Observando os materiais em exposição na sala sobre a provocação da guerra do Museu Comemorativo à Vitória da Guerra de Libertação da Pátria
À medida que se aproxima o 25 de junho, dia em que nuvens de guerra pairaram sobre esta terra, o fluxo de pessoas em direção ao Museu Comemorativo à Vitória da Guerra de Libertação da Pátria se torna ainda mais intenso. Como em qualquer sala do museu, os visitantes não conseguem facilmente afastar os pés da sala sobre a provocação da guerra, que lhes mostra claramente como o rancoroso 25 de junho ficou marcado nesta terra. Nesse local, estão expostos inúmeros documentos e relíquias que provam com fatos históricos irrefutáveis quem realmente impôs à força a guerra que trouxe inumeráveis desgraças e sofrimentos ao nosso povo.
O estimado camarada Kim Jong Un disse:
“A Guerra de Libertação da Pátria foi, de fato, uma guerra árdua para nosso povo — recém-libertado do jugo colonial do imperialismo japonês — e para nossa República, que tinha apenas dois anos desde sua fundação, e foi uma luta de vida ou morte que decidiu o destino da pátria.”
Na sala sobre a provocação da guerra, há um dado diante do qual nenhum visitante consegue conter o espanto. Trata-se de uma tabela que mostra o número de invasões armadas perpetradas pelos imperialistas estadunidenses contra nossa República antes do início da Guerra de Libertação da Pátria:
Em 1947: 454 vezes
Em 1948: 932 vezes
Em 1949: 2.617 vezes
Até junho de 1950: 1.147 vezes
Total: 5.150 vezes
Como se pode ver, as invasões armadas dos inimigos contra nossa República, que começaram efetivamente em 1947, mais que dobraram no ano seguinte em comparação ao anterior.
Na frente, onde forças armadas de ambos os lados com ideologias e sistemas diferentes se enfrentam diretamente, é um fato conhecido por todos que até mesmo uma pequena provocação pode levar a uma guerra total. Sob essa ótica, as mais de 5.000 invasões armadas perpetradas em apenas três anos e seis meses constituem uma clara demonstração de quão freneticamente os EUA manobraram para provocar uma guerra contra nossa República.
Na sala sobre a provocação da guerra, os visitantes se deparam com um documento que mostra por que os imperialistas estadunidenses agiram com tanta crueldade para iniciar a Guerra da Coreia. Trata-se de um editorial do jornal estadunidense "The Oregon Journal". Nele, há o seguinte trecho:
“A Península Coreana, um promontório do continente asiático, serve como uma cabeça de ponte para quase todas as operações no Pacífico. Por sua importância estratégica, os Estados Unidos entraram na Coreia durante e após a Segunda Guerra Mundial.”
Após a Segunda Guerra Mundial, a Península Coreana era, para o imperialismo estadunidense, devido à sua posição geográfica, uma “ponte de travessia” para a agressão ao continente asiático, um posto avançado. Por isso, desde o primeiro dia em que se infiltraram na Coreia, os imperialistas estadunidenses consideraram a conquista do domínio sobre toda a Península Coreana como a questão mais crucial para a execução de seu plano de dominação mundial. Assim, estabeleceram como linha fundamental de sua política em relação à Coreia a colonização de nossa República por meio da guerra. Eles julgavam que apenas a guerra poderia derrubar o sistema democrático popular de nossa República, podendo assim escravizar nosso povo. Dessa forma, a Guerra da Coreia foi, para os imperialistas estadunidenses, enlouquecidos por sua ambição de hegemonia mundial, uma “guerra urgentemente necessária e absolutamente indispensável”.
Na sala sobre a provocação da guerra, também estão expostas fotos e documentos que mostram o fato de que os imperialistas estadunidenses, em novembro de 1945, promulgaram a Ordem nº 28 do “Governo Militar”, por meio da qual manipularam a criação do chamado “Comando de Defesa Nacional” e, em seguida, estabeleceram a “Guarda de Defesa Nacional” e a “Guarda Costeira”, além de fundar a “Escola Militar de Inglês” e a “Academia Naval” para formar os oficiais necessários à ampliação de suas forças armadas.
Tudo isso denuncia em detalhes o quão freneticamente os imperialistas estadunidenses se agitaram para organizar e expandir o exército da República da Coreia após ocuparem a Coreia. Para eles, era necessária uma força militar colonial de baixo custo, que servisse como bucha de canhão na guerra contra a Coreia que planejam provocar.
Na mesma sala, estão também expostos documentos que revelam como os imperialistas estadunidenses forneceram ampla ajuda militar para armar o exército da República da Coreia. Em uma carta enviada por John Muccio, embaixador dos EUA na RC, a Ri Sung Man, no dia 30 de agosto de 1949, fica evidente que, somente no mês de julho, os EUA transferiram um grande volume de equipamentos e suprimentos militares, incluindo cerca de 1,11 milhão de projéteis de 22 tipos diferentes.
