terça-feira, 12 de agosto de 2025

Kim Si U

Kim Si U foi um lutador pela independência da Coreia, ativo principalmente na China após o Movimento Popular de 1º de Março de 1919. Ele se estabeleceu em Huadian em 1924, onde construiu um moinho de arroz para financiar o movimento independentista e, ao mesmo tempo, promover a conscientização e a educação das comunidades coreanas locais. Atuando como controlador de área sob o Jongui-bu, uma organização de autogoverno para coreanos na diáspora, ele ajudava na vida cotidiana dos compatriotas e mantinha relações próximas com figuras importantes da luta.

A casa de Kim Si U era um centro de atividade política e intelectual, recebendo comandantes de grupos armados, estudantes e militantes. Ali realizavam-se reuniões secretas e sessões de leitura de obras marxistas e comunistas, como "O Manifesto Comunista", apesar da vigilância e das proibições das autoridades escolares. Sua biblioteca refletia a transição do movimento de libertação coreano do nacionalismo para o comunismo, e ele apoiava discretamente essa mudança, tomando medidas para proteger participantes e manter as atividades em sigilo.

Além da educação e da formação política de jovens, Kim Si U atuou em diversas frentes da luta: arrecadação de fundos, compra de armas, transporte e orientação de militantes, transmissão de informações e integração de organizações armadas. Foi um apoiador decisivo da formação da União para Derrotar o Imperialismo, em 1926, chegando a manter vigilância pessoalmente no dia de sua fundação para evitar riscos. Sua postura reservada, mas firme, e seu trabalho persistente garantiram que o movimento ganhasse força e coesão em um período de grande repressão.

Kim Si U também foi lembrado por seu apoio pessoal e moral. Recebia calorosamente jovens enviados por seus pais, tratava-os como iguais, oferecia conselhos e até cartas de recomendação para garantir a continuidade dos estudos. Sua relação com o grande Líder camarada Kim Il Sung foi marcada por gestos de confiança e respeito, como quando lhe entregou uma carta para Kim Sa Hon, facilitando sua transferência para Jilin. Mesmo sendo cristão, assim como outros militantes de sua rede, manteve abertura ideológica e solidariedade irrestrita à causa. Sua memória permanece associada à dedicação silenciosa e ao compromisso inabalável com a libertação da Coreia.

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