sexta-feira, 20 de junho de 2025

Manobras de confronto anti-Rússia cada vez mais imprudentes

Recentemente, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Ryabkov, em uma entrevista à agência TASS, criticou alguns países europeus por se tornarem um obstáculo fundamental no caminho da paz na Ucrânia. Ele denunciou que a União Europeia e a OTAN estão incitando persistentemente a Ucrânia a continuar as ações militares, fornecendo armas e equipamentos militares ao país, organizando e executando atos de destruição e provocações, ao mesmo tempo em que produzem continuamente informações destinadas a sabotar o processo de paz.

Trata-se de uma condenação ao comportamento enlouquecido dos países europeus que, intensificando ainda mais o clima de confronto anti-Rússia, estão se descontrolando.

A União Europeia, após o início das negociações entre Rússia e Ucrânia em maio passado, anunciou um plano abrangente para interromper completamente, até 2027, a importação de gás natural e petróleo da Rússia, e aprovou o 17º pacote de sanções contra o país.

Neste mês, no mesmo dia em que teve início a segunda rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia, a UE anunciou que estava preparando o 18º pacote de sanções severas, voltado para as importações de energia da Rússia. Naquele mesmo dia, diversos países europeus realizaram um exercício simulado na Lituânia, manifestando apoio à adesão da Ucrânia à OTAN e exigindo sanções ainda mais rigorosas contra a Rússia.

Mesmo sendo a questão da adesão da Ucrânia à OTAN uma das causas fundamentais do surgimento da crise ucraniana, eles ainda insistem em abordar esse tema.

A posição da Rússia, que apresentou como condições prioritárias para o fim da guerra a suspensão da expansão da OTAN para o leste e o fim das sanções contra o país, é diametralmente oposta à postura do Ocidente. Isso pode ser interpretado como uma expressão mal-intencionada com o objetivo de sabotar o diálogo.

O aumento maciço dos orçamentos militares e a ampliação do apoio militar à Ucrânia fazem parte da mesma lógica.

Mesmo enfrentando enormes dívidas, diversos países europeus decidiram aumentar significativamente seus gastos militares. A França declarou estar pronta para oferecer o "guarda-chuva nuclear" aos países da União Europeia, por meio do posicionamento de suas armas nucleares.

O Ministério da Defesa do Reino Unido anunciou que fornecerá à Ucrânia 100 mil drones, dez vezes mais do que no ano passado.

A Alemanha, em abril passado, declarou a necessidade de uma "Ucrânia militarmente forte" e assumiu a responsabilidade por 12,4 bilhões de dólares dos 24 bilhões prometidos pelos aliados ocidentais em apoio militar. No final de maio, anunciou que suspenderia as restrições de alcance das armas fornecidas à Ucrânia.

O presidente da Comissão de Assuntos Internacionais da Duma Estatal da Rússia alertou que o fornecimento de mísseis de longo alcance pela Europa significa participação nos crimes da camarilha de Zelensky e envolve diretamente esses países no conflito com a Rússia.

Diversos analistas políticos de diferentes países também expressaram preocupação, considerando os movimentos militares da Europa e da OTAN como ações extremamente perigosas que podem levar a uma nova grande guerra.

A camarilha criminosa de Zelensky, intoxicada por esse tipo de “alucinógeno” fornecido pelos países europeus, está lançando ataques terroristas brutais contra alvos civis dentro do território russo, em um último e desesperado esforço.

A intenção oculta por trás da atitude irresponsável da Europa, ao intensificar a histeria de confronto anti-Rússia, é clara: não permitir, sob hipótese alguma, que o atual confronto termine com a vitória da Rússia. Em suma, pretendem prolongar a guerra até que a Rússia sofra uma derrota estratégica.

Ao mesmo tempo, os países europeus alardeiam que suas sanções estariam causando grandes danos à Rússia. No entanto, essas sanções têm se mostrado imprudentes e autodestrutivas.

Diversos países que antes dependiam dos recursos energéticos baratos da Rússia agora enfrentam uma crise energética, cujos efeitos negativos se espalham em cadeia, mergulhando suas economias em estagnação. A insatisfação popular vem se acumulando, levando até a crises políticas com mudanças de governo antes do fim dos mandatos.

Recentemente, o primeiro-ministro da Hungria declarou que, devido às sanções da União Europeia contra a Rússia, seu país sofreu perdas de 20 bilhões de euros, argumentando que essas sanções não estão apenas arruinando seu país, mas toda a Europa.

O parlamento da Eslováquia adotou uma resolução exigindo que o governo não apoie novas sanções contra a Rússia.

Em contraste, a Rússia vem fortalecendo ainda mais a autossuficiência de sua economia e alcançando um crescimento econômico esmagador em comparação com os países ocidentais.

Há poucos dias, o presidente da Rússia afirmou que, mesmo que as empresas ocidentais desejem retornar ao país, não será suficiente apenas pedir desculpas — apenas aquelas que forem consideradas benéficas serão readmitidas no mercado russo, enquanto as demais deverão ser barradas.

Os países europeus, ao não conseguirem encarar a realidade com sobriedade e continuarem presos à ilusão de impor uma derrota estratégica à Rússia, se veem envolvidos em esforços insensatos de confronto — o que, claramente, só pode ser definido como um anacronismo.

Jang Chol

Rodong Sinmun

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