sábado, 26 de julho de 2025

A vitória da Coreia heroica foi um acontecimento histórico mundial que fez aporte imortal à realização da causa da independência da humanidade

É  27 de julho da vitória. Sempre que chega este dia, a humanidade progressista do mundo envia saudações e felicitações ao nosso povo.

Há 72 anos, nosso povo e os oficiais e soldados do Exército Popular quebraram pela primeira vez na história mundial o mito da “invencibilidade” do imperialismo estadunidense e alcançaram uma grande vitória.

O profundo significado do nosso 27 de julho não reside apenas no fato de que o povo de um país defendeu sua dignidade e soberania na confrontação contra poderosos invasores e criou um milagre militar gravado na história das guerras da humanidade.

A Guerra de Libertação da Pátria foi, para a nossa recém-criada República, ao mesmo tempo uma guerra de defesa da pátria que decidia o destino da pátria e do povo, e o primeiro confronto intenso entre ideologias e sistemas diferentes após a Segunda Guerra Mundial. Também foi uma guerra feroz que frustrou a manobra dos imperialistas de exterminar o campo democrático aspirante à independência e ao socialismo, e conquistar o mundo, salvando o destino da humanidade.

Ao iniciar a Guerra da Coreia, os imperialistas estadunidenses mobilizaram milhões de soldados e os mais modernos equipamentos militares e tecnológicos na frente coreana, tentando de todas as formas alcançar seus objetivos de invasão. Empregaram métodos e meios de guerra bárbaros sem precedentes na história das guerras. No entanto, não conseguiram assustar nem subjugar nosso povo.

Durante os três anos de guerra, os EUA perderam uma quantidade enorme de tropas, equipamentos armados e meios técnico-militares, quase 2,3 vezes maior do que a perda sofrida nos quatro anos da Guerra do Pacífico durante a Segunda Guerra Mundial. Entre os invasores derrotados na guerra da Coreia estavam muitas unidades principais compostas por generais famosos que se vangloriavam de experiência em guerras modernas e técnicos militares. Generais que se autodenominavam “heróis vitoriosos” da Guerra do Pacífico, como MacArthur, participaram da Guerra da Coreia, mas acabaram mortos ou destituídos, responsabilizados pela derrota.

A vitória na Guerra de Libertação da Pátria lançou o imperialismo estadunidense, chefe da aliança imperialista, ladeira abaixo, desferiu um duro golpe em toda a aliança imperialista e aprofundou sua crise. Ademais, impulsionou vigorosamente a causa da independência mundial e o progresso da história.

A vitória da Coreia heroica impediu a execução da estratégia estadunidense de dominação mundial e evitou uma nova guerra mundial, sendo um evento histórico mundial que salvou o destino da humanidade e a paz.

Após a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos definiram a dominação mundial como direção geral de sua política externa e passaram à ofensiva com o objetivo de bloquear o crescimento de todas as forças independentes anti-imperialistas, incluindo os países socialistas, bem como dividi-las e eliminá-las.

A doutrina estadunidense de dominação mundial foi formalizada na “Carta Geral” enviada pelo presidente Truman ao Congresso. Em dezembro de 1945, Truman afirmou nessa carta que “devemos reconhecer que recaiu sobre os Estados Unidos a responsabilidade de liderar o mundo no futuro.” Em um discurso de janeiro de 1950, declarou: “Foram necessárias duas guerras mundiais e trinta anos para que os Estados Unidos alcançassem essa posição de liderança no mundo. Hoje, queremos manter essa posição superior.”

Em março de 1951, MacArthur escreveu numa carta enviada a um senador do Congresso: “O futuro da Europa depende de vencer ou perder a luta contra o comunismo na Ásia.” E ainda: “Esta região determinará o progresso da história mundial pelos próximos mil anos.”

Se a Ásia se tornou o principal alvo da política estadunidense de dominação mundial, a Coreia foi o primeiro objetivo de invasão por conta de sua posição geoestratégica e dos fatores políticos e econômicos. Os imperialistas estadunidenses diziam que, se o Japão era a “plataforma para o salto futuro”, “a Coreia é a ponte de acesso ao continente”, e por isso pretendiam ocupar à força a Península Coreana como trampolim para avançar sobre o continente.

