sexta-feira, 4 de julho de 2025

O aumento extremo das ondas de calor

No ano passado, um meteorologista de certo país afirmou: "Devido às mudanças climáticas, estão ocorrendo fenômenos meteorológicos anômalos em várias partes do mundo. Isso significa não apenas o aumento da frequência e gravidade dos eventos climáticos extremos, mas também o aumento dos riscos de danos decorrentes deles."

Não era uma preocupação infundada. Somente neste ano, as mudanças climáticas têm batido recordes diariamente, com a ocorrência marcante de diferentes fenômenos climáticos anormais em várias regiões do mundo. Entre eles, está o fenômeno das altas temperaturas.

Uma onda de calor extrema atingiu a região do Chifre da África.

Em março, em algumas áreas do Sudão do Sul e do Quênia, as temperaturas chegaram a 40 °C. Em Uganda e na Somália também foram registrados fenômenos de calor intenso.

Na Índia, também houve uma onda de calor severa.

No dia 7 de abril, foi registrada uma temperatura de 40,2 °C em Délhi, o que representa 5,1 °C acima da média anual. Há previsões de que a temperatura máxima em Délhi possa atingir 42 °C. As autoridades meteorológicas do país alertaram que haverá altas temperaturas em 21 cidades.

No estado de Nova York, nos Estados Unidos, foi previsto que uma onda de calor atingiria a região a partir de 22 de junho, o que levou à declaração de estado de emergência em 32 condados. O Serviço Meteorológico Nacional dos EUA previu que as temperaturas máximas nessas áreas poderiam chegar a 40,5 °C a 43,5 °C.

No sul da Europa, uma onda de calor extrema também atingiu a região, e temperaturas recordes foram observadas tanto em terra quanto no mar, conforme informaram o  Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus e os órgãos meteorológicos dos respectivos países.

Segundo meios de comunicação da França, no dia 29 de junho, a temperatura da superfície do Mar Mediterrâneo chegou a 26,01 °C, sendo a mais alta já registrada no mês de junho.

Na França, foi emitido um alerta relacionado à onda de calor em 84 departamentos. Em cerca de 75% do território nacional, as temperaturas ultrapassaram os 35 °C.

A onda de calor iniciada em 19 de junho atingiu seu pico no dia 1º de julho. As autoridades meteorológicas previram que, nesse dia, a temperatura máxima ficaria entre 36 °C e 40 °C, podendo chegar localmente a 41 °C.

Na Espanha, também foram registradas temperaturas recordes para o mês de junho.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, no dia 28 de junho, uma pequena cidade da província de Huelva, no sudoeste do país, atingiu 46 °C. Isso superou o recorde anterior de 45,2 °C registrado em junho de 1965 em Sevilha.

Altas temperaturas também foram registradas em outras regiões do sul do país: 44 °C em Córdoba e 43,9 °C nos arredores de Sevilha. Durante a primeira onda de calor do ano, mais de 100 estações meteorológicas do Instituto Nacional registraram temperaturas acima de 40 °C.

Em Barcelona, localizada no nordeste do país, a temperatura chegou a 37,3 °C, estabelecendo um novo recorde para o mês de junho.

Portugal e Eslovênia também estão enfrentando ondas de calor recordes.

Na localidade de Mora, situada na região de Évora, no interior de Portugal, a temperatura atingiu 46,6 °C, superando o recorde anterior de 44,9 °C registrado em 17 de junho de 2017, em Setúbal.

Devido à persistência da onda de calor extrema e ao tempo seco, foi emitido o alerta máximo de risco de incêndios florestais para 80 municípios.

Segundo o Instituto do Meio Ambiente da Eslovênia, junho deste ano foi o mês mais quente, seco e com maior insolação desde o início dos registros em 1950.

Em relação às médias históricas, a temperatura foi 3,5 °C mais alta, a radiação solar aumentou em 40% e a precipitação correspondeu a apenas 25% da média.

A onda de calor também atingiu a Itália. Diante da previsão de que as temperaturas chegariam a 40 °C em várias regiões, as autoridades de saúde do país emitiram, a partir de 27 de junho, o alerta de nível máximo para 12 das principais cidades.

Segundo um relatório publicado em um site italiano de monitoramento meteorológico, essa onda de calor ocorreu enquanto a temperatura média nacional subiu para 16,9 °C — sendo que, há 50 anos, a média era de 14,6 °C.

O fenômeno de calor extremo está destruindo a rotina da população e afetando negativamente a saúde e as atividades econômicas.

Uma organização internacional alertou que os efeitos do estresse causado pelas ondas de calor aumentam o risco de doenças respiratórias, como a asma, além de provocar desidratação e fadiga extrema, e elevar o risco de incêndios florestais. A entidade recomendou que as pessoas bebam água com frequência e evitem atividades ao ar livre de alta intensidade.

Especialistas alertam que, devido às mudanças climáticas, esse tipo de clima extremo ocorrerá com mais frequência e de forma ainda mais intensa no futuro.

Rodong Sinmun

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