dinheiro e obter a possibilidade de utilizar de forma eficaz os recursos e reservas monetárias do país.

A reforma do crédito teve uma importância especial na promoção do trabalho para privar os elementos hostis de seu poder monetário. Embora a reforma não tenha estabelecido como tarefa direta a confiscação do dinheiro em posse desses elementos, ela ampliou significativamente o âmbito das transaçõesnão monetárias, integrando as principais transações relacionadas à vida econômica estatal nas relações de pagamento não monetário. Como resultado, reduziu-se a possibilidade de esses elementos utilizarem seu poder monetário.

Essas circunstâncias não poderiam deixar de impactar positivamente o estado da circulação monetária. Como resultado, o volume de depósitos registrados no Banco Central aumentou para 294% no final de 1947, em comparação com o final de 1946.

Por fim, a reforma do crédito proibiu o crédito comercial e fez a transição para o crédito bancário direto, introduzindo amplamente os pagamentos não monetários e centralizando todas as transações monetárias (exceto as pessoais) no banco, tornando o Banco Central o único centro de circulação de dinheiro. Isso significa que, em nosso país, a tomada de controle da circulação de moeda pelo Poder Popular e sua administração planificada tornaram-se praticamente possíveis.

Após a reforma do crédito, foi necessário criar uma experiência prática para implementar o controle planificado da circulação monetária nos procedimentos bancários. Assim, de um lado, a elaboração do planejamento de caixa e a implementação das atividades correspondentes, e de outro, os esforços para fortalecer a concentração da circulação de dinheiro no Banco Central, foram promovidos. Nesse contexto, desde abril de 1947, foi introduzido o princípio da unificação das contas de empresas e instituições, e o controle e supervisão diários da situação financeira das empresas comerciais tornaram-se a principal tarefa do banco.

Essas medidas foram tomadas para desenvolver o trabalho de planificação da circulação monetária, e não para diretamente fortalecer a estabilidade da circulação monetária.

Uma das principais medidas adotadas para garantir a estabilidade da circulação monetária foi a implementação em larga escala da poupança popular.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"Atualmente, muitas moedas não estão circulando nas instituições financeiras do Estado, mas estão enterradas no setor privado. Assim, as moedas que deveriam ser direcionadas para a recuperação industrial estão concentradas nas mãos de indivíduos, especialmente dos especuladores, o que tem causado o aumento dos preços.

Os comitês populares em todos os níveis devem, por meio de campanhas de propaganda e explicação, e outras várias medidas, direcionar os fundos ociosos do setor privado para a recuperação industrial, incentivando o depósito nas instituições financeiras." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 2, página 559)

Para resolver as tarefas apresentadas pelo estimado Líder, de acordo com a decisão do Comitê Popular da Coreia do Norte, foi estabelecido em 1947 o serviço de poupança dentro do sistema de correios, e o Departamento de Gestão de Poupança, criado no Banco Central, foi encarregado de supervisionar e orientar essa estrutura de poupança.

Esse serviço de poupança foi adotado para promover ativamente as atividades de poupança, considerando que, nas condições em que a rede de agências do Banco Central ainda não estava amplamente distribuída por todo o país.

O serviço de poupança não apenas se tornou uma ferramenta para resolver os problemas de financiamento necessários para a recuperação e desenvolvimento da economia popular, mas também se tornou uma condição importante para assegurar a estabilidade da circulação monetária.

O serviço de poupança, acima de tudo, permitiu concentrar os fundos monetários nas instituições bancárias, reduzindo de forma estável a quantidade de moeda em circulação. Ainda havia uma quantidade considerável de moeda nas mãos dos residentes, e a produção e a circulação ainda não cresceram o suficiente para absorver esses fundos. Em particular, com a capacidade do mercado organizado ainda não expandida, a mobilização da moeda ociosa por meio do serviço de poupança desempenhou um papel importante.

Assim, na fase preparatória para a implementação do sistema monetário socialista, foi estabelecida a base para o controle planificado da circulação monetária, e foi possível organizar de forma estável a situação desordenada da circulação de moeda. Já nesta etapa, os princípios básicos do novo sistema socialista de circulação monetária foram, em certa medida, estabelecidos.

O fato de ter sido possível estabelecer os princípios básicos do sistema socialista de circulação monetária desde o período de preparação para o novo sistema monetário foi uma das condições principais para que o processo de estabelecimento do sistema monetário socialista em nosso país avançasse de forma relativamente rápida.

7.2 Estabelecimento da base do sistema monetário socialista.

A nacionalização dos bancos e a subsequente reforma do sistema bancário foram apenas preparativos para estabelecer o sistema monetário socialista. Somente com essa medida não seria possível eliminar, de forma definitiva, as características de dependência colonial e os efeitos inflacionários do antigo sistema monetário herdado do imperialismo japonês.

O estabelecimento de um sistema monetário sólido e independente deveria começar com a criação de um novo sistema de emissão de moeda, preparando várias condições prévias para garantir a estabilidade da circulação monetária. Nesse sentido, era necessária uma medida decisiva que, ao mesmo tempo em que encerrasse a reforma da circulação monetária antiga, garantisse o estabelecimento de um novo sistema monetário. Foi com essa missão que a reforma monetária de 1947, organizada pelo grande Líder, foi realizada.

A questão da circulação de moeda, que foi solucionada por meio da reforma monetária de 1947, consiste em quê?

A questão da circulação monetária resolvida pela reforma monetária consistiu em garantir a circulação de uma moeda estável, substituindo a moeda altamente desvalorizada herdada do período do imperialismo japonês, e estabelecer um sistema de circulação monetária independente e planificado.

O nosso Partido e o Poder Popular têm se dedicado intensamente desde logo após a libertação para erradicar a inflação maligna criada deliberadamente pelo imperialismo japonês. No entanto, devido à fragilidade da base financeira do país e à falta de garantia plena da independência e unicidade na circulação monetária, era impossível eliminar definitivamente as consequências da inflação sob essas condições. Nessa situação, para que a reforma monetária cumprisse sua missão, eram necessárias uma série de pré-condições.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"Hoje, na Coreia do Norte, todas as condições para a emissão de uma nova moeda estão completamente estabelecidas. Na Coreia do Norte, o poder está nas mãos do povo, e as principais fábricas, minas, empresas, bancos e órgãos de transporte e comunicação estão sob o controle do povo. Com essa base, somos plenamente capazes de emitir nossa própria moeda." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 3, página 519)

A eficácia da reforma monetária depende da solidez da nova moeda que será emitida, por isso, para garantir uma moeda estável após a reforma, é necessário criar adequadamente todas as condições necessárias desde antes da reforma. A condição primordial para isso é que o poder esteja nas mãos do povo e que as indústrias-chave e os bancos também estejam sob controle do Estado. Somente assim é possível garantir de maneira excelente os pré-requisitos materiais e organizacionais para a reforma monetária.

Um dos problemas fundamentais na criação das premissas para a reforma monetária é consolidar a base econômica do Estado, garantindo a normalidade da circulação de mercadorias para sustentar a garantia material da circulação monetária, bem como explorar ao máximo as fontes de receita monetária e controlar os gastos, de modo a fortalecer, em certa medida, a base financeira do país.

Sob a sábia liderança do grande Líder, as reformas democráticas foram implementadas de maneira completa e, com a execução bem-sucedida do plano da economia popular em 1947, a economia se recuperou rapidamente e os setores vitais da economia do país passaram a ser gerenciados e operados de forma planificada pelo Poder Popular.

A proporção da forma econômica socialista na economia popular expandiu-se gradualmente.

A composição da indústria e do comércio por formas de propriedade


공업 (indústria), 상업 (comércio), 사회주의부문 (setor socialista), 개인부문 (setor privado)

Juntamente com isso, o plano da economia popular de 1947 foi superado, atingindo 102,5% no setor industrial e 100,4% no setor agrícola (em relação ao plano de área de plantio). Embora tenha sido o primeiro plano da economia popular implementado, ele abriu a perspectiva de organizar e operar a economia do país de acordo com as exigências da lei do desenvolvimento equilibrado e planificado da economia popular no futuro.

A recuperação e o desenvolvimento da economia popular colocaram, de forma correspondente, as finanças do Estado sobre uma base sólida. Já em 1947, o orçamento nacional pôde garantir diversos gastos em todos os setores da economia popular, registrando ainda um superávit de 7 bilhões e 800 milhões de wons (em moeda antiga). Isso demonstra que, desde logo após a libertação, o orçamento de nosso país não era deficitário, mas sim um orçamento sólido com uma base estável.

Dessa forma, o fato de o Poder Popular ter assumido o controle da economia e desenvolvido o país de maneira planificada a cada ano significa que uma base material foi progressivamente estabelecida, o que permitiu o aumento gradual do poder de compra da moeda.

Além disso, para alcançar resultados na reforma monetária, é necessário tomar o controle geral da circulação monetária desde o início, e essa questão foi, em certa medida, resolvida por meio de várias medidas, como a nacionalização dos bancos, a reorganização do sistema bancário, a eliminação do crédito comercial e o estabelecimento de um sistema de circulação não monetária.

A reforma monetária de 1947 foi realizada depois que foram estabelecidas firmemente as premissas políticas, materiais e organizacionais mencionadas acima.

A medida tomada na reforma monetária de 1947 para erradicar a hiperinflação de forma definitiva e garantir a circulação de uma moeda estável foi, acima de tudo, a eliminação da moeda antiga e a emissão das novas cédulas do "Banco Central da Coreia do Norte".

Essa medida constitui o conteúdo fundamental da reforma monetária.

A razão pela qual foi inevitável eliminar a moeda antiga através da reforma monetária está relacionada às características estruturais da economia coreana durante o período da ocupação japonesa e ao grau extremo de agravamento da hiperinflação. A própria moeda circulante era um produto da política monetária colonial do imperialismo japonês, e não seria possível estabelecer um novo sistema monetário socialista mantendo-a. Nesse contexto, a reforma monetária de 1947 não foi uma medida para transformar apenas aspectos individuais da circulação monetária enquanto mantinha o sistema antigo, mas sim uma medida revolucionária para erradicar completamente o sistema monetário antigo e estabelecer um novo sistema monetário.

A eliminação do sistema monetário antigo também quase eliminou completamente a possibilidade de elementos contrarrevolucionários utilizarem moedas falsas.

Uma das medidas adotadas na reforma monetária para garantir uma moeda estável foi a definição de limites para a troca das moedas antigas pelas novas.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"No câmbio monetário realizado, a taxa de troca entre a nova moeda e a moeda antiga foi fixada em 1 para 1. O limite de troca foi estabelecido de forma diferenciada para trabalhadores, camponeses, funcionários, instituições, empresas e organizações. Além disso, pessoas, instituições, empresas e organizações que possuíssem quantidades de moeda além do limite estabelecido foram obrigadas a depositá-las no Estado." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 3, página 520)

A taxa de câmbio entre a nova moeda e a antiga foi de 1:1, mas os limites de troca foram estabelecidos de forma diferenciada conforme as classes ou tipos de propriedade.

Os limites de troca estabelecidos na reforma monetária de 1947 são os seguintes:

1. Para os órgãos estatais, empresas, partidos políticos, organizações sociais e cooperativas de consumo, todo o dinheiro em espécie foi obrigado a ser depositado, e os pagamentos passaram a ser realizados a partir de 13 de dezembro de 1947, dentro dos limites e do escopo definidos pelo Comitê Popular da Coreia do Norte.

2. Para as empresas privadas e organizações civis que empregavam 10 ou mais trabalhadores e funcionários, o valor da troca não poderia exceder 50% do total dos salários pagos no mês anterior.

3. Para empresários privados, artesãos, pequenos comerciantes e profissionais liberais que empregavam menos de 10 trabalhadores e funcionários, o valor da troca não poderia exceder 50% do montante equivalente à base tributária mensal do imposto sobre renda empresarial ou do imposto sobre renda livre.

