A investigadora do Instituto de Estudo sobre o Japão do Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia, Kim Sol Hwa, publicou em 1 de agosto um artigo intitulado "Carta branca da defesa que converte o branco em preto" cujo texto completo assinala como segue:
Em 28 de julho, o Japão publicou a "carta branca da defesa de 2023".
Como previsto, o país insular justificou suas manobras para conversão em potência militar falando ruidosamente do "âmbito de segurança mais crítico e complicado desde a Segunda Guerra Mundial" e da "entrada na época de nova crise" sob pretexto da "ameaça proveniente dos países circunvizinhos".
Ao qualificar a Rússia de "grande preocupação para a segurança" e a China de "máximo desafio estratégico sem precedentes", o Japão acusou as atividades conjuntas militares de China e Rússia nos arredores dos arquipélagos japoneses como "mostra intencional de forças ao Japão" e "séria preocupação para a segurança".
Definindo nosso Estado como "ameaça mais grave e urgente que nunca à segurança do Japão", insistiu em que "está ampliando os atos provocativos em forma que faz imaginar o combate real".
Sobre a "ameaça proveniente de países circunvizinhos" que o Japão vem repetindo, não passa de uma cortina para encobrir suas tentativas de tornar-se uma potência militar.
Em sua carta branca da defesa, este país não oculta sua intenção maligna de centuplicar a capacidade defensiva tergiversando a realidade como se a Ucrânia tivesse sido "invadida" pela Rússia por falta de dissuasivo e busca impulsionar o cumprimento da nova estratégia de segurança traçada no final do ano passado advogando pela "capacidade de contra-ataque" a dispor como "chave para dissuadir a agressão".
É consabido que os Estados Unidos e seus seguidores vulneram a paz e estabilidade da região, ao organizar diversas alianças conflitivas na extensa região da Ásia-Pacífico e enviar sem cessar as propriedades estratégicas como a frota de porta-aviões e o bombardeiro estratégico nuclear às zonas candentes, inclusive à Península Coreana e ao Estreito de Taiwan.
A insistência do Japão, país satélite dos EUA, na "teoria da ameaça dos países vizinhos" a que presta atenção, não é mais que uma trama típica deste país para converter o branco em preto e colocar a culpa nos outros.
Se o Japão, que participa ativamente na estratégia dos EUA sobre o Indo-Pacífico de caráter agressivo e chauvinista, não guarda hostilidade aos países vizinhos, incluindo a RPDC, não há nenhum motivo para se preocupar com o ambiente de segurança do arquipélago.
A história moderna do Japão comprova quem cometeu os delitos imperdoáveis contra os países da região da Ásia-Pacífico.
No século passado, o país insular colonizou a Coreia falando da "ameaça" dos países circunvizinhos, recorria freneticamente a ocupar o continente asiático aproveitando a Segunda Guerra Mundial e assentou no tempo da Guerra Fria a base de militarização pretextando o enfrentamento com a "intimidação militar da União Soviética".
A carta branca da defesa do presente ano, através da qual o Japão expôs de modo aberto a intenção de incrementar a capacidade militar e a ambição de usurpar o território alheio, comprova que este país se torna uma força de guerra perigosa na região, ao livrar-se, um após a outra, das limitações militares impostas ao país criminoso de guerra reiterando a "teoria da ameaça proveniente dos países vizinhos" depois de sua derrota.
A sociedade internacional observa com rigor a conduta do Japão que se soma à realização da estratégia dos EUA de tomar a hegemonia, embelezando sua história de agressão sangrenta sem fazer reflexão sincera dos crimes do passado.
O Japão deve estar ciente disso.
Perseguir a ambição de aumento armamentista sob o pretexto de "ameaça" dos países vizinhos, sem pedir desculpas sinceras nem indenizar pela dominação colonial do passado, não contribuirá em nada para o fomento da segurança, mas constitui uma opção autodestrutiva que dará uma segunda derrota.
O melhor meio para a segurança do Japão é liquidar o passado ignominioso com os países vizinhos e estabelecer uma relação amistosa com eles.
O Japão deve tirar a devida lição da história de sua derrota e cessar agora mesmo o jogo perigoso que aumenta a preocupação da região.
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