Lembrando aqueles dias, o camarada Kim Il Sung disse:
“Hoje em dia, sempre que falamos sobre a posição social das mulheres, usamos a expressão ‘uma roda da revolução’, mas até mesmo durante o período da Luta Revolucionária Antijaponesa havia poucos que a reconheciam. Não é exagero dizer que quase ninguém considerava que as mulheres, junto aos homens, poderiam participar de uma luta armada prolongada.
...
De geração em geração, a única herança delas foram as correntes da opressão e os rancores. Oprimir e maltratar as mulheres de acordo com o convencionalismo da supremacia masculina e o desprezo pela mulher, considerando-as como objetos de trato desumano, constituiu um dos maiores crimes da sociedade feudal da Coreia. Elas não eram nada além de escravas domésticas, predestinadas a parir, preparar as refeições, fiar e cultivar a terra até que suas mãos se transformassem em algo semelhante a patas de pato. Eram elas que, embora perdessem seus maridos ainda jovens, tinham que viver como viúvas até morrer, e também eram elas que, obrigatoriamente, se viam vendidas por dívidas.
Depois que os imperialistas japoneses ocuparam a Coreia, somaram a essa desgraça a de serem instrumentos e mercadorias, e as qualificaram como escravas sem pátria.
A Revolução Antijaponesa significou um ciclone que arrancou pela raiz todos esses males e injustiças, sendo um evento do século que conduzia as mulheres coreanas pelo caminho da luta.”
À medida que a luta armada antijaponesa avançava sob a sábia direção do camarada Kim Il Sung na década de 1930 e as guerrilhas se formavam por toda parte, as mulheres levantaram mais suas vozes para exigir sua inclusão. Elas pediam unanimemente que lhes fosse permitido ser combatentes e matar com armas, mesmo que apenas alguns inimigos que mataram seus pais e irmãos, para assim aplacar seu rancor.
Na zona fronteiriça do norte da Coreia e em várias regiões da Manchúria, na China, as mulheres se uniam às fileiras armadas com fuzis que elas mesmas tomavam do inimigo.
Compreendendo tal sentimento delas, o camarada Kim Il Sung decidiu organizá-las separadamente em uma unidade e discutiu a questão com os comandantes várias vezes.
Em abril de 1936, na floresta próxima a Manjiang, foi proclamado o nascimento da companhia feminina do Exército Revolucionário Popular da Coreia.
O nascimento da primeira unidade feminina de combate na história militar do nosso país constituiu um grande acontecimento que sepultou a ideia e o hábito secular de supremacia masculina e desprezo pelas mulheres, e realmente levou a posição espiritual e social delas à mesma altura que a dos homens.
Como sua primeira chefe foi nomeada Pak Rok Kum (3 de maio de 1915 - 16 de outubro de 1940), qualificada por seus companheiros de armas como uma mulher-hércules.
Sua foto está exibida no Museu da Revolução Coreana.
Durante o árduo período da Luta Revolucionária Antijaponesa, as integrantes da companhia feminina não recuaram no caminho da revolução, mesmo sofrendo a carga física e a dor espiritual, e sacrificaram até suas vidas e juventude na sagrada luta pela libertação da pátria (15 de agosto de 1945).
A novidade de que as mulheres, junto aos homens, lutavam valentemente com armas nas mãos, estimulou ativamente todas as mulheres e outros setores das massas da Coreia a participar na sagrada guerra antijaponesa.
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