O Ministério das Relações Exteriores do Irã declarou, por meio de um comunicado, que considera a medida do parlamento israelense como mais uma prova do expansionismo territorial e da arrogância de Israel. Acrescentou ainda que essa medida, tomada ao mesmo tempo em que Israel comete massacres em massa e graves violações dos direitos humanos na Cisjordânia, revela claramente que seu único objetivo é exterminar a Palestina como Estado independente.
A Cisjordânia é uma parte do território palestino, limitada a leste pelo rio Jordão, fazendo fronteira com a Jordânia, e a norte, sul e oeste pelos territórios ocupados por Israel. Sua área é de cerca de 6.000 km². A Cisjordânia tornou-se território jordaniano após a Primeira Guerra do Oriente Médio em 1948, mas foi ocupada por Israel após a Terceira Guerra do Oriente Médio. Em 1993, com os Acordos de Oslo firmados entre a Organização para a Libertação da Palestina e Israel, a região foi dividida em três zonas: a Zona A sob controle palestino, a Zona B sob administração conjunta, e a Zona C sob controle israelense. Atualmente, cerca de 700 mil colonos israelenses vivem na Cisjordânia e em Al-Quds Oriental.
No passado, Israel tentou várias vezes judaizar a Cisjordânia e anexá-la ao seu território ao expandir assentamentos judaicos ilegais, mas não conseguiu realizar esses planos devido à forte oposição da comunidade internacional.
Contudo, após o início da crise em Gaza em outubro de 2023, as tentativas de anexação da Cisjordânia tornaram-se ainda mais descaradas.
Sob o pretexto de eliminar o Hamas (Movimento de Resistência Islâmica da Palestina), Israel transformou a Faixa de Gaza em ruínas com massacres e destruição indiscriminados, e em seguida voltou suas ofensivas para a Cisjordânia.
No início deste ano, o exército israelense, sob o pretexto de “antiterrorismo”, lançou uma operação militar de grande escala em uma cidade da Cisjordânia, destruindo brutalmente dois acampamentos de refugiados. Um alto comandante das forças armadas israelenses declarou que suas ações tinham o objetivo de “neutralizar os terroristas antes que ataquem os cidadãos israelenses” e de “garantir a segurança da região”, e emitiu ordens para realizar operações visando os “militantes beligerantes” em um futuro próximo. Em 21 de janeiro, o exército de ocupação israelense lançou um ataque militar contra a cidade de Jenin, no norte da Cisjordânia, ampliando posteriormente o raio de ataque para várias outras cidades. Devido aos ataques indiscriminados das forças israelenses, campos de refugiados, residências e outras construções foram reduzidos a escombros, e infraestruturas como estradas, redes elétricas e esgotos foram destruídas sem piedade.
O ministro da Defesa de Israel ordenou que se preparassem para uma permanência de um ano na Cisjordânia e declarou que seria construída uma barreira de mais de 400 km, desde as Colinas de Golã na Síria, ao norte da Cisjordânia, até a fronteira com a Jordânia ao sul. Chegou até a proferir declarações violentas como “não permitiremos que a Autoridade Palestina administre a Cisjordânia”, revelando descaradamente a intenção de tomar completamente não só a Faixa de Gaza, mas também a Cisjordânia.
Em maio, causou choque na comunidade internacional ao realizar tiros de advertência contra diplomatas estrangeiros que visitavam a cidade de Jenin, no norte da Cisjordânia.
Paralelamente, continuam as manobras para expandir os assentamentos judaicos.
Israel, que vem tomando aos poucos as terras dos palestinos na Cisjordânia, decidiu em maio construir 22 novos assentamentos na região. Embora Israel afirme que isso visa “expandir zonas de segurança”, o verdadeiro objetivo é apenas um: concretizar sua ambição expansionista.
Desde o momento em que fincou os pilares do Estado judeu na terra palestina, Israel tem nutrido constantemente a ambição de usurpar todo o território da Palestina e tem se empenhado na realização desse objetivo. Agora, busca concluir a anexação da Cisjordânia.
Um especialista em assuntos do Oriente Médio revelou que Israel tenta impedir a construção de um Estado palestino independente ao tornar um fato consumado diante da comunidade internacional a contínua redução dos territórios efetivamente controlados pelos palestinos.
Todos esses fatos demonstram, mais uma vez, que a causa fundamental da instabilidade no Oriente Médio e do contínuo derramamento de sangue reside nas criminosas manobras expansionistas dos invasores israelenses.
Nenhum comentário:
Postar um comentário