"...A sociedade capitalista é a mais reacionária, uma sociedade apodrecida e doente."
Recentemente, uma agência de notícias estrangeira relatou que países estrangeiros estão consternados com o desaparecimento de jovens estrangeiras loiras no Japão, o que tem causado grande repercussão social.
As autoridades acreditam que isso seja obra de uma seita japonesa. Afirma-se que, entre os homens japoneses, existe uma grande popularidade por jovens estrangeiras loiras, e que essa seita estaria sequestrando essas mulheres para usá-las como "iscas" com o objetivo de expandir sua influência.
Não satisfeitos em sequestrar seus próprios cidadãos, agora fazem até de estrangeiros alvo de sequestro — essa é a realidade do Japão atual. O caso do desaparecimento dessas jovens estrangeiras mostra apenas uma parte da variedade de crimes de sequestro que ocorrem no Japão.
O sequestro tem sido tratado no Japão como um “câncer” social e constitui um problema grave. Já é bem conhecido o caso ocorrido em 15 de maio passado, quando dois homens não identificados sequestraram, em Tóquio, um diretor de uma emissora de televisão. Na ocasião, os sequestradores atacaram repentinamente o diretor que passava pela rua, cobriram seus olhos e o empurraram à força para dentro de um carro, levando-o até a cidade de Iwama, na província de Ibaraki. Foi um sequestro com fins de extorsão. O caso só veio a público porque o diretor conseguiu escapar por pouco das garras dos sequestradores.
Antes disso, em 20 de abril à tarde, no bairro de Hodogaya, na cidade de Yokohama, um menino de sete anos foi sequestrado por um homem enquanto voltava da escola para casa. O sequestrador exigiu um resgate de 30 milhões de ienes do pai da criança por meio de 48 ligações telefônicas ameaçadoras. O mais chocante é que o cúmplice do sequestrador era justamente o avô do menino. Algo inconcebível e difícil de acreditar com uma mente normal.
E não termina aí. Em 3 de maio, no período da tarde, um ônibus que havia partido da cidade de Saga, foi subitamente sequestrado. O sequestrador era um jovem de 17 anos, desempregado, da cidade de Saga.
O criminoso tomou como refém uma menina de apenas 6 anos, a passageira mais jovem, ameaçando-a com uma faca contra o corpo, e forçou o motorista a conduzir o ônibus conforme suas exigências. Diz-se que, durante essa ação, uma mulher morreu.
Esses casos representam apenas a ponta do iceberg no Japão. De acordo com os dados, somente no último ano, ocorreram cerca de 30 mil casos variados de sequestros e desaparecimentos no país.
A realidade do Japão, que se autodenomina “defensor dos direitos humanos” e “Estado de direito”, é realmente grave.
Até mesmo publicações japonesas denunciam os crimes de sequestro cometidos pelo Japão no passado. Recentemente, a revista semanal japonesa “Sekai” revelou que o sequestro e o recrutamento forçado foram implementados como política estatal do império japonês, afirmando que o Governo Geral da Coreia “atribuiu compulsoriamente um número necessário de pessoas a cada aldeia” e que “até os camponeses que tentavam fugir foram sequestrados e levados à força”.
Como mostram os fatos, o Japão é a raiz do sequestro e um país de crimes de sequestro em grande escala.
No entanto, os reacionários japoneses, sem vergonha alguma, retratam suas vítimas de sequestro como culpados. Eles insistem no nosso "problema de sequestros", acusando as vítimas coreanas de serem “sequestradores” e se apresentam falsamente como vítimas dos sequestros que eles mesmos cometeram. Eles tentam transformar o inexistente “problema dos sequestros” em um fato consumado na opinião pública e chegam a dizer que “sem resolver o problema dos sequestros, não se pode fazer a liquidação do passado”. Isso é, sem dúvida, uma ação desavergonhada, como o ladrão que grita “pega ladrão”. Por trás disso, há uma astuta tentativa de usar o suposto "problema dos sequestros” para evitar a liquidação do passado e forçar concessões políticas de nossa parte.
Essa é a verdadeira intenção do Japão quando fala de nosso "problema de sequestros".
Quanto ao alegado "problema dos sequestros" que o Japão levanta, ele não tem qualquer relação conosco. O "problema dos sequestros" nunca existiu e não pode existir para nós.
Nossa sociedade socialista é uma verdadeira sociedade do povo que incorpora a Ideia Juche centrada nas massas populares. Amar infinitamente, valorizar e proteger ao máximo os direitos humanos é o núcleo e a base da nossa política socialista. Em um país assim, é simples e claro que o sequestro é algo impensável.
Por mais que os reacionários japoneses falem sem parar sobre nosso "problema de sequestros", ninguém pode levá-los a sério.
Mais uma vez, deixamos claro que o chamado "problema dos sequestros" atribuído a nós não passa de uma invenção anti-RPDC, fabricada arbitrariamente nos bastidores pelas forças malignas do Japão. Trata-se de uma falsificação completamente desprovida de vitalidade, a qual ninguém mais presta atenção.
Que o agressor peça desculpas sinceras e ofereça compensações à vítima é uma obrigação jurídica e moral. O Japão certamente sabe disso muito bem.
O Japão não deve fingir ignorância nem adotar uma atitude cínica, mas sim refletir rapidamente sobre seu passado criminoso e oferecer um pedido de desculpas sincero e uma compensação de boa-fé. Isso será benéfico até mesmo para o próprio Japão. Caso contrário, se continuar se apegando a esse absurdo e infundado "problema dos sequestros” para tentar nos atacar e adiar o acerto de contas com seu passado, isso não trará nenhum resultado positivo.
As autoridades japonesas fariam melhor em não desperdiçar tempo e energia repetindo esse infundado "problema dos sequestros" do qual nada conseguirão extrair, e sim em resolver, antes de tudo, o grave problema de sequestros dentro do próprio país.
Kim Hye Song
Rodong Sinmun, 8 de dezembro de 2000
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