quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Crime de escravidão sexual do exército japonês que nunca poderá ser apagado

Desde que a humanidade surgiu na Terra, milhares de anos se passaram, e nesse tempo ocorreram inúmeras guerras, grandes e pequenas. No entanto, entre as muitas atrocidades e crimes registrados na história das guerras da humanidade, jamais existiu algo tão hediondo e revoltante quanto o crime de escravidão sexual cometido pelo imperialismo japonês, um ato anti-humanitário de crueldade sem precedentes.

O sistema de escravidão sexual do imperialismo japonês, desde sua concepção até sua execução, foi um crime de violação dos direitos das mulheres realizado de forma sistemática e coletiva, sob a intervenção direta e completa do governo e das forças armadas, como uma política estatal.

Na primeira metade do século XX, durante as guerras de agressão no continente em que o imperialismo japonês se lançou de forma desenfreada, os militares, para satisfazer seus desejos animalescos, buscavam prostitutas nos arredores das tropas ou frequentavam bordéis públicos e privados. As autoridades não reprimiam nem controlavam isso, permitindo-o. Tal situação aumentou o número de soldados infectados por doenças venéreas, chegando a comprometer a capacidade de combate. Alarmado, o imperialismo japonês, sob o pretexto de “impedir a propagação de doenças venéreas e a indisciplina militar, e preservar o fervor de guerra e a capacidade de combate do exército”, implementou o sistema de escravidão sexual.

O imperialismo japonês adotou como política suprir principalmente com mulheres coreanas as escravas sexuais do exército. Isso porque, como a Coreia era uma colônia na época, podia recrutar mulheres sem gastar dinheiro e em grande quantidade; além disso, poderia prevenir doenças venéreas, proteger segredos militares e, ao mesmo tempo, associar a prática à política de extermínio da nação coreana, obtendo assim um duplo benefício.

Durante todo o período da guerra de agressão, o imperialismo japonês estabeleceu como meta designar uma escrava sexual para cada 29 soldados do “exército imperial” e mobilizou todos os órgãos de poder do Estado, como o Ministério das Relações Exteriores, o Ministério do Interior e o “Governo-Geral da Coreia”, para implementar o sistema, com as forças armadas encarregadas de organizá-lo e executá-lo diretamente.

Sob a aplicação de diversas leis fascistas, como a “Lei de Mobilização Nacional” e a “Ordem de Trabalho do Corpo Feminino Voluntário”, o imperialismo japonês mobilizou, sob o “Governo-Geral da Coreia”, administrações provinciais, prefeituras, escritórios locais, delegacias de polícia, além da gendarmaria e das forças armadas, para realizar uma verdadeira “caçada” em massa contra mulheres coreanas. Elas eram sequestradas nas ruas, nos campos, junto aos poços; invasões noturnas eram feitas em vilas para capturar jovens enquanto dormiam; estudantes eram raptadas a caminho da escola; até gestantes e mães com bebês de colo eram levadas à força, sem distinção.

As mulheres coreanas sequestradas dessa forma tiveram sua juventude florescente brutalmente esmagada, sendo obrigadas a suportar humilhações e tratamentos desumanos.

Após o início da Guerra do Pacífico, o imperialismo japonês levou mulheres coreanas até regiões ocupadas distantes como Filipinas, Mianmar e Brunei, obrigando-as a viver como escravas sexuais.

Quando adoeciam ou eram consideradas inúteis, eram assassinadas sem piedade.

Em especial, quando a derrota japonesa se tornou evidente, com medo de que seus crimes viessem à tona, cometeram atrocidades bestiais, envenenando a comida para massacrar essas mulheres em grande escala. Houve até casos em que, quando ficaram cercados e sem suprimento de alimentos, praticaram atos de canibalismo, devorando-as.

Assim, a maior parte das cerca de 200 mil mulheres coreanas levadas como escravas sexuais terminou como espíritos sem túmulo, mortas pelas mãos do imperialismo japonês.

Mesmo as mulheres coreanas que escaparam com vida das garras do imperialismo japonês tiveram destinos extremamente trágicos. Após a derrota japonesa, muitas não conseguiram conter a vergonha e a raiva e cometeram suicídio coletivo; outras não puderam voltar para suas casas e sofreram por toda a vida com dores e traumas incuráveis.

Sobre esse crime cruel, uma mulher japonesa denunciou: “É o ato mais maligno que o Japão cometeu contra o povo coreano, uma violação da sexualidade e dos direitos humanos dos coreanos, uma destruição da vida e da dignidade, e um elo da política de extermínio da nação coreana. É um crime internacional cometido de forma organizada e violenta pelo exército e pelo governo japoneses.”

Nos regulamentos dos tribunais militares internacionais estabelecidos após o fim da Segunda Guerra Mundial, ficou claramente estipulado que massacres, extermínios, escravização, deportações e outros atos desumanos cometidos contra civis, antes ou durante a guerra, constituem crimes contra a humanidade, independentemente do que determinem as leis internas do país responsável.

Além disso, o “Relatório Final sobre Estupro Sistemático, Escravidão Sexual e Práticas Análogas à Escravidão em Situações de Conflito Armado”, adotado em agosto de 1999 pela Subcomissão de Direitos Humanos da ONU, classificou o problema das escravas sexuais do exército japonês — surgido sob o imperialismo japonês —, assim como o trabalho forçado e a situação dos “militares” e “funcionários civis” ligados ao exército, como crimes de guerra. O relatório também exigiu que o governo japonês promulgasse leis para solucionar essa questão.

No entanto, até hoje o Japão, país responsável por crimes de guerra, em vez de se desculpar sinceramente e compensar pelas atrocidades sangrentas do passado, tem se empenhado obstinadamente em distorcer a história, chegando até a negar completamente tais fatos.

Não importa quais truques o Japão tente usar: o crime eterno, registrado na história da humanidade, de manter um sistema de escravidão sexual — um crime de Estado colossal e repugnante contra a humanidade — jamais poderá ser encoberto.

A história não desaparece porque é negada, nem muda porque é distorcida. Crimes contra a humanidade não prescrevem.

A liquidação completa das atrocidades do passado é um dever jurídico e moral do Japão.

Minju Joson

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