Em janeiro, as forças israelenses iniciaram uma operação de invasão na Cisjordânia, destruindo brutalmente os campos de refugiados palestinos. Em março, o governo israelense aprovou a divisão de 13 assentamentos judaicos na Cisjordânia, reconhecendo-os como localidades independentes. Recentemente, o governo israelense autorizou a construção de 22 novos assentamentos judaicos no norte da Cisjordânia, numa tentativa persistente de ocupar todo o território palestino.
Esse comportamento imprudente tem provocado forte condenação internacional. O Ministério das Relações Exteriores do Egito emitiu uma declaração denunciando que os planos de expansão dos assentamentos por parte de Israel são uma provocação contra o direito internacional e os direitos do povo palestino, constituindo uma violação brutal e criando sérios obstáculos para a realização de uma paz justa, sustentável e abrangente baseada na solução de dois Estados na região.
Um especialista em questões do Oriente Médio revelou que, quer Israel ataque o Hamas na Faixa de Gaza, quer crie novas tensões na Cisjordânia, isso confirma que o território efetivamente controlado pelos palestinos está diminuindo, bloqueando a construção de um Estado palestino independente.
A invasão israelense na Faixa de Gaza e a expansão dos assentamentos judaicos são produtos da ambição de estabelecer um grande império judaico na região árabe, sendo uma das principais causas da destruição da paz no Oriente Médio.
Israel ocupou a Cisjordânia, Al-Quds Oriental e a Faixa de Gaza por meio da Terceira Guerra do Oriente Médio, iniciada em junho de 1967. Após a ocupação, começou a construir assentamentos judaicos nessas áreas.
Israel consolidou a construção desses assentamentos com sua legislação interna, confiscando terras palestinas para construir estradas, residências e parques. Em 2023, na Cisjordânia e em Al-Quds Oriental, havia dezenas de comunidades judaicas e cerca de 140 assentamentos, com aproximadamente 700 mil colonos judeus, o que corresponde a cerca de 10% da população dessas regiões.
Por meio da expansão gradual dos assentamentos, Israel tenta transformar as terras árabes ocupadas em suas próprias. Essa política tem imposto sofrimentos incalculáveis e sacrifícios aos palestinos das áreas ocupadas. Israel confisca terras, destrói vilarejos e expulsa à força os moradores árabes de suas terras natais, prendendo e matando sem hesitação aqueles que resistem.
Segundo dados, entre 1967 e o final da década de 1970, quase 500 mil palestinos foram expulsos de suas terras ancestrais. A população árabe na Cisjordânia diminuiu cerca de 32%. As terras confiscadas à força por Israel somam centenas de quilômetros quadrados.
A comunidade internacional condena essas ações bárbaras de ocupação territorial como violação do direito internacional e exige firmemente a correção das injustiças históricas sofridas pelo povo palestino.
Diversas resoluções da ONU expressaram a vontade internacional nesse sentido, como a resolução de 1970 reconhecendo o direito de autodeterminação do povo palestino, a resolução de 1980 exigindo a retirada incondicional de Israel de todos os territórios árabes ocupados, e a resolução de 1995 que solicita a saída de Israel dos territórios palestinos ocupados. Em dezembro de 2016, o Conselho de Segurança da ONU adotou uma resolução exigindo que Israel cesse todas as atividades de assentamento nos territórios palestinos.
Em julho do ano passado, a Corte Internacional de Justiça declarou que a ocupação israelense dos territórios palestinos e os assentamentos são ilegais, determinando que Israel deve pagar indenizações e retirar todos os colonos judeus dos assentamentos. Em seguida, em setembro, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução exigindo que Israel encerre a ocupação dos territórios palestinos e desmonte os assentamentos ilegais dentro de 12 meses.
No entanto, Israel não tem demonstrado intenção de atender a essas determinações.
Fundado em 1948 sobre parte do território palestino conforme a resolução da ONU de 1947, Israel tem provocado guerras consecutivas, ignorando obstinadamente inúmeras resoluções subsequentes da ONU e persistindo em sua expansão territorial ilegal e acompanhada de massacres.
A comunidade internacional não condena apenas Israel, mas também as forças ocultas que fomentam essa situação no Oriente Médio, cultivando esses problemas com diversas artimanhas.
Jang Chol
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