Recentemente, a União Europeia aprovou e anunciou o 18º pacote de sanções contra a Rússia.
Essa medida, tomada apenas dois meses após o anúncio do 17º pacote, inclui principalmente cláusulas que visam as exportações energéticas russas, como o estabelecimento de um teto de preço para o petróleo bruto russo vendido a terceiros países, fixado 15% abaixo do preço de mercado. A União Europeia declarou que este é um dos pacotes de sanções contra a Rússia mais severos até agora.
O Reino Unido juntou-se a essa ação conjunta europeia, anunciando seu apoio às sanções contra a Rússia. Além disso, o Reino Unido impôs sanções a várias agências de inteligência e funcionários russos, sob a acusação de “atividades cibernéticas maliciosas”.
Simultaneamente, a Europa intensifica o auxílio militar à Ucrânia.
O Secretário-Geral da OTAN declarou que vários países, incluindo Alemanha, Finlândia, Suécia, Noruega e Holanda, fornecerão ajuda militar à Ucrânia através da OTAN.
Em uma recente reunião do Grupo de Contato para Defesa da Ucrânia, os países participantes chegaram a um novo acordo para fornecer mísseis antiaéreos à Ucrânia. O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido anunciou publicamente que seu país e a Alemanha concordaram em fornecer conjuntamente esses mísseis antiaéreos.
O Grupo de Contato para Defesa da Ucrânia é uma coalizão ocidental formada por membros da OTAN, União Europeia e outros países, com o objetivo de apoiar militarmente a Ucrânia desde o início da crise ucraniana. Em abril passado, esse grupo já havia prometido um auxílio militar de 24 bilhões de dólares à Ucrânia.
O recente fortalecimento das ações europeias de confronto contra a Rússia está intimamente ligado ao início dos ajustes político-diplomáticos em torno do conflito na Ucrânia.
O objetivo da Europa é impedir que o conflito termine com a vitória da Rússia. Pretendem infligir uma derrota estratégica à Rússia, mesmo que isso signifique sacrificar a Ucrânia até o último momento.
No entanto, a realidade está muito distante dos desejos europeus.
Primeiramente, as sanções ocidentais não têm se mostrado uma arma eficaz para enfraquecer a Rússia.
A presidente do Conselho da Federação da Rússia declarou que as novas medidas restritivas anunciadas pelo Ocidente são inúteis, pois o país amplia sua cooperação internacional com muitos países com base em seu próprio potencial de desenvolvimento, em interesses mútuos e no princípio de respeito mútuo.
Muitos países europeus têm causado a si mesmos sérias consequências negativas, como crise energética grave, falência de empresas, alto desemprego e crise da dívida governamental, devido às sanções contra a Rússia. O fato de que a aprovação do 18º pacote de sanções da União Europeia tenha passado por repetidos impasses e tenha sido finalmente acordada apenas após forte oposição de alguns membros, como a Eslováquia, também se deve a isso.
O porta-voz presidencial russo zombou das novas sanções da União Europeia, dizendo que elas prejudicarão mais quem as propôs, qualificando-as como uma “faca de dois gumes”.
Além disso, o apoio militar à Ucrânia não tem conseguido reverter a clara tendência favorável à Rússia.
O presidente da Comissão de Assuntos Internacionais da Duma Estatal afirmou que o apoio militar fornecido à Ucrânia não mudará fundamentalmente a situação na linha de frente, e declarou: "Os objetivos da operação militar especial da Rússia serão alcançados em qualquer circunstância, seja na mesa de negociações ou no campo de batalha."
Muitos veículos da mídia ocidental também reconhecem unanimemente que a Europa não possui capacidade suficiente para apoiar a Ucrânia a ponto de alterar o curso da guerra, e que é impossível derrotar a Rússia, uma potência nuclear.
Uma revista ocidental afirmou categoricamente que enfrentar a Rússia — que aprendeu, por meio da expansão da OTAN para o leste, que apenas os fortes podem proteger e ter seus interesses respeitados — com confrontação e rigor só aumentará as tensões, não sendo a solução correta para garantir a paz e a segurança duradouras. Além disso, destacou que a abordagem realista e historicamente comprovada para a Europa em relação à Rússia é assegurar que os interesses de todas as partes sejam respeitados e que a segurança de todos seja garantida sem conflitos mútuos.
A Europa justifica seu confronto contra a Rússia como uma medida para proteger a segurança e a paz regionais. Contudo, na prática, isso apenas resulta na sabotagem do ajuste político-diplomático da crise ucraniana e na continuação e agravamento do conflito.
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