quinta-feira, 14 de agosto de 2025

ACNC adverte em comentário sobre exercícios militares multinacionais no Pacífico ocidental

Ultimamente, estão se desenvolvendo, um após o outro, na Austrália e em outras partes do Pacífico Ocidental, os exercícios militares multinacionais sob o comando dos EUA.

Desde meados de julho até o dia 4 deste mês, foi realizado o maior treinamento militar multinacional de todos, o "Talisman Sabre", sob o patrocínio das forças armadas dos EUA e da Austrália. Quase 40 mil efetivos, cerca de 30 navios de diversos tamanhos, mais de 70 caças e outros equipamentos de 19 países foram mobilizados para essa manobra.

Esta é a primeira vez na história que tais grandes efetivos foram treinados, avançando milhares de quilômetros desde o nordeste da Austrália até a costa norte do país insular vizinho. O fato mostra que a área dos exercícios multinacionais, realizados pela décima primeira vez até este ano, continua se expandindo por toda a região da Ásia-Pacífico.

É desnecessário dizer que todos os elementos e aspectos do recente treinamento foram altamente provocativos e irritantes, como a esfera operacional que abrange o mar, a terra, o ar, o espaço cibernético e o cósmico, as operações combinadas anfíbias, antinavio e de desembarque, e o disparo de caças sofisticados e mísseis de longo alcance.

De 4 a 12 deste mês, os grupos de ataque de navios dos EUA, Grã-Bretanha, Austrália, Japão e outros países participaram fanáticamente dos grandes treinamentos marítimos combinados no Pacífico Ocidental, com o objetivo de se adestrar em um ambiente de guerra real.

Para esse fim, os caças Stealth "F-35B", lançados do porta-aviões nuclear estadunidense "George Washington" e do porta-aviões britânico "Prince of Wales", aterrissaram um após o outro no porta-aviões japonês "Kaga".

Esses exercícios militares multinacionais de grande escala sob o comando dos EUA representam uma séria ameaça à segurança da região e geram, inevitavelmente, grande preocupação nos países da área.

Não há garantia de que a tempestade forte no Pacífico Ocidental não se alastre para uma ondulação que atingirá toda a região da Ásia-Pacífico.

De fato, a partir do dia 18, ocorrerá na Península Coreana o grande exercício EUA-República da Coreia, denominado "Ulji Freedom Shield", contra a República Popular Democrática da Coreia. Nessa operação, participarão os países membros do "Comando das Forças da ONU" e a maioria dos países que estiveram presentes nos recentes exercícios militares multinacionais no Pacífico Ocidental.

O grupo de ataque de porta-aviões da Grã-Bretanha também fará uma parada no porto japonês de Yokosuka, após uma longa navegação, longe de regressar ao Atlântico, para se unir aos exercícios militares contra os países da região.

Como pode ser visto, a flecha das ações militares multinacionais sob o comando dos EUA, que são frequentemente realizadas no Pacífico Ocidental, está sendo direcionada para o interior da região da Ásia-Pacífico.

É indiscutível que os exercícios conjuntos de guerra dos EUA e seus aliados, que exacerbam a tensão militar na região da Ásia-Pacífico e expandem sua esfera operacional, terão uma consequência negativa para o ambiente de segurança dos países da região.

Os países regionais desejam que o Pacífico seja, de fato, um oceano de paz.

Serão inevitáveis o repúdio e a retaliação dos países da região se os EUA e seus aliados continuarem recorrendo obstinadamente a ações militares que prejudicam a paz e a segurança da região da Ásia-Pacífico.

Os belicistas não devem subestimar a determinação dos países da região de se valerem do confronto físico para defender a paz e a segurança da Ásia-Pacífico.

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