Método para promover a saúde mental

O grande Dirigente camarada Kim Jong Il apontou o seguinte:

"Ao receber uma educação revolucionária na vida universitária e ao esforçar-se ativamente para se armar com a ideologia revolucionária, consolida-se uma visão de mundo revolucionária; por outro lado, ao viver uma vida cômoda e indolente, sendo influenciado por fatores inadequados, a pessoa acaba se impregnando de ideias más." (Obras Completas de Kim Jong Il, vol. 1, edição ampliada, p. 174)

A saúde mental tem importante significado para realizar uma vida mental saudável e rica. Somente quem pode levar adiante de modo verdadeiramente humano as vivências mentais surgidas no processo concreto da vida — ou seja, quem possui saúde mental — pode realizar uma vida mental sã e abundante, além de conduzir com êxito a vida humana e social.

A saúde mental pode ser promovida por meio do esforço ativo do próprio indivíduo e com a ajuda de outras pessoas. A mente torna-se ainda mais saudável quando se combinam o esforço ativo da própria pessoa e a assistência sincera dos demais.

Para promover a saúde mental, antes de tudo, a própria pessoa deve se esforçar ativamente.

O empenho pessoal determina em grande medida se alguém possuirá uma mente saudável ou não. Ao se esforçar conscientemente e de modo ativo para promover a própria saúde mental, o indivíduo pode viver experiências mentais sadias e ricas e levar adiante uma vida mental humana.

Em primeiro lugar, é necessário revisar cotidianamente as próprias vivências psicológicas e a própria vida mental, esforçando-se de modo ativo para elevar-se a um padrão mais alto.

O ser humano é capaz de voltar-se para si mesmo e ajustar-se e controlar-se ativamente na direção de seus objetivos. Portanto, cada pessoa deve rever frequentemente como se desenvolve sua vida psicológica, esforçar-se para manter e promover sua saúde mental e, com base em uma análise e avaliação precisas de seu estado atual segundo os critérios da saúde mental, adotar as medidas internas necessárias e empenhar-se conscientemente.

Quem não sabe voltar-se para si mesmo cotidianamente não consegue compreender adequadamente o estado de sua própria saúde mental, e tais pessoas não podem estabelecer as medidas necessárias para promovê-la. Do mesmo modo que, para preservar a saúde física e fortalecer o organismo, realiza-se exame médico regular e trata-se imediatamente qualquer anomalia, para manter e promover a saúde mental deve-se revisar regularmente as próprias vivências mentais e vida mental, superando as insuficiências.

Também é necessário superar o estresse.

O estresse é uma reação física e psicológica causada por estímulos perturbadores recebidos no curso da vida cotidiana.

Os estímulos perturbadores e a tensão que provocam prejudicam a saúde mental e física do ser humano.

O estresse, ao gerar emoções como ansiedade, medo e raiva, exerce influência negativa sobre a pessoa; se não for eliminado a tempo, a saúde física e mental se deteriora e torna-se impossível realizar atividades normais. Portanto, para preservar a saúde mental, é necessário superar prontamente o estresse que exerce ação negativa.

Dependendo de como se percebe o estímulo recebido, a experiência de estresse pode intensificar-se ou enfraquecer-se; por isso, deve-se perceber com exatidão os estímulos estressantes para não sentir riscos excessivos.

Para isso, é necessário possuir elevada capacidade de percepção e amplos conhecimentos que permitam compreender corretamente os variados fenômenos da natureza e da sociedade. Ao possuir elevada capacidade de percepção, pode-se compreender com exatidão o significado dos estímulos recebidos e encontrar medidas adequadas para superar o estresse. E, ao possuir conhecimentos amplos, é possível não encarar exageradamente esses estímulos como algo perturbador e enfrentá-los com tranquilidade.

Quem possui confiança e capacidade para suportar os estímulos recebidos não experimenta grande estresse. Quanto mais rica a experiência de vida e maior a capacidade de superação, melhor a pessoa consegue vencer o estresse.

Para fortalecer a confiança e a capacidade de superar o estresse, é necessário realizar atividades bem-sucedidas no curso da vida cotidiana.

O processo de vencer dificuldades e provas e conduzir as atividades com sucesso torna-se, por si só, um processo de fortalecer a confiança em si mesmo, e nele as pessoas adquirem segurança de que podem superar o estresse.

No curso das atividades, a capacidade de superar o estresse torna-se cada vez mais firme e elevada. Para fortalecer tal capacidade por meio da atividade, é eficaz emitir para si mesmo instruções destinadas a ajustar o próprio comportamento.

Uma vida radiante e cheia de emoções positivas permite às pessoas superar facilmente o estresse.

Para viver de modo radiante em emoções puras, deve-se saber usar adequadamente o humor.

O humor é o melhor remédio da vida, capaz de desfazer os nós do cotidiano e eliminar o estresse. Em condições nas quais o trabalho e a vida se tornam complexos e a tensão mental aumenta, o riso elimina o ambiente pesado, alivia a tensão e permite a comunicação sincera entre as pessoas. O fato de que pessoas otimistas e bem-humoradas possuem sistema nervoso muito mais saudável do que aquelas carregadas de pessimismo mostra que o humor desempenha papel importante na eliminação do estresse e na preservação da saúde.

É necessário amar a música e integrar o trabalho e a vida com ela.

A música atua regulando a circulação sanguínea e as funções do sistema nervoso. Ao ouvi-la, as lembranças desagradáveis e pensamentos dispersos se dissipam, e a mente encontra repouso.