4. Para os trabalhadores, funcionários e pessoas que recebiam subsídios estatais, empregados em órgãos estatais, partidos políticos, organizações sociais e diversas empresas, o valor da troca não poderia exceder o total de sua renda de subsistência do mês anterior.

5. Para os camponeses, o valor da troca não poderia exceder 700 won por domicílio, desde que tivessem pago o imposto em espécie.

6. Para estudantes de escolas técnicas e universitários, o valor da troca foi equivalente ao montante de uma mensalidade da bolsa estatal.

7. Para o povo em geral, o valor da troca não poderia exceder 500 won por domicílio ou chefe de família, mais 200 won por cada membro da família com 18 anos ou mais que vivesse no mesmo domicílio.

O estabelecimento dos limites de troca levanta a questão do tratamento do montante de moeda excedente.

De acordo com a legislação da reforma monetária, qualquer valor que excedesse os limites de troca (exceto para o Estado, cooperativas, empresas e instituições) deveria ser tratado como depósito individual para cada pessoa ou organização.

Relacionado a isso, o tratamento de depósitos e poupanças foi resolvido dois meses após a reforma monetária, por meio dos seguintes métodos:

1. Em 12 de dezembro de 1947, quando o valor total das poupanças (incluindo os depósitos antes da reforma monetária e os depósitos que excediam os limites de troca) fosse inferior a 2.000 won, o valor total seria pago.

2. Quando o valor da poupança fosse superior a 2.000 won e inferior a 5.000 won, o valor de pagamento seria limitado a 2.000 won, com o restante até 3.000 won sendo pago com 50% do valor correspondente.

3. Quando o valor total das poupanças fosse superior a 5.000 won e inferior a 10.000 won, o pagamento seria feito da seguinte forma: até 5.000 won, de acordo com o item 2 anterior, e para o restante até 5.000 won, seria pago 30% do valor correspondente.

4. Quando o valor total das poupanças fosse superior a 10.000 won e inferior a 50.000 won, o pagamento seria feito da seguinte forma: até 10.000 won, de acordo com o item 3 anterior, e para o restante até 40.000 won, seria pago 20% do valor correspondente.

5. Quando o valor total das poupanças fosse superior a 50.000 won, o pagamento seria feito da seguinte forma: até 50.000 won, de acordo com o item 4 anterior, e para o restante do valor, seria pago 10% do montante correspondente.

O valor que excedesse o limite de pagamento era congelado sem juros.

O princípio fundamental desse método de tratamento era conceder benefícios especiais aos pequenos depósitos dos trabalhadores.

No processo de troca das novas e velhas moedas, foi constatado que os depósitos de entidades estatais, organizações cooperativas, instituições, empresas, partidos e organizações sociais atingiram um valor considerável. Em relação a isso, foram impostas certas restrições ao pagamento desses depósitos.

Entre os fundos depositados por instituições e empresas, o pagamento foi restrito apenas aos fundos relacionados ao tesouro nacional, enquanto 50% dos depósitos de instituições comerciais estatais e cooperativas de consumo foram excluídos da restrição, sendo o restante congelado. Essa medida foi tomada devido ao fato de que a maioria desses depósitos excedia o limite de retenção de caixa estabelecido, estando em grande parte retidos nos cofres das instituições e empresas.

A questão que se coloca aqui é sobre o significado de estabelecer a taxa de câmbio de 1:1 entre as novas e velhas moedas e definir limites específicos para a troca, em vez de adotar outras abordagens, como a utilização da taxa de câmbio para lidar com a inflação excessiva da moeda. Em outras palavras, a dúvida é por que métodos alternativos para controlar a circulação excessiva de dinheiro, como a manipulação da taxa de câmbio, não foram aplicados nesse processo de reforma monetária.

O método de troca de moedas antigas e novas adotado na reforma monetária de 1947 foi, acima de tudo, resultado do objetivo de retirar o poder monetário dos elementos contrarrevolucionários. A reforma visava, portanto, desmantelar a influência econômica desses indivíduos, garantindo que a nova moeda fosse controlada pelo governo revolucionário, sem permitir que forças antissociais ou inimigas se beneficiassem do antigo sistema monetário para manter sua influência ou poder.

O método de câmbio monetário adotado na reforma monetária de 1947 decorre, acima de tudo, do objetivo da reforma monetária de tomar definitivamente o poder monetário dos elementos contrarrevolucionários.

No método de recuperação de moeda excedente por meio da taxa de câmbio, o objetivo revolucionário da reforma monetária, que visa tomar o poder monetário da classe exploradora deposta, pode não ser completamente alcançado. Isso ocorre porque esse método de troca de moeda pode causar perdas decorrentes da reforma monetária de maneira uniforme para todas as classes.

Claro, para realizar simultaneamente o objetivo de classe da reforma monetária e o objetivo de recuperação da moeda excedente, seria possível adotar métodos como estabelecer diferenças nas taxas de câmbio por estrato social ou definir limites de troca por estrato, e configurar esses limites de forma mais alta, ao invés de 1 para 1. Se a taxa de câmbio começasse em 1 para 1 e gradualmente fosse alterada por estrato social, não haveroa diferença em relação ao método de câmbio aplicado na reforma monetária de 1947. Se a taxa de câmbio fosse definida não em 1 para 1, mas em uma taxa mais alta, e houvesse diferenciação nos limites de troca conforme as camadas sociais, os trabalhadores também sofreriam certas perdas decorrentes da reforma monetária.

A essência de classe da reforma monetária de 1947 se manifesta de forma clara, especialmente no estabelecimento dos limites de troca e no tratamento diferenciado dos depósitos.

Os limites de troca foram estabelecidos de forma diferenciada conforme as camadas sociais. Para os trabalhadores socialistas e os camponeses trabalhadores, os limites foram definidos na direção de trocar a totalidade de sua renda de trabalho, enquanto para os comerciantes, empresários e artesãos, foram impostos limites diferentes, de acordo com a escala de seus negócios.

No tratamento dos depósitos, a taxa de pagamento diminuía gradualmente conforme o valor do depósito aumentava. Esse método diferenciado de tratamento dos depósitos reduziu significativamente as diferenças entre as camadas sociais dos detentores de moeda.

Por exemplo, a diferença entre os detentores de moeda da camada mais baixa, com 2.000 won da moeda antiga, e os da camada mais alta, com 60.000 won, antes da reforma monetária, era de uma proporção de 1 para 30, mas, após a reforma, tornou-se de 1 para 7. A partir disso, pode-se dizer que estabelecer limites de troca por camada social é um método adequado para implementar o caráter de classe da reforma monetária.

O método de câmbio entre a nova moeda e a antiga, aplicado na reforma monetária de 1947, tem como característica a implementação do requisito original da reforma monetária de reduzir a moeda excedente.

Aqui, a moeda excedente foi retirada de circulação de forma escalonada por diferentes métodos, ou seja, por meio do estabelecimento de limites de troca e do tratamento posterior dos depósitos, que foram excluídos do processo de câmbio durante a reforma.

Em primeiro lugar, na etapa inicial em que a reforma monetária foi conduzida, a moeda excedente acumulada nas mãos da população foi retirada por meio do estabelecimento e aplicação de limites de troca diferenciados por camada social. Além disso, o excedente de dinheiro em espécie que ultrapassava os limites de retenção estabelecidos foi recolhido também de órgãos estatais, cooperativas e empresas. Dessa forma, nesta etapa, a parte excedente foi retirada, exceto a quantidade de moeda necessária para satisfazer as necessidades imediatas de dinheiro da população e das instituições. Essa medida foi muito eficaz como solução definitiva para liquidar as consequências da inflação severa herdada do imperialismo japonês e, ao mesmo tempo, teve um significado revolucionário ao eliminar decisivamente o poder monetário dos elementos contrarrevolucionários.

Na etapa seguinte, após um certo período da reforma monetária, o processo de recuperação da moeda excedente foi concluído ao pagar, em uma proporção determinada, os valores que excediam os limites de troca e que haviam sido depositados nos bancos.

Então, qual é a razão para dividir o processo de redução da moeda excedente em duas etapas? Em particular, qual é o motivo para aplicar o método de pagar aos depositantes, após um certo período, o valor congelado nos bancos?

Isso está relacionado ao fato de que, após a reforma monetária, a inflação prolongada foi eliminada e, sob as condições de estabilidade dos preços e do mercado, o pagamento dos depósitos visava atender às necessidades financeiras dos trabalhadores e comerciantes, sem causar quase nenhum impacto negativo na circulação monetária em processo de normalização.

De fato, após a eliminação da inflação crônica por meio da reforma monetária, a estabilidade da circulação monetária foi assegurada de maneira relativamente tranquila.

Isso é comprovado pelos seguintes fatos: em março de 1948, os preços dos bens básicos essenciais caíram significativamente em comparação com 1º de dezembro de 1947. O preço do arroz branco caiu de cerca de 750 won para 230 won por sodu (unidade de medida), enquanto o milho caiu de cerca de 700 won para 200 won por sodu.

Sob as condições em que a circulação monetária estava se estabilizando, o pagamento de parte dos depósitos congelados estimulou o aumento da demanda com capacidade de pagamento, especialmente das atividades empresariais dos artesãos, comerciantes e empresários. De fato, os pequenos empresários, com a quantia de dinheiro trocada durante a reforma monetária — cerca de 50% do valor do salário mensal de um empregado — enfrentavam dificuldades para manter suas atividades empresariais, pois estavam sujeitos a severas restrições financeiras. Portanto, o pagamento de parte dos depósitos ajudou a aliviar essa escassez de recursos e permitiu a continuidade de suas atividades empresariais por um tempo.

Com a reforma monetária, a circulação de dinheiro falsificado foi anulada e as cédulas falsas foram impedidas de circular. Nesse contexto, o pagamento de depósitos dentro de certos limites não resultou na ressurgência do poder monetário dos elementos contrarrevolucionários.

Em terceiro lugar, o método de câmbio monetário de 1947 foi uma abordagem que considerou minimizar ao máximo as perdas dos trabalhadores comuns devido à reforma monetária. Essa característica ficou evidente ao estabelecer uma taxa de câmbio uniforme de 1 para 1 e ao definir limites de troca diferenciados por camada social para recuperar a moeda excedente. Os trabalhadores comuns puderam trocar sua moeda antiga por nova na taxa de 1 para 1 até um determinado valor, correspondente ao seu rendimento mensal de trabalho. Assim, os trabalhadores praticamente não sofreram perdas no processo de troca de moeda.

No decreto da reforma monetária, foram estabelecidas medidas para garantir a circulação de uma moeda estável, incluindo a criação de um sistema independente de emissão de moeda e uma estrutura planificada para a circulação da nova moeda. Também foi determinado que o Banco Central deveria assumir um controle mais rigoroso sobre a circulação monetária geral do país.

Primeiramente, ao Banco Central da Coreia do Norte foi concedido o direito de emitir moeda, e, a partir daí, o banco passou a funcionar como o único centro emissor de moeda do país. Com isso, através da reforma monetária, foi garantida a unicidade da circulação monetária na metade norte da República, e o Banco Central, como banco emissor, passou a realizar de forma unificada a emissão de moeda para a circulação e a operação de recolhimento da moeda excedente.

Para concretizar essas medidas, em janeiro de 1948, o Poder Popular adotou uma resolução sobre o controle da circulação monetária e fortaleceu ainda mais o trabalho planificado de controle da moeda pelo Banco Central da Coreia do Norte. Com essa decisão, foi concluída a centralização da organização do controle da circulação monetária, garantindo a planificação e a unicidade da gestão do fluxo de dinheiro. O Banco Central, em janeiro de 1948, solicitou planos de caixa para todas as empresas estatais e cooperativas, bem como para as instituições, e com base neles, elaborou um plano unificado de caixa. Durante a execução desse plano de caixa, as normas de controle de caixa foram rigidamente estabelecidas e as normas de emissão de moeda também começaram a ser reforçadas.

