terça-feira, 29 de abril de 2025

Inferno humano caótico criado pela ambição de pilhagem territorial

Israel continua intensificando os ataques militares contra a Palestina.

Depois de romper o acordo de cessar-fogo em março passado e retomar as operações militares na Faixa de Gaza, o exército israelense estabeleceu uma ampla “zona de segurança” que se estende profundamente nessa região, comprimindo mais de dois milhões de palestinos em áreas estreitas ao sul e ao longo do litoral.

Israel está reduzindo a escombros os assentamentos de refugiados com ataques militares indiscriminados e realizando operações de massacre bárbaras contra civis inocentes.

Somente no dia 24 passado, dezenas de palestinos perderam a vida em vários bombardeios israelenses.

Segundo autoridades de saúde da Faixa de Gaza, desde o início dos ataques israelenses em todo o território de Gaza, no dia 18 de março, pelo menos 1.970 palestinos foram mortos e cerca de 5.200 ficaram feridos.

O ministro da Defesa de Israel, que comanda as operações militares criminosas, declarou que o exército israelense não se retirará das áreas que dominou por meio de expurgos, que permanecerá na "zona de segurança" da Faixa de Gaza independentemente de quaisquer mudanças políticas de curto ou longo prazo, e que o mesmo se aplica ao Líbano e à Síria.

Isso equivale a uma declaração aberta de que pretende se assentar permanentemente nas regiões ocupadas.

As operações militares de Israel são atos bandidescos que têm origem em sua tentativa de pilhagem territorial, representando um desafio descarado tanto para os povos árabes que almejam a paz no Oriente Médio quanto para toda a humanidade progressista do mundo.

Israel está ampliando intencionalmente suas operações militares de forma escalonada, buscando apagar a Palestina da face da Terra e concretizar sua ambição de pilhagem territorial.

Prova disso são as recentes declarações de ministros ultradireitistas do gabinete israelense pedindo a anexação da Cisjordânia, a intensificação das operações militares na Faixa de Gaza, e a imposição da construção de assentamentos judaicos em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia.

Os invasores israelenses, sob a ilusão de estabelecer um império israelense pela força, estão empreendendo ações militares sem escrúpulos não apenas contra a Palestina, mas também contra os países árabes.

A razão de Israel estar agindo com tamanha arrogância e desrespeito é o apoio ativo, a proteção e o incitamento dos Estados Unidos. Desde há muito, os EUA vêm utilizando Israel como ponta de lança para controlar os ricos recursos do Oriente Médio e transformar a região em um ponto estratégico essencial para a realização de sua estratégia de dominação global.

O apoio total à política de força de Israel após o início da crise de Gaza em outubro de 2023, incluindo o fornecimento de enormes quantias em dinheiro e armas letais, também partiu desse objetivo.

Os Estados Unidos, alegando o “direito de autodefesa” de Israel, protegeram e incentivaram suas atrocidades, vetando repetidamente resoluções do Conselho de Segurança da ONU que exigiam um cessar-fogo imediato e concedendo mais de 17 bilhões de dólares em ajuda militar aos assassinos. Chegaram até a convidar ao Congresso o criminoso de guerra que liderou os massacres, aplaudindo-o.

As ações militares imprudentes de Israel, motivadas pela ambição de pilhagem territorial, e os esforços dos EUA para apoiá-las ativamente transformaram a Faixa de Gaza em um verdadeiro inferno humano caótico, e o Oriente Médio em uma região explosiva onde qualquer momento pode eclodir um novo conflito armado.

As agressões de Israel e os atos destrutivos dos EUA contra a paz têm despertado a indignação de diversos países ao redor do mundo.

Recentemente, o Ministério das Relações Internacionais e Cooperação da África do Sul divulgou uma declaração condenando os ataques aéreos de Israel contra civis, classificando-os como uma grave violação do direito internacional, exigindo que a comunidade internacional tome medidas para responsabilizar Israel por seus crimes.

Na cidade de Laore, no Paquistão, foi realizada uma manifestação anti-Israel. Os participantes denunciaram veementemente a guerra bárbara que Israel continua travando na Faixa de Gaza, conclamando todos os países islâmicos a conduzirem uma luta pela estabilidade da região.

O caminho para restaurar a paz no Oriente Médio reside em pôr fim às imprudentes provocações militares de Israel e às manobras intervencionistas dos Estados Unidos.

Ri Hak Nam

Rodong Sinmun

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