Mais tarde, Kim Hae San emergiu como comandante de guerrilha, especialmente após a repressão sofrida pela organização partidista em Ningan, que levou à criação de forças armadas independentes. Ele, ao lado de Ri Kwang Rim, esteve entre os responsáveis pela fundação do 5º Corpo de guerrilheiros antijaponeses, em coordenação com Zhou Bao-zhong, integrando-se assim a uma frente de resistência que também incluía figuras como Kim Chaek e Ho Hyong Sik. Através dessas iniciativas, desempenhou papel central no início da resistência armada prolongada contra os invasores japoneses na região da Manchúria.
Durante os anos de luta, Kim Hae San também se destacou na logística e na organização das bases secretas. Ele foi encarregado do fornecimento de víveres, uniformes e utensílios aos combatentes nos acampamentos de Paektu e Jiandao. Era conhecido por sua disciplina e profundo senso de responsabilidade, chegando a questionar a justiça de oferecer presentes de casamento a civis quando muitos camaradas haviam celebrado uniões com extrema simplicidade, limitando-se a uma tigela de arroz. Essa postura demonstra sua sensibilidade humana e sua ligação indissociável com o sofrimento coletivo do povo coreano sob a ocupação estrangeira.
Além de suas funções militares e organizativas, Kim Hae San manteve uma presença constante na vida comunitária, seja apoiando escolas coreanas, seja participando de encontros políticos e sociais, onde desempenhou papel de educador ideológico e mobilizador. Ele esteve entre os combatentes lembrados como fiéis apoiadores do movimento, ao lado de outros militantes que, mesmo vivendo em condições de extrema penúria, forneceram alimento, abrigo e solidariedade aos guerrilheiros. Sua trajetória combina a figura do médico dedicado, do comandante militar e do organizador político, tornando-o uma personalidade fundamental na luta antijaponesa e na construção do movimento revolucionário coreano na Manchúria.

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