Assim, a reforma monetária de 1947 liquidou definitivamente as consequências da hiperinflação provocada pelo imperialismo japonês e estabeleceu fundamentalmente um sistema de circulação monetária independente  e único. Através de uma única reforma monetária, nosso país eliminou completamente a dependência colonial que havia perdurado por tanto tempo no campo da circulação monetária e estabeleceu basicamente um sistema monetário socialista. Esse êxito da reforma está relacionado com a profundidade da própria reforma e a sabedoria das medidas adotadas pelo nosso partido durante a fase de preparação.

A reforma monetária de 1947 possui um enorme significado político e econômico.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"De fato, o estabelecimento do sistema monetário único dará um golpe decisivo nas atividades dos imperialistas estadunidenses e dos reacionários sul-coreanos, que tentam causar confusão em nosso mercado e economia e destruir o desenvolvimento da economia popular, além de acelerar a construção de um Estado completamente independente e autossuficiente." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 3, página 519)

A reforma monetária, acima de tudo, eliminou os vestígios do antigo sistema monetário colonial e estabeleceu fundamentalmente um sistema de circulação monetária independente e único.

Agora, a moeda do nosso país está completamente livre da influência das moedas estrangeiras e se tornou uma poderosa ferramenta econômica sob o controle do Poder Popular, voltada para a recuperação e o desenvolvimento da economia popular. A moeda nunca mais será usada como um meio de exploração e subordinação econômica do nosso povo pelas mãos dos imperialistas estrangeiros. A reforma monetária transformou a moeda em um forte espaço econômico da ditadura do proletariado, frustrando completamente as tentativas destrutivas dos imperialistas dos EUA e seus lacaios de infiltrar as moedas depreciadas da Coreia do Sul para perturbar a circulação monetária no norte da República.

E através da reforma monetária de 1947, a emissão de moeda foi centralizada no Banco Central, e a importância da circulação monetária como núcleo foi reforçada, permitindo que o Poder Popular agisse de forma independente e ativa em todas as operações da circulação monetária do país. Isso significa que o sistema monetário deixou de ser uma ferramenta de subordinação e repressão, tornando-se um espaço crucial para o desenvolvimento independente do país.

Além disso, a reforma monetária de 1947 destruiu completamente o poder econômico dos grandes proprietários de terras, capitalistas subordinados e traidores da nação, que ainda possuíam riqueza em forma de moeda após a expropriação dos meios de produção. Isso eliminou decisivamente a possibilidade de usarem essa riqueza para atividades contrarrevolucionárias e especulativas. Ao mesmo tempo, uma parte significativa do capital monetário pertencente a elementos capitalistas que ainda eram proprietários dos meios de produção foi também expropriada, abalando de forma significativa a base de sua riqueza. Portanto, embora essa reforma monetária tenha sido implementada como parte da reforma democrática contra as forças remanescentes, também possuía um caráter de reforma socialista.

Esse caráter de classe permitiu que a reforma monetária reduzisse drasticamente a quantidade de moeda em circulação, que havia se expandido, e se tornasse um ponto decisivo para superar finalmente a inflação que havia persistido após o colapso do sistema padrão-ouro.

Durante a reforma monetária, os detentores de moeda excedente eram basicamente membros da antiga classe exploradora, elementos capitalistas nas cidades e no campo, e especuladores. Não havia condições econômicas e sociais para que grandes quantidades de moeda excedente se acumulassem nas mãos dos trabalhadores, camponeses e outras camadas sociais.

Portanto, direcionar o golpe da reforma monetária contra a antiga classe exploradora e tirar o poder monetário que ainda estava em suas mãos não tem apenas o significado de eliminar definitivamente a possibilidade de suas ações contrarrevolucionárias, mas também tem grande importância na liquidação das consequências da inflação deixada pelo imperialismo japonês.

A reforma monetária de 1947 também garantiu a estabilidade da moeda e eliminou a possibilidade de especulação, fortalecendo a possibilidade de que os espaços de valor no mercado e na economia operassem de maneira planificada e com propósito.

A reforma monetária de 1947 garantiu a estabilidade da circulação monetária, estabelecendo uma base para reforçar a direção planificada da economia e o sistema financeiro independente no setor econômico socialista. Com isso, o Poder Popular passou a ter uma forte influência sobre o processo de circulação por meio da circulação monetária e do crédito. Além disso, a reforma monetária criou as bases para o fortalecimento das finanças do Estado e o desenvolvimento das relações de crédito, garantindo a unicidade nos pagamentos em dinheiro.

A reforma monetária de 1947, internamente, aumentou a renda real dos trabalhadores e a receita monetária real, criando condições favoráveis para melhorar o nível de vida material e cultural das massas populares. Internacionalmente, foi realizada em um contexto em que os países capitalistas fracassavam em suas reformas monetárias e enfrentavam uma inflação crescente, o que elevou ainda mais a prestígio do Poder Popular de nosso país. O significado interno e internacional dessa reforma decorre de seu caráter popular e democrático.

A base do sistema monetário socialista estabelecido pela reforma monetária foi solidificada e completada através do desenvolvimento da economia popular e do fortalecimento da circulação monetária.

Para completar o sistema monetário socialista, era necessário fortalecer o sistema de circulação monetária independente e único, aperfeiçoar ainda mais o trabalho de controle planificado e tornar a nova moeda ainda mais sólida.

Uma das medidas adotadas para fortalecer a independência e a unicidade do recém-estabelecido sistema monetário foi a emissão de novas moedas de baixo valor.

Na reforma monetária de 1947, a troca das moedas de baixo valor e das moedas auxiliares emitidas antes da libertação foi suspensa.

Como a circulação de moeda subsidiária não teve grande importância na época, a suspensão da troca da moeda subsidiária se tornou uma condição favorável para a execução bem-sucedida de um projeto complexo, como a reforma monetária. Após a reforma monetária, em maio de 1949, após um período determinado, o Banco Central emitiu moedas de pequeno valor de 15, 20 e 50 jons, e as moedas secundárias anteriores foram anuladas sem troca. 

Essa reforma da moeda subsidiária resultou na conclusão do sistema de moeda única.

A decisão do Presidium da Assembleia Popular Suprema, de julho de 1949, para intensificar o controle sobre a falsificação de moedas, tem um significado importante na garantia da independência do novo sistema monetário.

Sob as condições em que a unicidade da circulação monetária foi garantida, os planos dos inimigos para prejudicar e destruir o recém-estabelecido sistema monetário poderiam se manifestar na utilização de moedas falsificadas. Esta decisão tornou-se uma das medidas importantes para esmagar os esquemas hostis daqueles que tentavam destruir o novo sistema monetário.

Para consolidar e aperfeiçoar ainda mais o sistema monetário socialista, é necessário melhorar o controle e a regulação do processo de circulação monetária, aumentando o poder de compra da moeda e ajustando adequadamente a quantidade de dinheiro em circulação de acordo com as necessidades do mercado.

Após a reforma monetária, as medidas adotadas na área de circulação monetária incluem a introdução de um sistema de planificação monetária em vigor, o fortalecimento do controle operacional da circulação monetária, a implementação de controles fiscais para garantir a conformidade financeira de empresas e instituições através de operações de caixa, a introdução de um sistema de regulação de emissão de moeda e o estabelecimento de rigorosas normas para a emissão de moeda.

Sob a sábia liderança do grande Líder camarada Kim Il Sung, o Poder Popular estabeleceu os elementos fundamentais para a organização planificada da circulação monetária, incluindo o estabelecimento do sistema de emissão de moeda, a introdução do sistema de planificação monetária e o estabelecimento de normas para as operações de caixa.

Para estabelecer o sistema de emissão, foram regulamentados os procedimentos para a emissão de cédulas provisórias, os detalhes práticos relacionados, assim como os procedimentos para o tratamento de cédulas danificadas, inválidas e falsificadas. De acordo com isso, em 31 de dezembro de 1947, o Banco Central da Coreia do Norte designou as cédulas não emitidas como cédulas provisórias e assumiu a responsabilidade de sua gestão. Além disso, o Banco Central deveria obter a aprovação do Comitê Popular da Coreia do Norte para os procedimentos de emissão.

Assim, o Banco Central assumiu a responsabilidade de armazenar e administrar todas as cédulas não emitidas, emitindo as cédulas provisórias dentro dos limites autorizados pelo Comitê Popular da Coreia do Norte, e incorporando as cédulas em circulação como cédulas provisórias. Essas medidas foram fundamentais para a implementação da centralização rigorosa na emissão e para o fortalecimento do caráter legal da emissão. Isso concretizou o sistema de emissão independente estabelecido pela reforma monetária de 1947 e permitiu a sistematização geral das atividades de emissão.

Para completar ainda mais esse sistema de emissão, foi necessário introduzir o sistema de planificação monetária. Sem a consolidação do sistema de planificação monetária, a natureza legal das tarefas de emissão não poderia exercer plenamente sua eficácia. Assim, a "Decisão sobre o Controle da Circulação Monetária" previu uma série de medidas relacionadas à introdução do sistema de planificação monetária, juntamente com as atividades de emissão.

Uma medida a ser destacada é que as instituições estatais e empresas deviam enviar ao banco comercial, até o dia 25 de cada mês, o plano de despesas em dinheiro e a previsão de receitas para o mês seguinte, fazendo com que a planificação monetária do Banco Central estivesse vinculado às atividades das empresas. Com base nisso, o Banco Central da Coreia do Norte, a partir do segundo trimestre de 1948, elaborou um planos de caixa mensais e trimestrais, após comparar e revisar os planos de emissão com os planos de caixa submetidos pelas instituições e empresas com base nos dados do plano da economia popular.

Embora o Banco Central tenha elaborado um plano anual de caixa em 1947, esse plano apresentava várias deficiências. No entanto, o plano de caixa de 1948 estava baseado nas tarefas do plano da economia popular atribuídas às empresas, e os itens do plano foram expandido e detalhado. Embora ainda houvesse pontos insuficientes, o plano assumiu, fundamentalmente, a forma de um plano abrangente e passou a desempenhar o papel de um meio de controle monetário sobre a execução dos planos das instituições e empresas, além de servir como um meio de controle planificado da circulação monetária. A partir desse momento, a planificação da circulação monetária em nosso país passou a adotar a forma do plano de caixa do Banco Central.

A introdução do sistema de planificação monetária abriu a possibilidade para a organização da receita e despesa em dinheiro com base nesse plano. Portanto, o Poder Popular, além de elaborar regulamentações sobre o plano monetário, também tomou uma série de medidas para fortalecer a organização da receita e despesa em dinheiro e o controle bancário sobre ela.

Como medida para regulamentar a organização da receita e despesa em dinheiro, foi determinado que todas as instituições e empresas deveriam obrigatoriamente abrir contas bancárias e realizar as transações de caixa por meio delas. Além disso, para reforçar o controle, foi estabelecido o princípio de uma conta por instituição, que deveria ser rigorosamente cumprido. Para fortalecer a planificada organização da receita e despesa em dinheiro, foi concedido ao Banco Central o poder de fiscalização sobre a conformidade dos estoques de caixa das empresas e instituições, e, em caso de violação dos limites de reserva de caixa, uma medida rigorosa foi adotada: a instituição financeira deveria transferir para o tesouro público uma quantia correspondente a 10% do valor excedente ao limite.

As medidas adotadas relacionadas ao controle da circulação monetária tornaram-se contramedidas específicas para fortalecer o caráter planificado do novo sistema monetário estabelecido em nosso país por meio da reforma monetária, permitindo que a circulação de dinheiro no país respondesse de forma planificada ao desenvolvimento da economia popular.

