O sistema 3:7 refere-se a uma divisão agrícola na qual os trabalhadores agrícolas ficavam com 30% da colheita e entregavam 70% ao Estado, representando uma grande conquista da luta do povo coreano que desejava cultivar suas próprias terras e usufruir dos frutos de seu trabalho.
Esse sistema, que foi parte das reformas democráticas promovidas pelo governo popular pós-libertação no norte da Coreia, também abrangeu o pagamento de impostos.
Durante o período de dominação colonial do imperialismo japonês, o povo coreano, especialmente os camponeses, foi extremamente explorado tanto pelos imperialistas japoneses quanto pelos proprietários de terras.
Apesar de trabalharem duro, os camponeses conseguiam com muita dificuldade obter ganhos para sua subsistência, já que boa parte dos ganhos ia para as mãos dos proprietários de terras, sob o injusto sistema de arrendamento.
Em especial na primavera de 1930, os camponeses se levantaram contra o sistema de arrendamento, que explorava os cerca de 80% dos trabalhadores rurais sem acesso a terras para cultivar. O levante foi seguido por outras manifestações, que foram duramente reprimidas pelo imperialismo japonês.
Com a implementação da Reforma Agrária em 1946 no norte da Coreia, o sistema de arrendamento de terras foi abolido e as terras foram redistribuídas para camponeses com pouca ou nenhuma terra. Além disso, os impostos brutais da época colonial foram reduzidos, aliviando o fardo sobre os trabalhadores agrícolas.
Por outro lado, no sul da Coreia, foi realizada uma falsa "reforma agrária", na qual os camponeses, que observavam com admiração a reforma agrária realizada no norte, receberam porções de terra correspondentes a apenas 25,8% do total das terras (apenas acima de 3 jongbo) dos grandes proprietários. Além disso, ao contrário do norte, os latifundiários receberam compensações pelas terras perdidas". Com isso, os camponeses que "receberam" terras tinham que pagar durante um determinado período pela parcela "ganha", o que deixou muitos indivíduos endividados.
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