No entanto, o ambiente de segurança mundial está em contínua deterioração, e as ameaças à paz aumentam a cada dia.
Os inimigos da paz buscam o confronto e a guerra, fortalecem alianças militares e comprometem a segurança de Estados soberanos com provocações militares incessantes.
Ao impor políticas militares aventureiras, intensificam deliberadamente as tensões e colocam em risco a paz e a segurança mundiais. Os responsáveis são os Estados Unidos e as forças ocidentais.
A conjuntura de maio demonstrou isso mais uma vez de forma clara.
No mês passado, a atenção mundial voltou-se novamente para a Península Coreana. Isso porque, ao testemunharem os acontecimentos na Europa e no Oriente Médio, muitos passaram a reconhecer a Península Coreana como a região com maior probabilidade de eclosão de um conflito armado.
De fato, devido às provocações de guerra dos Estados Unidos e da República da Coreia, a Península Coreana, onde as partes beligerantes se encontram em confronto agudo, enfrenta uma situação crítica, na qual uma guerra pode estourar a qualquer momento.
Os Estados Unidos, junto com a República da Coreia, realizaram diariamente uma série de treinamentos de diversas formas com o objetivo de dominar os métodos de guerra de invasão.
A partir do dia 9, durante uma semana, foi executado o “Treinamento Conjunto de Reabastecimento Aéreo”, mobilizando a 1ª Ala Aérea dos Fuzileiros Navais dos EUA, o Comando de Aviação do Exército da República da Coreia, o Comando de Operações Aéreas, o Comando de Mobilidade Aérea e Reconhecimento, e o Comando de Logística da Força Aérea.
Logo em seguida, o Comando Militar Conjunto EUA-República da Coreia forçou a realização de um treinamento para verificar um sistema de primeiros socorros no local e transporte de feridos em caso de emergência, nas áreas de Yonpyong e Pyongtaek.
Dias atrás, o navio de grande porte “Stratton” da Guarda Costeira dos EUA chegou ao porto de Pusan para participar de exercícios militares conjuntos entre EUA, Japão e República da Coreia.
Trata-se de ações militares que tomam como fato consumado uma guerra contra nosso Estado.
Já no ano passado, os Estados Unidos revelaram abertamente a existência de um novo plano operacional para uma guerra nuclear na Península Coreana.
Neste ano, anunciaram um plano para formar uma “ala aérea de força extrema” pela segunda vez, deslocando caças "F-16" da base aérea de Gunsan para a base aérea de Osan, na República da Coreia.
Além disso, destacaram caças furtivos "F-35A" e "F-35B" nas bases aéreas de Kadena e Iwakuni, no Japão, e estacionaram bombardeiros estratégicos "B-1B" na base aérea de Misawa.
Nesse contexto, a realização de treinamentos de reabastecimento e transporte de feridos em situação simulada de emergência na Península Coreana mostra claramente que os Estados Unidos não abandonaram sua intenção maligna de confronto conosco e que essa intenção entrou em fase de execução.
Os Estados Unidos não apenas realizam exercícios de guerra na Península Coreana, mas em várias partes do mundo, junto com seus aliados, aceleram seus esforços para estabelecer sistemas de defesa antimísseis e promovem ações militares imprudentes, criando um risco que pode levar a uma instabilidade estratégica global e ao desequilíbrio de forças.
Fica evidente que os Estados Unidos são o principal responsável pela destruição da paz.
O Japão, ao se alinhar com a estratégia de hegemonia dos Estados Unidos e tentar realizar sua ambição de expansão externa, também ameaçou gravemente a paz e a segurança mundiais.
Com a intensificação da tensão regional causada pelas manobras dos Estados Unidos para assegurar a supremacia militar na região Ásia-Pacífico, os reacionários japoneses, acompanhando o movimento, espalharam absurdas alegações de que o ambiente de segurança ao redor está severo e de que Japão e EUA devem responder em conjunto, agindo de forma agitada.
O Japão anunciou que as Forças Terrestres de "Autodefesa" realizarão, em um futuro próximo, um treinamento de lançamento de mísseis superfície-mar em seu próprio território. Até agora, ainda que fosse apenas uma casca vazia, havia o chamado princípio de “defesa exclusiva”, o que o forçava a conduzir os treinamentos de lançamento fora do país, a fim de dominar as capacidades de ataque. Agora, porém, pretende romper com esse precedente e passar para ações práticas com o objetivo de realizar ataques diretamente a partir do arquipélago.
O Japão tornou ainda mais explícita sua tentativa de revisar a “Constituição pacifista”.
Recentemente, o primeiro-ministro japonês participou de um evento organizado por uma entidade chamada "Aliança Parlamentar pela Nova Constituição", onde afirmou que a constituição não foi alterada nenhuma vez nos 78 anos desde que entrou em vigor, que é importante revisá-la de forma ousada, e que irá se empenhar com firmeza para conseguir uma proposta legislativa no parlamento o quanto antes. Defendeu, ainda, que é necessário inscrever explicitamente a existência das Forças de "Autodefesa" na constituição e introduzir cláusulas relativas a estados de emergência.
Diante das vozes de condenação e críticas que se ergueram em diversas partes do mundo, incluindo a Ásia, os reacionários japoneses tentaram se justificar, dizendo que se trata de garantir a segurança e a paz nacional com base no ambiente de segurança.
No entanto, não é necessário sequer explicar que a revisão constitucional, que busca legalizar as atividades militares das Forças de "Autodefesa" no exterior, visa à agressão externa.
A situação no Oriente Médio, já tensa devido às ações de Israel apoiadas e protegidas pelos Estados Unidos, tornou-se ainda mais instável.
Somente no dia 24, Israel realizou bombardeios contra mais de 100 alvos na Faixa de Gaza, tirando a vida de 32 palestinos. Enquanto isso, sionistas invadiram o complexo da mesquita de Al Aqsa, em Al-Quds Oriental, causando distúrbios, e Israel tentou realizar um ataque militar contra o Irã, empurrando ainda mais a situação para o extremo.
No mês passado, também ocorreram em outras regiões eventos anormais que contrariam o anseio da humanidade pela paz.
A força naval da OTAN estacionada no Mar Báltico foi ampliada, e o chanceler alemão declarou abertamente que seu país e seus aliados suspenderam as restrições de alcance dos armamentos fornecidos à Ucrânia.
O Ocidente empurrou a Finlândia para o confronto com a Rússia. A Noruega intensificou os preparativos de guerra nas áreas próximas à fronteira com a Rússia. O Ocidente deu mais um passo em direção ao confronto total com a Rússia.
O complexo e multifacetado fluxo da situação internacional no mês passado confirma que ninguém concede a paz por vontade própria, que a natureza agressiva dos imperialistas jamais muda, e que a força de autodefesa é a base da existência do Estado, a garantia do seu desenvolvimento, e que o poder militar é a segurança e a dignidade do país e do povo.
Somente fortalecendo a capacidade de defesa nacional e enfrentando até o fim os inimigos da paz é que se pode garantir verdadeiramente a paz.
Ri Hak Nam
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