Com a introdução do sistema de planificação monetária e o estabelecimento do sistema de emissão, surgiu a tarefa importante de garantir a execução precisa do plano de caixa na área da circulação monetária. Isso se deve ao fato de que, embora o sistema de planificação monetária tenha sido introduzido, ainda não era habitual para algumas instituições e empresas considerarem o plano de caixa como uma diretiva nacional conjunta imposta aos bancos, instituições e empresas. Isso resultou em situações em que algumas instituições e empresas possuíam mais dinheiro do que o limite estabelecido, utilizavam o dinheiro retirado do banco para fins não previstos no plano de caixa ou, ainda, geravam fenômenos desordenados nos pagamentos de despesas essenciais, como os custos de vida.

Diante dessa situação, o governo da República adotou em junho de 1949 uma medida decisiva para reforçar a disciplina financeira e fiscal.

Primeiramente, para reforçar o caráter planificado da circulação monetária, foram tomadas medidas para garantir a planificada concessão de empréstimos bancários. Com base nessa medida, os bancos passaram a conceder empréstimos às instituições e empresas apenas quando houvesse garantias específicas, de acordo com o plano da economia popular, e os empréstimos deveriam ser utilizados exclusivamente para os fins estabelecidos, sendo devolvidos pontualmente dentro do prazo, estabelecendo-se assim o princípio dos empréstimos.

Ainda que os empréstimos sejam concedidos em parte na forma de dinheiro e em parte na forma não monetária, garantir a movimentação planificada dos empréstimos tornou-se uma condição fundamental não apenas para a área de circulação não monetária, mas também para assegurar um movimento monetário planificado na área de circulação de dinheiro.

Na verdade, como as cédulas bancárias são emitidas na forma de empréstimos durante o processo de circulação, garantir a movimentação planificada dos empréstimos emitidos pelos bancos tem um significado fundamental para assegurar o caráter planificado do movimento monetário em geral.

Se a movimentação planificada dos empréstimos não for garantida, mesmo que os pagamentos e recebimentos em dinheiro sejam realizados de forma planificada de acordo com o plano de caixa, será difícil garantir o caráter planificado do movimento monetário em geral. Isso ocorre porque, para que os pagamentos em dinheiro de acordo com o plano de caixa sejam garantidos de maneira planificada, é necessário garantir, antes de tudo, a normalidade das atividades de gestão das instituições e empresas, e, portanto, a normalidade das atividades financeiras.

Com a elaboração do plano de empréstimos junto com o plano de caixa e a organização planificada das atividades de empréstimos, a base para garantir o caráter planificado da circulação de dinheiro, juntamente com a circulação monetária em geral, foi firmemente consolidada.

Como medida para garantir o movimento planificado da circulação monetária, também foram tomadas ações para reforçar a organização planificada dos pagamentos não monetários.

Em nosso país, a organização de pagamentos não monetários foi estabelecida com base na "Decisão sobre a Instituição do Sistema de Contratos e Pagamentos entre as Instituições Econômicas Estatais, Empresas Estatais e Organizações de Serviços Públicos" de fevereiro de 1946, que introduziu uma série de métodos de pagamento não monetário, incluindo os pagamentos baseados em verificação, adotando um novo conteúdo compatível com o sistema econômico socialista. Para reforçar o caráter socialista dessa organização de pagamentos não monetários, em 1949, foi estabelecido por lei o requisito de que os documentos de pagamento fossem submetidos ao banco dentro do prazo determinado, e que a qualidade dos produtos fosse rigorosamente cumprida.

Para reforçar o caráter planificado da circulação monetária, também foram estabelecidas medidas rigorosas para a execução do plano de caixa. Isso incluía a dedução, do limite de gastos em dinheiro, do valor correspondente ao montante utilizado, garantindo que os gastos fossem feitos de acordo com os fins previstos no plano de caixa. Além disso, o dinheiro destinado às despesas de vida deveria ser retirado do banco e pago dentro de 5 dias; caso contrário, seria depositado novamente no banco.

Juntamente com os esforços para expandir e reforçar o caráter planificado da circulação monetária, também houve progressos significativos no fortalecimento das novas cédulas do Banco Central da Coreia do Norte.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"O câmbio monetário realizado no final de 1947 foi de grande ajuda para aumentar o poder de compra real dos trabalhadores e funcionários.

Em março de 1948, os preços dos itens essenciais para a subsistência eram significativamente mais baixos em comparação com 1º de dezembro de 1947...

Sem desenvolver a indústria estatal, o comércio das cooperativas de consumo e a indústria local estatal, não seria possível controlar os preços no mercado. Consequentemente, não seria possível impedir que os salários reais dos trabalhadores e funcionários fossem determinados pelos preços do mercado." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 4, página 274)

De acordo com as instruções do estimado Líder, para aumentar o poder de compra da nova moeda, foi ampliado o alcance da aplicação dos preços estatais e estabelecido um sistema de preços de atacado estatais, com o objetivo de eliminar ao máximo as flutuações livres nos preços. Além disso, os preços de varejo estatais foram reduzidos substancialmente.

Os dados sobre as flutuações nos preços de mercado dos itens essenciais para a subsistência são os seguintes.

Movimento dos preços na cidade de Pyongyang (평양시 물가동태)


classificação (종별), cereais (량곡), verduras (남새), tecido de algodão (광목), meias (양말), tecido de malha (메리야스) e calçados de borracha (고무신)

Além disso, para fortalecer a garantia mercantil da circulação monetária, foram tomadas medidas para aumentar a quantidade de mercadorias oferecidas no mercado organizado e para reforçar amplamente o comércio estatal e das cooperativas de consumo. Como resultado, o volume de mercadorias no mercado organizado aumentou 14 vezes em 1948 em comparação com 1946, e 22 vezes em 1949. Com base no desenvolvimento da indústria socialista, em 1949, os produtos industriais representaram 54,2% do volume de mercadorias no mercado organizado. Em 1949, a participação do mercado organizado na circulação de mercadorias chegou a 50,5%, superando a do mercado privado.

Juntamente com isso, o sistema de distribuição introduzido para alimentos em 1946 foi posteriormente expandido para incluir itens essenciais. Assim, os itens distribuídos para trabalhadores e funcionários atingiram 6,8 milhões de wons (em moeda antiga) em 1948 e mais de 13,32 milhões de wons (em moeda antiga) em 1949. Além disso, o sistema de compras e comercialização de produtos agrícolas foi introduzido.

O sistema de distribuição, em condições nas quais o volume de circulação de mercadorias ainda não era grande, foi uma maneira de utilizar os recursos industriais e alimentares do país da forma mais racional possível. Além disso, ao limitar a especulação de mercado, tornou-se um meio de fortalecer a base material da moeda "won".

Naquela época, uma questão importante para garantir a estabilidade da circulação monetária era impedir ao máximo que o dinheiro fluísse do setor socialista para o mercado privado.

Com o aumento significativo do setor econômico socialista e a limitação constante do volume do mercado privado, o principal fator que influenciou a quantidade de moeda no mercado desorganizado foi a quantidade de moeda que flui para fora dele devido às transações entre o setor socialista e o mercado desorganizado.

Como a economia popular de nosso país ainda não havia conseguido superar completamente os danos causados pela longa dominação colonial do imperialismo japonês e pela destruição promovida por suas atividades durante a libertação, era inevitável que o setor socialista adquirisse certas matérias-primas no mercado privado. Aproveitando-se dessas circunstâncias objetivas, alguns empresários envolvidos em práticas especulativas, ou até mesmo alguns gestores que não estavam acostumados com a gestão socialista, tendiam a adotar métodos fáceis. Isso resultou em aquisições desnecessárias de materiais no mercado privado. Essa situação não só aumentava os custos das empresas e comprometia o orçamento de despesas das instituições, mas também se tornou um dos principais canais pelos quais a moeda fluía para o mercado desorganizado. Assim, no planejamento de gastos do plano de caixa, a proporção de gastos com a compra de materiais privados ainda ocupava uma parte significativa.

Em relação a isso, o governo da República estabeleceu, em fevereiro de 1950, procedimentos e medidas de controle para a compra de mercadorias no mercado. Essa medida se tornou uma condição importante para reduzir consideravelmente os gastos com a compra de mercadorias no mercado no plano de caixa, eliminando transações monetárias desnecessárias e servindo como um marco para fortalecer a estabilidade geral da circulação monetária.

No entanto, apesar de ainda haver uma proporção significativa de elementos privados na produção e circulação, não foi possível superar completamente os impactos negativos sobre a estabilidade da circulação monetária. Ou seja, durante o período de construção pacífica antes da guerra, havia limitações na garantia da estabilidade da circulação monetária.

O caráter socialista do novo sistema monetário, estabelecido durante o período de construção pacífica, foi consolidado ao longo de toda a Guerra de Libertação da Pátria.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"O povo da parte norte da República deve reorganizar todos os seus esforços sob o sistema de guerra e mobilizar todas as suas forças para a vitória na guerra, a fim de erradicar os inimigos em um curto período de tempo." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 6, página 14)

Na implementação das orientações do grande Líder para reorganizar todos os trabalhos sob o sistema de guerra e garantir a vitória na guerra, a missão atribuída ao setor de circulação monetária era de extrema importância. Mesmo nas difíceis condições de guerra, era necessário cumprir essa tarefa sem falhas, satisfazendo as necessidades de moeda para a guerra, ao mesmo tempo em que se garantisse a estabilidade da moeda. Por isso, foi essencial realizar um controle rigoroso sobre a emissão, que inevitavelmente aumentaria nas condições de guerra, e identificar com precisão a ordem de pagamento em dinheiro, tomando medidas para garantir os fundos urgentes necessários para a condução da guerra. Sem essas medidas, a organização da circulação monetária não cumpriria seu papel como um elo básico na mobilização de recursos materiais e monetários para a vitória na guerra, e poderia até falhar em servir para a estabilidade da vida do povo.

Durante a Guerra de Libertação da Pátria, a principal tarefa no setor de circulação monetária foi garantir o caráter planificado e a estabilidade do sistema monetário socialista. Na realidade, somente ao cumprir essa tarefa foi possível assegurar o caráter independente e único do sistema monetário socialista, que já havia sido estabelecido.

As instituições bancárias, acima de tudo, fortaleceram o controle da execução do plano de caixa durante a guerra. Para isso, todas as ordens de pagamento em dinheiro deveriam ser recebidas e processadas sob a revisão e controle direto do gerente principal ou dos gerentes de filiais. Além disso, foi dada prioridade às necessidades de dinheiro diretamente relacionadas com o custo de vida, a produção de suprimentos militares, os fundos para a frente e as necessidades urgentes da guerra, enquanto as necessidades de caixa não urgentes de outros órgãos e empresas foram fortemente limitadas e controladas. Dessa forma, as instituições bancárias revisaram os estoques de dinheiro das empresas e órgãos, impondo restrições rigorosas aos gastos com administração, compras de bens civis e outros custos, e reforçaram o controle sobre os gastos com dinheiro para o custo de vida.

O governo da República adotou em setembro de 1952 as regulamentações sobre o pagamento de fundos para o custo de vida de órgãos estatais, empresas e associações cooperativas, estabelecendo os princípios básicos de controle bancário sobre a utilização de fundos para o custo de vida, que constituem a principal parte dos pagamentos em dinheiro.

De acordo com isso, os fundos para o custo de vida deveriam ser pagos com base no fundo mensal de custo de vida, na composição dos órgãos estatais ou nos planos de trabalho, de acordo com o número real de pessoas e a taxa de execução do plano. Ou seja, os trabalhadores envolvidos nos setores de produção material e distribuição deveriam, em princípio, receber pagamentos de custo de vida dentro do limite do fundo mensal de custo de vida, de acordo com a taxa de execução do plano de produção total ou dos planos de construção e montagem. Já os trabalhadores dos órgãos orçamentários do Estado, técnicos, administrativos e estagiários envolvidos nos setores de produção material e distribuição, receberiam seus fundos dentro do limite do fundo mensal de custo de vida, com base no plano de trabalho ou nos quadros do órgão estatal. Ao mesmo tempo, também foram estabelecidas medidas de controle relacionadas ao possível excedente relativo dos fundos de custo de vida nos órgãos e empresas que pagariam esses fundos conforme a execução do plano.

