Os Estados Unidos, usando sua enorme força econômica acumulada desde a década de 1800, aplicaram sanções para alcançar seus objetivos de política externa. Até hoje, sancionaram no total 20.931 entidades e indivíduos, ganhando o título de “Imperador Global de Sanções”.
Sua imposição mais recente foi no dia 31 de março de 2025, quando os EUA impuseram sanções a 6 indivíduos chineses e de Hong Kong, sob suspeita de envolvimento em minar a democracia e a autonomia de Hong Kong.
Isso faz parte da cruzada dos EUA para “proteger a democracia” ao redor do mundo, especificamente para aumentar a pressão sobre a China, seu rival geopolítico.
A China é um dos 31 países que atualmente enfrentam sanções dos EUA.
Várias entidades e indivíduos são alvos delas por muitas causas, entre as quais “violações de direitos humanos”, corrupção e atividades que minam os “processos democráticos”.
Essa ferramenta foi usada pelos EUA já em 1807, quando a Lei do Embargo dos EUA interrompeu todo comércio com os países europeus, e foi sendo aperfeiçoada durante décadas.
Após a Primeira Guerra Mundial, o presidente Woodrow Wilson descreveu as sanções como uma ferramenta “que faz entrar em razão os países, assim como a asfixia elimina no indivíduo toda propensão a lutar”.
Em julho de 1941, as sanções foram impostas contra o Japão, por meio de um embargo sobre exportações dos EUA ao Japão e o congelamento dos ativos japoneses reservados nos EUA.
O Japão teve que enfrentar escassez causada pelo embargo, até que decidiu tomar ações militares e atacou a Baía de Pearl em 7 de dezembro de 1941, arrastando os EUA para a Segunda Guerra Mundial.
Durante a Guerra Fria, nas décadas de 1950 e 1960, cresceu a importância das sanções, que se tornaram uma ferramenta destacada dos EUA na rivalidade contra o comunismo e a União Soviética.
Em 1962, o presidente Kennedy impôs um embargo total contra Cuba para coagir Fidel Castro a renunciar e substituir o regime comunista por um democrático.
O embargo a Cuba continua até hoje, e Washington promete não levantá-lo sem que Cuba renuncie ao comunismo.
As sanções dos EUA evoluíram de embargos totais para programas de sanções específicas, cujo objetivo manifesto é a “mudança de regime”, exemplo disso são as sanções financeiras impostas sobre a Bielorrússia.
Atualmente, as sanções expansivas dos EUA abrangem 29% da economia global e 40% das reservas de petróleo do mundo.
O formulador e executor chefe das sanções é o Departamento do Tesouro, que trabalha em conjunto com o Departamento de Estado. Juntos, tomam as rédeas das sanções e adicionam novas regularmente.
As sanções se dividem em três categorias: as primárias, em que um país inteiro é considerado ameaça aos interesses dos EUA; as baseadas em temas, que visam questões específicas como “terrorismo” ou “violações de direitos humanos”; e, por fim, as secundárias, que punem países que ajudam as duas primeiras categorias a evitar suas sanções, embora não sejam ameaças reais para os EUA.
As sanções podem ser impostas da noite para o dia por meio de Ordens Executivas.
O país mais sancionado hoje pelos EUA é a Rússia, com sanções legais sobre mais de 9.000 entidades e indivíduos.
O menos sancionado é a Etiópia, com sanções legais sobre 8 entidades e indivíduos.
O número total de indivíduos sancionados inclui vários chefes de Estado.
Os países do G7 costumam seguir os EUA no caminho das sanções, mesmo quando não representam ameaças reais para eles.
As sanções quase nunca são levantadas.
Suas poucas exceções são Iraque, Líbia, etc.
A Índia foi alvo de sanções por seus testes nucleares em junho de 1998, mas foi liberada delas após a assinatura do Acordo Nuclear Civil EUA-Índia em 2008.
As Nações Unidas seguem o exemplo dos EUA em sancionar outros países.
O Conselho de Segurança da ONU continua com programas de sanções contra países e entidades, aplicados pelos EUA e com suas sanções unilaterais.
Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia
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