De acordo com a agência UPI, um “Conselho Militar Revolucionário” assumiu o poder. A mesma fonte informou que a justificativa dos militares para derrubar o governo de Prado foi a comprovação de fraudes nas eleições presidenciais realizadas em 10 de junho.
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Segundo a agência AP em despacho de Lima, em 18 de agosto ocorreu um motim contra a tomada de posse dos militares reacionários que haviam tomado o poder por meio do golpe. Cerca de mil pessoas participaram do protesto, gritando frases como “Queremos nossos direitos civis. Não temos nenhuma garantia legal”, enquanto atacavam viaturas da polícia. Houve um confronto violento entre os manifestantes e a polícia.
Diante da resistência determinada dos cidadãos, a polícia recorreu ao uso de gás lacrimogêneo para finalmente dispersar a multidão.
Por sua vez, segundo a agência Xinhua, o Comitê Central do Partido Comunista Peruano emitiu uma declaração naquele dia sobre a situação política do país, condenando o partido governista, o Partido Popular, por fraudar as eleições. O PCP também alertou o povo peruano a manter vigilância diante da possibilidade dos militares usarem o descontentamento popular com a eleição fraudulenta do Partido Popular como pretexto para consolidar o golpe militar.
Agência Central de Notícias da Coreia
Publicado no diário Rodong Sinmun em 21 de julho de 1962
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