Esse controle bancário sobre o pagamento dos fundos para o custo de vida foi capaz de estimular a redução do custo de produção e o aumento da produtividade ao garantir o cálculo preciso desses fundos. Além disso, ao suprimir o pagamento indevido e as violações das regras do órgão estatal, o controle contribuiu para o estabelecimento de um sistema rigoroso de economia no pagamento de dinheiro. Esse novo sistema de controle bancário sobre o pagamento dos fundos de custo de vida tornou-se um meio eficaz para garantir o pagamento exato desses fundos, que representavam a maior parte dos pagamentos no plano de caixa, permitindo, assim, o progresso bem-sucedido da gestão planificada da circulação monetária.

Além disso, o sistema de fiscalização sobre o cumprimento das normas de caixa foi reforçado, e uma forte luta contra as violações dessas normas foi conduzida, especialmente com uma intensa campanha nos órgãos estatais e nas empresas para reduzir os gastos com dinheiro.

Juntamente com as medidas para a execução precisa do plano de caixa, elevar o nível de planejamento do caixa tornou-se uma parte importante para maximizar as possibilidades de receita de caixa.

O governo da República atribuiu grande importância à revisão dos itens do plano de caixa, com base na necessidade de adequar o conteúdo do plano às mudanças nas condições econômicas do país. Como resultado, em agosto de 1952, os itens do plano de caixa foram revisados da seguinte forma:


número (번호), itens de receita (수입항목), receitas de vendas de mercadorias (상품판매수입), receitas de comércio estatal (국영상업수입), receitas de comércios de cooperativa de consumo (소비조합상업수입), outras remunerações de trabalho (기타로력보수), receitas do Tesouro Nacional (국고금수입), receitas de transporte (운수수입), receitas de visita (관람수입), receitas postais (체신수입), receitas de uso de instalações (리용시설수입), receitas de depósitos pessoais (개인저금수입), recuperação de empréstimos pessoais (개인대출금회수), receitas de pacientes (환자수입), outros rendimentos (기타수입), itens de despesa (지출항목), despesas com salários (로임지출), salário (로임), outros pagamentos de trabalho (기타로력보수), despesas com compra de mercadorias (수매자금지출), despesas com compra de mercadorias do comércio estatal (국영상입수매지출), despesas com compra de mercadorias pelas cooperativas de consumo (소비조합수매지출), dispesas com compras de mercadorias comerciais diversas (기타상업수매지출), despesas com comprar do Conselho de Ministros (내각수 매국수매지출), despesas com compra de produtos agrícolas (농산물 구입지출), despesas com compra de produtos não agrícolas (비농산물 구입지출), 년금, 보조금 (pensão, subsídios), despesas de segurança (경비사업비), despesas de viagem e administrativas (려비, 사무비), outras despesas operacionais (기타사업비), despesas postais (체신지출) e despesas com depósitos pessoais (개인저금지출)


subtotal (소계), receitas do Banco Camponês (농민은행에서 수입), receitas do Banco de Construção (건설은행에서 수입), total (합계), receitas de transferência em dinheiro (현송금수입), retirada de fundo de reserva (예비권에서 인출), saldo de caixa de continuidade (현금계승잔고), soma total (총계), distribuição ao Banco Camponês (농민은행에 보급), distribuição ao Banco de Construção (건설은행에서 수입), despesa com remessas (헌송금지출), retirada da reserva (예비권에서 인출) e saldo de caixa (현금잔고).

A base para a elaboração dos itens do plano monetário foi a modificação das condições econômicas, com a exclusão, adição e integração de alguns itens. Os itens revisados do plano monetário, assim, puderam refletir com precisão o fluxo da circulação monetária, que é realizado principalmente com base na forma econômica socialista.

Neste período, a questão urgente que se colocou para garantir a planificação e a solidez da circulação monetária foi a realização de um trabalho de resgatar a quantidade excessiva de moeda em circulação, que aumentou temporariamente no início da guerra, mais do que o próprio sistema de planificação da circulação monetária.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue: 

 "Nosso Partido e Governo implementaram uma série de medidas econômicas e financeiras em 1952 para garantir a estabilidade monetária e eliminaram o déficit no orçamento nacional." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 7, página 393)

Tomando firmemente os ensinamentos do estimado Líder, nosso partido e o governo da República adotaram medidas ativas para garantir a estabilidade monetária. Isso ocorreu considerando a situação em que, no início da guerra, especialmente durante o período de retirada temporária e logo após, devido às atividades destrutivas dos inimigos, a produção de bens de consumo foi reduzida, resultando em uma diminuição temporária na circulação de mercadorias no mercado organizado. Por outro lado, os gastos monetários direcionados aos militares e aos trabalhadores do setor militar aumentaram, fazendo com que uma quantidade considerável de moeda chegasse às mãos de elementos capitalistas.

Com as medidas ativas adotadas pelo partido e pelo governo para aumentar a produção industrial e agrícola, especialmente a produção de bens de consumo, em 1952, o valor total da produção industrial cresceu para 119% em relação ao ano anterior, enquanto a colheita de cereais aumentou para 113%. Além disso, o volume de circulação de bens de consumo em 1952 cresceu para 232% em comparação ao ano anterior. Como resultado da expansão da rede comercial socialista e da aceleração da circulação de mercadorias, a participação do mercado organizado, em 1953, superou o nível de 1949, antes da guerra.

O aumento das receitas em dinheiro relacionadas à circulação de mercadorias deveu-se, em grande parte, às medidas adotadas pelo partido e pelo governo, em agosto de 1950, sobre o manejo dos valores de venda de mercadorias na rede comercial estatal e cooperativa.

De acordo com essas medidas, as instituições de comércio varejista deviam obrigatoriamente vender em dinheiro, nas lojas de varejo, os produtos incluídos no plano de circulação de mercadorias. Além disso, foi estabelecido um limite para as vendas por transferência destinadas a instituições e empresas. Qualquer venda por transferência que excedesse esse limite seria considerada uma violação das regras do plano monetário e estaria sujeita a sanções legais.

Juntamente com isso, foi atribuída às instituições de comércio varejista a obrigação de cumprir rigorosamente o plano de arrecadação de dinheiro em espécie elaborado pelo banco, com base no plano de circulação varejista.

Caso as instituições comerciais não cumpram o plano de arrecadação de receitas provenientes da venda de mercadorias conforme estabelecido, o banco poderia exercer controle financeiro direto sobre as respectivas instituições comerciais.

O movimento de poupança para a frente e o movimento de doação patriótica para aquisição de equipamentos militares, como movimentos patrióticos de todo o povo, realizados para a vitória na guerra, desempenharam um papel crucial na garantia da estabilidade monetária.

Nesse contexto, o movimento de poupança para a frente foi uma fonte importante de arrecadação de dinheiro para o Banco Central, além de contribuir para a economia no transporte de dinheiro para a linha de frente e para o atendimento imediato das necessidades monetárias das unidades militares.

O partido e o governo reconheceram o papel importante da poupança popular na garantia da estabilidade da circulação monetária e reformaram-na de acordo com as condições da guerra. Com a destruição das cidades e áreas industriais, e com muitas instituições e empresas transferidas para o campo, o dinheiro nas mãos da população concentrou-se nas áreas rurais. Assim, para fortalecer e concentrar a poupança popular nas áreas rurais, em fevereiro de 1952, as antigas instituições de poupança foram integradas ao Banco Camponês. Após a recuperação gradual das cidades, as atividades de poupança urbana foram transferidas para o Banco Central. Dessa forma, a poupança popular foi organizada como um setor do sistema bancário, e seu sistema foi simplificado conforme as condições da guerra.

A reorganização do sistema de poupança e o desenvolvimento da poupança popular como um movimento de massa tornaram-se um elo crucial para garantir a estabilidade da circulação monetária, ao aumentar rapidamente o saldo das poupanças, mesmo nas difíceis condições da guerra.



divisão (구분), mês (년월), saldo da poupança popular do Banco Central (중앙은행인민 저금잔고), saldo da poupança popular do Banco Camponês (농민은행인민저금잔고), 년말 (final do ano)

Como resultado de uma série de medidas como as mencionadas, as receitas em dinheiro do Banco Central ultrapassaram suas despesas. Em 1952, as receitas em dinheiro aumentaram 10,5% em relação às despesas, e em 1953, o aumento foi de 6,5%. Isso significa que, mesmo em meio às difíceis condições da guerra, a quantidade de moeda em circulação já havia diminuído significativamente desde 1952.

Com o aumento da circulação de mercadorias e a redução da quantidade de moeda em circulação, o equilíbrio correto entre a oferta e a demanda de mercadorias, a circulação de mercadorias e a quantidade de moeda foi gradualmente restaurado. Com base nesses resultados, o partido e o governo reduziram significativamente os preços de varejo nacionais em duas etapas: em dezembro de 1952 e março de 1953. Como resultado, na primeira redução de preços, os moradores receberam um benefício direto de 140 milhões de wons (em moeda antiga), e na segunda, 300 milhões de wons (em moeda antiga). A redução dos preços de varejo nacionais e a melhoria da relação entre a circulação de mercadorias e a moeda em circulação fizeram com que os preços no mercado não organizado caíssem rapidamente.

Dessa forma, mesmo nas duras provações da guerra, a estabilidade da circulação monetária foi mantida com sucesso, contribuindo significativamente para a estabilidade da vida do povo e para a vitória na guerra.

A guerra deixou consequências significativas também no campo da circulação monetária, mas serviu como uma oportunidade para testar a eficácia do novo sistema monetário estabelecido em nosso país, através do qual as vantagens desse sistema foram completamente demonstradas.

7.3 O completo estabelecimento do sistema monetário socialista

Após a vitória do povo coreano na grande Guerra de Libertação da Pátria, o período de reconstrução pós-guerra e de transformação socialista das relações de produção foi uma fase de consolidação do sistema monetário socialista, que havia sido estabelecido antes da guerra. À medida que a revolução e a construção avançaram e o sistema econômico socialista foi implementado, o sistema monetário socialista pôde ser completamente consolidado.

No período pós-guerra, surgiram tarefas complexas na área da circulação monetária. As consequências da guerra para a circulação monetária, assim como em todos os outros setores, foram extremamente graves. Em particular, o impacto negativo do ambiente especial criado durante a guerra sobre a estabilidade da circulação monetária impôs obstáculos ao desenvolvimento sólido do sistema monetário socialista.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"É evidente para todos que, sem recursos financeiros, não podemos restaurar e construir a economia popular. Diante de nós está a importante tarefa de garantir os fundos necessários para a restauração e construção de fábricas e empresas." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 8, páginas 50 e 51)

Uma das tarefas importantes que surgiram na área da circulação monetária no período pós-guerra foi eliminar o mais rápido possível as consequências da guerra nesse campo, garantindo plenamente as necessidades financeiras para a restauração e o desenvolvimento da economia popular, e, ao mesmo tempo, aumentar rapidamente o poder de compra do "won", fortalecendo assim a estabilidade da moeda.

Juntamente com o progresso da construção econômica socialista, uma das tarefas importantes que surgiram na área da circulação monetária no período pós-guerra foi fortalecer ainda mais o caráter planificado da circulação monetária, adaptando-o ao ambiente transformado, e completar o sistema de planificação e regulação da circulação monetária.

O principal êxito na eliminação das consequências da guerra na área da circulação monetária no período pós-guerra foi a restauração bem-sucedida da economia popular, sem qualquer reforma monetária, mesmo nas condições de total destruição causadas pela guerra, e, com isso, o fortalecimento da circulação monetária. Esse êxito também demonstrou a superioridade do sistema monetário socialista estabelecido em nosso país.