Isso ficou claramente expresso no “Plano A, B, C”, um plano de invasão do Extremo Oriente elaborado pelos EUA entre 1948 e o início de 1950. O plano dividia a guerra em três fases: a primeira (A) seria a guerra de agressão contra a Coreia conduzida pelas tropas invasoras dos EUA junto com o exército da República da Coreia; a segunda (B) envolveria a participação formal do exército japonês rearmado e das tropas de Chiang Kai-shek, com o objetivo de expandir as chamas da guerra até a Manchúria; e a fase final (C) previa ocupar toda a Sibéria até os Urais.

Com isso, a luta do nosso povo contra os imperialistas estadunidenses assumiu o caráter de uma guerra internacional pela defesa dos países democráticos aspirantes à independência e pela proteção da paz e segurança mundiais. O caráter internacional da Guerra da Coreia foi ainda mais destacado pelo fato de que não apenas o exército invasor estadunidense, mas também enormes contingentes de forças militares de países seguidores participaram da guerra.

Nosso povo derrotou os imperialistas estadunidenses e defendeu como uma fortaleza inexpugnável sua gloriosa pátria, a República Popular Democrática da Coreia, e a posição avançada do campo democrático no Oriente.

Na severa e cruel Guerra de Libertação da Pátria, nosso povo e os oficiais e soldados do Exército Popular, com um amor ardente pelo que é seu e um ódio abrasador pelos inimigos, demonstraram bravura incomparável e aniquilaram impiedosamente os invasores armados. Considerando como suprema felicidade dedicar sua juventude única à pátria única, contiveram com o peito as casamatas inimigas e lançaram-se contra os navios inimigos com granadas de mão. O espírito indomável do heroico povo coreano fez tremer os mercerários do imperialismo.

Diante da força ideológica e espiritual do nosso exército e povo, algo que nenhum outro país do mundo possui, a superioridade numérica e técnico-militar dos imperialistas estadunidenses desmoronou completamente. Derrotado sucessivamente ao longo de três anos de guerra, o imperialismo estadunidense acabou ajoelhando-se diante do nosso povo.

Com a vitória da Coreia heroica, foram frustradas e neutralizadas as manobras dos EUA para provocar uma nova guerra mundial utilizando até armas atômicas, e a humanidade foi salva do holocausto nuclear.

Segundo materiais contidos em livros dos EUA, incluindo as “Memórias de Truman”, o presidente Truman, que iniciou a Guerra da Coreia em 1950, ao sofrer a humilhação da primeira retirada militar, emitiu uma declaração de chantagem nuclear mencionando o uso da bomba atômica, declarou estado de emergência nacional visando iniciar a Terceira Guerra Mundial com a Coreia como base de operações e traçou planos para acelerar esses preparativos. Por sua vez, o então comandante das forças dos EUA no Extremo Oriente, MacArthur, proferiu a ameaça de lançar de 30 a 50 bombas atômicas na região fronteiriça entre a Coreia e a China, formando uma zona de radiação do Mar Leste ao Mar Oeste, onde nenhuma forma de vida poderia sobreviver por 60 ou até 120 anos. Ao mesmo tempo, aeronaves carregadas com armas nucleares a bordo de porta-aviões ancorados ao largo de Inchon aguardavam ordens de ataque.

Agências de notícias estrangeiras informaram que Truman, a partir da Guerra da Coreia, planejava atingir com armas nucleares a RPDC, a China e a União Soviética, exterminando uma população de 700 milhões de pessoas.

Documentos divulgados por órgãos militares secretos dos EUA registram que o presidente Eisenhower também defendeu repetidamente o uso imediato de bombas atômicas na Guerra da Coreia.

No entanto, os planos de guerra nuclear dos EUA foram completamente frustrados pela vitória da RPDC.

