As mulheres realizam o mesmo trabalho que os homens, mas recebem salários baixos que correspondem a apenas metade do deles. Com esse salário insignificante, nem sequer conseguem manter o sustento básico. O número de mulheres que deixam de se casar por não conseguirem arcar com os enormes custos para criar um filho até a universidade aumenta continuamente, e mesmo entre as que se casam, está se espalhando o costume de não ter filhos. Criar uma criança é considerado um grande erro.
Diz-se que nos Estados Unidos nem existe uma lei básica que garanta o tempo necessário para que mães trabalhadoras possam amamentar seus bebês.
No Japão, cerca de 200 mil mulheres perdem seus empregos anualmente ao dar à luz, e, quando tentam retornar ao trabalho após cuidar das crianças, recebem salários muito baixos e acabam desistindo do emprego.
As mulheres são as principais vítimas de todos os tipos de crimes. A violência doméstica cresce a cada dia, com formas inimagináveis. Nos Estados Unidos, os casos de estupro contra mulheres são alarmantes, com mais de um milhão de mulheres sendo vítimas anualmente em todo o país.
Muitas mulheres, rejeitadas pela sociedade e perseguidas e desprezadas em casa, perdem a esperança e os sonhos, mergulhando no pessimismo e no desespero.
A situação das crianças também é deplorável.
As crianças inocentes veem e sofrem abusos e agressões. O abandono de bebês nas ruas como lixo, os maus-tratos e a expulsão de crianças adotadas estão aumentando rapidamente.
Muitas crianças são sequestradas. A maioria são crianças fugidas por causa da frieza e da negligência dos pais.
Nos 50 estados dos Estados Unidos, nos últimos anos, ocorreram inúmeros casos de trabalho forçado e tráfico de pessoas. Cerca de 50% das pessoas traficadas para trabalho forçado anualmente nos EUA são menores de idade.
Sempre que fatos chocantes são revelados, as autoridades dos países capitalistas proclamam que irão erradicar o abuso infantil, mas isso é apenas fachada.
No Japão, onde a violência sexual contra crianças é grave, foi criada uma lei para prevenção de abuso sexual infantil que obriga empregadores, em instituições que lidam com crianças, como escolas e jardins de infância, a verificarem se os candidatos possuem antecedentes criminais sexuais, mas essa medida pouco tem eficácia.
A situação dos idosos também não é diferente.
Recentemente, em vários países capitalistas, tem aumentado o fenômeno de idosos que vivem sozinhos manifestando o desejo de doar seus corpos a faculdades de medicina antes de morrer, alegando: “Não temos lugar para ir nem depois da morte, por favor, aceitem-nos.”
Aproveitando-se disso, filhos desleais usam a desculpa de “não ter condições de pagar o funeral” para se apressarem em doar o corpo dos pais.
Recentemente, no Japão, foi divulgado que somente no ano passado cerca de 58.040 idosos morreram sozinhos, rejeitados por familiares e parentes. Essa triste realidade de idosos que vivem sendo desprezados e morrem solitariamente voltou a ser evidenciada.
Ao analisar declarações de especialistas de um país capitalista, observa-se que há algo comum entre os filhos que deixam seus pais em asilos: total desinteresse. Eles não visitam, nem fazem chamadas para saber notícias. Quando o asilo contata esses filhos devido ao agravamento da saúde dos idosos, eles falam de modo que parecem desejar a morte rápida dos pais.
Para os idosos, o asilo tampouco é um refúgio de descanso.
Nos arredores da cidade de Toronto, no Canadá, uma enfermeira foi descoberta por ter assassinado, no total, oito idosos em um lar para idosos.
Na cidade de Yokohama, na prefeitura de Kanagawa, Japão, um funcionário de um lar para idosos agrediu um idoso de 96 anos, que estava deitado na cama, batendo em seu rosto e chutando com os pés, causando ferimentos, o que chocou a sociedade. Em um lar para idosos no distrito de Adachi, em Tóquio, um idoso de 81 anos também morreu após ser espancado por um funcionário.
Atos de abuso contra idosos estão se intensificando em vários lugares, como quando uma mulher na faixa dos 30 anos bateu na face de um idoso de 70 anos e o chutou com o salto do sapato, alegando “ele me olhou de forma desagradável”, ou quando idosos frágeis são alvos de agressões por despeito.
Idosos que não encontram paz em nenhum lugar acabam optando pelo suicídio.
Não são poucos também os que caem no abismo do crime.
Essa é a realidade da sociedade capitalista. Sob esse sistema antipopular, o destino miserável dos grupos socialmente vulneráveis jamais mudará.
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