Geralmente, para restaurar o estado de destruição econômica causado pela guerra, medidas como reformas monetárias são necessárias na área da circulação monetária. No entanto, por um lado, era necessário eliminar as consequências da guerra na circulação monetária, e por outro, atender às necessidades financeiras para a restauração da economia destruída, ao mesmo tempo em que se tratava adequadamente o aumento da quantidade de moeda em circulação que poderia surgir como consequência. Embora surgissem tarefas complexas e sobrepostas, isso foi resolvido sem reforma monetária, mas com o desenvolvimento adicional do comércio socialista e o aumento do nível de planificação e regulação da circulação monetária pelo banco.

Qual foi o fator que possibilitou criar novas experiências no campo da circulação monetária, como mostrado acima?

Isso pode ser encontrado, acima de tudo, no fato de que não houve uma inflação monetária especial durante o período de guerra, mantendo a estabilidade da circulação monetária. Em particular, o fato de que, a partir de 1952, a quantidade de moeda em circulação diminuiu constantemente e coincidiu com o fim da guerra, criou uma condição favorável para liquidar os efeitos da guerra no campo da circulação monetária.

O fato de que a estabilidade da circulação monetária durante a guerra foi basicamente garantida significa que foi possível recuperar mais rapidamente os efeitos da guerra neste campo em comparação com outras áreas.

Outro fator importante foi a legitimidade da política adotada pelo nosso partido no campo da circulação monetária após a guerra.

A vasta reconstrução da economia popular após a guerra criou novas condições para o campo da circulação monetária. Ou seja, antes que os efeitos da guerra fossem totalmente superados, a liberação de uma grande quantidade de moeda no mercado foi prevista. Isso tornou a resolução do problema da consolidação da circulação monetária uma tarefa urgente.

Essa tarefa foi resolvida principalmente de duas maneiras. A primeira foi garantir firmemente a garantia mercantil da circulação monetária, implementando de forma rigorosa a linha básica da construção da economia socialista do nosso partido. A segunda foi fortalecer a base financeira do Estado, mobilizando ao máximo as fontes de recursos e as reservas internas necessárias para a economia popular.

A implementação rigorosa da linha básica da construção da economia socialista do nosso partido não apenas acelerou a recuperação e o desenvolvimento da economia destruída, mas também se tornou o caminho fundamental para fortalecer a garantia mercantil da circulação monetária. Isso ocorreu porque a execução dessa linha permitiu construir bases sólidas para a indústria pesada e leve autossustentada e estabeleceu as fundações materiais e técnicas para a agricultura socialista, criando a base autossustentável para a economia popular, o que, por sua vez, resultou no aumento rápido da produção de bens de consumo, refletindo diretamente na vida do povo. A implementação da linha básica da construção da economia socialista do nosso partido não só resolveu o problema da garantia mercantil da circulação monetária, mas também serviu como uma garantia sólida para estabelecer uma base real para a garantia mercantil logo após o fim da guerra.

Durante o período de reconstrução pós-guerra, a produção de bens de consumo se desenvolveu a uma taxa anual média de 28%, alcançando 2,1 vezes o nível de 1949 em 1956. Em 1956, a produção de cereais superou em 8% o nível mais alto alcançado antes da guerra. Com base nisso, o volume de distribuição de mercadorias no setor estatal e nas cooperativas aumentou 2,8 vezes em 1956 em comparação a 1953. Esse crescimento superou significativamente a taxa de aumento dos custos médios de vida dos trabalhadores e funcionários de escritório, que cresceram 2,1 vezes em dezembro de 1956 em relação a 1953. Como resultado, a receita em dinheiro do Banco Central superou sistematicamente as despesas em dinheiro a cada ano, com a taxa atingindo 0,7% em 1954 e 3,2% em 1955. Considerando o aumento significativo da demanda por transações em dinheiro e circulação monetária após a guerra, isso pode ser considerado uma grande conquista.

Todos esses fatos indicam que a correlação positiva entre o volume de circulação de mercadorias e a quantidade de moeda em circulação foi rapidamente melhorada após a guerra.

A luta dos nossos trabalhadores, que elevaram a bandeira do chamado combativo do partido sobre a maximização da produção e a economia, teve um grande impacto também na área da circulação monetária. Como resultado de aumentar a produção e economizar para mobilizar ao máximo as reservas internas, o efeito no aspecto financeiro se manifestou, acima de tudo, no aumento da receita do orçamento estatal. Durante os anos pós-guerra, a receita proveniente do Estado e das empresas cooperativas no orçamento estatal não só aumentou a cada ano, mas também se tornou o elo básico que gerou uma superávit nas receitas em relação aos gastos do orçamento.

O aumento da receita fiscal do Estado atendeu de forma satisfatória à crescente demanda financeira tanto pela produção quanto pela circulação monetária, ao mesmo tempo em que aumentou drasticamente a proporção de fundos do orçamento estatal nos recursos do Banco Central.

O aumento da participação dos fundos do orçamento estatal na composição dos recursos do Banco Central, por outro lado, reduziu a participação do item "outros recursos", que constituía a maior parte da emissão monetária, o que teve um impacto considerável na quantidade de moeda em circulação. A participação dos fundos do orçamento estatal nos recursos do Banco Central passou de 4,2% em 1º de abril de 1954 para 32,7% em 1º de outubro de 1955.

A mobilização máxima das reservas internas e o fortalecimento da base financeira do Estado resultaram também em uma melhoria geral na circulação monetária, aumentando a velocidade de rotação da moeda. Assim, em 1956, a velocidade de rotação da moeda atingiu 156% do nível de 2,4 vezes registrado em 1950.

Os efeitos da guerra sobre a circulação monetária em nosso país foram eliminados em um período relativamente curto, com base nas medidas gerais e seus resultados mencionados acima. Foi justamente graças às políticas corretas do partido e do governo para a consolidação da moeda que, após a guerra, a circulação monetária do país foi melhorada e a estabilidade da moeda foi fortalecida.

Após a eliminação dos efeitos da guerra na circulação monetária, surgiu a tarefa de fortalecer ainda mais a circulação monetária do país, adaptando-a às mudanças no ambiente. Isso deveria ser resolvido, especialmente, sob as condições em que a transformação socialista das relações de produção nas áreas urbanas e rurais estava em pleno andamento, e as bases da indústria pesada e leve autossustentada, bem como a agricultura socialista, estavam sendo reforçadas, tornando a base financeira do país ainda mais sólida.

Os resultados alcançados na transformação socialista das relações de produção e na construção das bases do socialismo criaram condições favoráveis para garantir a solidez da circulação monetária.

Com a conclusão básica da cooperativização agrícola e o início da transformação socialista da pequena indústria, a solidez da moeda pôde ser rapidamente fortalecida.

A transformação socialista das relações de produção, ao expandir o alcance do mercado organizado, não só garantiu de forma sólida a base mercantil da moeda, como também reduziu drasticamente a capacidade do mercado desorganizado, limitando ao mínimo as flutuações naturais nos preços. Quanto à participação dos mercados organizado e individuais na circulação de mercadorias durante o período pós-guerra, ela é a seguinte:


mercado organizado (조직시장) e mercado individual (개인시장)

Essas mudanças fizeram com que a estabilidade da circulação monetária fosse, em última instância, determinada pela quantidade de mercadorias que entravam no mercado organizado, reduzindo significativamente a influência do mercado individual na circulação monetária.

O progresso da transformação socialista das relações de produção, especialmente a partir do final de 1956 e início de 1957, com o início da transformação socialista da pequena indústria, tornou-se o ponto de inflexão em que a estabilidade da circulação monetária passou a depender decisivamente da capacidade do mercado organizado. Juntamente com isso, a transformação socialista das relações de produção nas áreas urbana e rural criou as condições para tornar a circulação monetária rural planificada, ao mesmo tempo em que permitiu o controle claro dos canais de circulação monetária urbana.

O fortalecimento da planificação na circulação monetária urbana e rural garantiu a aplicação planificada da lei da circulação monetária, permitindo uma melhor correspondência planejada entre a quantidade de moeda em circulação e o volume de mercadorias (e serviços) circulando. Isso, por sua vez, possibilitou que a moeda servisse completamente como um meio de planificação da economia popular.

Assim, a transformação socialista das relações de produção desempenhou um papel crucial no fortalecimento da solidez da circulação monetária. No entanto, para garantir a solidez da circulação monetária, é essencial que as condições materiais para reforçar a base mercantil da moeda sejam firmemente estabelecidas. Sem essas condições, a concentração no mercado organizado de grandes quantidades de mercadorias, possibilitada pela transformação socialista das relações de produção, pode não alcançar todo o seu potencial.

Seguindo o apelo do grande Líder camarada Kim Il Sung na reunião plenária do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia em dezembro de 1956, todos os trabalhadores mobilizaram ativamente os recursos internos e travaram uma luta pela máxima produção e economia, garantindo assim o rápido desenvolvimento da economia popular.

Em resposta entusiástica ao apelo do Partido, a luta laboral de todos os trabalhadores fez com que, em 1957, o volume de produção industrial total das empresas estatais e cooperativas superasse a meta em 117%, com o plano de aumento de produção sendo cumprido em 105%. Comparado a 1956, a produção industrial aumentou em 114%. Além disso, devido ao rápido crescimento da produção industrial e agrícola, o volume de vendas do comércio estatal e cooperativo no setor de circulação de mercadorias aumentou em 157% (com preços constantes) em 1957, em comparação com 1956.

Esse rápido crescimento da produção e da circulação continuou em 1958. A produção industrial das empresas estatais e cooperativas em 1958 aumentou 40% em relação a 1957, atingindo quase a mesma quantidade de produtos industriais produzidos durante os três anos do plano pós-guerra. A produção total de cereais alcançou 3,7 milhões de toneladas. Com base nisso, o volume de vendas de mercadorias no comércio estatal e cooperativo aumentou em 143% (com preços constantes) em comparação a 1957.

Como resultado, em 1958, a produção total das indústrias estatais e cooperativas aumentou 201% em relação a 1956, a produção de cereais aumentou 129%, e o volume de vendas de mercadorias no comércio estatal e cooperativo aumentou 223%.

O rápido crescimento da produção e do comércio foi uma condição decisiva para aumentar rapidamente a garantia material da moeda em nosso país. No entanto, nosso partido acreditava que apenas o crescimento da produção não seria suficiente para fortalecer a base material da estabilidade monetária, sendo necessário acompanhar isso com uma organização adequada do comércio de mercadorias. Com essa postura, foram tomadas uma série de medidas para melhorar e fortalecer o comércio de mercadorias.

Nosso partido e o governo da República propuseram tarefas para fortalecer o comércio de mercadorias domésticas, destacando a melhoria decisiva do comércio nas cidades e nos distritos de trabalhadores, especialmente no fornecimento de alimentos. Para isso, foi estipulado o fortalecimento da compra de produtos agrícolas. Também, com a intensificação do comércio de produtos agrícolas, foram propostas tarefas para melhorar a supervisão do desenvolvimento do mercado rural, o comércio individual e o reforço do fornecimento de mercadorias para as áreas rurais.

Ao cumprir com êxito essas tarefas, foi possível organizar adequadamente o comércio de mercadorias para atender à crescente demanda de pagamento dos habitantes, o que teve um efeito positivo no fortalecimento da estabilidade da moeda.

Na realidade, durante os anos pós-guerra, nosso Partido implementou uma série de medidas, como a redução dos preços e o aumento do custo de vida, com o objetivo de melhorar o nível de vida da população afetada pela guerra. Apenas o aumento do custo de vida resultou em dois aumentos significativos entre 1956 e 1958: em novembro de 1956, uma média de 35%, e em janeiro de 1958, uma média de 10%. Em agosto de 1958, um prêmio correspondente a 100% da receita mensal foi pago a todos os trabalhadores e funcionários. Como resultado, no final de 1958, o custo de vida médio dos trabalhadores e funcionários foi de 155,5% do valor de 1956. Esse aumento no custo de vida foi acompanhado por um aumento no volume de moeda em circulação, e em 1958, o total de receitas e despesas dos Bancos Central e do Banco Camponês aumentou em 178,8% em comparação com 1956.

