quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Esforços da comunidade internacional para impedir a destruição da biodiversidade

A biodiversidade está intimamente relacionada com a vida humana e ocupa um lugar importante no desenvolvimento socioeconômico. Embora a atenção internacional voltada para sua preservação esteja aumentando, a situação não é favorável.

O desenvolvimento econômico que ignora as mudanças climáticas e a degradação ecológica provocadas pelo aquecimento global cada vez mais acelerado está intensificando ainda mais a destruição da biodiversidade.

O desmatamento indiscriminado das florestas tropicais — que possuem boas condições ecológicas para o crescimento das plantas e, em especial, muitas espécies vegetais antigas — e a caça e pesca predatória de animais e peixes raros continuam sem cessar. Pesquisadores de diversos países já expressaram preocupação de que, se a pesca excessiva atual continuar, em 2048 não haverá mais peixes para capturar na região da Ásia-Pacífico. Também há dados que indicam que, até 2100, mais da metade das aves e mamíferos da África poderá ser extinta e o número de espécies vegetais poderá diminuir significativamente.

Outro problema é o despejo anual de resíduos plásticos em ecossistemas de água doce e marinhos em escala global. De acordo com os dados, essa quantidade ultrapassa 10 milhões de toneladas por ano, o que também exerce impacto negativo sobre a conservação da biodiversidade.

Atualmente, inúmeras espécies de animais e plantas em todo o mundo estão ameaçadas de extinção. Entre 1970 e 2020, em apenas 50 anos, o número de animais selvagens diminuiu 73% devido à destruição de habitats causada por mudanças climáticas e desmatamento. A taxa de redução foi de 85% para os animais que habitam rios e lagos, 69% para os que vivem em terra e 56% para os que vivem no mar — números que mostram de forma direta a rápida destruição da biodiversidade.

Diante dessa dura realidade, que destrói as bases do ecossistema natural e do desenvolvimento econômico e representa uma grande ameaça à sobrevivência da humanidade, vozes de alerta ressoam incessantemente em todo o mundo.

Em muitos países e regiões, estão sendo realizadas atividades de educação social e conscientização sobre a proteção da biodiversidade.

A Convenção sobre Diversidade Biológica definiu como tema do Dia Internacional da Biodiversidade deste ano “Harmonia com a Natureza e Desenvolvimento Sustentável”.

Esforços também estão sendo intensificados para reduzir ao máximo o uso de plástico e promover sua reciclagem, a fim de erradicar a poluição plástica.

Em uma pesquisa de opinião recente conduzida por uma organização internacional de proteção ambiental, 71% dos entrevistados responderam que é importante estabelecer um acordo internacional para combater a poluição plástica, expressando preocupação com a perda de biodiversidade e os danos à saúde provocados pela poluição por plásticos. Quando questionados sobre quem deve assumir a responsabilidade por resolver esse problema, 43% responderam que as “empresas que fabricam e vendem produtos plásticos” são as principais responsáveis.

Na Conferência das Nações Unidas sobre Oceanos, realizada em junho com a participação de representantes de cerca de 120 países e regiões, foram discutidas medidas para impedir a poluição causada por resíduos plásticos e promover o uso sustentável dos recursos marinhos. Nessa conferência, a questão da extração de metais raros do fundo do mar foi especialmente levantada devido à preocupação de que isso possa destruir os ecossistemas marinhos e prejudicar a biodiversidade. Ouviu-se a voz firme: “Não devemos transformar o fundo do mar em uma terra sem lei.”

Estudos para restaurar a biodiversidade destruída também estão sendo fortalecidos.

Recentemente, um país apresentou um novo método para melhorar o ambiente ecológico marinho utilizando estruturas feitas de árvores frutíferas. Pesquisadores construíram 32 estruturas em forma de pirâmide com 192 pereiras de baixo valor econômico e as combinaram com estruturas de concreto, instalando-as em quatro áreas aquáticas diferentes a profundidades de 3 a 4 metros.

Após alguns meses, ao retirar as estruturas para examinar as espécies que nelas haviam se fixado, constatou-se que a biodiversidade havia aumentado significativamente em comparação com o período anterior à instalação. O mesmo resultado foi obtido em testes comparativos entre as áreas com e sem as estruturas. Confirmou-se, assim, que é possível melhorar rapidamente o ambiente marinho com baixo custo utilizando estruturas feitas de árvores frutíferas de menor valor econômico.

Recentemente, o governo do Cazaquistão criou uma reserva natural na província de Zhambyl. Com uma área de 86.632 hectares, a reserva contribuirá para a preservação da biodiversidade e a proteção de espécies raras de fauna e flora.

A realidade atual, em que a biodiversidade está sendo destruída rapidamente e a sobrevivência da humanidade e o futuro do planeta estão em risco, exige urgentemente que todos os países se levantem ativamente em defesa de sua proteção.

Ho Yong Min

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