quinta-feira, 24 de abril de 2025

A triste marcha fúnebre que ressoa nos centros urbanos do capitalismo

Nos países capitalistas, onde a visão de mundo baseada no poder do dinheiro domina, cresce a cada dia a indignação e o ressentimento das massas trabalhadoras, que sofrem infelicidade e dor por não possuírem uma casa própria ao longo de toda a vida.

Recentes protestos em larga escala na Espanha, provocados pela crise habitacional, voltaram a soar um alarme contra a natureza antipopular da sociedade capitalista, onde a dignidade e o valor humanos são decididos apenas pelo dinheiro.

As manifestações ocorreram simultaneamente em 40 cidades do país e, somente na capital Madri, mais de 150 mil pessoas formaram uma corrente humana e realizaram uma marcha de protesto.

Os manifestantes expressaram sua revolta contra o aumento incessante dos aluguéis e a escassez de moradias, denunciando a postura injusta das autoridades, que priorizam apenas os lucros dos ricos e ignoram completamente a situação desesperadora da população que sofre com a crise habitacional.

Segundo dados, nos últimos 10 anos, o preço das casas na Espanha subiu 44%, e os aluguéis dobraram em média, aumentando o descontentamento da população e a instabilidade social.

Então, qual é a verdadeira causa do problema habitacional ter se tornado uma grave questão social na Espanha, um país que se diz economicamente desenvolvido?

Atualmente, a escassez de moradias neste país chega a 500 mil unidades, mas o número de casas construídas anualmente foi reduzido para um sexto do que era antes da crise financeira de 2008, e as autoridades não demonstram nenhum interesse em resolver essa questão.

Por outro lado, em grandes cidades e áreas turísticas costeiras, proprietários de imóveis e capitalistas, focados apenas em ganhar dinheiro com o turismo, estão confiscando as casas que alugavam para pessoas sem-teto e as convertendo em acomodações para turistas.

Consequentemente, enquanto o "boom" do turismo enriquece os ricos, os cidadãos comuns estão perdendo até mesmo suas casas de aluguel.

Um idoso lamentou: "Os empresários imobiliários estão nos jogando para fora para acomodar turistas". E um jovem de 26 anos disse: "O problema habitacional não é sério apenas no centro das cidades, os aluguéis aumentaram em qualquer lugar que você olhe."

Apesar do sofrimento crescente das pessoas despejadas, as autoridades espanholas não apresentam nenhuma solução para os problemas da escassez de moradias e o aumento exorbitante dos aluguéis.

O sistema capitalista, que defende os interesses de uma minoria de capitalistas, não tem como compreender o sofrimento das amplas massas do povo trabalhador que não têm moradia. Quando essas pessoas protestam, exigindo o direito à moradia, os políticos capitalistas apenas fingem não ouvir, ignorando as necessidades e os direitos da população.

A realidade da Espanha é apenas a ponta do iceberg dos males antipopulares que dominam o mundo capitalista.

Recentemente, nos Estados Unidos, sob a ordem das autoridades de que "as capitais devem ser limpas e seguras", foi realizada uma ação desumana de remoção forçada das barracas onde pessoas sem-teto estavam vivendo, com a intervenção direta do prefeito.

Em países capitalistas como a Austrália, o número de pessoas sem-teto continua crescendo, e é cada vez mais comum ver pessoas vagando pelas ruas, lamentando sua situação e, sem hesitar, se lançando no caminho do crime.

Enquanto uma pequena elite desfruta de luxos nas áreas mais movimentadas, as pessoas sem-teto vivem em humilhação e miséria, lutando pela sobrevivência. Embora haja muitos arranha-céus luxuosos, não há lares acolhedores para as massas trabalhadoras.

Como os fatos demonstram, no sistema capitalista, que ostenta placas com os dizeres "bem-estar para todos" e "igualdade para todos", o grito de sofrimento da classe trabalhadora se transforma cada vez mais em um cântico fúnebre, anunciando o futuro decadente de uma sociedade podre que já cumpriu seu ciclo.

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