O estimado camarada
Kim Jong Un disse:
"A grande significância da vitória na Guerra de Libertação da Pátria, que ocupa um lugar honroso na história da nossa nação e na história mundial das guerras, reside no fato de que defendeu com firmeza a dignidade, a honra e a soberania da República, protegeu o ambiente de desenvolvimento independente do Estado, impediu a execução da estratégia de dominação mundial dos imperialistas estadunidenses e salvaguardou a paz da humanidade ao evitar uma nova guerra mundial."
O fluxo do tempo já marca, silenciosamente, o 72º ano desde aquele grandioso dia da vitória.
A grande vitória, gravada em letras douradas na história por nossa geração vitoriosa, não se desvanece com o passar dos anos, mas brilha cada vez mais com o tempo. Ao recordarmos o nobre significado histórico dessa vitória, que se destaca ainda mais à medida que os anos passam, o que pulsa intensamente em nossos corações?
É o sentimento de eterna gratidão e profundo respeito à geração vitoriosa, que criou um milagre histórico e estabeleceu a tradição da vitória numa batalha decisiva que determinou o destino da nação. É também o orgulho infinito por uma história de mais de 70 anos que manteve viva a glória imortal de um país vitorioso.
Junto a esse orgulho, vibra no coração de todo o nosso povo uma solene promessa de continuar glorificando sem cessar a gloriosa tradição e a história de vitória que maravilham o mundo.
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Para qualquer país, a guerra é uma batalha decisiva que determina a sobrevivência ou a ruína da nação. No entanto, a Guerra de Libertação da Pátria não foi apenas uma disputa pelo futuro e existência da recém-nascida Coreia; foi uma batalha decisiva que determinou o destino e o futuro de toda a humanidade progressista do mundo.
Já é fato revelado que, desde a fase de planejamento da provocação da Guerra da Coreia, os imperialistas estadunidenses consideravam como certo a ampliação das chamas da guerra para a China e a União Soviética. Em suma, embora em termos geográficos a Guerra da Coreia tenha sido um conflito regional travado na Península Coreana, em seu caráter essencial, foi o prelúdio de uma nova guerra mundial. O fato dos imperialistas estadunidenses terem envolvido não apenas suas forças invasoras, mas também um vasto contingente de países aliados, comprova o caráter internacional da guerra.
Disso se pode deduzir uma verdade clara.
Se não tivéssemos repelido as hordas de invasores lideradas pelos imperialistas estadunidenses, as chamas da guerra teriam se espalhado por vastos territórios continentais, arrastando um número ainda maior de pessoas para os horrores do conflito. Todos sabem o quanto a Segunda Guerra Mundial trouxe imensas dores, desgraças e desastres à humanidade. Ao imaginar que um desastre de guerra mundial voltasse a recair sobre a humanidade, é aterrador até pensar nas consequências que tal tragédia histórica poderia ter gerado.
Foi precisamente a nossa República que impediu esse desastre da história. Graças ao sangue e à vida sacrificados por nosso povo durante os três anos de guerra árdua e cruel, inúmeras pessoas ao redor do mundo puderam desfrutar de uma vida em paz, e vários países conseguiram alcançar um desenvolvimento normal e acelerado em um ambiente pacífico.
Nossa jovem República, ao conquistar uma grande vitória no confronto contra o chefe do imperialismo e das forças reacionárias mundiais — os imperialistas estadunidenses —, contribuiu de forma notável para que o curso da história fluísse firmemente na direção da democracia e da justiça.
A Guerra da Coreia da década de 1950 foi um ponto de inflexão decisivo que determinou não apenas o destino de muitas pessoas e nações, mas também o rumo da própria história.
