quarta-feira, 7 de maio de 2025

Nada pode justificar a discriminação do Japão contra escolas coreanas


As autoridades japonesas excluíram, mais uma vez neste ano, as escolas coreanas da lista de escolas gratuitas, fato que eleva vozes de protesto e crítica no Japão.

Segundo a publicação japonesa "Shukan Kinyobi", personalidades renomadas como o professor honorário da Universidade de Tóquio publicaram uma declaração na qual criticaram as medidas das autoridades que excluíram as escolas coreanas da aplicação do sistema de ajuda educacional e exigiram sua imediata correção.

No final de fevereiro, professores honorários da Universidade de Tóquio e da Universidade de Hitotsubashi, o ex-vice-ministro da Educação e Cultura do Japão, advogados e outras personalidades de diversos setores convocaram uma coletiva de imprensa urgente no Parlamento e reiteraram sua preocupação diante da exclusão do governo às escolas coreanas com razões e desculpas injustas.

Na declaração, apontaram que o governo, mesmo sob o rótulo de "oportunidade equitativa de educação", continua com a discriminação contra as crianças coreanas residentes no Japão, e explicaram em detalhe o fato de que apenas as escolas coreanas continuam excluídas do sistema de ajuda educacional desde a primeira aplicação do sistema de escolas gratuitas em 2010.

Além disso, enfatizaram que organismos internacionais como a ONU estão criticando essa discriminação do governo japonês como “violação dos direitos à educação” e exigiram reexaminar a atual situação em que todas as instituições de ensino dos coreanos residentes no Japão, desde os jardins de infância até as universidades, permanecem excluídas do apoio educacional, e incluí-las na lista de escolas gratuitas.

Um professor da Universidade de Línguas Estrangeiras do Japão criticou que executar a discriminação irracional contra as escolas coreanas sem respeitar o direito internacional e o direito interno é uma vergonha para o chamado “Estado de direito”.

Aqueles que antes eram estudantes já têm cabelos brancos e hoje seus filhos estudam em escolas coreanas. Até agora, somente essas instituições são excluídas do sistema de apoio às escolas secundárias e do sistema de subsídios, sob a justificativa absurda de que estão sob influência da Chongryon (Associação Geral de Coreanos Residentes no Japão), fato que constitui um procedimento ilegal e ilegítimo.

Como demonstram os fatos mencionados, a discriminação contra as escolas coreanas no Japão, que persiste de geração em geração, contraria não apenas o direito internacional, mas também as leis internas do Japão, e não pode ser justificada sob nenhum conceito.

O governo japonês deve prestar atenção à severa observação e à justa demanda, tanto internas quanto externas, e corrigir imediatamente todo tipo de discriminação contra os coreanos residentes no Japão.

Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia

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