O que teve um significado decisivo na recuperação do aumento da quantidade de moeda em circulação e na garantia da estabilidade da circulação monetária foi a expansão da circulação de mercadorias e a melhoria no fornecimento de produtos. Graças às medidas ativas do partido e do governo para melhorar a circulação de mercadorias, a receita em dinheiro para o Banco Central, especialmente a proveniente da circulação de mercadorias de varejo, aumentou consideravelmente. Em 1958, o total de dinheiro recebido pelo Banco Central, por meio da rede de vendas de mercadorias de empresas estatais e cooperativas, aumentou 1,9 vez em comparação com 1956. Além disso, a participação da receita de vendas de mercadorias na receita total de dinheiro passou de 70,2% em 1956 para 74,7% em 1958.

Isso significa que, mesmo sob as condições de um aumento rápido da renda monetária da população, nosso Partido tem constantemente reforçado a estabilidade da moeda, garantindo, assim, o crescimento real do poder de compra do won. Ao mesmo tempo, após a liquidação das consequências da guerra no setor de circulação monetária, isso indica que a expansão da escala de circulação de mercadorias e a melhoria da organização desse setor têm um grande significado para garantir a estabilidade da circulação monetária.

Com o fortalecimento da estabilidade da circulação monetária, a tarefa de reforçar o caráter planificado do sistema monetário tornou-se cada vez mais importante à medida que a construção socialista pós-guerra avançava. No período pós-guerra, a principal tarefa no campo da planificação e regulação da circulação monetária era aprimorar o sistema de planificação e regulação da circulação monetária, que já havia sido estabelecido durante o período de construção pacífica anterior à guerra e durante a guerra, adaptando-o às condições alteradas.

Para resolver essa tarefa, o primeiro objetivo foi fortalecer a ordem centralizada do sistema de planificação e regulação da circulação monetária. Para isso, em agosto de 1953, foi eliminada a função independente de caixa do Banco Nacional de Fundos de Construção, sendo integrada à tesouraria do Banco Central. Em novembro do mesmo ano, o departamento responsável pelo controle monetário foi estabelecido de forma independente dentro da estrutura organizacional do Banco Central.

Juntamente com o fortalecimento do princípio centralizado na planificação e regulação da circulação monetária, aumentar a iniciativa local tornou-se uma maneira importante de melhorar o nível deste setor.

O desenvolvimento da economia popular e o aumento da renda monetária das pessoas ampliaram consideravelmente o escopo das transações em dinheiro. Especialmente com a abolição do sistema de distribuição de bens essenciais, exceto cereais, e a ampla adoção do sistema de vendas a preços únicos, além do aumento dos preços de compra, redução ou isenção de impostos em espécie, o escopo da circulação de mercadorias nas áreas rurais se expandiu. Para garantir uma circulação monetária suave nessas condições, era necessário envolver amplamente as instituições locais na planificação e regulação dessa atividade.

Assim, os presidentes dos Comitês Populares das províncias passaram a prestar uma atenção mais profunda à situação da circulação monetária em suas regiões e começaram a discutir regularmente as medidas executivas para o controle da circulação monetária nas reuniões do Comitê Popular Provincial. Além disso, a cooperação estreita entre as instituições locais foi fortalecida em relação à regulação da circulação monetária. Como uma medida para garantir a planificação precisa da circulação monetária, foi enfatizada a importância de reforçar a colaboração entre as instituições comerciais provinciais e bancárias ao planificar a circulação de mercadorias, e também foi aprimorado o trabalho de elaboração dos balanços de receita e despesa monetária dos residentes em cada região.

Para fortalecer o caráter planificado do sistema monetário, era necessário aprimorar ainda mais as atividades de regulação para garantir a execução precisa do sistema de planificação da circulação monetária.

Uma das direções importantes para melhorar a regulação da circulação monetária, enquanto as reformas das relações de produção socialistas ainda não estavam completas, era fortalecer o controle sobre a circulação monetária da economia privada. Para isso, era crucial reduzir decisivamente os gastos com dinheiro para a compra de mercadorias privadas no plano de caixa do Banco Central.

Antes da guerra, já foram adotadas medidas para evitar que o dinheiro fluísse do setor socialista para a economia privada, aplicando métodos de pagamento não monetário nas transações entre empresas estatais, coletivas e privadas. No entanto, para contornar esse controle, em casos específicos, houve a tendência de trocar ilegalmente o pagamento por mercadorias privadas através do método não monetário e, em seguida, converter isso em dinheiro por meio de retiradas de poupança pessoal. Esse fenômeno continuou após o fim da guerra. Assim, em dezembro de 1953, foi tomada a medida de proibir totalmente o uso de métodos de pagamento não monetário nas transações entre instituições e empresas estatais e cooperativas de um lado, e empresas privadas ou indivíduos do outro, implementando um controle rigoroso do Estado sobre essas transações.

Juntamente com isso, o partido e o governo tomaram medidas para controlar a compra de matérias-primas e mercadorias por instituições e empresas socialistas de indivíduos, proibindo a compra de materiais e equipamentos produzidos ou importados por instituições estatais e cooperativas por entidades privadas. Quanto aos materiais ociosos privados disponíveis, foi adotada uma estratégia para adquiri-los a preços controlados pelo governo por meio de novas lojas de materiais de construção.

Como resultado, um dos principais canais pelos quais o dinheiro fluía diretamente para o mercado não organizado foi fundamentalmente fechado, e, portanto, as compras de mercadorias privadas diminuíram drasticamente após a guerra. A porcentagem de gastos com dinheiro para a compra de mercadorias privadas dentro do total de emissão monetária do Banco Central caiu de 9,9% em 1952 para 4,8% em 1954, e para 3,0% em 1955.

Com a entrada da reforma socialista das relações de produção na fase final de sua conclusão, a compra de mercadorias privadas por instituições e empresas estatais e cooperativas diminuiu drasticamente. No entanto, considerando que ainda havia uma demanda por algumas mercadorias privadas dentro dessas instituições e empresas, foi tomada uma medida decisiva para limitar a demanda de dinheiro relacionada a essas compras dentro dos limites do plano de caixa estabelecido para cada instituição e empresa.

A medida que teve grande importância no fortalecimento do controle monetário sobre os fluxos de caixa das instituições e empresas no período pós-guerra foi a decisão tomada pelo governo da República, em julho de 1954, com base nos ensinamentos do grande Líder, para o tratamento dos fluxos de caixa das instituições estatais, cooperativas e sociais. Com essa medida, todas as atividades relacionadas ao pagamento de dinheiro, recebimento e armazenamento de caixa nas empresas e instituições foram sistematizadas, especialmente com a definição de novos princípios para o estabelecimento dos limites de reserva de dinheiro.

De acordo com essa regulamentação, as instituições bancárias passaram a revisar os limites de reserva de dinheiro das instituições e empresas, estabelecendo um sistema no qual o banco define e comunica anualmente os novos limites de reserva de caixa com base na escala de operações das empresas e no volume de transações com o banco.

A introdução desse método de definição de limites de reserva de dinheiro resultou, por um lado, na eliminação de reservas de dinheiro desnecessárias, e, por outro, na erradicação dos problemas causados pelos antigos limites de reserva de caixa, ou seja, o limite fixo de 15.000 won (antiga moeda), que gerava dificuldades para algumas instituições e empresas no cumprimento de suas metas planejadas ou resultava em violações das normas de planejamento financeiro e de caixa.

Assim, essa medida, ao reduzir o volume de reservas de dinheiro nas instituições e empresas, que eram um fator importante para o acúmulo de dinheiro nos canais de circulação, contribuiu positivamente para fortalecer a estabilidade da circulação monetária.

Com o progresso na construção socialista após a guerra e a implementação bem-sucedida das diretrizes do Partido para melhorar o nível de vida material e cultural do povo, a elevação do custo de vida para os trabalhadores urbanos e funcionários exigiu um fortalecimento do controle sobre os pagamentos dos fundos de custo de vida, especialmente no campo de despesas em dinheiro dos bancos. Em resposta a essa necessidade, em agosto de 1954, alguns aspectos do método de controle dos pagamentos dos fundos de custo de vida foram modificados, superando as deficiências existentes nesse sistema de controle.

Posteriormente, o partido e o governo tomaram uma série de medidas entre 1957 e 1959 para aprimorar ainda mais o controle sobre os pagamentos dos fundos de custo de vida, de acordo com as mudanças nas condições. Uma das principais medidas foi estabelecer o princípio de que, quando surgisse uma situação de pagamento excessivo de fundos de custo de vida em relação à execução do plano da economia popular, as empresas seriam responsáveis por corrigir essa situação sob sua própria responsabilidade. De acordo com essa medida, cada empresa deveria corrigir o pagamento excessivo dentro de três meses, e, se isso fosse impossível, deveria obter a autorização de sua autoridade superior e apresentá-la ao banco para garantir os pagamentos dos fundos de custo de vida. Essas medidas permitiram aumentar a produtividade do trabalho e fortalecer o sistema autossuficiente, ao incentivar o pagamento dos fundos de custo de vida no contexto de um aumento em seu volume.

A melhoria das operações de controle monetário relacionadas às receitas em dinheiro do Banco Central tornou-se uma das medidas importantes para consolidar a circulação monetária. Aqui, a primeira medida crucial foi aprimorar as operações de recebimento e pagamento de dinheiro relacionadas à receita de vendas de mercadorias.

Nos anos após a guerra, o volume de circulação de mercadorias do comércio varejista de empresas estatais e cooperativas aumentou drasticamente, tendo aumentado 627% em 1956 em comparação com 1953. Em relação a isso, a participação das receitas de vendas de mercadorias na composição das receitas em dinheiro do banco aumentou rapidamente.

Diante dessa situação, a tarefa importante que se apresentou ao Banco Central foi garantir que os pagamentos das vendas de mercadorias pelos órgãos comerciais fossem depositados de forma completa e pontual. Para isso, a fim de simplificar o procedimento de depósito dos pagamentos pelas lojas de varejo, foi abolido o relatório de receitas de vendas de mercadorias, que antes era verificado a cada depósito feito pelos órgãos comerciais. Em vez disso, passou-se a receber uma vez por mês um relatório consolidado dos resultados para análise e revisão.

Além disso, para aumentar a receita em dinheiro, era necessário garantir que os pagamentos das vendas de mercadorias fossem depositados de forma mais completa. Nesse contexto, o banco adotou medidas para reforçar o controle sobre o valor das receitas de vendas de mercadorias destinadas à cobertura das despesas de troca de moeda e de circulação direta nos órgãos comerciais.

Com essa medida, ao controlar rigorosamente os fenômenos relacionados à insuficiência de limites para a venda de câmbio ou à falta de lojas designadas para a venda de câmbio, os bancos conseguiram criar condições para que as instituições e empresas comprassem mercadorias em dinheiro. Isso resultou em uma redução das violações das regras de venda de câmbio nos estabelecimentos comerciais e aumentou o volume de vendas de mercadorias para a população.

O Banco Central, a partir de junho de 1955, permitiu que as redes comerciais com receitas em dinheiro utilizassem diretamente as receitas de vendas de mercadorias, dentro do limite das despesas de circulação estipuladas pelo banco, exceto pelos custos de subsistência. Essa medida foi adotada para que os valores provenientes das vendas de mercadorias fossem depositados de forma rápida e precisa, possibilitando a execução bem-sucedida do plano de circulação no varejo. Tal iniciativa proporcionou às instituições comerciais maior agilidade em suas atividades, contribuindo significativamente para a fluidez da circulação de mercadorias.