O exército da República da Coreia, manipulado pelos imperialistas estadunidenses em 1948, contava com nada menos que 107.000 soldados das forças terrestres, navais, aéreas e dos fuzileiros navais armados com armamento moderno. Além disso, havia uma organização paramilitar chamada “Corpo de Defesa Juvenil”, composta por mais de 200.000 jovens. Dessa forma, os EUA alcançaram, até a primavera de 1950, seu objetivo de estabelecer um efetivo de 400.000 combatentes.
Na época, a imprensa estrangeira revelou que esse aumento de forças visava assegurar uma vantagem numérica de “10 para 1” sobre as forças armadas da nossa República. Essa “superioridade de 10 para 1” tinha como único propósito garantir a invasão e o ataque planejados pelos próprios EUA.
Ao mesmo tempo em que reforçavam suas forças de agressão, os imperialistas estadunidenses começaram, a partir de 1947, a realizar grandes provocações armadas contra nossa República.
Na sala sobre a provocação da guerra, os visitantes não conseguem conter sua indignação ao observarem os diversos documentos e relíquias que revelam que os incidentes de invasões armadas dos inimigos contra nossa República não foram simples confrontos ocasionais, mas sim guerras experimentais conduzidas sob a direção direta dos imperialistas estadunidenses, com o objetivo de testar o estado de prontidão do exército da RC e treinar suas capacidades de combate. Esses atos constituíam manobras provocativas de guerra para assegurar pontos táticos e, a partir deles, avançar para uma invasão armada em grande escala.
Relatórios do Ministério dos Assuntos Internos da República Popular Democrática da Coreia condenando as provocações armadas dos inimigos contra nossa República, fotografias revelando o rosto dos conselheiros militares estadunidense que incitavam o exército da RC às provocações armadas, imagens dos inimigos capturados após invadirem o território da nossa República, armas apreendidas pelos combatentes da Guarda Popular da Coreia após aniquilarem os inimigos que haviam invadido nosso país...
Além disso, há também documentos nos quais os próprios inimigos admitem suas manobras provocativas, como o depoimento do chefe da missão de assessoria militar dos EUA, que declarou em uma conversa com os comandantes de divisão do exército da RC, no dia 2 de agosto de 1949:
“Eu e meus representantes estamos absolutamente convencidos de que todos os conflitos foram provocados pelas forças armadas sul-coreanas.”
Quando as nuvens se acumulam, a chuva é inevitável. Os inimigos, que cometeram provocações armadas incessantemente, acabaram por atear fogo à guerra de agressão contra nossa República no dia 25 de junho de 1950.
É amplamente sabido que, até o momento em que iniciaram a guerra de agressão contra nossa República, os imperialistas estadunidenses continuaram empenhados em ocultar sua natureza invasora e em transferir a responsabilidade do conflito para nós com manobras enganosas. O fato de terem marcado o início da guerra para um domingo, de terem revogado no dia 24 a “lei marcial preventiva” que haviam proclamado no dia 13 de junho, liberando a maioria das tropas do exército da RC para “folga”, de terem divulgado uma notícia falsa de que todos os comandantes divisionais das unidades de fronteira participaram de uma festa em um clube em Seul na noite do dia 24, e até mesmo a encenação do presidente dos EUA, Truman, viajando para sua casa de campo para “descanso de fim de semana” — tudo isso suscitou o escárnio e a indignação das pessoas no mundo inteiro.
Contudo, uma ponta afiada dentro do saco nunca permanece escondida.
Na revista britânica Korea Notebook (Caderno da Coreia), foi publicado um artigo sob o título “Quem começou?”.
“Durante vários meses, os estadunidenses e seus lacaios prepararam-se para iniciar a guerra e, após dois dias de bombardeio de artilharia sobre o território da Coreia, finalmente iniciaram a guerra na madrugada de 25 de junho de 1950, ao lançar forças sul-coreanas sobre três pontos do território coreano.”
Além disso, diversos materiais expostos na sala sobre a provocação da guerra — como o conteúdo do livro estadunidense "A História Secreta da Guerra da Coreia (volume I)", e o teor de uma conversa secreta entre Dulles e Ri Sung Man durante a visita de Dulles à República da Coreia pouco antes do início da guerra — revelam em detalhes que o início da guerra, em 25 de junho de 1950, que arrastou nosso povo por 1.129 dias de ódio e sofrimento, foi planejado e forçado pelo principal culpado da agressão, o mais brutal inimigo da humanidade: os EUA.
Os documentos e relíquias esmaecidos pelo tempo, com mais de 70 anos, expostos na sala sobre a provocação da guerra do Museu Comemorativo à Vitória da Guerra de Libertação da Pátria, denunciam diante de todo o mundo, como fatos históricos inapagáveis, a verdadeira identidade dos mais vis agressores e provocadores, que não pode jamais ser ocultada, por mais que o tempo passe.
A história não pode ser falsificada, distorcida nem negada.
Não importa quanta propaganda enganosa e artimanhas os imperialistas estadunidenses utilizem — sua identidade como provocadores da guerra jamais poderá ser escondida.
Pak Chun Gun
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