sexta-feira, 18 de julho de 2025

A origem e o desenvolvimento da psicologia escolar

O estimado camarada Kim Jong Un disse:

"Ao passo que a sociedade se desenvolve, os campos de pesquisa das ciências sociais estão se diversificando, e à medida que novos métodos são aplicados, as ciências aplicadas e as ciências interdisciplinares estão sendo desenvolvidas de forma inovadora."

A psicologia escolar só passou a servir profissionalmente às escolas a partir da década de 1960, mas os resultados da psicologia já vinham servindo à prática da educação escolar desde o final do século XIX.

Em 1896, foi estabelecido, por um especialista em educação especial de um determinado país, o primeiro espaço de atendimento psicológico, e foi lançada ali a primeira revista de psicologia clínica.

Por isso, ele é considerado o fundador da psicologia clínica.

Por outro lado, ele fundou uma escola em formato de hospital, na qual diagnosticava de forma especializada crianças com atraso cognitivo e distúrbios psicológicos.

Por isso, ele também é considerado o fundador da psicologia escolar.

Ele defendia que o psicólogo deveria necessariamente cooperar com médicos, educadores sociais, professores e pais para resolver os problemas das crianças. Enfatizava que era muito importante que o professor educasse a criança.

Essa sua perspectiva representou o início do tratamento educacional. Além de realizar diagnósticos em crianças com distúrbios psicológicos, ele também estabelecia diversas medidas terapêuticas.

Dessa forma, durante muito tempo, a psicologia escolar foi compreendida como psicologia clínica no ambiente escolar.

Logo após a Segunda Guerra Mundial, com a aproximação da psicologia clínica ao modelo médico, a psicologia escolar deixou de se limitar apenas ao tratamento de distúrbios psicológicos dos estudantes e passou a se aproximar de abordagens educacionais, expandindo seu escopo para a avaliação de métodos e planos educacionais.

A psicologia escolar surgiu impulsionada por movimentos como o da mensuração psicológica, da educação especial, da saúde e higiene mental, e das teorias da aprendizagem.

1. Movimento da mensuração psicológica

O primeiro a se dedicar ao estudo da mensuração psicológica na história da psicologia foi o estudioso britânico Galton.

Antes de Wundt fundar o primeiro laboratório de psicologia do mundo, Galton já havia começado a utilizar uma série de instrumentos para medir diferenças individuais e descobriu que havia variações no pensamento (nas ideias) das pessoas.

Por exemplo, ele descobriu que, ao pensar no café da manhã, algumas pessoas evocavam principalmente estímulos auditivos, enquanto outras formavam imagens visuais.

No entanto, como suas medições psicológicas eram realizadas de forma baseada no interesse e curiosidade, não foi possível desenvolver indicadores padronizados de mensuração psicológica.

No final do século XIX, os especialistas franceses em educação especial Binet e Simon criaram, pela primeira vez, indicadores para medir a inteligência infantil, abrindo assim um novo marco para a aplicação prática da mensuração psicológica.

Durante a Primeira Guerra Mundial, os testes psicológicos aplicados por cientistas aos soldados impulsionaram grandemente o uso prático da mensuração psicológica, e desde então, diversos métodos de testes psicológicos continuaram surgindo e passaram a ser aplicados no ambiente da educação escolar.

2. Movimento da educação especial

Historicamente, a educação especial esteve estreitamente ligada à mensuração psicológica, e os indicadores de medição da inteligência elaborados por Binet e Simon foram originalmente criados para diagnosticar crianças com atraso intelectual.

No século XIX, passou-se a considerar que mesmo as crianças com atraso intelectual tinham o direito à educação, e houve esforços para realizar avaliações científicas e objetivas de suas capacidades e para estabelecer métodos eficazes de apoio a elas.

Uma das questões importantes nesse processo era justamente selecionar corretamente, por meio de métodos confiáveis de avaliação, as crianças com atraso intelectual, organizando turmas especiais e realizando uma educação especial. Isso exigia o auxílio de indicadores de mensuração psicológica. Essa necessidade prática impulsionou fortemente a aplicação de testes psicológicos nas escolas e despertou a consciência social sobre a importância do trabalho de diagnóstico psicológico no ambiente escolar.

Isso se tornou um dos fatores importantes que impulsionaram o surgimento da psicologia escolar.

3. Movimento da saúde e higiene mental

Em 1909, em um determinado país, foi criada uma comissão de higiene mental por iniciativa de uma pessoa que havia se recuperado de uma doença mental. Essa pessoa havia sofrido de transtornos mentais e, após a cura, escreveu um livro intitulado "Descubra sua própria mente", esforçando-se para divulgar a importância da saúde mental e da prevenção de doenças psicológicas.

Graças a esses esforços, muitas pessoas passaram a aceitar os conceitos de saúde mental e higiene mental, em consonância com a psicanálise que se desenvolvia na Europa da época.

Esse movimento levou muitos a acreditarem que, por meio da orientação psicológica nas escolas, seria plenamente possível prevenir o surgimento de doenças psicológicas.

4. Movimento das teorias da aprendizagem

Os psicólogos do neocomportamentalismo (neobehaviorismo), ao estudarem a origem e as mudanças do comportamento humano, descobriram que esse comportamento é resultado da interação mútua entre características internas do indivíduo — como capacidade cognitiva e traços de personalidade — e o ambiente.

Assim, a psicologia passou de estudar apenas as características internas da pessoa para investigar as interações mútuas entre o organismo e o ambiente.

Por exemplo, um psicólogo da década de 1950 argumentou que a pesquisa sobre psicologia da personalidade e psicologia social não deveria ser conduzida isoladamente, mas sim no contexto de sua correlação e interação.

Essa visão teve grande influência sobre os estudos da psicologia escolar, levando o foco das pessoas para a interação entre a criança e o ambiente.

Com isso, começaram-se a estudar e avaliar as interações entre professores, alunos e o ambiente da sala de aula, bem como as interações entre o professor e a turma, e os efeitos dessas interações sobre o comportamento.

As pesquisas relacionadas à aprendizagem também impulsionaram a aplicação de técnicas de correção comportamental nas escolas, sendo particularmente eficazes com alunos do ensino primário que ainda não possuíam um senso de autoconsciência bem desenvolvido.

Esses quatro movimentos ocorreram de forma independente fora do ambiente das escolas primárias e secundárias, mas em muitos casos foram pesquisados por pessoas envolvidas com a orientação e aconselhamento psicológico. Os conhecimentos e técnicas acumulados nesse processo foram diretamente aplicados para resolver diversos problemas surgidos nas escolas e para orientar a pesquisa e a prática da psicologia escolar.

Após a Segunda Guerra Mundial, a psicologia clínica se desenvolveu e se fortaleceu em ritmo acelerado, mas o progresso da psicologia escolar não foi um processo fácil e fluido.

De modo geral, quando se fala em psicólogo escolar, as pessoas costumam pensar imediatamente em alguém que mede a inteligência, o desempenho escolar e as habilidades especiais das crianças.

Atualmente, em muitos países do mundo, os setores educacionais estão dando importância à educação especial, buscando melhorar os métodos educacionais voltados para crianças com deficiência intelectual e se esforçando ativamente para oferecer a elas serviços de psicologia escolar de melhor qualidade.

Ri Song Hun, da Universidade Pedagógica Kim Hyong Jik

Kyoyuk Sinmun (Jornal da Educação), 22 de setembro de 2015

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