No dia 26 de julho, na capital da província de Sistão-Baluchistão, no Irã, ocorreu um ataque terrorista contra o prédio do Poder Judiciário. Houve dezenas de mortos e feridos. O vice-chefe da polícia provincial afirmou que os criminosos eram “terroristas ligados a Israel”.
As manobras de Israel para desestabilizar, enfraquecer e invadir o Irã continuam sendo realizadas de forma persistente.
Recentemente, um veículo de imprensa estrangeiro noticiou que o que o primeiro-ministro de Israel, Netanyahu, deseja nada mais é do que aplicar ao Irã o “modelo da Líbia”.
Isso indica que o equilíbrio entre Irã e Israel pode se romper a qualquer momento.
No ataque surpresa desencadeado por Israel na madrugada de 13 de junho, que deu início à guerra de 12 dias, o Mossad desempenhou o papel de “tropa de choque”.
Na ocasião, Israel realizou repetidos ataques militares contra Teerã, capital do Irã, e outras cidades.
Veículos de imprensa estrangeiros relataram que, devido ao ataque preventivo de Israel, morreram não poucos altos comandantes, incluindo o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã e o comandante-geral da Guarda Revolucionária Islâmica. Também foi noticiada a morte de vários cientistas nucleares iranianos. A agência de notícias iraniana IRNA também divulgou esses fatos publicamente.
As instalações nucleares de Natanz, depósitos de mísseis e sistemas de defesa antiaérea do Irã também sofreram consideráveis danos.
Israel alardeou que mobilizou 200 caças para atingir todos os alvos designados.
A questão é como, mesmo que a guerra provocada por Israel tenha sido tão repentina, um país que se autoproclama grande potência do Oriente Médio, como o Irã, pôde sofrer tamanhos danos logo no início do conflito.
O Irã vinha se preparando para a guerra, desenvolvendo, produzindo e implantando avançados sistemas de defesa antiaérea por conta própria. O sistema nacional de defesa antiaérea do Irã é composto por sistemas de longo alcance de fabricação russa e sistemas antiaéreos produzidos internamente.
Em fevereiro do ano passado, o Irã revelou novos armamentos, incluindo o sistema doméstico de interceptação de mísseis balísticos “Arman” e o sistema de mísseis antiaéreos de baixa altitude “Azarakhsh”.
Em outubro do ano passado, durante os ataques mútuos de mísseis com Israel, o Irã informou ter “bloqueado com sucesso” mísseis inimigos direcionados a importantes instalações militares, utilizando seu sistema de defesa antiaérea.
No entanto, no início da guerra de 12 dias, figuras da liderança militar iraniana e importantes cientistas nucleares foram mortos de forma inesperada, e tanto os sistemas de defesa antiaérea quanto várias instalações militares foram significativamente destruídos.
A imprensa estrangeira revelou que Israel, em cooperação com os militares, utilizou o Mossad, seu serviço de inteligência e operações secretas, para preparar esse ataque surpresa com antecedência.
O Mossad teria conduzido operações dentro do Irã, rastreando figuras importantes da liderança iraniana e coletando informações sobre suas residências, túneis e outras instalações de proteção. Antes do início do ataque, eles teriam confirmado se os alvos a serem eliminados estavam presentes nesses locais.
Além disso, equipes especiais do Mossad teriam contrabandeado, meses antes, drones de ataque e armas guiadas de precisão para dentro do território iraniano, posicionando-os próximos a instalações militares. Assim que foi dada a ordem de ataque, as forças especiais atingiram e neutralizaram os sistemas de defesa antiaérea e de mísseis ofensivos do Irã, reduzindo, assim, a ameaça aos caças israelenses.
Em resposta, o Irã definiu a agência de inteligência de Israel como um dos principais alvos de retaliação.
No dia 17 de junho, o Irã atacou importantes órgãos de inteligência israelenses, incluindo instalações militares e do Mossad localizadas em Tel Aviv.
Por outro lado, esforços mais ativos foram realizados para identificar e eliminar espiões israelenses infiltrados no país e outros elementos hostis.
No dia 1º de julho, na província de Sistão-Baluchistão, cerca de 50 terroristas ligados a Israel e seus intermediários foram presos, e 2 deles foram mortos.
Segundo um comunicado publicado no site “Sepah”, pertencente à Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, durante uma operação de duas semanas, indivíduos que cooperavam com organizações terroristas instaladas no leste do Irã foram detidos ou executados. Durante a operação, uma grande quantidade de armas e munições, incluindo equipamentos militares de fabricação estadunidense, foi apreendida.
No dia 6 de agosto, o Irã executou espiões e terroristas do Mossad.
Recentemente, a unidade de inteligência da Guarda Revolucionária Islâmica informou através da mídia estatal que as tentativas de recrutamento de espiões por agências de inteligência hostis têm aumentado.
A luta invisível entre o Irã e Israel torna-se a cada dia mais intensa.

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