O mês de janeiro deste ano foi registrado como o mais quente da história. Durante esse período, a temperatura média global foi de 13,23°C, 1,75°C superior àquela registrada antes da Revolução Industrial, quebrando o recorde conhecido como o mais alto, que havia sido estabelecido no ano passado. Em regiões como África, América do Sul e Antártica, foram observadas temperaturas mais altas do que a média.
Em fevereiro, no Sudão do Sul, Sudão e Quênia, na África, uma onda de calor extrema causou danos consideráveis. De acordo com uma análise da agência responsável, entre 1º e 28 de fevereiro, a maioria das regiões teve temperaturas máximas diárias acima de 38°C. Em algumas áreas, a temperatura chegou a 40°C, e entre as pessoas, os efeitos da onda de calor resultaram em um aumento de doenças respiratórias como asma, desidratação e sintomas de extremo cansaço.
Em março, o calor extremo causou grandes incêndios florestais em vários países da Ásia. Grandes incêndios ocorreram na região de Honshu, no Japão, e milhares de residentes foram forçados a evacuar. Em outros países asiáticos, também ocorreram incêndios consecutivos, destruindo vastas áreas de floresta e causando enormes danos materiais e humanos. O calor extremo, a atmosfera seca e os ventos fortes foram apontados como as causas principais.
De acordo com uma análise de uma agência meteorológica, a temperatura na região do Leste Asiático aumentou até 2°C em comparação com o passado, enquanto a precipitação diária diminuiu até 2 mm, tornando a atmosfera muito mais seca e acelerando a velocidade do vento. Especialistas preveem que as condições climáticas instáveis, que podem gerar incêndios florestais, se intensificarão cada vez mais no futuro.
Um especialista europeu explicou que "a mudança climática não é simplesmente um aumento da temperatura global, mas sim uma amplificação de várias situações extremas, levando a região do Leste Asiático a enfrentar desastres causados tanto pelo fogo quanto pelo gelo, em níveis extremamente graves."
Em abril, na cidade de Delhi, na Índia, a temperatura atingiu 40,2°C, 5,1°C acima da média. As autoridades meteorológicas indianas alertaram que a temperatura máxima em Delhi poderia chegar a 40–42°C, e que 21 cidades em todo o país registrariam altas temperaturas. Diversas regiões emitiram alertas vermelhos devido ao calor extremo.
Em junho, uma onda de calor extrema atingiu a Europa. Foi observada uma temperatura recorde tanto em terra quanto no mar no sul da Europa. No dia 29 de junho, a temperatura da superfície do mar no Mar Mediterrâneo atingiu 26,01°C, o que foi a mais alta já registrada em junho.
Na França, 75% das regiões experimentaram temperaturas superiores a 35°C, o que levou ao fechamento de escolas e à modificação das horas de trabalho nas construções. Na Espanha, também foram registrados recordes de temperatura em junho. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, na cidade de Huelva, no sudoeste, a temperatura alcançou 46°C no dia 28, superando o recorde de 45,2°C registrado em Sevilha em 1965. Em Barcelona, no nordeste, a temperatura atingiu 37,3°C, estabelecendo um novo recorde para o mês de junho.
Além disso, em Portugal e na Eslovênia, também foram observados fenômenos de calor recorde.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera relatou que, em Mora, uma cidade localizada no interior, a temperatura atingiu 46,6°C, superando o recorde anterior de 44,9°C registrado em junho de 2017 no país.
No dia 30 de junho, a Agência Ambiental da Eslovênia anunciou que este junho foi o mais quente, mais seco e com maior insolação desde o início dos registros em 1950. Comparado com a média, as temperaturas foram 3,5°C mais altas, a insolação foi 40% maior e a precipitação foi apenas 25% da média anual. Em uma cidade no sudeste do país, a temperatura alcançou 38,4°C no dia 26, estabelecendo um novo recorde de temperatura máxima para junho.
No final de junho, em Boston, a temperatura máxima foi de 39°C, e outros 20 locais nos Estados Unidos também quebraram recordes de calor consecutivos.
Cientistas alertam que esses fenômenos extremos ocorrerão com mais frequência e maior intensidade, e exigem que os governos de todos os países tomem medidas urgentes para enfrentar o aquecimento global.
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