terça-feira, 6 de maio de 2025

A atitude arrogante do país criminoso de guerra

Recentemente, o ministro das Relações Exteriores do Japão declarou em uma reunião com o Secretário-Geral da ONU que o Japão busca uma reforma que inclua a expansão dos membros permanentes e não permanentes do Conselho de Segurança da ONU. Ele afirmou que, enquanto a divisão na comunidade internacional se intensifica e enfrenta-se dificuldades e desafios, o Japão está promovendo uma diplomacia de diálogo e cooperação.

A reforma que o Japão defende tem como objetivo garantir que o país ocupe um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.

A questão da reforma do Conselho de Segurança da ONU tem sido frequentemente debatida, pois desde muito tempo atrás a estrutura tem sido usada como uma ferramenta política por países específicos, o que tem impedido que as questões internacionais sejam resolvidas de maneira justa, com base nos princípios de democracia, justiça e igualdade.

Muitos países exigem a reforma do Conselho de Segurança da ONU, e até hoje continuam os debates sobre o processo de eleição dos membros permanentes. A opinião mundial é clara: devem ser escolhidos países capazes de trabalhar pela verdadeira paz e democratização, que tenham o apoio e a confiança da comunidade internacional e que possam manter uma postura justa.

Em relação ao Japão, é um pequeno país político que, sem qualquer visão própria, segue cegamente as grandes potências, um destruidor da paz obcecado pela expansão externa, sonhando com os dias antigos, quando invadia o continente asiático. Em vez de refletir sobre seus crimes passados, o Japão se tornou um país lamentável, onde figuras moralmente deploráveis e mesquinhas, que embelezam e distorcem seu passado, dominam a política. O Japão é amplamente reconhecido no mundo como um país onde esses indivíduos ainda são influentes.

Embora o Japão finja ter uma voz independente e desempenhar um papel significativo no palco internacional, a realidade é bem diferente. Finge ser uma grande potência, sacudindo seu bolso de dinheiro, mas, na verdade, quando os interesses dos Estados Unidos são ameaçados, o Japão não ousa dizer uma palavra e fica perdido, sem saber como agir. No cenário político mundial, o Japão é como um papagaio que repete as palavras do mestre estadunidense, um submisso que executa ordens sem questionar.

O Japão é um país que, no passado, proclamava a "Esfera de Coprosperidade da Grande Ásia Oriental", invadiu a Ásia e provocou a Guerra do Pacífico, sendo um país derrotado na  Segunda Guerra Mundial. Além disso, permanece listado como "país inimigo" no artigo da Carta das Nações Unidas. Enquanto essa cláusula de "país inimigo" não for removida, o Japão nunca conseguirá se livrar dessa mancha histórica.

Hoje, 80 anos após a derrota, o Japão ainda não fez uma verdadeira desculpa ou reconhecimento pelos seus crimes passados, e, ao contrário, está completamente absorvido em tentar justificar suas transgressões.

Todo ano, durante as grandes cerimônias de primavera e outono, bem como na data da derrota na guerra, políticos japoneses vão ao Santuário Yasukuni, onde estão guardados os restos mortais dos criminosos de guerra, para prestar homenagens ou fazer ofertas. Isso se tornou uma prática regular, quase uma tradição. Recentemente, cerca de 70 membros do parlamento, pertencentes a grupos de extrema-direita e conservadores, fizeram uma visita em massa ao santuário e se inclinaram em reverência.

Por trás do comportamento descarado da classe governante japonesa, que nega seus crimes passados e infiltra venenos de militarismo entre seus próprios cidadãos, está o desejo de reconstituir a história de agressão. Na prática, o Japão está tentando reformar sua Constituição pacifista, para transformá-la em uma Constituição de guerra e se engajar abertamente em expansão militar. Já, com a adoção forçada de leis relacionadas à segurança, o Japão expandiu o alcance das atividades militares das "Forças de Autodefesa" para um âmbito global. Está aumentando massivamente suas forças armadas e, sob a fachada de treinamentos conjuntos, continua praticando exercícios de guerra de agressão com os Estados Unidos e outros países membros da OTAN.

As contínuas manobras militares do Japão, que atraem potências estrangeiras e agravam os exercícios de guerra, estão tornando o ambiente de segurança na região da Ásia-Pacífico cada vez mais perigoso. O Japão se tornou uma presença extremamente perigosa, gerando uma ameaça crescente para a região.

Se o Japão se tornar um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, os resultados são óbvios e previsíveis. É exatamente por isso que muitos países ao redor do mundo, incluindo aqueles da Ásia, se opõem à entrada do Japão como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU.

A ambição do Japão de conquistar uma posição de responsabilidade nas Nações Unidas é uma ação tola e imprudente.

Se o Japão realmente quer fazer algo de significativo no cenário internacional, o que precisa fazer antes de tudo não é buscar um assento permanente no Conselho de Segurança, mas sim uma resolução sincera sobre seu passado. Essa é a ação correta que o Japão deve tomar.

Ri Hak Nam

Rodong Sinmun

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