Nosso Estado defendeu, no Extremo Oriente, a linha de frente mais aguda da luta anti-imperialista. Garantiu a vitória da justiça e do progresso sobre a injustiça e a reação, uma vitória histórica da humanidade.

A história nunca esquecerá e transmitirá para sempre a grandiosa contribuição e os feitos da Coreia heroica, que dissipou, momento a momento, a iminente crise de guerra nuclear e salvaguardou o ambiente de desenvolvimento pacífico do mundo.

A vitória da Coreia heroica foi outro evento histórico mundial que inaugurou uma nova era de ascensão da luta anti-imperialista e anti-EUA e acelerou o processo de colapso final do sistema colonial imperialista.

A Guerra de Libertação da Pátria foi uma batalha decisiva contra o imperialismo estadunidense e as forças reacionárias aliadas mundiais, sendo uma guerra sagrada relacionada com o destino dos povos oprimidos do mundo. Nossa grande vitória foi um forte apoio à luta dos povos oprimidos pela liberdade e independência, tornando-se uma bandeira que impulsionou com vigor sua luta anti-imperialista e anti-EUA.

Com a vitória da Coreia heroica, os povos oprimidos do mundo se libertaram das ideias de adoração e dependência dos EUA, das ilusões e do medo diante do imperialismo, e mesmo os povos de pequenos países passaram a ter a firme convicção de que, se lutam com todas as forças pela causa justa, podem derrotar qualquer força invasora imperialista, por mais poderosa que seja.

Já em 1952, enquanto a guerra ainda se desenrolava, a Federação Sindical Mundial apontava em um apelo aos trabalhadores do mundo:

“O povo coreano, levantado em defesa de sua pátria, mostrou um exemplo de tenacidade na luta contra a agressão. Os combatentes da Coreia deram novo impulso à resistência dos povos contra o imperialismo e o sistema colonial em todo o mundo.”

A luta anti-imperialista e anti-EUA se intensificou ainda mais em escala global. As forças imperialistas foram gravemente enfraquecidas e todo o sistema colonial sofreu grandes abalos.

Entre os povos dos países coloniais, ressoou o grito: “Lutemos como o povo coreano!”, e a luta anti-imperialista e anti-EUA entrou em uma fase de grande ascensão.

No Sudeste Asiático, os povos do Vietnã, Laos e Camboja passaram à contraofensiva total, alcançaram a vitória na guerra de resistência contra a França e infligiram duros golpes aos imperialistas estadunidenses que vieram substituí-los. O povo indonésio também acendeu com vigor as chamas da luta pela libertação.

No Oriente Médio, os povos de vários países, como Egito e Líbano, desenvolveram com força a luta contra a intervenção armada dos imperialistas dos EUA, Reino Unido e França, expulsando os invasores de seus territórios.

No continente africano, considerado o “último refúgio” do colonialismo, o povo argelino iniciou em novembro de 1954 a luta armada contra os colonialistas franceses. Desde então, o número de países independentes aumentou rapidamente.

Também na América Latina, chamada pelos EUA de “quintal tranquilo” e “posse hereditária”, a luta anti-EUA se expandiu e se intensificou rapidamente, e os elos do sistema colonial imperialista foram sendo rompidos um após o outro.

Com a grande vitória do nosso 27 de julho, a configuração política do mundo mudou. Avançar rumo à independência e ao socialismo tornou-se a principal corrente da época.

De fato, nosso Estado realizou uma contribuição histórica à causa da libertação da humanidade e da independência.

Por isso, ainda hoje os povos progressistas do mundo não escondem sua admiração pela grande vitória de nosso povo na Guerra de Libertação da Pátria, chamando-a de “façanha histórica mundial”, “milagre da guerra moderna que impediu uma nova guerra mundial” e “milagre dos milagres que transformou a história”.

Embora muitos anos tenham se passado desde o grande dia da vitória, o 27 de julho da vitória do nosso povo continuará brilhando eternamente como um evento histórico que impulsionou o fluxo da nova era da independência.

Ri Hak Nam

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