Recentemente, foi realizado o 28º Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo. Cerca de 20 mil representantes de 140 países participaram do evento — no ano passado, foram 136 países. O fórum contou com a presença de altos representantes de cerca de 50 países, incluindo os presidentes da Indonésia e da Sérvia.
O Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo tem se tornado um palco importante para discutir profundamente a governança da economia global e reunir consensos sobre a cooperação internacional.
O tema do fórum deste ano foi “Valores compartilhados – Base para o crescimento de um mundo multipolar”. No ano passado, o tema foi “A base do mundo multipolar – Formação de novos pontos de crescimento”.
Foram debatidos diversos temas, com foco principal em impulsionar o desenvolvimento de um mundo multipolar e estabelecer uma nova ordem econômica internacional que atenda aos interesses da maioria dos países. Os participantes realizaram discussões sérias sobre cooperação em áreas como investimentos e energia.
O presidente russo Vladimir Putin, em sua mensagem de congratulação aos participantes, organizadores e convidados do fórum, mencionou que a Rússia está se empenhando, junto com países parceiros como os do BRICS, em formar um sistema de cooperação internacional livre de discriminação, autoritarismo e sanções.
Como voltou a demonstrar o fórum deste ano, os países em desenvolvimento — que representam a esmagadora maioria no mundo — estão rejeitando o sistema econômico liderado pelo Ocidente e se orientando para o estabelecimento de uma nova ordem econômica internacional. Esses países estão exigindo maior independência nas questões globais.
Eles estão dando novo impulso ao processo de multipolarização mundial por meio de organizações multilaterais como o BRICS e a Organização de Cooperação de Xangai.
Somente o BRICS já ocupa uma fatia cada vez maior do crescimento econômico global. Consequentemente, a posição e o papel desse bloco continuam sendo fortalecidos.
A Conferência de Segurança de Munique sempre foi tradicionalmente dominada pela Europa e os Estados Unidos. No entanto, neste ano, representantes de países em desenvolvimento compuseram 30% dos participantes. Analistas veem isso como um exemplo claro de que o mundo entrou na trajetória da multipolarização.
O Ocidente, sempre que ocorre o Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, tenta de todas as formas atrapalhar e sabotar o evento, com o objetivo de isolar a Rússia da cooperação internacional. Desta vez não foi diferente. No entanto, o fórum foi realizado com sucesso, e as tentativas do Ocidente resultaram em fracasso.
Apesar do ambiente externo complexo, o Produto Interno Bruto (PIB) da Rússia tem crescido mais de 4% ao ano — uma taxa que supera a média global.
Desde o início da crise da Ucrânia, o Ocidente tem se empenhado em impor sanções e bloqueios econômicos contra a Rússia. A escala e a intensidade dessas sanções foram sem precedentes. A maioria das empresas ocidentais que operavam na Rússia se retirou. Segundo dados divulgados em março, o número de sanções impostas pelo Ocidente à Rússia chegou a 28.595 — um número superior ao total de sanções aplicadas a todos os demais países do mundo somados.
No entanto, atualmente, a Rússia ocupa o primeiro lugar em termos de tamanho da economia na Europa. As sanções anti-Rússia do Ocidente acabaram agravando a própria situação econômica dos países que as impuseram.
A Rússia tem ampliado e desenvolvido suas relações econômicas com países da região da Ásia-Pacífico. Apenas o volume do comércio bilateral entre Rússia e China cresceu 7%, atingindo um novo recorde de 245 bilhões de dólares.
Comentando sobre isso durante o fórum, o presidente russo declarou que a visão da economia russa como sendo meramente uma “economia de matérias-primas” é claramente ultrapassada e pertence ao passado.
O Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo mais uma vez demonstrou que a pressão injusta e as sanções do Ocidente são em vão.
A cooperação ativa entre a Rússia e os países em desenvolvimento está tornando cada vez mais inviável a ambição ocidental de dominar o mundo.
Ho Yong Min
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