sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Ri Ton Hwa

Ri Ton Hwa destacou-se como intelectual, escritor e teórico ligado ao movimento Chondoísta, sendo lembrado principalmente por sua atuação como editor-chefe da revista "Kaebyok" e pelo uso do pseudônimo Yaroe. Ainda na década de 1910, participou da fundação do departamento de palestras doutrinárias para jovens chondoístas, iniciativa que buscava disseminar os princípios religiosos e promover uma nova cultura coreana em sintonia com os ideais de independência e renovação social. Essa organização viria a se transformar na Sociedade de Jovens Chondoístas, que lançou a editora "Kaebyok" e o periódico homônimo em 1920. Como teórico, Ri Ton Hwa teve papel essencial na sistematização filosófica e na difusão do pensamento de Choe Je U, sendo autor de obras como "A Essência de Innaechon", "Filosofia da Regeneração", "Palestra sobre a Doutrina de Suun" e "História da Fundação da Fé Chondoísta". Suas viagens à Manchúria resultaram em relatos minuciosos sobre a realidade local, descrevendo tanto costumes chineses quanto a dura situação dos mineiros coreanos e a violência dos bandos armados, sempre ressaltando a opressão japonesa e a necessidade de luta pela libertação nacional.

Com forte ligação ao movimento camponês, Ri Ton Hwa também esteve envolvido na organização de base agrária do Partido da Juventude Chondoísta e chegou a requerer a filiação do Conselho do Grupo Camponês Coreano à Internacional Camponesa Vermelha, em 1925. Embora suas posições políticas o situassem mais entre os moderados e conservadores do que entre os reformistas radicais, sua obra refletia um compromisso profundo com a preservação da nacionalidade, a dignidade moral e a elevação espiritual do povo coreano. Seu engajamento editorial e religioso fez dele um dos principais propagadores das ideias chondoístas na Coreia do período colonial, e sua morte representou uma perda sentida não apenas pelos leitores de "Kaebyok", mas também pelos fiéis do movimento. Recordado como um intelectual consciente e íntegro, Ri Ton Hwa permanece como figura de relevância na história cultural e religiosa moderna da Coreia.

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