Altos representantes de 48 países e 7 organizações internacionais, incluindo os ministros das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia, da Bielorrússia, da Rússia, da Hungria e de Mianmar, participaram da conferência.
A ministra das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia, camarada Choe Son Hui, proferiu um discurso na sessão plenária de abertura.
Quando o moderador apresentou de forma especial a participação da delegação de alto nível da República Popular Democrática da Coreia — que, durante décadas de sanções impostas pelo bloco ocidental, tem defendido sua soberania nacional com firme espírito — como um evento marcante, os participantes da conferência responderam com calorosos aplausos.
Em seu discurso, a ministra das Relações Exteriores felicitou a exitosa realização da III Conferência Internacional de Minsk sobre Segurança Eurasiática e avaliou que esta conferência constitui um significativo encontro político que impulsiona a criação de um mundo multipolar seguro, justo e equitativo, ao mesmo tempo em que estabelece relações de cooperação entre todos os povos e países da região eurasiática.
Ela mencionou que, no oeste da Eurásia, a OTAN — a maior máquina de guerra do mundo — está desencadeando uma histeria extrema de confronto anti-Rússia, levando nuvens de guerra para toda a Europa; e que, no Oriente, o sistema de aliança militar trilateral EUA-Japão-República da Coreia, liderado pelos Estados Unidos, entrou em plena operação, ameaçando gravemente o ambiente de segurança regional.
Revelou que a base da segurança regional e mundial está sendo abalada desde suas raízes pelas ações coercitivas, pela arbitrariedade e pelos comportamentos de padrão duplo dos Estados Unidos e de suas forças seguidoras, que se empenham em agressões militares abertas, ingerência nos assuntos internos e manobras de guerra contra Estados soberanos, tudo em prol da manutenção de uma ordem mundial unipolar hegemonista.
Apontou que, nos últimos anos, diversos tipos de exercícios de guerra bilaterais e multilaterais contra a República Popular Democrática da Coreia têm sido realizados de forma simultânea e ininterrupta, incluindo roteiros de uso real de armas nucleares, criando uma crise de guerra sem precedentes. O mais grave, destacou ela, é o fato de que a OTAN, que se dizia responsável pela segurança do Atlântico Norte, está tornando explícita sua intervenção militar na Península Coreana e na região da Ásia-Pacífico, fazendo surgir no hemisfério oriental uma “segunda OTAN”.
Ela afirmou que, neste mundo, não existe país ou nação que deseje viver sob a pressão e o domínio alheios, e que fortalecer o próprio poder e se desenvolver segundo o próprio modo é o direito soberano e a aspiração comum de todos os Estados independentes. Acrescentou que, no futuro também, a República Popular Democrática da Coreia jamais cessará nem cederá, nem por um instante, no caminho de fortalecimento de suas forças de defesa autossuficientes, destinadas a salvaguardar a dignidade nacional, o direito ao desenvolvimento e os interesses de segurança do Estado, bem como a proteger a paz na região e no mundo.

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