quarta-feira, 23 de julho de 2025

Os crimes bacteriológicos do Japão no passado nunca poderão ser encobertos

Os crimes cometidos pelo Japão na primeira metade do século XX — invasões, guerras e massacres —, especialmente o desenvolvimento de armas biológicas e a guerra bacteriológica, são amplamente conhecidos no mundo.

Recentemente, um novo material veio a público. O Centro de Exposição de Provas de Crimes da Unidade 731 do exército japonês invasor da China revelou um vídeo de 83 minutos contendo testemunhos orais de um ex-integrante da Unidade 731.

O nome do ex-integrante era Kurumizawa Masakuni, falecido na década de 1990. Foi revelado que ele, como especialista em anatomia, participou de pesquisas com experimentos de bacilos da tuberculose e, posteriormente, envolveu-se em dissecações humanas.

Esse fato volta a provar que os crimes monstruosos e contra a humanidade cometidos pelo Japão, como a guerra bacteriológica, jamais poderão ser encobertos.

Durante a primeira metade do século XX, por meio da Unidade 731, sediada em Pingfang, na cidade de Harbin, província de Heilongjiang, na China, o Japão praticou crimes contra a humanidade inimagináveis, como dissecações em seres humanos e injeções experimentais de bactérias, assassinando, em média, mais de 600 pessoas por ano em nome do desenvolvimento de armas bioquímicas.

A Unidade 731, força secreta do imperialismo japonês, foi um grupo criminoso de guerra atroz que, além de prisioneiros de guerra, usou como cobaias jovens inocentes, crianças e mulheres grávidas, perpetrando crimes que horrorizam a humanidade. Dentre os inúmeros crimes passados do Japão, os experimentos com dissecação humana e injeção de bactérias conduzidos por essa unidade estão entre os mais hediondos crimes contra a humanidade, equiparáveis aos de escravidão sexual, e são absolutamente imperdoáveis.

No final da década de 1940, durante os julgamentos realizados em Khabarovsk, na Rússia, os crimes bacteriológicos do exército japonês foram classificados como violações do direito internacional, e os responsáveis receberam as devidas punições.

Mesmo assim, políticos reacionários e conservadores de extrema-direita do Japão, ao invés de refletirem profundamente e repararem os crimes do passado, estão enlouquecidos tentando encobri-los, justificá-los e até idolatrar os criminosos de guerra.

Em 2013, o então primeiro-ministro Abe subiu com descaramento em uma aeronave das "Forças de Autodefesa" marcada com o número "731", provocando críticas internacionais. Sua atitude irresponsável foi uma tentativa flagrante de alterar a imagem da Unidade 731, símbolo do mal absoluto, e de invalidar os crimes hediondos cometidos por esse grupo criminoso de guerra.

Atualmente, os políticos reacionários e conservadores de extrema-direita do Japão, alegando que o discurso de Abe, publicado no marco dos 70 anos pós-guerra, encerrou a chamada "diplomacia de desculpas", planejam abertamente ressuscitar o passado militarista.

Na primavera deste ano, durante o grande festival anual, o chefe do governo japonês ofereceu oferendas ao santuário Yasukuni, seguido por vários membros do gabinete e numerosos parlamentares que foram em sequência ao local, levando oferendas e prestando homenagens, numa atitude vergonhosa que enalteceu os criminosos de guerra como “espíritos que garantiram a paz, estabilidade e prosperidade do Japão.”

O objetivo dos políticos conservadores e de extrema-direita do Japão em glorificar e distorcer a história criminosa que leva o sangue dos povos de outros países e insistir na exaltação de criminosos de guerra de classe especial é militarizar a sociedade e abrir caminho para uma nova era de crimes de guerra.

Apoiando-se nos Estados Unidos, o Japão está levando a OTAN — uma entidade agressora do Atlântico — para a região da Ásia-Pacífico, e está intensificando os atos de confronto contra nosso país e países vizinhos.

A pretensão deles de que os caças e navios das "Forças de Autodefesa" possam cruzar a Ásia-Pacífico e que o Japão se torne o "caudilho" da Ásia não passa de uma ilusão tola.

O Japão deve compreender claramente as mudanças geopolíticas na região da Ásia-Pacífico e lembrar que a escolha de confronto ignorando o passado é um caminho para a autodestruição.

O destino do Japão, que escolheu o caminho do militarismo, será apenas o rigoroso julgamento da comunidade internacional.

Pak Jin Hyang

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