A carta enviada pelo então presidente dos EUA, Truman, ao general MacArthur, na qual ele escreve: “A Guerra da Coreia não é apenas para aniquilar a República Popular Democrática da Coreia, mas também necessária para eliminar a crescente influência política e militar do comunismo no Extremo Oriente, sabotar a construção do socialismo e fortalecer as forças anticomunistas na Ásia, além de impedir o estabelecimento e desenvolvimento de relações de cooperação entre os países socialistas”, deixa claro o que os imperialistas estadunidenses realmente buscavam com a guerra.
Assustados com o crescimento rápido das forças democráticas no mundo após a Segunda Guerra Mundial, os imperialistas estadunidenses já haviam designado a Península Coreana como um "campo de batalha ideológico" e, ao provocar a Guerra da Coreia, tentaram a todo custo barrar a ascensão das forças democráticas e realizar sua estratégia de dominação global.
Em resumo, a Guerra da Coreia foi o primeiro confronto direto e feroz entre os dois polos opostos que surgiram após a Segunda Guerra Mundial — o campo da democracia e o campo do imperialismo.
Se, nesse ponto de virada tão crucial, não conseguíssemos deter o ataque das forças reacionárias lideradas pelos imperialistas estadunidenses, as forças democráticas do mundo poderiam ter sido dilaceradas já em seu estágio inicial.
Nossa República contribuiu decisivamente para o crescimento e fortalecimento das forças democráticas mundiais ao impedir resolutamente a investida desenfreada dos imperialistas estadunidenses e de seus aliados.
Além disso, ao declarar o destino decadente dos Estados Unidos — que, após a Segunda Guerra Mundial, emergiram como a principal potência imperialista e agiam com arrogância e impunidade —, demonstramos na prática uma verdade inegável: mesmo um país com território não muito extenso e população não numerosa pode derrotar uma poderosa aliança imperialista. Assim, iniciamos uma nova fase de ascensão na luta anti-imperialista.
Dessa forma, a Guerra de Libertação da Pátria não foi apenas uma guerra desproporcional em termos de forças, em que enfrentamos um inimigo muito superior, mas também envolveu uma responsabilidade histórica extremamente pesada para um jovem Estado. Os defensores da pátria da década de 1950 não carregaram apenas a dignidade e a soberania da nossa nação, mas também a paz e a segurança do mundo, o destino e o futuro da humanidade.
Assumindo essa pesada missão, nossa República alcançou uma grande vitória na batalha decisiva contra as forças invasoras lideradas pelos imperialistas estadunidenses, protegendo firmemente a dignidade do país e se erguendo com honra como uma fortaleza da paz e da justiça mundial.
Desde o momento em que os fogos de artifício da vitória explodiram nos céus, já se passaram mais de 70 anos — um longo período que ultrapassa em muito meio século — e, durante todo esse tempo, os sons de guerra jamais voltaram a ecoar nesta terra. Mas podemos realmente dizer que todos esses incontáveis dias e meses que vivemos desde então foram tempos pacíficos?
Os três anos da ardente e dolorosa Guerra de Libertação da Pátria foram uma provação sem precedentes, nunca antes registrada pela história, mas os mais de 70 anos que se seguiram desde o dia da vitória também foram, sem dúvida, um período de desafios tão rigorosos quanto os dias da própria guerra.
Embora tenha se ajoelhado diante do nosso povo e assinado um documento de rendição, o imperialismo estadunidense nunca desistiu, nem por um momento, de sua tentativa de anexar a nossa República, nem de sua ambição de usar a Península Coreana como trampolim para estender suas garras invasoras sobre o continente e dominar o mundo. Ao contrário, passou a empregar todos os meios e métodos possíveis para concretizar seus planos de agressão.
Quanto mais se apegavam ao sonho de dominação mundial, mais odiosa se tornava a política hostil dos EUA contra nossa República. Por isso, nosso povo foi forçado a continuar, por mais de 70 anos, uma dura luta de confronto, não menos intensa do que os três anos de guerra.
Na luta anti-EUA, nossa República construiu apenas uma história de vitórias, fortalecendo a confiança e a coragem dos povos amantes da paz em todo o mundo, e brilhando ainda mais como uma fortaleza da paz e da justiça.
