quarta-feira, 17 de abril de 2024

A "civilização" ocidental entra em seu crespúsculo


Os políticos e trompetistas do Ocidente se gabam com fanfarronice da "prosperidade material". O berço da civilização antiga é o Oriente, mas o berço da civilização moderna e atual é o Ocidente, e ainda hoje é o “centro da civilização”.

Então, qual é a realidade da “civilização” ocidental?

É claro que, se olharmos superficialmente, podemos presumir que todos nos países ocidentais têm um bom emprego e desfrutam de uma vida muito luxuosa. No entanto, essa “imagem ideal” não é real. Mesmo nos Estados Unidos, que dizem ser o modelo do capitalismo, até as crianças sofrem de vários problemas. Em outras palavras, as condições sociais neste país parecem excelentes por fora, mas se olhamos por dentro, muitas pessoas estão sem abrigo e sem instrução, e muitas outras estão passando fome. Há também uma grave deficiência moral. A vida “civilizada” é baseada na ganância e o dinheiro determina todos os valores. Não é coincidência que as pessoas chamem a “civilização” dos EUA de civilização da ignorância.

Na realidade, nos países ocidentais, o modo de vida, cultura e ideologia não humanos que paralisam o corpo e a mente das pessoas são generalizados, e os males sociais, como roubo, assassinato, condutas imorais e a competição pela sobrevivência baseada na lei da selva, são desenfrados, e as pessoas vivem com medo e intranquilidade. A natureza humana, tal como a razão sã, a dignidade e o amor, está sendo profanada como uma espécie de subproduto social, e a própria humanidade está sendo profanada como objeto de desilusão.

No Ocidente, os humanos não são reconhecidos como os seres mais preciosos com um senso de independência, mas apenas como meio de produção de bens e como seres indefesos governados pelo mamonismo. A concepção de valor mamonista que domina o mundo capitalista toma quanto dinheiro de pode ganhar como único critério para medir o tempo, distorcendo ainda mais a demanda material.

A "liberalização do pensamento", que o Ocidente tomou como um dos principais lemas da "civilização", promove o hedonismo e o individualismo extremo e uma grave crise ideológica se formou no interior da sociedade capitalista.

Para que os seres humanos possam desfrutar de uma vida civilizada, devem possuir ideias sólidas e elevados conhecimentos científicos e tecnológicos. Portanto, quanto mais desenvolvida for uma sociedade civilizada, mais significativo e justo deverá ser proporcionar às pessoas conhecimentos científicos e tecnológicos abundantes que possam transformar continuamente a natureza e a sociedade.

No entanto, as instituições educacionais ocidentais, que se dizem desenvolvidas, transformaram-se em empresas especializadas em ganhar dinheiro.

Nos Estados Unidos, estudar para crianças de famílias pobres é um enorme desafio por si só. As mensalidades aumentam explosivamente. Se custa 10.000 dólares estudar durante um ano numa universidade pública, custa mais de 50.000 dólares numa universidade privada. No caso de educação profissional como medicina, o custo chega a 500 mil dólares. Uma enorme quantidade de dinheiro flui para instituições educacionais que são administradas e operadas como empresas.

A pessoa que foi reitor da Universidade Yale até 2013 ganhou 1 milhão de dólares por ano durante esse tempo e recebeu 8,5 milhões de dólares quando se aposentou. O reitor da Universidade do Texas em 2015 também recebeu quantias semelhantes de dinheiro. Portanto, para os filhos de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza, estudar na universidade é uma possibilidade muito distante. A única maneira de estudar é contrair dívidas sem fim. E ass consequências disso são inimagináveis.

A educação que visa ao lucro está produzindo inúmeros analfabetos. Os administradores dos Estados Unidos também confessaram que em seu próprio país, 1 milhão de adultos não sabem ler nem escrever, e 30 milhões mal conseguem preencher um cheque. A situação noutros países capitalistas não é muito diferente.

O lamentável estado da “civilização” ocidental é claramente revelado mesmo no campo dos serviços médicos. Embora os países ocidentais estejam classificados entre os “países desenvolvidos” em termos de número de médicos e de leitos, os residentes pobres morrem sem receber sequer serviços médicos básicos quando ficam doentes.

Esta não é a única depravação da "civilização" ocidental. Essa “civilização” está paralisando a mente e o corpo sãos das pessoas e corroendo impiedosamente as relações humanas e morais. A relação entre pais e filhos só tem significado como relação entre o herdeiro da propriedade e falecido. Tornou-se comum os filhos matarem os pais por dinheiro e riqueza, e os maus-tratos infantis são tão extremos que se tornaram um problema social. Os países ocidentais são obrigados até a criar organizações com uma “nobre missão humanitária” especializadas no "combate aos maus-tratos infantis".

No Ocidente, as relações humanas são regidas exclusivamente pela lei da selva, e algo é legal e adequado de fazer desde que se obtenha o benefício próprio, independentemente do que aconteça aos outros. Por causa disso, a desconfiança, a hostilidade e o ódio tornaram-se comuns nas relações humanas.

Nos EUA, atirar em pessoas que não lhe agradam tornou-se uma ocorrência comum. Os Estados Unidos são um lugar onde não há um único dia em que não soem tiros. Neste país, a violência tornou-se uma “cultura”. A violência entre pessoas, raças e grupos étnicos, a violência no local de trabalho e na vida quotidiana, a violência nos estádios esportivos, a violência por parte da polícia e a violência por armas de fogo acontecem continuamente.

A “civilização” ocidental, que caiu num pântano sujo, está impondo às novas gerações um tratamento social extramamente frio. A visão de dezenas de milhares de crianças vagando pelas ruas, de muitas outras que trabalham e de adolescentes que não hesitam em entrar no tráfico de drogas e cometer assassinatos e roubos prenuncia um futuro sombrio para o Ocidente.

A "civilização" ocidental está entrando no seu crespúsculo. E o capitalismo está correndo em direção ao seu fim.

Ri Hak Nam

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