Astuto e habilidoso, Ri Hun mostrou grande talento na arte de influenciar pessoas. Em certa ocasião, com habilidade, convenceu o senhorio Cao a apoiar a causa, assegurando-lhe que a generosidade seria reconhecida e protegida, enquanto evitava que o medo dos japoneses paralisasse suas ações. Essa capacidade de persuasão e de atuar nos limites entre a legalidade colonial e a clandestinidade revolucionária deu à luta popular meios de subsistência e cobertura frente à repressão inimiga.
Além de sua atuação política, Ri Hun e sua esposa participaram diretamente na rede de apoio logístico e de inteligência do Exército Revolucionário. Enquanto ela se infiltrava na cidade sob o disfarce de vendedora, observando os movimentos militares, Ri Hun transmitia sinais e informações preciosas sobre avanços inimigos. Ele também defendeu a realização de celebrações conjuntas entre o povo e os guerrilheiros, insistindo que a hospitalidade dos camponeses fosse aceita como demonstração de unidade. Em meio a festivais, refeições coletivas e encontros comunitários, ele ajudou a reforçar a confiança mútua entre exército e população.
Sua coragem e engenhosidade ficaram ainda mais evidentes em missões de inteligência. Disfarçado de comerciante de madeira, organizou o corte de centenas de árvores para entrar em Hyesan, onde conquistou a confiança de um negociante local e de seu genro, um policial. Foi nesse ambiente hostil que extraiu informações cruciais sobre os movimentos do 74º Regimento comandado por Kim Sok Won. Vestido com terno e sobretudo, chegou a infiltrar-se no meio da multidão durante a cerimônia de partida das tropas, registrando a força e o armamento do inimigo antes de transmitir os dados ao Comando Assim, Ri Hun, sem ser um agente treinado, mostrou-se um patriota de inteligência incomum, cuja dedicação e lealdade sustentaram a luta revolucionária na região de Paektu.
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