Em vez de aprender com sua derrota na Guerra da Coreia, os imperialistas estadunidenses permaneceram presos à ilusão do poder e, desde o próprio dia do armistício, procuraram avidamente uma nova oportunidade para provocar outra guerra. Como resultado, a linha de frente do combate anti-imperialista, ocupada pelo nosso povo, permaneceu inalterada.
No ambiente peculiar e complexo da trégua, sempre que os imperialistas estadunidenses tentavam novamente trazer as nuvens da guerra, nosso povo se levantava como uma montanha e infligia golpes severos ao monstro imperialista, conquistando vitória após vitória.
Se olharmos para trás, veremos que, ao longo desses mais de 70 anos, os EUA manipularam a situação sempre que podiam, deliberadamente levando a conjuntura à beira da guerra. Espalharam o cheiro da pólvora ao mobilizar vastos equipamentos militares para nossas fronteiras e promover incessantes exercícios militares de todos os tipos, e cada vez que surgia um incidente impactante, enlouqueciam em suas tentativas de provocar um conflito armado.
No entanto, nossa República enfrentou com firmeza essas manobras provocativas dos EUA e protegeu de forma inabalável a paz e a segurança.
E como foram os dias desde o final do século passado até hoje, marcados por dificuldades e provações que se acumularam umas sobre as outras?
À medida que os imperialistas estadunidenses intensificaram ao máximo sua ofensiva de pressão contra a nossa República, tentando de todas as formas tomar completamente a Península Coreana — porta de entrada do continente —, suas manobras desesperadas se tornaram ainda mais atrozes com as rápidas mudanças na conjuntura internacional.
Com o colapso de alguns países socialistas, a tirania e a política de agressão dos imperialistas se tornaram ainda mais desenfreados, abalando os alicerces da ordem internacional e colocando o campo democrático mundial diante de uma encruzilhada entre a sobrevivência e a extinção. Em meio a esse grande turbilhão da história, a humanidade progressista do mundo passou a ver nossa República como uma fortaleza do socialismo, como um bastião da independência e da justiça.
Nesse contexto, a questão de nossa República conseguir ou não defender com firmeza sua soberania nacional e a bandeira do socialismo no confronto com os Estados Unidos e seus aliados não dizia respeito apenas ao futuro de um único país, mas tornou-se uma questão de importância global, que afetava diretamente a sobrevivência das forças progressistas em todo o mundo. Se nosso povo não tivesse conseguido defender a linha de frente do Oriente nesta luta contra os imperialistas estadunidenses, o destino da humanidade teria sido ainda mais duramente castigado sob a dominação imperialista.
Nossa República, ao fortalecer em todos os aspectos sua capacidade de dissuasão autodefensiva, preservou com firmeza a glória imortal e a honra sagrada de país vitorioso na prolongada batalha decisiva, sem disparos, contra o imperialismo. Assim, resplandeceu perante o mundo como um bastião da justiça e da paz.
Por isso, temos todo o direito de nos orgulhar, com legitimidade, da valiosa vitória construída ao longo desses mais de 70 anos desde o dia da vitória — uma conquista tão grandiosa quanto a vitória da Guerra de Libertação da Pátria da década de 1950.
É motivo de orgulho possuir o título de país vencedor, mas é ainda mais digno de orgulho o fato de termos preservado com firmeza essa glória imortal mesmo sob tempestades implacáveis.
Nosso orgulho não permanecerá apenas como algo do passado.
Assim como fizemos no passado, nossa República será, no futuro também, eternamente uma fortaleza firme da justiça e da paz.
Assim como a grande geração vitoriosa da década de 1950 e as orgulhosas gerações que, ao longo de mais de 70 anos, construíram apenas vitórias, nós também seremos, diante do tempo e da história, igualmente honrados e dignos.
Minju Joson
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