Recentemente, o ministro da Defesa do Japão, durante uma reunião com representantes das principais empresas de armamentos, discutiu o desenvolvimento conjunto do caça de nova geração com o Reino Unido e a Itália, além da exportação de navios de guerra para a Austrália, enfatizando que o governo e as empresas militares privadas devem agir como um único corpo para promover a cooperação em equipamentos e tecnologia militar.
Além disso, em videoconferências com os ministros da Defesa do Reino Unido e da Itália, foi acordado acelerar os projetos relacionados ao desenvolvimento conjunto do caça de próxima geração. Também foi revelado que o governo japonês pretende exportar seis navios de guerra para as Filipinas.
Esses fatos demonstram claramente como a obsessão do Japão pela exportação de armas está crescendo de forma incomum.
Por que o Japão, país agressor de guerra, parece agir como se tivesse recebido um salvo-conduto para se lançar à exportação de armas com tanta voracidade?
Antes de tudo, não se pode deixar de apontar que essa é uma manobra para inculcar dentro e fora do país a percepção de que o Japão é um país normal, como as demais.
Durante décadas, o Japão "continha" a exportação de armas, ainda que de forma formal, apenas para evitar o olhar severo da comunidade internacional que teme o rearmamento e a reincidência do país agressor. Por isso, a política de “autodefesa exclusiva” e o princípio de proibição à exportação de armas funcionaram como um véu, atrás do qual o Japão manteve acordos exclusivos de comércio de armas com os EUA e desenvolveu conjuntamente equipamentos militares avançados.
Porém, as ambições crescentes do Japão hoje mostram que isso não basta mais. Como as chamadas "Forças de Autodefesa" existem há décadas e vêm crescendo, avançando abertamente até para o exterior sob o pretexto de “contribuição internacional”, a exportação de armas também deve acompanhar esse crescimento.
Já faz cerca de dez anos que o Japão abandonou o princípio da proibição à exportação de armas e lançou uma política para estimular a exportação de equipamentos de defesa chamada “Três Princípios para a Transferência de Equipamentos de Defesa”.
Além disso, as poucas condições que haviam sido impostas foram sendo gradualmente eliminadas, tornando essas restrições praticamente sem efeito. Agora, o Japão pretende normalizar o comércio de armas como uma prática habitual, tentando se apresentar na arena internacional como um país normal, sem quaisquer restrições devido aos crimes do passado.
O entusiasmo do Japão pela exportação de armas tem, sem dúvida, o objetivo de desenvolver rapidamente a indústria bélica para adquirir plenamente a aparência de um país capaz de fazer guerra.
A ambição do Japão é lançar sua indústria bélica expandida no mercado mundial de armas, elevando sua base de produção e tecnologia, bem como sua base material e técnica para se tornar uma grande potência militar em nível global.
As autoridades japonesas, em sua atual Estratégia Nacional de Segurança, afirmam categoricamente que a indústria bélica e sua base tecnológica equivalem ao poder militar, criando até mesmo leis para apoiar nacionalmente o fortalecimento da capacidade produtiva da indústria bélica e a exportação de produtos militares, além de destinar orçamentos enormes a essas áreas todos os anos.
A exportação de armas do Japão também serve como um meio importante para se unir ao campo da guerra.
Sempre que os políticos japoneses falam da necessidade da exportação de armas, eles não deixam de enfatizar o “fortalecimento da solidariedade com os países aliados e amigos”. A cooperação mútua em equipamentos militares e tecnologia com as potências ocidentais lideradas pelos EUA é outra ambição oculta do Japão ao buscar, por meio da exportação de armas, integrar-se ativamente ao campo da guerra.
À medida que a exportação de armas do Japão se intensifica, a atmosfera de guerra se aquece, causando sérios danos à paz regional.
É perfeitamente natural que os países vizinhos e a comunidade internacional estejam observando atentamente o comportamento insano do Japão.
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