"A violação dos direitos nacionais dos cidadãos coreanos residentes no Japão é, ao mesmo tempo, uma violação da soberania da nossa República."
Visitantes do Pavilhão Central de Educação de Classe não conseguem facilmente afastar-se de uma das exposições.
Chima e jogori — tradicional conjunto de saia e blusa coreano — tão amado e usado pelas mulheres coreanas, por que será que, neste pavilhão, ele faz o coração dos visitantes doer e os olhos arderem de tristeza?
Quanto mais atentamente olham, mais vem à mente a imagem de uma estudante que, vestida com orgulho em seu chima e jogori a caminho da escola, foi brutalmente agredida apenas por usar sua roupa tradicional — um "crime" que não é crime. Todos ali não conseguem conter a indignação fervente que cresce dentro de si.
Ao olhar para trás, percebe-se que aquela estudante não foi a única jovem coreana a sofrer abusos nas amaldiçoadas terras do Japão nas mãos de gangues.
Em vez de compensar os crimes imperdoáveis cometidos ao usurpar nosso país e manchar nossa terra de sangue, os reacionários japoneses continuaram reprimindo os coreanos residentes no Japão — e chegaram ao ponto de fazer das frágeis estudantes coreanas em chima e jogori um alvo principal de suas agressões, perpetuando atos vis e desprezíveis.
Um exemplo claro disso foi o caso de agressão a uma estudante coreana ocorrido em novembro de 1983 no Japão.
Naquele dia, um bandido japonês atacou uma estudante coreana que voltava da escola vestindo chima e jogori, gritando insultos como "Coreanos, saiam do Japão!", e a golpeou na cabeça com um bastão de madeira, deixando-a inconsciente.
Apenas cerca de dez dias depois, no início de dezembro, ocorreu outro ataque: uma estudante de escola coreana foi esfaqueada por um bandido.
A Associação Geral de Coreanos Residentes no Japão (Chongryon) e os coreanos residentes responderam imediatamente ao incidente, exigindo das autoridades policiais locais a apuração completa dos fatos e a implementação de medidas concretas para evitar a repetição desses crimes.
No entanto, a polícia deliberadamente arrastou a investigação, fechando os olhos para os crimes dos bandidos e minimizando o ataque como "provocações de alguns desordeiros".
Mesmo levando em conta apenas os casos oficialmente registrados, as agressões contra estudantes coreanas vestindo chima e jogori totalizaram dezenas, até centenas por ano, do início dos anos 1980 até o fim da década de 1990 — e mesmo após a virada para o século XXI, a insana "caça ao chima jogori" continuou sendo praticada sem cessar.
Os reacionários japoneses, que veem a nossa República como um espinho nos olhos, intensificam a cada dia suas campanhas repressivas contra os coreanos residentes no Japão com ainda mais crueldade.
Por isso, todos os visitantes do Pavilhão Central de Educação de Classe, ao se depararem com chima e jogori rasgadas, renovam sua determinação de vingança contra os reacionários japoneses — que cometeram crimes imperdoáveis contra o nosso povo e deixaram feridas de rancor que jamais cicatrizarão.
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