Outro aspecto importante para aumentar as receitas em dinheiro do banco foi melhorar e fortalecer as atividades de poupança popular, adaptando-as às condições transformadas.

De acordo com a política de nosso partido para melhorar as condições de vida do povo, houve um aumento significativo na renda monetária e no rendimento real dos trabalhadores, funcionários e agricultores. Como resultado, surgiram economias e reservas monetárias consideráveis entre a população. Essa situação exigiu que as instituições bancárias aprimorassem decisivamente o trabalho de poupança popular e promovessem um movimento de poupança em escala nacional. Em particular, na reunião plenária do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia em dezembro de 1956, foi apresentada a tarefa de desenvolver o movimento de poupança nacional como um elo crucial na luta por aumento de produção e economia.

Assim, o banco reorganizou as atividades de agentes de poupança realizadas pelas agências de correios e pelos representantes de poupança em cada empresa e cooperativa. Em março de 1957, para tornar o trabalho de poupança ainda mais acessível à população, foram ampliadas as filiais do Banco Central e estabelecidos novos postos de poupança. Em agosto do mesmo ano, foi instituído um sistema independente de poupança postal, e, nas áreas rurais, as recém-criadas cooperativas de crédito rural passaram a desempenhar um papel importante na mobilização das poupanças dos agricultores.

Com a reorganização desse sistema de poupança, foram introduzidas diversas modalidades, como poupança programada, sistema de sorteio e poupança comum. Paralelamente, as instituições bancárias implementaram medidas para ampliar o atendimento à poupança individual e elevar o nível de serviços oferecidos.

Como resultado das diversas medidas adotadas para fortalecer o trabalho de poupança popular, grandes reservas monetárias passaram a ser mobilizadas por meio das redes bancárias e das agências de correios.


total de poupança individual (개인저금총수), saldo total de poupança individual (개인저금총잔고), residentes do Banco Central (중앙은행의 주민) e total de receitas de poupança (저금총수입)

Como mencionado acima, foram adotadas medidas abrangentes para garantir a precisão das receitas e despesas do plano de caixa durante o período pós-guerra, e na prática, os trabalhos de controle monetário relacionados à execução do plano de caixa foram aprimorados, fortalecendo ainda mais o caráter planificado da circulação monetária.

Especialmente com a conclusão da reforma socialista das relações de produção, o estado de circulação monetária desordenada, característico da economia privada, foi completamente superado, e os elementos que atuavam negativamente sobre a circulação planificada foram decisivamente eliminados. Com o fortalecimento do caráter planificado da circulação monetária e com as grandes conquistas na construção econômica no período pós-guerra, a estabilidade da moeda também foi firmemente garantida.

Com o fortalecimento da solidez e do caráter planificado da circulação monetária, o caráter independente e a unicidade do sistema monetário de nosso país, garantidos pela reforma monetária de 1947, foram ainda mais consolidados. Nosso sistema monetário, desde aquela época, tornou-se suficientemente robusto para superar qualquer influência externa, bem como os esforços destrutivos das remanescentes internos da classe exploradora.

Dessa forma, com a total garantia da solidez e do caráter planificado da circulação monetária, e com o fortalecimento da unicidade e da independência do sistema monetário, o sistema monetário socialista em nosso país foi completamente estabelecido.

A estabelecimento do sistema monetário socialista é uma grande vitória conquistada pelo nosso partido na área da circulação monetária.

Fortalecer continuamente um sistema monetário independente e sólido é uma das chaves importantes para acelerar a construção da economia socialista.

Após o estabelecimento completo do sistema monetário socialista, muitas mudanças ocorreram ao longo de um longo período na área da circulação monetária até os dias de hoje. No entanto, todas essas mudanças ocorreram na direção de garantir que as vantagens do sistema monetário socialista já estabelecido fossem plenamente aproveitadas.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

"Claro, ao reformar o sistema bancário, não devemos descartar tudo o que é bom no atual sistema de organização de fundos e pagamento. Os aspectos positivos devem ser preservados." (Obras Selecionadas de Kim Il Sung, volume 17, página 503)

Graças à atenta supervisão do estimado Líder, o sistema monetário socialista demonstrou plenamente sua superioridade no processo prático. Fazer com que essa superioridade se manifeste em um nível ainda mais alto é a direção fundamental do trabalho para fortalecer o sistema monetário socialista.

Nosso partido tem dado uma atenção especial para garantir o caráter planificado e a solidez do sistema monetário.

À medida que a construção socialista avança e a gestão econômica melhora, o caráter planificado e a solidez do sistema monetário devem ser constantemente reforçadas. Só assim o sistema monetário poderá atuar de forma ativa no aceleramento da reprodução ampliada socialista.

Seguindo com firmeza os ensinamentos do grande Líder, nosso partido fortaleceu ainda mais o caráter centralizado do planejamento de caixa e, ao mesmo tempo, no trabalho de planificação e organização da circulação monetária, utilizou as experiências adquiridas até o momento. Também, considerando as previsões sobre o aumento significativo do estado da circulação monetária durante o período do plano de sete anos, foram estabelecidas novas regulamentações sobre o controle da circulação monetária, adequadas às exigências do desenvolvimento real, o que possibilitou um melhor controle planificado da circulação monetária.

Um marco importante no fortalecimento do sistema monetário do país foi a nova reorganização do sistema bancário, que foi pessoalmente preparada pelo grande Líder.

A reorganização do sistema bancário trouxe uma série de mudanças nas funções dos bancos.

As mudanças nas funções dos bancos e o sistema de trabalho do Banco Central e do Banco Industrial causaram alterações significativas no impacto do fornecimento de fundos e dos espaços de empréstimos sobre a circulação monetária.

No sistema bancário anterior, os fundos de empréstimos estavam diretamente relacionados à emissão de moeda por meio do plano de empréstimos do banco. A relação entre o tamanho dos recursos de empréstimos e os empréstimos concedidos impactava diretamente o volume de emissão monetária, dentro de certos limites. Além disso, uma parte dos fundos de empréstimos afetava a variação da circulação monetária do país, seja como forma de suplementação dos fundos para despesas de subsistência ou como forma de empréstimos para a compra de mercadorias.

No entanto, com o novo sistema, ao centralizar a função de fornecimento de fundos no Banco Central, a influência direta das variações nos empréstimos sobre a circulação monetária foi praticamente eliminada. A maior parte dos empréstimos concedidos às empresas estatais está relacionada às suas atividades de gestão anormais, e a maior parte desses recursos é direcionada para a reposição de ativos circulantes, o que impede qualquer impacto direto sobre a circulação monetária. Apenas os empréstimos relacionados ao pagamento excessivo de fundos para despesas de subsistência podem ter um impacto direto na circulação monetária.

No sistema bancário anterior, o fornecimento de fundos era uma forma de utilizar a acumulação monetária da economia socialista mobilizada pelo orçamento do Estado e parte da renda monetária dos habitantes, de maneira não monetária. Como representava o movimento de parte dos ativos fixos e circulantes, não teve impacto direto sobre a circulação monetária. Sua influência só se manifestava quando os resultados da rotação dos fundos fornecidos às empresas estatais afetavam o aumento ou a diminuição da circulação monetária em geral.

No novo sistema, o fornecimento de fundos também não pode impactar diretamente a circulação monetária, funcionando apenas por meio das etapas de circulação de fundos.

Assim, as mudanças nas funções de empréstimos e fornecimento de fundos, resultantes da reorganização do sistema bancário, fizeram com que essas funções tivessem um impacto mais indireto sobre o estado da circulação monetária do país. Isso significa que a reorganização do sistema bancário e a fusão do Banco Central com o Banco Industrial tiveram um efeito positivo no fortalecimento da circulação monetária. Agora, a circulação monetária se apoia de forma mais sólida no comércio de mercadorias e na prestação de serviços, que são sua base material.

Outro marco importante no fortalecimento do sistema monetário do país foi o câmbio monetário realizado em 1979.

O câmbio monetário de 1979, preparado pelo grande Líder, foi uma medida tomada para consolidar ainda mais o sistema monetário independente do nosso país, de acordo com as exigências práticas da construção socialista em uma nova fase.

Sob a sábia liderança do grande Líder, nos 20 anos que se passaram desde o câmbio monetário de 1959, o nosso país alcançou uma transformação histórica em todos os campos da política, economia e cultura. Nosso partido, cumprindo a tarefa histórica da industrialização socialista, avançou a toda velocidade sob a bandeira das três revoluções — ideológica, tecnológica e cultural — e transformou nosso país em uma poderosa nação socialista com uma indústria moderna, uma agricultura desenvolvida e uma cultura nacional brilhante.

A construção socialista se aprofundando e a expansão da escala da circulação monetária apresentaram a tarefa de refletir com precisão as grandes conquistas alcançadas na realização da causa revolucionária do Juche no campo do sistema monetário.

Nosso Partido, ao emitir uma nova moeda jucheana, rica em conteúdo ideológico e artístico, e também excelente em termos de tecnologia de impressão, garantiu a realização bem-sucedida dessa tarefa. A emissão da nova moeda foi uma medida que assegurou que o modelo da moeda de nosso país fosse garantido no mais alto nível.

O câmbio monetário de 1979 não trouxe nenhuma mudança no conteúdo do sistema monetário, como a alteração da base de preços da moeda ou o aumento do poder de compra do "won", mas apenas modificou a aparência da moeda para atender às exigências do desenvolvimento real. Este é o caráter do câmbio monetário de 1979.

Nosso sistema monetário é um sistema superior, garantido firmemente pela força inigualável do sistema socialista e pela poderosa economia nacional independente, assegurando sua solidez e independência.

Aumentar continuamente o poder de compra do "won" de nosso país, de forma a fazer com que a superioridade do sistema monetário avançado seja plenamente demonstrada, é uma das importantes tarefas econômicas que se nos apresentam hoje.

Edição (versão coreana): Kim Sok Bin
Decoração (versão coreana): Kim Ki Bong
Revisão (versão coreana): Kim Bok Sun

Publicado em 10 de setembro de 1986 (versão coreana).

Impressão: Fábrica Geral de Impressão de Pyongyang (versão coreana)

Sobre o autor do livro 

O camarada Ri Won Gyong, pesquisador da Faculdade de Finanças da Universidade Kim Il Sung, foi um importante acadêmico do setor financeiro que fez grandes contribuições tanto na esfera de ensino financeiro quanto ao desenvolvimento econômico do país com suas incansáveis atividades de pesquisa e publicação durante toda sua carreira.

Tendo acompanhado diferentes etapas da revolução coreana, sob a direção do grande Líder camarada Kim Il Sung, do grande Dirigente camarada Kim Jong Il e do estimado camarada Kim Jong Un, ele foi capaz de compilar toda a trajetória do desenvolvimento econômico da RPDC, deixando um legado significativo.

Faleceu em julho de 2016 e seus restos mortais foram enterrados no Cemitério dos Mártires Patrióticos.

Sobre a tradução para o português

Comecei a tradução deste livro de 311 páginas na segunda metade de 2021.

Foi uma missão longa e difícil completá-lo. Muitos obstáculos e demandas surgiram no processo, fazendo com que o prazo para a conclusão fosse estendido até hoje, quinta-feira, 19 de dezembro de 2024.

Contei com a ajuda dos camaradas João Pedone e Kim Ung Jin no processo de tradução e organização do mesmo.

Como um livro de conteúdo rico sobre um tema pouco explorado com profundidade em língua portuguesa — o sistema monetário norte-coreano —, espero que esse conteúdo contribua para o conhecimento dos leitores sobre a esfera econômica da Coreia socialista.

Lenan Menezes da Cunha, criador e administrador do "A Voz do Povo de 1945"

Está expressamente proibido o compartilhamento integral ou parcial do conteúdo sem autorização ou devidos créditos ao autor.


"O dinheiro de nosso país foi emitido!": pôster norte-coreano de 1947

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