domingo, 27 de julho de 2025

Por que essa obsessão tão grande pela aliança militar?

O ministro das Relações Exteriores do Japão acordou iniciar negociações para a assinatura de um Acordo de Fornecimento Recíproco de Bens e Serviços com o ministro das Relações Exteriores da Nova Zelândia. Trata-se de um acordo de apoio logístico militar que já vinha sendo tentado há vários anos.

Antes disso, no fim de junho, foi acordado também iniciar negociações com os Países Baixos para a assinatura de um Acordo de Fornecimento Recíproco de Bens e Serviços.

É uma movimentação frenética que coincide com a intensificação das provocações perigosas envolvendo até países de outras regiões.

O Acordo de Fornecimento Recíproco de Bens e Serviços é um pacto que prevê a garantia mútua entre os exércitos de fornecimento de alimentos, combustível, munição, transporte e serviços médicos. Ele se aplica não apenas a treinamentos conjuntos, mas também em situações de emergência, visando facilitar operações militares conjuntas — o que, na prática, o caracteriza como um acordo de guerra, evidenciando a gravidade do problema.

Caso os acordos com os Países Baixos e a Nova Zelândia sejam concluídos, o Japão passará a manter este tipo de acordo com quase 10 países além dos Estados Unidos, com quem tem uma aliança militar formal. Dentre esses, o Japão firmou inclusive um chamado “acordo de facilitação” com países como o Reino Unido e a Austrália, que considera “quase aliados” depois dos EUA, visando facilitar o envio e o intercâmbio recíproco de tropas e forças armadas. Como resultado, os procedimentos de entrada e saída de tropas, armamentos e munições com esses países tornaram-se significativamente mais fáceis.

Isso não se trata apenas de garantir conveniência para atividades de rotina como intercâmbios militares, treinamentos conjuntos e ações de resgate.

Há dez anos, o Japão promulgou uma legislação de segurança que permite exercer o direito de autodefesa coletiva não só com os Estados Unidos, mas também com países considerados “de relações estreitas”. Desde então, vem empenhando-se ativamente na celebração de Acordos de Fornecimento Recíproco de Bens e Serviços com diversos países, consolidando relações de conluio militar.

É um movimento mal-intencionado direcionado contra os países vizinhos.

O principal palco onde o Japão realiza seus diversos exercícios de guerra, cooperando com países-membros da OTAN através da assinatura de Acordos de Fornecimento Recíproco de Bens e Serviços e colaborando em suprimentos militares e serviços de transporte, é o Pacífico Ocidental, o arquipélago japonês e as águas ao seu redor.

Somente neste ano, em fevereiro, realizou um treinamento conjunto com o grupo de ataque do porta-aviões francês "Charles de Gaulle" e a Marinha dos EUA no mar ao largo das Filipinas. Entre agosto e setembro, o grupo de ataque do porta-aviões britânico "Prince of Wales" fará escala no Japão.

Essa situação demonstra claramente que os riscos da expansão militar ao exterior do Japão estão se agravando ainda mais.

Já há alguns anos, quando o Japão se mobilizava para firmar Acordos de Fornecimento Recíproco de Bens e Serviços não apenas com a Austrália, o Reino Unido, a França e o Canadá, mas também com países da região do Oceano Índico, a opinião pública interna e externa avaliava que se estabeleceria uma estrutura de alianças militares japonesas desde o Pacífico até o Oceano Índico e o Atlântico.

Com os acordos que agora estão sendo promovidos com os Países Baixos, na Europa, e com a Nova Zelândia, na Oceania, é evidente que a escala da expansão militar ao exterior do Japão se ampliará ainda mais.

A expansão militar ao exterior é uma ambição profundamente enraizada do Japão.

A intenção oculta das forças no poder japonesas, que estão obcecadas com a ampliação das relações de conluio militar, é fortalecer os blocos de confronto e, com base nesse poder, estender suas garras de agressão sobre vastas regiões.

Devido aos incessantes exercícios de guerra envolvendo o Japão e às diversas manobras e conluios militares preocupantes, a região se torna cada vez mais instável e a tensão se intensifica continuamente.

O Japão é, em todos os aspectos, uma fonte de ameaça grave à paz regional.

Jang Chol

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