Por isso, todos devem amar a música e trabalhar e viver entre canções. Ao apreciar música, tocar diversos instrumentos e cantar, o estresse acumulado na vida se desfaz facilmente, e grandes resultados são obtidos no trabalho.

Para promover a saúde mental, também é necessário que as pessoas prestem ajuda psicológica mútua.

A ajuda psicológica é o processo de auxiliar o outro a resolver seus problemas psicológicos e promover ainda mais sua saúde mental.

No curso da vida, várias questões psicológicas podem surgir. Se a pessoa experimenta ansiedade, irritabilidade ou outros estados que perturbam sua vida normal, tudo isso constitui problemas psicológicos que devem ser superados.

Se esses problemas não forem solucionados, a saúde mental não pode ser garantida.

Os problemas psicológicos que surgem nas pessoas podem ser resolvidos com a ajuda de outros.

É claro que, como seres conscientes, as pessoas podem perceber o significado de suas próprias vivências psicológicas e ajustar-se e controlar-se sozinhas. Entretanto, para promover a saúde mental, é necessário receber ajuda dos demais. A autopercepção e o autocontrole se realizam segundo o nível de cada pessoa, mas essas capacidades são limitadas, e por isso o autocontrole não pode ser perfeito. A ajuda alheia é indispensável. Ao ouvir atentamente o que o outro tem a dizer e segui-lo, torna-se possível fortalecer ainda mais a própria saúde mental.

O ponto essencial da ajuda psicológica é o aconselhamento. O aconselhamento psicológico consiste no processo de trocar conversas com a outra pessoa para resolver seus problemas psicológicos e promover ainda mais sua saúde mental.

No aconselhamento psicológico, deve-se observar diversas exigências.

Antes de tudo, deve-se estabelecer uma boa relação de aconselhamento. A relação entre o conselheiro e a pessoa que apresenta problemas psicológicos exerce influência direta no aconselhamento. O conselheiro deve fazer com que o outro perceba sua sinceridade, credibilidade e competência. Para isso, deve causar boa impressão desde o primeiro momento. Durante o aconselhamento, deve respeitar o outro, ouvir atentamente suas palavras, experimentar e compreender sua atitude a partir da posição dele e compartilhar suas dores emocionais. O conselheiro não deve interromper bruscamente, criticar de modo áspero, apressar conclusões ou revelar irritação. Deve manter uma postura sincera, confiável e transparente durante a conversa. Deve expressar com sinceridade o que pensa, sem induzir o outro a imaginar intenções ocultas ou sentir que algo está sendo escondido. Assim será possível ganhar a confiança do outro e permitir que ele fale sem mentiras e abra seu íntimo.

Também é necessário despertar a iniciativa e a participação ativa do aconselhado.

O aconselhamento psicológico é o processo de resolver os problemas psicológicos do outro, e isso só pode avançar de forma eficaz por meio de sua participação ativa. A solução dos problemas só é possível quando a pessoa que os enfrenta participa com confiança e empenho ativo e direto no aconselhamento.

Para estimular essa iniciativa, é indispensável fazer com que o aconselhado compreenda que o êxito do aconselhamento depende exclusivamente de seus esforços ativos e voluntários.

Deve-se fazê-lo compreender claramente que, se mantiver uma atitude desconfiada, evasiva ou se não revelar sinceramente seus problemas reais, será impossível chegar ao cerne da questão e o aconselhamento não poderá avançar corretamente, levando-o assim a participar de modo mais ativo.

Ao mesmo tempo, o conselheiro deve desempenhar o papel de oferecer ajuda durante todo o processo, mas o sujeito principal na solução dos problemas e na superação das dificuldades deve ser o próprio aconselhado.

A chave para mover o coração de alguém encontra-se dentro do próprio coração. E as portas do coração jamais se abrem à força; quanto mais se tenta forçá-las, mais firmemente se fecham. As portas do coração devem ser abertas pela própria pessoa, e só quando a decisão é tomada por ela mesma é que o coração se move. O que não se torna algo próprio não possui qualquer significado na vida. Por isso, no aconselhamento psicológico, o conselheiro não deve impor suas opiniões ao outro, mas sim ajudá-lo a resolver por si mesmo os problemas psicológicos que enfrenta.

Além disso, é necessário garantir o sigilo do aconselhado.

O aconselhamento psicológico parte do pressuposto de que o interlocutor revele com franqueza todos os seus pensamentos íntimos.

Se a pessoa não disser a verdade e ocultar o que sente, o aconselhamento psicológico não poderá avançar corretamente. No entanto, na vida das pessoas existem questões que pertencem ao âmbito da privacidade.

As pessoas podem ter problemas pessoais que não desejam que outros conheçam e procuram protegê-los. Por isso, o conselheiro deve garantir ao interlocutor que manterá rigorosamente o sigilo sobre tudo o que for confidenciado. Somente assim o aconselhado poderá ficar tranquilo e revelar abertamente seus pensamentos íntimos, permitindo que a ajuda psicológica seja realizada adequadamente.

Assim, existem uma série de meios para promover a saúde mental.

Devemos aplicar eficazmente esses meios no curso da vida, de modo a promover ainda mais a saúde mental das pessoas e possibilitar que elas levem adiante uma vida mental saudável e rica.

An Myong Ok

Revista Acadêmica da Universidade Kim Il Sung